APECATE contesta situação de calamidade e garante que “eventos são seguros”
Associação defende que os eventos empresariais continuem a ser regulados pelo Despacho 8998C de 18 de setembro de 2020, que veio definir o quadro para a Organização de Eventos.

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A APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos veio esta quinta-feira, 5 de novembro, criticar as medidas adotadas com a nova situação de calamidade devido à COVID-19, que não permitem a realização de eventos empresariais, o que leva a associação a queixar-se de discriminação face a outro tipo de eventos, como os culturais.
“Não se pode proibir por proibir, quando o espaço é o mesmo, a metodologia de entrada e as regras são as mesmas e apenas mudam os intervenientes. ‘Condições Iguais, Regras Iguais”, este deveria ser um lema na fundamentação das normas”, aponta a APECAT, que diz compreender a necessidade de adoção de novas medidas para conter a pandemia, defendendo, no entanto, que estas medidas “não podem ser tomadas sob a forma de proibições arbitrárias e sujeita a pressões de grupos”.
A APECATE lembra que os eventos empresariais são diferentes dos familiares – que passaram a estar reduzidos a um máximo de cinco pessoas, salvo se pertencerem todas ao mesmo agregado familiar -, já que visam o conhecimento empresarial, técnico, científico ou comercial, enquanto os eventos familiares implicam “condições de concretização e circunstâncias completamente distintas”.
A associação garante que os “empresários estão preparados para organizar os seus eventos no âmbito das regras já conhecidas e determinadas” e que “os eventos são seguros”, defendendo, por isso, que “mais do que proibir”, se devia apostar na “formação dos diversos públicos (organizadores, parceiros, participantes, autoridades públicas), incutindo práticas de convivência no quadro de uma situação de calamidade”.
“Mais do que proibir é fundamental agir sobre o que correu mal em situações pontuais e que generalizaram algo que não é verdade. Os Eventos são Seguros e é possível serem organizados dentro de regras e planos de contingência que com tempo, regras, planificação, não representam um problema para a Saúde pública”, acrescenta a associação, sublinhando que a planificação dos eventos “requer tempo e estabilidade”.
A APECATE considera, por isso, que os eventos empresariais deveriam continuar a ser regulados através do Despacho 8998C de 18 de setembro de 2020, que veio definir o quadro para a Organização de Eventos.