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“As pessoas não voltarão a viajar simplesmente porque os governos dizem ‘agora pode viajar’”

Em entrevista ao Publituris, Taleb Rifai, ex-secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), destaca que a indústria terá de se adaptar a um novo consumidor, mais digital, mas, também, perceber que a retoma começará, em primeiro lugar, pelo turismo doméstico e regional.

Victor Jorge
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“As pessoas não voltarão a viajar simplesmente porque os governos dizem ‘agora pode viajar’”

Em entrevista ao Publituris, Taleb Rifai, ex-secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), destaca que a indústria terá de se adaptar a um novo consumidor, mais digital, mas, também, perceber que a retoma começará, em primeiro lugar, pelo turismo doméstico e regional.

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A crise pandémica da COVID-19 veio impactar de forma brutal a indústria do turismo. Se antes as preocupações poderiam parecer triviais, um vírus invisível veio trazer um cenário, até agora, inimaginável. Certo é que, como em muitas indústrias e setores, nada será como antes e haverá sempre um pré e um pós-COVID.

Em entrevista ao Publituris, Taleb Rifai, ex-secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), destaca que a indústria terá de se adaptar a um novo consumidor, mais digital, mas, também, perceber que a retoma começará, em primeiro lugar, pelo turismo doméstico e regional.

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Há quatro anos, em entrevista ao Publituris, a primeira pergunta colocada foi: “Como define o momento atual do turismo, considerando os últimos acontecimentos relacionados com o terrorismo, o Brexit e a eleição de Trump?”. Hoje começo por perguntar-lhe, como define o momento atual do turismo, considerando a crise pandémica que se vive há mais de um ano?

Há quatro anos, ninguém esperava a crise da COVID-19 e o impacto que teria, ou melhor, tem na indústria de viagens, em particular.

Em resposta direta à sua pergunta, acredito que este é um momento definido na história da humanidade no seu todo. Tudo irá mudar.

Há quatro anos, lembro-me de ter dito que, o terrorismo, o Brexit e a eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA iriam afetar a indústria de viagens negativamente e de diferentes formas e graus. Mas o turismo, como sabemos, recuperou e conseguiu-o em menos anos.

Hoje não recuperaremos, mas iremos dar um salto em frente, para um novo mundo, para novas normas. Em meu entender, um mundo melhor e mais sustentável.

Por isso, estou muito otimista, mas não por ir ou voltar ao estado em que nos encontrávamos, mas antes por avançarmos para uma forma de crescimento mais sustentável.  As pessoas continuarão a viajar, até talvez mais, mas irão fazê-lo de uma forma mais sustentável.

O setor do turismo, de modo geral, sofre há um ano com quebras nunca antes vistas. Em seu entender, haveria alguma forma de qualquer país preparar-se para este “desastre”?

O setor de viagens é um dos setores mais afetados pela COVID-19. A única forma de qualquer país fazer melhor, teria sido por uma melhor coordenação das suas ações e procedimentos, desde logo, com seus países vizinhos. O truque, se me é permitida a expressão, não é fazer um trabalho perfeito sozinho, mas sim por conseguir concordar com procedimentos mínimos, começando com os destinos que fazem fronteira com o nosso país até alcançarmos um nível internacional. Necessitamos de um novo sistema multilateral, um sistema mais harmonizado, justo e equitativo, porque não é importante o sucesso de cada país per si, se depois não for possível viajarmos de um lado para o outro. Esta é a natureza de viajar, ligar pessoas e lugares.

Confiança

A vacinação é fulcral para que o setor do turismo regresse a um “novo” normal. Quanto tempo julga ser necessário até regressarmos a uma normalidade vivida pré-pandemia?

A este ritmo, vacinar 70% da população mundial demorará cinco anos. A indústria das viagens só recuperará para uma nova norma, quando o mundo inteiro estiver pronto para viajar sob um sistema unificado. A natureza da viagem é a de enviar pessoas e receber pessoas. Por isso, não será aconselhável depender somente da vacinação, se o que queremos é uma recuperação rápida. Podemos e devemos começar por avançar, imediatamente, com um sistema de testes harmonizado, tornando-o mais disponível e acessível para todos. É mais fácil e rápido.

