Opinião | Accountability
Leia a opinião de Amaro F. Correia, diretor comercial e de marketing externo da Iberobus e consultor de viagens.
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Por Amaro F. Correia, diretor comercial e de marketing externo da Iberobus e consultor de Viagens
Não existe evolução, sem mudanças. Um cliché que se aplica e por isso neste contexto, existe uma reflexão que se deve fazer sobre os tempos de atuais. As contas a médio prazo? A altura ideal, a meio do ano, para refletir sobre as formas de sair da crise, em segurança, como também, para prestar contas da atividade e ”puxar dos galões” se necessário for, para a importância do Turismo no nosso país. O Turismo deveria ter, por parte dos Governos, a relevância necessária de forma a promover a criação dum Ministério do Turismo. Na sequência do E-Tourism estava no pensamento essa importância, já que o turismo é das atividades económicas, mais importantes em Portugal, na Europa e no Mundo. Os múltiplos contactos no In e Out permitem pensar que tudo será diferente daqui para frente e a exigência, para todos, é não facilitar. Estamos conscientes. Esta pandemia pode criar novos tempos e novas oportunidades para o negócio Turismo e neste particular contexto, os sectores das AV, dos Transportes e o Hoteleiro têm de se reinventar, como já o fizeram num passado recente. Até ao momento, nada de novo, sempre a insistir no alargamento da sazonalidade. A singularidade da viagem é a forma mais eficaz de se perceber as diferenças no turismo, mas estas podem ser muito mais do que isso, porque além das variadas atividades transversais, ao negócio, é um facto importante que no turismo assenta o desenvolvimento económico de muitos países e cidades. A hotelaria é um dos segmentos fundamentais das economias de qualquer país, sendo a base ou se quiserem “o motor” sustentado do sector turístico, onde são gerados milhares de empregos e melhora, sem dúvida, a qualidade de vida das pessoas e das cidades. Sabem quanto é que esta industria vale, em impostos, em Portugal? Este ano, é importante pensar, em férias variadas, sempre que possível dentro do país e em segurança. Não é um pedido, mas a realidade nua e crua.
Aos AV, às empresas de Transporte aconselho a pensarem na promoção de férias cá dentro, de bus, de automóvel, no aluguer de casas, moradias e mesmo a utilização de hotéis, ou até, de autocaravana… A dinâmica global da atividade deve ser garantida pela accountability: 1 – onde devem ser envolvidas as partes interessadas; 2 – a compreensão das relações formais e informais de prestação de contas, junto das partes; a tomada de ações activas e planeadas, a medio prazo, se possível, com players diversos. Este pode ser o “Ano Zero”, o primeiro passo, para ajudar a sair desta crise, sem fim a vista e de forma faseada. Em segurança e com qualidade, o nosso país tem tantas, mas tantas coisas diferentes para visitar, que não devemos desperdiçar a oportunidade. As cidades aderiram, de forma geral, a programas de requalificação onde podem promover internamente o país e têm, muitas delas, programas adequados, a turistas nesta fase. Admite-se que qualquer um de nós pense: o mercado interno é curto para tanta oferta? É verdade, mas sempre se ouviu dizer que “em tempos de guerra não se limpam armas”. Não valerá a pena insistir, ou ter a ilusão, que esta fase ainda passa a tempo dumas curtas férias, fora de portas… sinceramente e com pena, não acredito. Desde de Março, até hoje, perdemos a conta aos contactos com AV sobre a situação atual, do Mundo. Estamos certos que não estamos sozinhos, esta pandemia é global e não vale pena pensar “fora da caixa”, porque se a globalização serviu para o bem, teremos de prevenir futuramente a globalização para estas situações, que podem acontecer de 100 em 100 anos, conforme vaticinou a OMS, um destes dias. É a hora, por isso, de acertarmos contas, para proteger quem tanto deu na sua vida, por esta atividade. Sozinhos, sem a cumplicidade financeira da EU e do Governo de Portugal não teremos essa capacidade. Vamos aguardar pelas novidades. Saúde para todos e esperamos, que todos fiquem bem…! “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante na sua vida” Platão