“Setor do turismo não necessita de reformas estruturais”, diz SET
Rita Marques participou esta manhã no 7.º Vê Portugal – Fórum de Turismo Interno, onde justificou o lançamento do plano “Reativar Turismo | Construir Futuro”.

Inês de Matos
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A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, defendeu esta quarta-feira, 26 de maio, que “o setor do turismo não necessita de reformas estruturais”, motivo pelo qual não foi colocado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo sido antes lançado um “plano específico que garanta a aceleração do setor”.
“Muitas vozes deram conta que deveríamos estar no PRR, eu queria vincar que o setor do turismo não necessita de reformas estruturais, a governança é adequada, os nossos ativos são extraordinários, a rota de crescimento estava a ser vivida de uma forma sustentável. Evidentemente que precisamos, sim, de um plano especifico que garanta a aceleração do setor, de modo a que possamos atingir em 2027 as métricas a que nos propusemos atingir em 2017”, explicou a governante, durante o 7.º Vê Portugal – Fórum de Turismo Interno.
Segundo Rita Marques, a oportunidade para lançar este plano, que prevê mais de seis mil milhões de euros para ajudar à retoma e recuperação turística, surgiu na semana passada, com a integração de Portugal na lista verde do Reino Unido, o que trouxe vantagens competitivas a Portugal face a destinos concorrentes.
“Estamos, nesta altura, a virar a página, sendo certo que, na semana passada, com a integração de Portugal na lista verde do Reino Unido, encontramos uma oportunidade, principalmente quando comparado com o posicionamento dos países concorrentes. Nessa perspetiva, entendemos que era o momento certo, o momento adequado para lançarmos um plano de ativação do turismo”, referiu.
A secretária de Estado do Turismo falou, depois, sobre os quatro pilares que estão subjacentes ao novo plano “Reativar Turismo | Construir Futuro” – empresas, confiança, posicionamento internacional e futuro -considerando, que, nas empresas, a prioridade é a capitalização, pois as empresas terão perdido cerca de mil milhões de euros durante a pandemia, e que, no que diz respeito à confiança, é necessário dar condições aos empresários para “coadunar as suas infraestruturas e equipamentos a esta nova rotina que tenta salvaguardar as medidas de natureza sanitária”.
Nesse sentido, acrescentou a governante, vai ser lançado “muito em breve o Adaptar 2.0, que foi uma iniciativa reconhecidamente marcante em fase de pandemia e que agora terá uma continuidade”.
Já no que diz respeito ao posicionamento internacional, o objetivo é assegurar que ele se mantém competitivo e que gera negócio, ainda que, apontou ainda Rita Marques, seja também necessário garantir que Portugal comunica “bem lá fora”.
“Em ano de pandemia, Portugal foi reconhecido como a melhor marca turística da Europa. Alguma coisa teremos, seguramente, todos feito bem. Nessa perspetiva, saímos novamente na frente e temos de continuar a passar a palavra e a mensagem correta, evidenciando o que temos de melhor e contornando os níveis de concorrência, que vão sendo muito relevantes nesta fase de arranque”, explicou.
Rita Marques referiu mesmo que, apesar dos “números horribilis” relativos à pandemia que Portugal apresentou no início deste ano, a imagem do país não saiu prejudicada, considerando mesmo que esta deverá até ter sido reforçada.
“Volvidos estes meses, estamos na frente, conseguimos uma notoriedade internacional que me atrevo a dizer que saiu reforçada fruto desta pandemia e decorrente das iniciativas pioneiras que fomos desenvolvendo”, acrescentou.
Em relação ao último pilar, a secretária de Estado do Turismo explicou ainda que o objetivo, além de passar, no curto prazo, pelo restabelecimento da mobilidade na Europa, o que vai ser conseguido com a entrada em vigor do certificado digital europeu, passa também por criar uma estratégia europeia para o turismo, que Portugal que lançar e que espera que tenha continuidade.
“Este quarto pilar que tem a ver com o futuro, depende muito do que está a ser feito na Europa a nível imediato, com a reposição da mobilidade aérea, mas também com uma ambição mais forte que temos, que é desenhar uma estratégia para o turismo 2030-2050 no contexto europeu”, indicou a governante.
Rita Marques lembrou que a presidência portuguesa do Conselho Europeu já lançou esse desafio e espera agora que o organismo europeu vote favoravelmente as conclusões.
“Estou muito expectante em poder anunciar muito em breve que Portugal lançou uma agenda europeia, uma agenda de turismo2030-2050, que espero que possa ter continuidade com a presidência eslovena”, concluiu.