 

Confiança é a palavra-chave para um regresso a essa nova norma?

Absolutamente, não haverá recuperação do turismo até as pessoas terem uma paz de espírito e confiança num sistema. Sistema esse que terá de ser um sistema internacional. As pessoas não voltarão a viajar simplesmente porque os seus governos dizem “agora pode viajar“.

 

Com a vacinação vem agora a vontade de se aplicar um “certificado/passaporte sanitário ou de vacinação”. Esta aplicação é, em seu entender, a melhor forma de garantir a segurança sanitária para países e viajantes e dar-lhes confiança?

Sinceramente, espero que isso não se torne o caso. Não é justo nem equitativo, no mundo de hoje, para os países e pessoas que não possuem vacinas ou não consigam vacinar a maioria da sua população. Não queremos transformar isto num jogo político dos que têm e dos que não têm. Os testes acessíveis, de forma harmonizada, são muito mais lógicos para uma recuperação mais rápida e imediata.

 

Em seu entender, estas medidas poderão levar a uma eventual discriminação involuntária para quem ainda não teve oportunidade de ser vacinado?

Esse é exatamente o ponto fulcral. Mas o mais importante é perceber, se isso acontecer, que todos perderemos, aqueles que vacinaram e os que conseguiram vacinar. Ninguém viajaria para um destino não estando vacinado, e nenhum destino com a população vacinada aceitaria receber pessoas de um destino não vacinado. No fundo, viajar é conectar todos em todos os lugares. Por isso, nada disto funcionará até que todos estejam vacinados. E isso demorará muito tempo.

Europa (des)unida

No caso da União Europeia, que deveria, por exemplo, funcionar como “una” e existir uma política harmonizada, verifica-se que existem países que estão a criar os seus próprios corredores turísticos e outros não. Isso poderá criar problemas ou ser entendido como concorrência desleal?

Com certeza, e essa situação já está a ocorrer. Não será possível ter um país que insista na quarentena, enquanto o seu país vizinho exige um passaporte de vacinação e um terceiro exija simplesmente um teste de 72 horas antes da chegada ou nos pontos de entrada. A UE é um bom exemplo desta falha do sistema multilateral. Até mesmo os Estados Unidos da América já não são “unidos”. Cada Estado está a agir por conta própria, tal como o sistema global da ONU. Todos falharam. Precisamos de reconstruir um novo sistema de raiz, peça por peça.

 

Com a falta de segurança sentida pelos turistas, as viagens de proximidade serão as primeiras a conhecer uma possível recuperação, segundo a maioria dos analistas. Também é essa a sua perceção?

Com certeza que os grandes vencedores desta crise serão o turismo doméstico e o turismo regional. É verdade que o turismo doméstico não traz receitas nem contribui para o equilíbrio do comércio da mesma forma, mas ajuda a manter vivos negócios e empregos, o que é algo positivo, especialmente para países em desenvolvimento onde um turista é simplesmente um estrangeiro, uma pessoa loura de olhos azuis. Nenhum país que não seja apreciado e visitado pelos próprios nacionais pode ou deve ser apreciado por um visitante externo. Para mim, esta é uma questão de princípio. Não se trata somente de uma necessidade atual ou temporária devido a uma crise.

“Nenhum país que não seja apreciado e visitado pelos próprios nacionais pode ou deve ser apreciado por um visitante externo”

Que alterações estruturais poderá esta crise sanitária trazer ao setor do turismo a nível global? Poderemos estar perante o desaparecimento, fusões, compras e vendas de players, destinos, companhias, etc.?

Irá mudar tudo. Só aqueles que compreendem que estamos a rumar em direção a uma nova norma, uma nova realidade, sobreviverão.

E que nova realidade é essa?

Existe um novo mundo em construção, um novo mundo mais justo, equitativo e, portanto, mais sustentável. Todos terão de se ajustar.

Infelizmente, a indústria do turismo não é a melhor quando se fala em ajustes ou pensar de forma inovadora. Lembremo-nos somente disto: fomos capazes de colocar um homem na Lua antes de colocar duas rodas numa mala de viagem. Isto demonstra o nosso conservadorismo e confirma que esta nossa indústria é lenta.

