Polónia acredita na recuperação de 30% a 35% do mercado português perdido com a pandemia
A pandemia provocou uma queda superior a 80% no total de turistas portugueses que anualmente visitava a Polónia, segundo Agata Witoslawska, diretora do Turismo da Polónia para Espanha e Portugal.

Inês de Matos
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A pandemia da COVID-19 provocou uma queda superior a 80% no total de turistas portugueses que anualmente visitava a Polónia e, apesar de admitir que será difícil alcançar uma recuperação este ano, Agata Witoslawska, diretora do Turismo da Polónia para Espanha e Portugal, acredita que será possível recuperar 30% a 35% do mercado luso.
“Tivemos uma grande queda, de cerca de 80%, tanto quanto sabemos até agora porque ainda não temos todos os números, mas talvez possa ser até maior que 80%”, admitiu a responsável esta terça-feira, 29 de junho, durante o webinar “Redescubra a Polónia”.
Agata Witoslawska admite que “será difícil” recuperar os mais de 50 mil turistas portugueses que tinham visitado o país em 2019, até porque a pandemia da COVID-19 continua a ser sinal de preocupação, nomeadamente devido à nova variante Delta.
“Se conseguirmos recuperar 30 ou 35% do total de turistas portugueses que tínhamos antes da pandemia, ficaremos muito felizes”, afirmou a responsável, que espera que “o impacto da variante Delta do coronavírus não seja muito grande”.
Apesar das incertezas da pandemia, Agata Witoslawska revelou também que a Polónia está aberta para receber os turistas e vai adotar, já a 1 de julho, o certificado de vacinação europeu, ainda que, revelou a responsável, desde maio que os turistas vacinados contra a COVID-19 ou que possuam um teste PCR ou antigénio realizados até 48h00 antes da chegada à Polónia, podem visitar o país. Quem não possuir o teste, também o pode fazer no aeroporto à chegada, podendo continuar a viagem em caso de resultado negativo.
Pronto a receber os turistas está também todo o setor turístico polaco, uma vez que, indicou Agata Witoslawska, a hotelaria, restauração e museus e outros monumentos já se encontram completamente operacionais, não existindo qualquer limitação para vacinados, ainda que seja necessário usar máscara facial em espaço fechados, uma vez que a obrigatoriedade de uso de máscara ao ar livre já deixou de existir.
Na Polónia, a situação epidemiológica está controlada, acrescentou ainda a responsável, que revelou que o país tem, neste momento uma “baixa incidência da COVID-19” e já distribuiu mais de oito milhões de doses de vacinas contra a doença.
Em relação à procura, Agata Witoslawska explicou ainda que se têm registado mudanças na procura dos turistas portugueses, que “querem ver mais do que os campos de concentração de Auschwitz-Birkenau, também visitam cidades com história e arte, e também querem passar mais tempo ao ar livre”.
“Os turistas em geral, e os portugueses em particular, também procuram produtos locais e gostam de viajar de forma mais lenta, desfrutando da sua viagem”, acrescentou a responsável, explicando que é também por isso que a Polónia está a promover, além de Varsóvia e Cracóvia, a capital e cidade mais turística do país, respetivamente, outras cidades mais pequenas, mas que contam com uma diversificada oferta de natureza, arte ou gastronomia.
O património UNESCO de cidades como Gdansk ou Torún, assim como as visitas temáticas em Wroclaw, a arquitetura de Lublin ou a ‘street art’ de Lodz, sem esquecer o Mercado de Natal de Poznan, que conta com um conhecido concurso de esculturas de gelo e que o Turismo da Polónia espera que se possa realizar este ano, foram alguns dos atrativos do turismo polaco apresentados no webinar “Redescubra a Polónia”.
Fundamentais para a retoma do fluxo turístico entre Portugal e a Polónia, considerou ainda Agata Witoslawska, são também os voos da TAP para Varsóvia, que já foram retomados e contam, atualmente, com oito frequências por semana, incluindo duas ligações às segundas e sextas-feiras, enquanto às terças-feiras não existe ligação aérea.