Intenção de viajar além-fronteiras cresce no mercado alemão, conclui estudo
A análise do comportamento nas viagens dos alemães também conclui que, apesar de algumas alterações nas preferências, viajar mais barato não é uma opção.

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Nos meses de verão, os alemães viajaram para o exterior mais do que a média europeia e as experiências de férias nesse período foram significativamente melhores do que o esperado. Estas são as principais conclusões do segundo estudo COVID-19 da IPK International em parceria com a ITB Berlin, que aponta ainda que a vontade de viajar nos próximos 12 meses tem crescido no seio do mercado alemão apesar do novo coronavírus.
O estudo indica que a intenção dos alemães de viajar para o exterior nos próximos 12 meses aumentou novamente em 6% em comparação com a pesquisa realizada em junho deste ano e está novamente bem acima da média europeia e global. Em particular, aqueles que afirmaram em junho que viajar para o exterior não seria uma opção, estão a regressar sucessivamente ao círculo das pessoas dispostas a viajar.
Além de alemães, os suíços, holandeses e austríacos também demonstram interesse acima da média em viajar para o exterior nos próximos 12 meses.
A análise do comportamento nas viagens dos alemães também conclui que, apesar de algumas alterações nas preferências, seja no tipo de transporte selecionado, como no alojamento ou no tipo de férias, viajar mais barato não é uma opção. Ou seja, a pandemia não tem impacto negativo nos orçamentos de viagens, pelo menos até agora.
Entre os destinos além-fronteira que reúnem maiores preferências estão os europeus, com destaque para Espanha , seguido de Itália e da Áustria. O estudo refere que “os destinos dentro da Europa têm conseguido manter ou até expandir seu potencial nos últimos quatro meses, o que se aplica especialmente a Itália”. No lado oposto, o interesse em destinos fora da Europa ainda está “bem abaixo da média e mal recuperou nos últimos meses”. Uma das razões apontadas são as respectivas restrições, como regulamentos de entrada e saída para os países.
Em resumo, a vontade geral de viajar para o exterior nos próximos 12 meses é particularmente alta entre os europeus, especialmente entre os alemães. Altos padrões de segurança em relação à oferta e uma imagem de segurança positiva em relação aos destinos influenciam a decisão de viagem, conclui o estudo, sublinhando, contudo, que o “crescente interesse em viajar para o exterior ainda enfrenta restrições de viagens”.
“Com a disponibilidade de uma vacina, espera-se um levantamento sucessivo das restrições. De acordo com os resultados desta última pesquisa, as viagens começariam a aumentar rapidamente e de forma generalizada”, lê-se na análise.