Turismo de Portugal lança nova campanha para promover país nos mercados de proximidade
A nova campanha #Tempo de Ser / #Time to Be dirige-se, numa primeira fase, ao mercado doméstico e europeu mas, numa fase posterior, chegará também aos mercados intercontinentais, como EUA e Canadá.

Inês de Matos
Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Miguel Andrade, diretor de operações da PHC Hotels
UE apoia África na produção de SAF
Air France KLM e Etihad Airways alargam parceria
Nortravel promove Mercados de Natal
Emirates procura tripulantes de cabina em Portugal
Tour10 consolida aposta no turismo de luxo e wellness
Academia GEA lança plano de formação com mais de 20 cursos certificados
Emirates e United expandem ‘codeshare’ e incluem mais voos para e do México
Tailândia vence no “overtourism”
Os aeroportos britânicos e companhias aéreas com mais atrasos
*com Victor Jorge
O Turismo de Portugal apresentou esta terça-feira, 8 de junho, a nova campanha #Tempo de Ser / #Time to Be, que visa reativar o turismo através de uma mensagem de confiança e que, numa primeira fase, se destina ao mercado de proximidade, como o doméstico e os mercados europeus, enquanto os mercados intercontinentais ficam para uma fase posterior.
“Inserida no plano de retoma ‘Reativar o Turismo | Construir o Futuro’, que lhe disponibiliza 10 milhões de euros anuais, a campanha foca-se nos mercados que demonstram abertura para as viagens turísticas e que apresentam boas oportunidades para se atingirem os objetivos de crescimento do turismo em valor”, explica o Turismo de Portugal.
Em Arouca, onde decorreu a apresentação, mais concretamente, junto à Ponte 516 Arouca, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal (TP), referiu que estão disponíveis 10 milhões de euros por ano para campanhas promocionais, ou seja, “cerca de 60 milhões de euros até ao final da Estratégia 2027”.
De resto, o presidente do TP adiantou, igualmente, que a campanha agora apresentada, embora esteja disponível, “para já, em português e inglês, será adaptada a cada mercado, ou seja, adotará a língua dos mercados-alvo”.
Antes, Luís Araújo fez referência à performance que Portugal teve, principalmente, de 2015 a 2019, colocando-se como 12.º país mais competitivo do mundo, salientando que “2020 foi um ano de desafios”.
A apresentação da nova campanha serviu, igualmente, para mostrar as principais conclusões do estudo que o TP encomendou, não focando Portugal como um destino turístico, mas relativamente aos “atributos económicos” do país, admitindo Luís Araújo que, neste aspeto, Portugal “estava e está na liderança”.
Se relativamente aos principais mercados inquiridos, “Espanha nos vê ainda com surpresa, mas com muito relevância, o Reino Unido foi o mercado emissor onde se registou uma maior evolução da Marca Portugal”, verificando-se, também, “uma transformação no que diz respeito à perceção”.
Também é neste mercado, de onde Portugal foi recentemente retirado da “listra verde”, que vêem atributos na Marca Portugal como “sociável, original, amigável, charmosa, divertida e autêntica”.
Desta forma, o mercado doméstico, assim como os mercados europeus de Espanha, Alemanha, Reino Unido, França e Países Baixos, são os primeiros alvos da nova campanha, aos quais se vão seguir os mercados intercontinentais, como EUA e Canadá, entre outros.
Os mercados surgem, assim, divididos em quatro níveis, com as respetivas campanhas, a atual e futuras, a “permitir uma maior adaptabilidade”.
A nova campanha conta com cinco filmes promocionais e destaca alguns dos principais produtos turísticos portugueses, como o Surf, o Enoturismo e a Gastronomia, o Sol e Mar, a Natureza, as Cidades, as Aldeias e o Património, numa abordagem que, segundo o Turismo de Portugal, “cumpre também o objetivo de estimular a procura em todo o território nacional, promovendo o negócio turístico no interior do país, que apresenta no atual contexto uma enorme atratividade, mas também, no litoral e nas cidades que foram particularmente afetadas no último ano”.
O primeiro vídeo disponível é dedicado ao surf, chama-se Tempo de Surfar. O Turismo de Portugal explica ainda que cada um dos cinco filmes que compõem a campanha #Tempo de Ser | #Time to Be é “composto por um plano único reforçando a relação de intimidade com o destino, e numa alegoria a um país único e que invoca o desejo de experienciar e visitar Portugal”.
“O esforço coletivo dos últimos meses deu origem a bons resultados e as perspetivas são favoráveis. Esta campanha reforça o objetivo de que é chegado o momento de seguir em frente e voltar a liderar o caminho, é o momento de ser, de largar a pausa e carregar no play, relembrando o valor único e emocional de viajar”, acrescenta o Turismo de Portugal.
Por isso, Luís Araújo salientou o facto de que “precisamos de ser um país só” e que este “é o momento para não falharmos”.
Antes mesmo, Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, tinha focado o ponto de que “o futuro só se faz com os territórios”, destacando mesmo que “já lá vai o tempo em que o turismo era litoral”.
Do lado do ministro de Estado, Economia e da Transição Digital (METD), Pedro Siza Vieira, a mensagem passou por destacar três pontos: evitar ao máximo a sazonalidade, abranger todo o território nacional e diversificar os mercados emissores.
“Portugal é um destino turístico de elevado valor”, começou por frisar Pedro Siza Vieira, destacando ainda o facto que, “de todos os países mediterrânicos, Portugal foi o 2.º país onde os turistas mais receitas geraram”, constituindo isto “um caminho para a “notoriedade internacional”.
Focando a necessidade de se apostar na “mobilidade aérea”, sem a qual, admitiu o ministro, “não há retoma do turismo”, Pedro Siza Vieira, indicou, perguntado se o atraso da construção do aeroporto de Lisboa poderá impactar os objetivos definidos pelo “Reativar o Turismo. Construir o Futuro”, que define chegarmos a 2027 com 27 mil milhões de euros em receitas e 80 milhões de dormidas, que “o país precisa de todas as infraestruturas necessárias para o seu desenvolvimento e tal como no digital, também o aeroporto faz parte dessas necessidades”. “O país precisa dessas infraestruturas para as próximas décadas”,, frisou.
Certo é, também, a abertura aos viajantes provenientes dos EUA, revelando Pedro Siza Vieira que, dentro de uma semana, Portugal vai permitir a entrada a “viagens não essenciais com certificado de vacinação com duas tomas nos últimos 14 dias”.
Quanto ao Reino Unido, “não percebemos a decisão”, referiu o ministro, destacando, de resto que “vários eram os países que esperavam um alargamento da ‘lista verde’, o que não veio a acontecer”.
“Estamos preparados para quem nos quer visitar”, frisou Pedro Siza Vieira, enaltecendo ainda o trabalho realizado pelo Turismo de Portugal que “manteve intacto este capital do nosso país”. Deste modo, admitiu o ministro da Economia, “as estimativas é que fechemos 2021 com valores acima de 2020”
A nova campanha está alinhada com a Estratégia Turismo 2027 e com o Plano Turismo + Sustentável 20-23, e, segundo o Turismo de Portugal, prossegue a estratégia de “internacionalização da Marca Portugal, enquanto destino turístico para visitar, investir, viver e estudar, e o posicionamento do turismo como fator de competitividade e de alavanca económica do país e das empresas”.
Além da nova campanha, o Turismo de Portugal anunciou também a “reformulação do VisitPortugal, num reforço do ecossistema digital de promoção do destino”.