“A luz ao fundo do túnel para a aviação ainda está longe”, diz OAG
Com as esperanças todas depositadas num verão mais “normal”, os especialistas da OAG admitem que a retoma na aviação ainda não está à vista.

Victor Jorge
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O setor da aviação a nível mundial aguarda (im)pacientemente pela retoma das viagens, embora muitos reconheçam que já se esperava um pouco mais de atividade.
A lentidão do mercado é refletida pela queda da capacidade em dois terços dos mercados regionais na semana de 12 de abril, comparada com a semana anterior (5 de abril), revelam os números mais recentes da OAG, com a Europa Ocidental a liderar com uma redução de 6,4% na comparação semanal, ligeiramente à frente da América do Sul, mais especificamente, do Brasil com 6,1 %. A África Oriental é o mercado regional de crescimento mais rápido no mundo, de acordo com a OAG, com cerca de 4,2% de crescimento face á semana anterior, “referindo os analistas que “uns simples 17.000 lugares extras podem fazer a diferença”.
A capacidade global permanece em baixa, com os números que comparam a semana de 12 de abril com a semana de 20 de janeiro de 2020, ou seja, pré-COVID-19, a indicarem uma quebra de 41%).
Globalmente, “a capacidade programada está fixada em cerca de 58% dos níveis pré-pandêmicos”, afirmou John Grant, analista-chefe da OAG, à Bloomberg. Salientando que “para cada mercado que cresce, outro parece recuar”.
Entre os países que menos sofrem no atual cenário está a China, que na comparação semanal cresce 2% e relativamente a janeiro de 2020 “só” regista uma quebra de 1,4%. Mas o país que mais cresce é a Tailândia, mostrando uma evolução de 4,1% face à semana anterior de 5 de abril, o que corresponde à recuperação de 38 mil lugares adicionais, mas quebra fortemente relativamente à semana indicada de 2020. Aliás, com os planos para a reabertura de Phuket e o objetivo de vacinar todos os habitantes antes da reabertura, talvez haja um caminho a seguir para um destino tão dependente do turismo e, de facto, para outros mercados semelhantes.
Ao medir os lugares oferecidos atualmente, os dados da OAG mostram que as companhias têm, neste momento, cerca de 62 milhões de lugares por semana, bem abaixo da referência de 2019 de 106 milhões.
Grant admite que, com os bloqueios, “as esperanças de um verão europeu animado estão em jogo”, salientando ainda que “a realidade é que a capacidade das companhias aéreas atingirá uma média de cerca de 65 a 68 milhões de lugares até o final do ano”, referindo também que “a procura de passageiros ficará cerca de 15-20% pontos abaixo dos níveis de capacidade por um longo período de tempo”.
Ou seja, “pode haver luz no fim do túnel, mas é um túnel muito, muito longo que ainda temos que atravessar”, conclui Grant.