 

Portugal conquistador

No caso de Portugal, as expectativas eram de que 2020 seria o melhor ano para a indústria do turismo. A pandemia veio trazer precisamente o inverso, não se sabendo quando poderá chegar a tão aguardada e falada retoma. Em 2017 referia que Portugal era um grande facilitador do turismo e que o grande ativo do país eram as pessoas. “São as pessoas que fazem a diferença e as pessoas em Portugal são muito especiais”. São essas mesmas pessoas que poderão fazer a diferença para a retoma do turismo em Portugal?

Diria que sim, absolutamente. Ainda acredito fortemente nas pessoas de Portugal, essa pequena nação de grande coração. Para conseguir a retoma e unir o mundo, comecem com o vosso vizinho, depois a Europa, o norte da África e, por fim, o resto do mundo. Alguém tem que assumir a liderança. Vocês já o fizeram há muito tempo. Todos os continentes do mundo têm, hoje, um país e pessoas que falam português. Por isso, vocês poderão fazê-lo outra vez. Não admira que o Secretário-geral das Nações Unidas seja português.

 

Estimando que as pessoas não quererão fazer viagens muito longas numa primeira fase, quem serão os grandes “concorrentes” de Portugal? Os países europeus, os países do norte de África ou pensa que os diversos confinamentos a que as pessoas foram sujeitas as levará a querer viajar para destinos mais exóticos?

No turismo não há concorrência entre vizinhos. Geralmente, o que é bom para o meu vizinho é bom para mim. É semelhante ao princípio dos “souk”, onde todos os que vendem especiarias ou ouro estão na mesma rua. Um cliente traz outro. A concorrência está apenas na qualidade dos serviços.

Quanto mais pessoas viajarem para Espanha ou para o norte de África, mais virão para Portugal.  Tal como já referi, será o turismo doméstico e regional a recuperar primeiro.

 

Saída a 3 tempos

Companhias aéreas, hotéis, restaurantes, estes foram stakeholders que sofreram quebras significativas. Quem sofrerá maiores problemas de adaptação na esperada recuperação?

Estão todos no mesmo barco. Todos têm de se ajustar. As companhias aéreas devem comunicar mais confiança na limpeza e higiene e devem ter uma política de reserva e cancelamento mais flexível. No caso dos hotéis, terão de reconhecer que os clientes nacionais e regionais serão os primeiros a chegar, seguidos, eventualmente, dos nómadas digitais, que requererão reservas especiais de longo prazo. Assim, terão de surgir novas e ofertas especiais. Os restaurantes, por sua vez, vão ter de entender que terão de apostar no delivery e ajustar os lugares, adaptando os espaços ao distanciamento social, com mais lugares no exterior.

Por isso, para além de todas as mudanças e alterações, tudo terá de transmitir uma ideia e confiança de limpeza e higiene.

 

No que toca às ajudas que os diversos governos/países e entidades têm dado à indústria do turismo, em sua opinião, estas ajudas serão suficientes para uma recuperação rápida? Existiriam ou existirão outras medidas e apoios que deveriam ter sido postos em prática ou introduzidos a partir de agora?

Existem três estágios para uma recuperação. Em primeiro, manter os negócios vivos, o que requer apoios diretos ou empréstimos por parte dos governos só para garantir que os negócios tenham tempo suficiente para adaptar-se à nova realidade e sobreviver.

Em segundo lugar, concentrar-se no turismo doméstico e regional, o que exige que o setor privado se ajuste rapidamente às novas realidades de tais viajantes, e disponibilize novas ofertas. Só assim e depois os governos poderão parar os apoios diretos.

Em terceiro e último, viagens internacionais, que devem começar pelos jovens nómadas digitais, e apólices de seguro especiais para estrangeiros que exigem soluções e pacotes especiais do setor do alojamento, bem como apoio governamental na ligação com seguradoras, promoções, vistos e questões fiscais para estadias mais longas dos tais nómadas digitais.

 

Com ex-Secretário-geral da OMT, haveria algo que a organização poderia ter feito ou essa é uma responsabilidade exclusiva dos respetivos países?

