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“Temos tudo preparado para reiniciar, em julho, a operação Lisboa-Praia”

Em entrevista ao Publituris, Mário Almeida, diretor-geral da Cabo Verde Connect Services, revela os planos da empresa de serviços aéreos para este verão, que passam pela retoma da operação dos voos entre Lisboa e a Praia, assim como pela realização de charters para o Sal.

Inês de Matos
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“Temos tudo preparado para reiniciar, em julho, a operação Lisboa-Praia”

Em entrevista ao Publituris, Mário Almeida, diretor-geral da Cabo Verde Connect Services, revela os planos da empresa de serviços aéreos para este verão, que passam pela retoma da operação dos voos entre Lisboa e a Praia, assim como pela realização de charters para o Sal.

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Em entrevista ao Publituris, Mário Almeida, diretor-geral da Cabo Verde Connect Services, revela os planos da empresa de serviços aéreos para este verão, que passam pela retoma da operação dos voos entre Lisboa e a Praia, assim como pela realização de charters para o Sal.


Apesar de ter nascido antes da pandemia, a Cabo Verde Connect Services ganhou notoriedade com a abertura, em dezembro de 2020, de voos entre Cabo Verde, Lisboa, Paris e Boston, numa operação que preencheu a lacuna deixada pela Cabo Verde Airlines. Em entrevista ao Publituris, Mário Almeida faz um balanço positivo da operação, que foi interrompida no início de 2021, devido ao novo confinamento, e revela os planos da empresa para o verão, em relação ao qual diz que a “expetativa é boa”, sendo possível que os voos entre Lisboa e a Praia cresçam de uma para duas ligações por semana.
Problema não deverá ser o regresso dos voos da Cabo Verde Airlines, [que tinha anunciado o regresso da operação a 18 de junho, o que acabou por não acontecer] uma vez que, diz o responsável, a Cabo Verde Connect Services vai voar apenas para a Praia, enquanto a Cabo Verde Airlines voa para o Sal, numa relação de parceria que permitirá alimentar dois hubs no arquipélago africano.
Mais dúvidas existem quanto à recuperação da atividade, com o diretor geral da Cabo Verde Connect Services a preferir não fazer “futurologia”, ainda que admita que a pandemia trouxe mudanças que vão marcar para sempre a aviação e o turismo.

A Cabo Verde Connect Services nasceu pouco antes da pandemia. Como nasceu a empresa e que serviços presta, uma vez que não é apenas uma empresa de aviação?
A empresa nasceu em 2019, quando começámos a voar em Cabo Verde com voos domésticos. A Cabo Verde Connect era a empresa que estava a fazer os voos domésticos e que é uma empresa aérea. Depois, temos a Cabo Verde Connect Services, que usamos em Cabo Verde para a consolidação de serviços aéreos. Ou seja, dentro da Cabo Verde Connect Services, temos staff que presta vários serviços, como serviços nos aeroportos ou assistência a aviões em Cabo Verde. E temos pessoal comercial que faz assistência a agências de viagens e consolidação aérea, e que também é GSA. Por vezes, as pessoas confundem a parte aérea com o resto, como quando alugamos um avião. Fazemos um contrato e, depois, redistribuímos esse avião a outras empresas. Quando operamos com a SATA, por exemplo, alugamos à SATA o avião e fazemos o contrato para o distribuir. Ou seja, pagamos o avião e a SATA põe o avião à venda, através de um contrato de distribuição. Na verdade, é este o nosso serviço.

No entanto, foram os voos que arrancaram em dezembro, entre Lisboa e a Praia, que vos deram maior visibilidade. Estes voos foram uma oportunidade trazida pela pandemia?
A ideia de abrir os voos nasceu há mais tempo e, em 2018, fizemos algo semelhante com a Cabo Verde Airlines para operar o voo da Praia. Na verdade, fomos nós que arranjámos o avião e eles exploraram os voos, e nós também arranjámos clientes para esse avião. Ou seja, quando a Cabo Verde Airlines operou a rota Praia-Lisboa, o projeto já era este.
Mas nós não trabalhamos para estar na ribalta, fazemos o nosso trabalho e o negócio sem necessidade de estarmos na ribalta, mas é verdade que estes voos nos deram maior mediatismo. E sim, foram uma oportunidade trazida pela pandemia, uma oportunidade de negócio. A pandemia também trouxe coisas positivas, nomeadamente para o negócio, como a necessidade de nos reinventarmos.

