Cláudia Monteiro de Aguiar apresenta relatório para estratégia turística comum na Europa
Eurodeputada portuguesa defende que a Europa deve ter uma estratégia comum no que diz respeito ao turismo e que essa estratégia deve assentar em quatro R’s.

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A eurodeputada portuguesa Cláudia Monteiro de Aguiar apresentou esta quarta-feira, 28 de outubro, o relatório “Estabelecer uma estratégia da UE para o turismo sustentável” no Parlamento Europeu, defendendo que a Europa deve ter uma estratégia comum no que diz respeito ao turismo e que essa estratégia deve assentar em quatro R’s.
Restabelecer planos de resposta à COVID19, recentrar a política de governação no quadro da União, reforçar a necessidade e os apoios que permitam a transição para um turismo sustentável, responsável e inteligente, e repensar a indústria, posicionando-a no futuro, são, de acordo com a eurodeputada do PSD, os quatro R’s que devem comandar a estratégia europeia para o turismo.
“O turismo, que em 2019 contribuiu com 9.5% para o PIB da União, precisa urgentemente da implementação de medidas e protocolos sanitários e de higiene comuns em todos os modos de transporte, mas em particular na aviação e nos cruzeiros, bem como nos formulários de localização comuns e digitais, a realização de testes à partida, para evitar a quarentena e minimizar risco de propagação, e pede ainda a aplicação do código de cores, já apresentado, em todo o espaço Schengen”, considera em comunicado Cláudia Monteiro de Aguiar, que integra também a “Task Force” para o Turismo do Parlamento Europeu.
Para reduzir os efeitos da descoordenação europeia, a eurodeputada portuguesa pediu ajuda aos Estados-Membros para que se “estabeleça um protocolo de testes à partida, que sejam estabelecidos os procedimentos necessários pós-vacina e que se explore a criação de um passaporte sanitário digital e um selo sanitário, como procedimento de criação de valor ao destino europa e conferindo carácter distintivo face a países terceiros”.
Cláudia Monteiro de Aguiar considera que dentro do quadro jurídico da União Europeia existe espaço para alargar as competências da União sem as retirar aos Estados-Membros ou às regiões, uma vez que, sublinha, “os problemas comuns que o setor enfrenta, nomeadamente a resposta à pandemia ou o caminho para a transição digital e ambiental, podem e devem ter soluções e apoios da União”.
“Por isso, acredito haver espaço para uma agência europeia para o turismo, repositório de dados métricos e de análise, que apoiem os destinos e os privados na tomada de decisões”, refere a eurodeputada do PSD, que diz, no entanto, ver “pouca vontade política” por parte da Comissão Europeia e dos Estados-Membros, o que se reflete no próximo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, que “não apresenta uma rúbrica de financiamento específica para o turismo, que entre outras coisas, apoiaria o sector a ultrapassar os efeitos negativos desta pandemia”.
Cláudia Monteiro de Aguiar destaca que, como a Comissão Europeia não orientou financiamento específico para o turismo no Next Generation EU, é crucial que os Estados-Membros “incluam o turismo e viagens nos planos de recuperação e na iniciativa React-EU”, uma vez que, acrescenta, “o que se tem ouvido dos agentes nos diferentes países da União é que o apoio não chegou às pessoas nem às empresas”.
Por isso, a eurodeputada portuguesa pede também “a criação de um mecanismo europeu de acompanhamento da aplicação dos apoios”, no sentido de aferir se o financiamento realmente chega à economia e se a concessão de crédito é facilitada.
Cláudia Monteiro de Aguiar diz ainda esperar “que a Comissão apresente um plano de ação ainda este ano, com medidas concretas e apoios financeiros para ultrapassar os efeitos da pandemia e um roteiro para a transição digital e ambiental”.“Para futuro, espero que seja criado um mecanismo de gestão de crises, já apresentado pelo Parlamento Europeu, no orçamento da União para 2021”, conclui a eurodeputada do PSD.