Transportes foi um dos setores que viu nascer mais empresas em 2019
Além dos Transportes, os restantes setores ligados ao turismo viram o total de novas empresas constituídas descer ao longo de 2019, aponta o Barómetro da Informa D&B.
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No ano passado, o setor dos Transportes foi um dos que viu nascer um maior número de empresas, registando um crescimento de 101%, segundo o Barómetro da Informa D&B, que mostra também que os outros setores ligados ao turismo, como o Alojamento e Restauração, apresentaram uma quebra na constituição de novas empresas face a 2018.
“Os setores dos Transportes e da Construção são agora os que registam maiores crescimentos de novas empresas, substituindo os das Atividades imobiliárias e Alojamento e Restauração, que tinham até este ano mostrado os maiores crescimentos”, lê-se numa nota enviada à imprensa pela Informa D&B, que indica que os Transportes e Construção representam, em conjunto, “quase 90% do crescimento do número de novas empresas em 2019”.
No setor dos Transportes nasceram, em 2019, 4.339 novas empresas, mais 2.180 que no ano anterior, o que se traduziu num aumento de 101%, principalmente no que diz respeito ao subsetor do ‘Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’, o que, segundo o Barómetro da Informa D&B, se deveu à promulgação da Lei 45/2018 que regula a atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas.
“Este crescimento, inicialmente mais evidente no distrito de Lisboa, alargou-se também aos distritos do Porto, Faro e Setúbal e tem sido constante ao longo do ano. No entanto, cerca de 2/3 das empresas neste subsetor têm apenas um empregado e mais de 80% faturam até 50 mil euros (com um valor médio de 21 mil euros)”, acrescenta a Informa D&B.
Em sentido contrário, os setores do Alojamento e Restauração viram a constituição de novas empresas cair 1,9% em 2019, já que foram criadas 5.111 novas empresas, quando no ano anterior tinham sido 5.209 as novas empresas criadas nestes setores.
O subsetor de “alojamento de curta duração” foi um dos grandes responsáveis pela quebra registada nos setores ligados ao turismo, já que a constituição de novas empresas recuou 15,8% em 2019, principalmente no distrito de Lisboa, ainda que o subsetor da Hotelaria e turismo rural tenha crescido 9,7%, enquanto a restauração teve um “crescimento ligeiro nas constituições”, com mais 0,6% empresas criadas em 2019, principalmente ao longo do terceiro trimestre do ano.
As Atividades Imobiliárias foram responsáveis por outra das “maiores descidas nos nascimentos”, já que a constituição de novas empresas neste setor recuou 6,0%, sobretudo no distrito de Lisboa, ainda que nos últimos anos este tenha sido um dos setores mais empreendedores a nível nacional.
“Desta vaga recente de empreendedorismo (desde 2014) a esmagadora maioria das empresas constituídas (93%) ainda se mantém em atividade e teve como consequência uma renovação do tecido neste setor, sendo que quase metade das empresas têm até cinco anos”, acrescenta a Informa D&B.
No que diz respeito aos Serviços Gerais, que, segundo a Informa D&B, é o segundo setor onde nascem mais empresas, 2019 veio inverter a tendência de subida que se registou ao longo do ano anterior, o que é “fruto da forte descida nos nascimentos de empresas de serviços turísticos, em especial no distrito de Lisboa, uma tendência que também já se verifica no Porto, Setúbal e em Faro”.
No total, em 2019, foram constituídas 48.854 novas empresas, cerca de três mil a mais que em 2018, o que representa um crescimento de 6,4%, número que, segundo a Informa D&B, representam “um novo recorde neste indicador”.
O ano ficou marcado pelo nascimento de empresas de muito reduzida dimensão, já que “quase todo o crescimento em novas empresas do último ano fica a dever-se ao número cada vez maior de sociedades unipessoais”, que corresponderam a 54% do total de novas empresas.
E 2019 foi também um ano em que registou uma descida muito significativa no encerramento de empresas, já que apenas 15.898 empresas foram encerradas no ano passado, o que corresponde a uma redução de 17,3% face a 2018, que “tinha sido o ano com mais encerramentos na última década”, refere ainda o Barómetro da Informa D&B.
Já as novas insolvências abrandaram o ritmo de descida, já que 2.204 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 157 que em 2018, o que corresponde a um decréscimo de 6,6%, ainda que o segundo trimestre do ano tenha sido marcado por um aumento de 16% nas novas insolvências de empresas têxteis e metalúrgicas.