Havia essa necessidade de voos no mercado cabo-verdiano, uma vez que a Cabo Verde Airlines suspendeu toda a operação e ainda não retomou os voos?
Havia, mas também havia uma falta de confiança da parte dos agentes de viagens, principalmente em Cabo Verde, com as companhias aéreas. E nós permitimos que, quando um agente de viagens trabalha connosco, ele tenha uma conta corrente e que o valor depositado nesta conta corrente seja utilizado para comprar diversos serviços. Ou seja, com o mesmo valor, se não houver um voo Lisboa-Praia, o agente pode comprar um Boston-Cabo Verde ou Lisboa-Paris, ou até um hotel, porque nós distribuímos tudo.Isto é uma vantagem porque os agentes não têm de fazer um esforço financeiro grande para terem vários depósitos, mediante o que precisam. Com um depósito podem comprar os serviços todos que disponibilizamos seja IATA ou low cost. E também estamos ligados à Travel Fusion – fomos os primeiros a ligar à Travel Fusion de forma direta. Também distribuímos Lufthansa, NDC e muitos outros diretamente ao agente de viagens, que não tem de se preocupar com nada. Estas são algumas das vantagens que oferecemos.

E qual tem sido o feedback dos agentes de viagens?
Em Cabo Verde, os agentes estão muito satisfeitos com o nosso trabalho e com a oferta que representamos. Principalmente agora, em que passámos a ser representantes da BestFly, a companhia aérea que está a voar domesticamente. Somos nós que estamos a fazer a distribuição interna neste momento, tendo em conta o caráter de emergência com que os voos foram lançados.

Para a realização destes voos, a Cabo Verde Connect Services estabeleceu uma parceria com a SATA. Porquê a escolha da SATA e em que moldes é feita essa parceria?
Porquê a SATA? Por vários motivos mas todos compreensíveis. A SATA tem uma frota versátil, de A320 e A321, o que quer dizer que podíamos fazer rotas como Lisboa com A320 e Paris com A321, sem necessidade de adquirir serviços em várias companhias aéreas. Em segundo lugar, porque a SATA está baseada no aeroporto de Lisboa, onde iniciámos as nossas operações aéreas, e porque a SATA está em Boston e já voa entre Boston e Cabo Verde, via Ponta Delgada, o que é uma facilidade porque não precisámos de mudar nada. E, em terceiro lugar, porque a SATA é conhecida em todo o mundo, o que quer dizer que o contrato de distribuição automaticamente colocaria os voos em qualquer parte do mundo, tanto nas OTA, como nas agências de viagens. E não mudámos nenhum procedimento, ou seja, quem quisesse comprar a bagagem, comprava da mesma forma que a SATA vende, quem quisesse comprar um animal na cabine, também, e utilizava o mesmo documento. Isto são vantagens que temos de aproveitar.

Falando dos voos, que arrancaram em dezembro, com as ligações Lisboa-Praia, qual foi a procura registada enquanto estiveram a operar, tendo em conta que era esperada uma ocupação de 70%?
Prevíamos uma procura de cerca de 70% no conjunto dos seis meses em que contávamos operar, mas infelizmente tivemos de interromper a operação a 13 de fevereiro, pois o estado de emergência foi decretado no dia 29 de janeiro, o que nos obrigava a voar apenas por motivos essenciais. Para nós, isso seria impossível, não era possível voar nessas condições sem cobrar tarifas de mil euros, porque apenas podíamos transportar passageiros que cumprissem esses requisitos. Por isso, suspendemos a operação. Mas, tendo em conta que estivemos a voar na época do Natal, a nossa ocupação chegou aos 58%. Tínhamos uma meta de 73% de ocupação até junho e acredito que a teríamos alcançado, porque teríamos o Carnaval, a Páscoa e ainda o mês de junho.
Em junho, devíamos ter iniciado voos charters com os operadores no dia 4, mas infelizmente só os começámos a realizar desde 18 de junho, com a Solférias, Abreu e Soltrópico, num avião da SATA. Voamos todas as sextas-feiras, numa operação que faz Lisboa-Sal-Porto-Sal, e retoma a Lisboa aos sábados. Com esta operação, teríamos garantidos os 73% de ocupação. A pandemia mudou tudo, mas a vantagem de trabalhar nestes moldes, sem avião próprio, é que podemos mudar e fazer outras aquisições.

