LUGGit: Está a chegar a app que é uma espécie de Uber para bagagens
Nascida em Aveiro, a LUGGit surgiu para colmatar uma necessidade real, sentida pelos seus criadores. No início de junho, a app que se propõe a transportar as bagagens dos turistas chega ao mercado e o Publituris foi conhecê-la melhor.
Inês de Matos
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Nascida em Aveiro, a LUGGit surgiu para colmatar uma necessidade real, sentida pelos seus criadores. No início de junho, a app que se propõe a transportar as bagagens dos turistas chega ao mercado e o Publituris foi conhecê-la melhor.
Quantas vezes chegamos a um destino e temos o problema de não saber o que fazer às bagagens enquanto o quarto de hotel que reservámos ainda não está disponível? A partir do início do próximo mês, este deixa de ser um problema para os turistas que visitam Portugal, já que está a chegar ao mercado a LUGGit, uma aplicação móvel, nascida no Parque da Ciência e Inovação de Aveiro, que pretende enriquecer e tornar mais cómoda a experiência dos turistas que visitam Portugal. “O que criámos foi uma plataforma através de uma aplicação móvel, em que basta dizer quantas bagagens a pessoa tem, onde e a que horas quer as suas bagagens, que nós tratamos de as ir buscar e levar ao sítio que a pessoa indicou. Depois, é só esperar que o condutor venha buscar a bagagem, com consulta em tempo real”, explica ao Publituris Diogo Correia, co-founder e COO da LUGGit.
A ideia de lançar uma ferramenta deste género, acrescenta Diogo Correia, nasceu no verão passado, devido às necessidades sentidas pelos próprios fundadores da LUGGit, que são também proprietários de alguns alojamentos locais em Coimbra e Aveiro, e que diariamente eram confrontados pelos clientes sobre o que fazer às malas, enquanto esperavam pelo quarto ou pelo avião. “Nos alojamentos locais, esta é uma necessidade porque não existem recursos para se guardar a bagagem. Recebemos diariamente mensagens com estas questões”, diz o responsável, considerando que “os operadores turísticos e as unidades hoteleiras também compreendem este problema das bagagens”, daí que este seja o tipo de parceiros de que a LUGGit está à procura para fazer crescer o negócio, num modelo de revenue-share. “Começámos com a abordagem de mostrar aos hotéis que este serviço também é bom para eles, porque melhora a experiência dos clientes e os hotéis estão sempre à procura de novidades para melhorar a experiência dos hóspedes”, acredita Diogo Correia, referindo que também as companhias aéreas, que procuram “soluções que permitam uniformizar tudo, as chamadas soluções end-to-end”, são um parceiro indicado para a LUGGit.
Feedback e público
A app ainda não foi lançada, o que deve acontecer no início de junho, seja através da Play Store para smartphones android ou na App Store para aparelhos i-Phone, mas a LUGGit já fez alguns testes em Aveiro e Lisboa, e, segundo Diogo Correia, o resultado não poderia ter sido mais animador. “O feedback dos testes foi bastante positivo”, diz o responsável, revelando que, no início, existia apenas uma ‘landing page’ e que a comunicação era feita unicamente por e-mail, mas, mesmo assim, as pessoas aderiram ao serviço. “Fomos estudando o conceito, também com base no feedback das pessoas, e fomos montando, assim, a nossa aplicação móvel”, acrescenta.
Quanto ao público a que esta app se dirige, Diogo Correia sublinha que o objetivo da LUGGit é chegar a “qualquer público que tenha esta necessidade e que queira aproveitar ao máximo a sua experiência na cidade”. “A nossa cultura é “Time matters”, porque estamos a providenciar tempo às pessoas, que podem aproveitar o dia de uma forma muito mais tranquila e até a própria experiência na cidade acaba por ser muito melhor sem malas”, considera, lembrando que os motoristas da LUGGit são sujeitos a um processo de validação depois da inscrição, que está aberta a todos os interessados em colaborarem com a aplicação.
Internacionalização
Apesar de ainda não estar no mercado, a LUGGit já soma distinções, a exemplo do prémio do programa de aceleração do Turismo do Centro de Portugal, que foi entregue ao projeto em fevereiro, e do programa de empreendedorismo da NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria, em março, e tem vindo a utilizar as redes sociais para promover o serviço, ainda que também ao nível da promoção exista uma estratégia delineada e que envolve os parceiros que vierem a juntar-se ao projeto. “Vamos utilizar também os parceiros como canais dessa promoção, para serem eles próprios a promover a nossa solução junto dos clientes. É uma estratégia low cost, mas acreditamos que os hotéis vão promover a aplicação, porque estão também a melhorar a experiência turística dos clientes”, revela ainda o responsável.
Neste momento, acrescenta Diogo Correia, a LUGGit encontra-se numa primeira fase de angariação de investimento, que visa aumentar a equipa da empresa e fazer face aos “esforços de promoção e marketing”. Já o futuro deverá passar pela internacionalização, como acrescenta o COO da LUGGit. “Como startup que somos, e como na génese do próprio conceito de startup está uma plataforma digital ou algo digital que seja facilmente escalável, claramente que desde o início o nosso foco foi sempre ter algo que fosse escalável para qualquer ponto do mundo”, conclui.
“O nosso ponto mais forte é a equipa”
A LUGGit nasceu em Aveiro, alguns dos seus co-fundadores são naturais da cidade e é lá que a empresa está sediada, no Parque da Ciência e Inovação de Aveiro, na incubadora de empresas de Aveiro, apesar de também já estar na incubadora de startups Lisboa. E é justamente na equipa que deu origem à LUGGit que, segundo Diogo Correia, reside a principal mais-valia da empresa. “Somos quatro pessoas, quatro co-fundadores, dois deles mais ligados à parte de desenvolvimento do negócio e marketing, os outros dois mais virados para a parte tecnológica e desenvolvimento da aplicação, e que já trabalham juntas há bastantes anos. Achamos que o nosso ponto mais forte é a equipa e a capacidade que temos para desenvolver aquilo que para outros é o mais difícil”, disse o responsável ao Publituris.