Reino Unido endurece medidas de acesso ao país com novas multas e até pena de prisão
Novas restrições entram em vigor a 15 de fevereiro e incluem multas pesadas para quem não cumprir, bem como pena de prisão para quem mentir sobre o destino de origem.

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O Reino Unido vai endurecer, a partir de 15 de fevereiro, as medidas de acesso ao país, exigindo que todos os passageiros internacionais realizem três testes à COVID-19 à chegada e vai aplicar multas pesadas a quem não cumpra a realização dos testes, que podem mesmo chegar a pena de prisão para quem mentir sobre o destino de origem.
De acordo com a imprensa internacional, o anúncio das novas medidas foi realizado esta terça-feira, 9 de fevereiro, por Matt Hancock, ministro da saúde britânico, que detalhou as diferentes sanções que passam a estar em vigor para quem não cumprir os requisitos de acesso ao Reino Unido.
Entre as sanções previstas, estão multas de 10 mil libras (cerca de 11.300 euros) para quem não realizar o primeiro teste depois da chegada ao país, que deve acontecer no segundo dia de uma quarentena de 10 dias, que os visitantes e turistas internacionais provenientes de países de risco elevado para a COVID-19 devem realizar em hotéis.
Já quem não realizar o segundo teste, que deve ser feito ao oitavo dia depois da chegada ao país, arrisca uma multa no valor de duas mil libras (cerca de 2.260 euros) e quem mentir sobre o destino de origem pode mesmo ter de cumprir pena de prisão, que pode chegar aos 10 anos.
À entrada no Reino Unido, os viajantes devem também fornecer os seus dados pessoais e de domicílio durante a estada no país, de forma a facilitar o contacto com as autoridades britânicas, que defendem que quem não cumprir as medidas “está a colocar todos em risco”, como afirmou o ministro da Saúde britânico.
De acordo com o governante, as companhias aéreas passam a ter o dever de informar os seus passageiros sobre as novas regras à chegada ao Reino Unido, assim como as sanções em vigor, em caso de incumprimento.
Além dos três testes para entrar no Reino Unido, as autoridades britânicas tornaram também obrigatória uma quarentena de 10 dias, a partir de 15 de fevereiro, para todos os viajantes com origem em países considerados de risco e que constam da “lista vermelha” britânica, que conta com mais de 30 países, incluindo Portugal, e que no caso dos turistas e viajantes não residentes no Reino Unido deve ser realizada em hotéis designados pelas autoridades britânicas.
Os custos da quarentena devem ser suportados pelos próprios viajantes e rondam os dois mil euros por pessoa, existindo ainda multas de 10 mil libras para quem não cumpra a quarentena obrigatória.