Além de Lisboa, a Cabo Verde Connect Services tinha anunciado também voos para Paris e Boston. Esse voos também pararam?
Os voos de Boston continuam a ser operados, às sextas-feiras, pela SATA e nós continuamos a vender os voos como GSA. Têm saído com uma boa ocupação e, agora, durante o verão, passam a dois voos por semana. Este voo também dá ligação a Lisboa aos passageiros essenciais, porque ainda continuamos com limitações.
Já os voos de Paris foram suspensos. Na altura, a França foi dos primeiros países a impor quarentena de 14 dias e, por isso, suspendemos a operação e não a retomámos, tendo em conta todo o trabalho que seria necessário para operar Paris no verão, porque, não tendo operação turística, as partidas de Paris são ocupadas pelo mercado étnico, mas, no regresso, os voos vão vazios. É aqui que está o segredo de ter a operação turística juntamente com a regular, para termos passageiros que vão e vêm numa semana. É isso que dá a rotatividade que mantém a operação. Se tivermos uma operação deficitária, ela vai contaminar as outras e, por isso, preferimos não ter a operação de Paris. No entanto, continuamos a distribuir Paris em Cabo Verde, via Lisboa, combinando as companhias IATA que estão em Lisboa. Continuamos a oferecer esse serviço e a permitir essa conetividade, porque a conetividade não existe só quando operamos os aviões, existe quando arranjamos soluções e assistimos as agências de viagens de um mercado não IATA, como Cabo Verde, através de plataformas como Portugal, a partir de onde é possível chegar a qualquer parte do mundo, a tarifas competitivas.

Quais são, então, os planos para o verão? A Cabo Verde Connect vai ter apenas os charters ou é possível que os voos entre Lisboa e a Praia regressem?
Neste momento, estamos ainda a ponderar. Temos tudo preparado para reiniciar, em julho, a operação Lisboa-Praia, se a situação se alterar. Temos previsto realizar um voo por semana mas, se houver procura, podemos aumentar a operação para mais um voo.
Mas nota-se que há ansiedade para que os voos Lisboa-Praia regressem. Os agentes de viagens que trabalham connosco estão ansiosos para que coloquemos os voos no mercado.

E qual é a expetativa para esses voos, caso eles venham a ser realizados, e para o verão?
A expetativa é boa, sentimos que há procura e com o avançar da vacinação, nota-se que há maior tranquilidade. Por outro lado, a existência de uma companhia aérea doméstica, que nós também representamos, permite ligar as várias ilhas ao gateway Praia ou Sal, o que aumenta a expetativa de virmos a ter ocupações razoáveis, caso coloquemos o voo no mercado, uma vez que, em dezembro e janeiro, quando estivemos a operar, não existiam tantos voos domésticos e tínhamos o constrangimento de ligar o nosso horário. Além disso, havia outro problema, que era a necessidade de ter um teste COVID-19 realizado 72 horas antes da viagem, o que quer dizer que tudo tinha de ser muito bem pensado, o passageiro não podia ficar muito tempo na Praia ou já não conseguia estar em São Vicente dentro dessas 72 horas e seria preciso outro teste. Foi uma logística complicada e em que tudo precisava de estar bem otimizado.

Mercado cabo-verdiano

Essa intenção de retomar os voos em julho não colide com aquilo que a Cabo Verde Connect Services tinha dito quando lançou a operação, que deixaria os voos quando a Cabo Verde Airlines voltasse a operar, o que devia ter acontecido a 18 de junho?
O projeto nasceu do nosso ‘aproach’ à Cabo Verde Airlines e, na altura, eles aceitaram. Sempre dissemos que iríamos operar a Praia, tendo em conta que a base da Cabo Verde Airlines era o Sal. Ao contrário do que possa parecer, as empresas não são concorrentes. O nosso forte é a distribuição, é estar com o cliente, e, para nós, ser a Cabo Verde Airlines ou outra companhia a operar, é a mesma coisa, desde que continuemos a servir o cliente. Sempre dissemos que a Cabo Verde Airlines tem a sua base no Sal e que não iríamos operar o Sal, a não ser em voos charters. E é o que estamos a fazer e é, por isso, que vamos iniciar, no dia 18, a operação charter e não vamos ter voos regulares para o Sal, tendo em conta que a Cabo Verde Airlines vai iniciar a sua operação em breve.

