Alargamento ao turismo da linha de crédito ao setor exportador é “da mais elementar justiça”
A CTP apela ao Governo para que este pacote de medidas apresentado chegue rapidamente às empresas.

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As medidas apresentadas esta última quinta-feira pelo Governo são “manifestamente positivas” para a atividade turística e vão ao encontro do que a Confederação do Turismo de Portugal tem vindo a defender para fazer face à situação dramática que as empresas estão a atravessar.
Para a CTP, o alargamento dos instrumentos de apoio à situação de tesouraria das empresas e os apoios diretos às micro, pequenas, médias e grandes empresas são “vitais e urgentes para a sobrevivência dos vários ramos do Turismo e para a manutenção dos postos de trabalho”. Dentro das medidas, a CTP destaca a prorrogação do Apoio à Retoma Progressiva, do Programa Apoiar, e nomeadamente o alargamento e flexibilização de apoio às quebras de faturação em 2020 e o lançamento de apoios a rendas não habitacionais.
Francisco Calheiros, presidente da CTP, considera que “estas medidas apresentadas são de extrema importância para o tecido empresarial que está com enormes dificuldades e esperamos que venham a tempo de manter a oferta instalada e os empregos dos trabalhadores”.
A CTP realça ainda com agrado o alargamento da linha de crédito dirigida ao setor industrial exportador, aumentando a sua dotação e passando a incluir as empresas que operam na atividade turística. “Esta é uma decisão que surge após a CTP ter demonstrado o seu descontentamento junto do Governo e ter reivindicado a sua alteração urgente”, recorda a confederação em comunicado.
“A ser implementada e legislada em breve, esta medida é da mais elementar justiça para o Turismo que vive, na atualidade, o seu pior momento. Aquando do lançamento da linha verificámos que o Turismo não tinha sido incluído e manifestámos a nossa surpresa uma vez que somos a maior atividade económica exportadora do país, tendo sido responsável em 2019 por 52,3% das exportações de serviços e por 19,7% das exportações totais”, conclui Francisco Calheiros.
Pela negativa, a CTP considera que estas medidas percam por tardias e destaca a falta de medidas para a capitalização das empresas. A CTP apela ainda ao Governo para que este pacote de medidas apresentado chegue rapidamente às empresas.