Autarcas do Médio Tejo querem aeroporto regional em Tancos
Em causa está a adaptação da ex-Base Aérea n.º 3 da Força Aérea, que conta com duas pistas de 2.440 metros e 1.200 metros de comprimento, respetivamente.

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Os 13 autarcas da região do Médio Tejo vão pedir uma reunião com o ministro das Infraestruturas e Obras Públicas, Pedro Nuno Santos, com o objetivo de dar a conhecer ao governante as “mais valias únicas” da construção de um aeroporto regional em Tancos, Vila Nova da Barquinha, avança a Lusa.
De acordo com o secretário-executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Miguel Pombeiro, esta posição “pretende fazer vincar as mais valias únicas de uma estrutura aeronáutica que já existe, que tem condições únicas em termos estratégicos e geográficos e que está subaproveitada”.
Miguel Pombeiro fala numa “relação custo-benefício, em termos de análise de eventual investimento, de retorno único e imbatível”, uma vez que a ex-Base Aérea n.º 3 da Força Aérea conta com duas pistas de 2.440 metros e 1.200 metros de comprimento, respetivamente.
“Ambas apresentam grande potencial, contudo, carecem de intervenções urgentes nas infraestruturas aeronáuticas adjacentes”, realça a mesma nota da CIMT, que defende que “uma intervenção, com a conservação ou criação de novas infraestruturas tendo em vista o desenvolvimento da região e da coesão nacional, contribuiria para atenuar assimetrias de desenvolvimento” em zonas de baixa densidade.
A CIMT dá conta que os autarcas da região “querem obter uma definição política clara e objetiva sobre o aeródromo de Tancos, uma infraestrutura aeronáutica essencial para a região do Médio Tejo e para o interior”, sobre a qual, “desde há largos anos, se tem vindo a equacionar a pertinência de aproveitamento, conjugando funções militares e civis, para criação de um aeroporto regional”.
“Esta tomada de posição não é contra ninguém, antes visa chamar a atenção para uma infraestrutura existente e obter uma definição clara de quem de direito se vamos assistir à degradação deste potencial instalado ou se vamos valorizar a infraestrutura”, frisou Miguel Pombeiro, em declarações à Lusa.
No comunicado, os autarcas recordam que o atual Aeródromo Militar de Tancos é gerido pelo Exército Português e defendem que a criação de um aeroporto regional “permitiria dar resposta adequada a atividades empresariais, militares, de turismo cultural, de lazer e religiosas, que há muito se reclamam”.
Para os autarcas, um aeroporto regional “permitiria ainda uma penetração no mercado internacional das empresas da área da indústria automóvel (em Abrantes), curtumes (Alcanena), têxteis, exploração florestal, madeira, mobiliário (Sertã, Mação e Vila de Rei) e papel (em Constância e Torres Novas)”, ao mesmo tempo que permitiria tirar partido do “potencial turístico dos milhões de passageiros que se dirigem a Fátima”.