E há mercado para que existam dois hubs em Cabo Verde, um da Cabo Verde Airlines no Sal e outro vosso, na Praia?
Acredito que sim, que há mercado, não acredito é que haja mercado para voar Cabo Verde com aviões de 160 ou 170 passageiros, bi-diário. Acredito, sim, que um equilíbrio possa ser benéfico porque, na verdade, se nós não operarmos a Praia, as tarifas da Praia sobem e as do Sal baixam. Isso é algo que já discutimos com a Cabo Verde Airlines em 2018 e 2019. Discutimos que, enquanto nós operávamos a Praia, permitíamos que houvesse um equilíbrio em todos os gateways, porque se a Cabo Verde Airlines só operar no Sal e não tiver concorrente na Praia, o que acontece é que a companhia que operar apenas Praia vai aumentar o preço e vai baixar o do Sal. Isto é normal no negócio, não é preciso ser um especialista para perceber, porque se estou sozinho, aumento o preço e baixo o preço onde tenho concorrentes. E isto é algo não queremos para um mercado como Cabo Verde, porque Cabo Verde precisa de mobilidade para que haja sempre fluxos contínuos.

E depois ainda há a TAP.
Exato. Só há uma companhia a operar a Praia, mas há duas no Sal, ou seja, a que está a operar sozinha a Praia, vai aumentar o preço e baixar o do Sal. É isto que acontece, basta ver o que acontecia quando a Cabo Verde Airlines estava a operar, em que o preço da Praia era muito mais alto e o do Sal muito mais baixo, o que obrigava a Cabo Verde Airlines a perder dinheiro. Quando isto acontece, todos nós perdemos dinheiro, a nossa lógica é esta. Nós não somos uma companhia aérea, somos prestadores de serviços, defendemos a cadeia de compra e o consumidor.

Mudanças e perspetivas

A pandemia trouxe, de facto, várias mudanças, nomeadamente na aviação. Que mudanças trazidas pela pandemia poderão manter-se mesmo depois de ultrapassada a COVID-19?
Julgo que a pandemia mudou o paradigma que tínhamos do cliente e daquilo que vendemos. Desde a pandemia, o que vendemos na aviação é exatamente o que uma grande superfície vende: serviço, entrega e um suporte ao cliente em caso de algo correr mal. A pandemia mostrou-nos situações difíceis e as companhias refletiram, estão mais abertas e não abandonam o cliente como aconteceu inicialmente. Esta é uma grande lição e penso que se percebeu que temos de tratar o cliente em condições para que ele possa voltar. E também acho que houve outra mudança de paradigma positiva, que foi a alteração do paradigma dos custos. As grandes empresas tinham uma noção de custo como se fosse algo departamental mas, hoje, falar de custo vem de cima para baixo e toda a gente percebe que é preciso cortar. Esta é outra lição que temos de aprender. Com a pandemia, muitas companhias aéreas também deram o salto para o NDC, que também tem o intuito de baixar custos e espero que não se confunda esse baixar de custos com a ideia falsa de que há um cerco ao cliente e um afastar da cadeia, porque isso é falso. O NDC é uma coisa boa que conheceu um grande salto com a pandemia, porque houve um nível de procura mais baixo que permitiu às empresas correr riscos e testar coisas novas. O NDC disparou e vai disparar ainda mais. Mas espero que as companhias vejam o NDC como uma vantagem global e não apenas como ferramenta para diminuir os próprios custos. Mas penso que, em Portugal, a pandemia serviu para uma melhor relação entre todos, entre agências de viagens e as próprias companhias aéreas. Hoje, falamos mais e melhor, há mais consciência de que as coisas podem correr mal e maior partilha, porque isso também ajuda a ultrapassar as dificuldades e a crescer.

E quando é que será possível voltar aos números do passado, quando o turismo batia recordes em Portugal e também em Cabo Verde?
Não gosto de fazer futurologia e esta pandemia já nos mostrou que isso é difícil, porque as coisas podem mudar de um dia para o outro, mas sou um otimista e acredito que as coisas vão voltar ao seu normal, mais ano ou menos ano.

Sobre o autorInês de Matos

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

Carla Nunes

O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
Alojamento

Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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