Sinceramente, esperava-se que a OMT, como qualquer outra organização governamental multinacional da ONU, fosse capaz de trabalhar em formas para que os governos do mundo concordassem num sistema mínimo, como já expliquei.

 

O “novo” viajante

Como também já referiu, é global a noção de que o mundo será mais digital e, forçosamente, com maiores preocupações ao nível da sustentabilidade e questões climáticas. Como é que a indústria do turismo poderá adaptar-se a estas novas exigências?

O mundo está a tornar-se cada vez mais digital. Nós simplesmente temos de adaptar-nos e fazer o melhor uso da tecnologia. Para pensar fora da caixa, a indústria do turismo deve reconhecer que tudo pode tornar-se digital e virtual, não apenas reuniões e conferências, mas também eventos públicos, como concertos ou grandes reuniões, atividades de ginásio e mesmo eventos pessoais. Eu, por exemplo, assisti ao casamento da minha filha, no Dubai, via Zoom. Eu estava em Amã, Jordânia, com o pai do noivo, e ela e o futuro marido estavam no Dubai, com o sacerdote noutra linha. Só temos de ser imaginativos e usar a tecnologia disponível ao máximo.

Também o consumidor, viajante, turista modificou-se. Estamos perante um público mais jovem, com maior conhecimento, mais digital, mais exigente, menos fiel, etc.. De que forma é que o turismo terá de lidar com este novo público?

Tem toda a razão. Primeiro temos de reconhecer as mudanças, compreendê-las e admiti-las. Depois, teremos de pensar de forma imaginativa nas mudanças necessárias, através da tecnologia, sustentabilidade e campanhas e promoções inovadoras, honestas e transparentes, sempre tendo em mente e adaptadas ao novo consumidor digital e bem informado.

Que ensinamentos é que a indústria do turismo poderá ou deverá retirar desta atual crise?

Muitas lições, tais com o valor e a importância de viajar em conjunto, em particular nas viagens domésticas e regionais, que se tornaram mais importantes.

Por outro lado, a importância e prominência da tecnologia digital, as regras sanitárias e de segurança das novas normas e, finalmente, a necessidade de reter a nossa força de trabalho, de forma a ajustar-se a todos os anteriores pontos, com o objetivo de passar a usar o tempo ideal disponível.

Que mensagem teria para a indústria do turismo global, caso ainda exercesse as funções de Secretário-geral da OMT?

Juntem-se. Só conseguiremos fazer isto juntos. Nenhum governo pode fazer isto sozinho, independente da qualidade do plano adotado para a retoma do turismo.

Existem oportunidades que surgem em todas as crises, não percamos esta. Lembremo-nos que, em chinês, a palavra crise e a palavra oportunidade são uma única.

 

 

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Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton já foi inaugurado

A unidade hoteleira insere-se no edifício do antigo Grupo de Teatro Modestos, do qual foi recuperada a fachada e a antiga sala de espetáculos.

Publituris

A 6 de novembro a Hilton inaugurou mais um hotel no Porto, o Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton, no antigo Teatro Modestos.

Inspirado pela herança teatral do edifício que ocupa, o Cénica Porto Hotel conta com 126 unidades de alojamento, incluindo suites, além de um restaurante com um menu mediterrânico, o Dramatics Restaurant & Bar, liderado pelo chef Nuno Miguel. A nova unidade hoteleira oferece ainda um spa com piscina interior, jacuzzi, sauna e banho turco, várias salas para tratamentos, um ginásio equipado pela Technogym, um pátio e um jardim.

Dramatics Restaurant & Bar | Créditos: DR

Situado na Rua de Gonçalo Cristóvão, no centro do Porto, o hotel ocupa um edifício que em tempos integrou a Quinta de Santo António do Bonjardim, no início do século XIX. Em 1902, o local tornou-se a casa do Grupo de Teatro Modestos, ativo até à década de 1980.

Para preservar este legado, o hotel preservou a fachada original do edifício, como refere em nota de imprensa, além de transpor a herança teatral do edifício no design de interiores.

O espaço da antiga sala de espetáculos também foi recuperado, de acordo com o hotel, que indica em comunicado que este será um ponto de encontro para planos culturais e eventos privados.

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP
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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

Carla Nunes

O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
Alojamento

Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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