Portugal Getaways é o novo projeto do mentor do Azores Getaways
Depois de evoluir de uma operação de 250 mil euros em 2013 para 11M€ em 2018, o operador turístico e boutique travel agency especializada nos Açores investe na expansão.
Raquel Relvas Neto
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Depois de evoluir de uma operação de 250 mil euros em 2013 para 11M€ em 2018, o operador turístico e boutique travel agency especializada nos Açores investe na expansão.
Desde 2013, que a Azores Getaways vende o arquipélago açoriano nos Estados Unidos da América e no Canadá, aproveitando as ligações aéreas que unem estes destinos. Luís Nunes, engenheiro informático de formação, iniciou a sua vida profissional na SATA, onde verificou que grande parte dos lugares dos voos destes dois mercados para os Açores iam vazios. Dar a conhecer este destino turístico fora da comunidade emigrante foi o que motivou a criação da Azores Getaways. O operador e agência de viagens online surgiu “porque houve uma oportunidade clara em que havia dois mercados enormes que estavam servidos com voos diretos, mas ninguém tirava partido deles, porque não tinham a ferramenta online para chegar junto dos clientes finais”. Luís Nunes esclarece que, como tinha conhecimento não só na área do software, mas do próprio negócio turístico, decidiu desenvolver uma plataforma, que se apresenta como uma solução tecnológica que permite a reserva online de viagens para os Açores, com multi-ilhas. “Começámos a vender pacotes com voo nos EUA e Canadá e aí as coisas cresceram a um ritmo imparável até hoje”, refere. “Criámos um mercado que não existia, que era um mercado de lazer de americanos que não pertenciam à diáspora açoriana e que podiam ir aquele destino fantástico a 4h30 da costa Leste e ninguém sabia que era tão perto nem sequer que existia”. De 250 mil euros de faturação no primeiro ano, a Azores Getaways facilmente chegou aos 2,2M€ no ano seguinte. “Em 2017 fizemos 11M€ de faturação e tirámos o pé do acelerador, porque tínhamos a preocupação com a rentabilidade e a sustentabilidade”. A promoção da empresa passou pelos canais digitais: “Éramos o resultado orgânico número um para ‘Azores vacations’, mas ninguém procurava por Azores nos EUA e Canadá. Foi preciso fazer ‘push’, através de parceiros com canais de promoção de muita audiência”. Juntando um preço apelativo a uma imagem bonita do destino, a Azores Getaways conseguiu colocar os Açores no ‘top of mind’ dos turistas americanos e convertê-lo em negócio.
Mais-valias
A venda da oferta da Azores Getaways é concretizada na sua plataforma, que tem a mais-valia de fazer pacotes multi-destinos, com voo mais hotel, experiência e automóvel. Também a apresentação dos preços é um dos atributos da plataforma. A empresa pesquisa diariamente milhões de combinações de preços de voos e alojamento, que permitem aos clientes encontrarem rapidamente as datas de partida e o número de noites que conferem o melhor negócio possível, com a possibilidade de criarem ou personalizarem pacotes. Como operador turístico, decidiram apostar recentemente no mercado nacional, para tal estão a montar o modelo de negócio que vai trabalhar com as agências de viagens tradicionais portuguesas. Este vai ser, garante “disruptivo porque não será o típico modelo de comissionamento do operador para a agência de viagens, vai haver um comissionamento mais dinâmico e vamos permitir às agências terem acesso ao que os operadores que programam os Açores não têm”. Neste momento, “para um agente de viagens fazer um pacote à medida para os Açores é trabalhoso. Queremos ajudar as agências a ganharem mais, porque têm mais para vender e são mais rápidas a apresentar soluções e orçamentos aos clientes”.
Portugal Getaways
No início deste ano, abriram a Portugal Getaways. Com a tecnologia inerente à Azores Getaways, o novo operador mantém a aposta nos EUA e Canadá, vendendo, com “preços mais competitivos”, circuitos de ‘fly & drive’ com diferentes cidades no continente nacional. O circuito de Lisboa, com Algarve e Alentejo ou a combinação de Lisboa ou Porto com a Madeira ou os Açores são algumas das opções de venda. “Estamos também a tirar partido do Portugal Stopover da TAP, combinando Lisboa ou Porto com cidades europeias”, completa. Com os dois negócios de vento em popa, Luís Nunes perspectiva duplicar este ano a faturação registada em 2018.