Gopack aposta nas viagens à imagem do cliente
Apresenta-se como uma agência de viagens disruptiva que responde às necessidades particulares dos viajantes, sobretudo os que procuram conceitos fora da caixa.
Raquel Relvas Neto
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Nuno Canada Alves é o mentor da agência de viagens GoPack. Desde jovem que o gosto pelas viagens lhe corre nas veias. Ao todo, foram mais de 70 países que já visitou, ora em família, ora sozinho. Contudo, quando começou a viajar com os amigos, percebeu organizar uma viagem “exigia tempo, investigação, capital, paciência e “principalmente fazer de forma apaixonada”.
“Para quem trabalha e/estuda, torna-se impraticável; para quem não gosta, um martírio e para quem não sabe, a hipótese de fracasso. Daí ter iniciado a Gopack, porque gostamos do que fazemos e conhecemos. Mas o mais importante, foi termos conseguido colocar-nos do outro lado e perceber o cliente, o Gopacker”, explica. Nuno Canada Alves esclarece que a GoPack tem como base “um inovador modelo no mercado português, uma nova forma de viajar, instituindo uma fusão entre consultoria e agência de viagens”. O propósito da agência passa por “responder às necessidades particulares dos viajantes e não à generalização dos pacotes pré-feitos, na medida em que qualquer pessoa tem direito a escolher o seu próprio rumo, conceber uma viagem à sua imagem”. A GoPack orgulha-se de trabalhar com o mundo inteiro, “com todo o tipo de alojamento, com as companhias aéreas que melhor se adequam às necessidades do cliente e com qualquer operador que vá ao encontro das necessidades dos nossos clientes”. Mas quem são exactamente os clientes que procuram este conceito que a GoPack oferece? “Em tom de brincadeira, costumo dizer que o nosso cliente é qualquer pessoa que goste de viajar”, diz o responsável. “Não se trata de um target baseado numa faixa etária, mas antes determinado por uma linha de pensamento, um gosto específico por locais ‘out of the box’”, exemplifica, acrescentando que “o nosso cliente é tanto o que procura uma tenda para dormir no deserto vermelho na Jordânia, como o que pretende passear pelas selvas da Costa Rica ou ainda fazer o triângulo dourado entre a Índia, Nepal e Butão”.
Operação
Mais de um ano após o lançamento da agência de viagens, Nuno Canada Alves faz um balanço positivo. “Superou as minhas expectativas”, revela. “Se no início estava preocupado em não ter clientes pelo conceito inovador que a Gopack apresentava, rapidamente essas preocupações dissiparam-se com a avalanche de clientes que fui recebendo logo nos primeiros meses”. Em 2018, o responsável refere que os destinos mais requisitados foram a Tailândia, México e o Panamá. “Para 2019 tenho o pressentimento que Israel, a Islândia (apesar de já ter sido muito procurado em 2018) e a Guatemala serão os mais solicitados”.
A personalização do serviço vai continuar a ser uma premissa da agência, mesmo que o volume de vendas aumente consideravelmente. “A chave e o alicerce da Gopack é a personalização, sem com isto banalizarmos o nosso produto e passarmos a ser mais um no mercado. A palavra de ordem será sempre a adaptação e a customização da viagem à imagem do cliente.
Quanto aos parceiros da GoPack, Nuno Canada Alves é peremptório em destacar que “sendo uma empresa do século XXI, orientada por um millennial, tudo passa pela internet e por plataformas que respondam quase de forma imediata às nossas pretensões”. A agência de viagens trabalha com diferentes plataformas de alojamento, “dependendo do que melhor se adaptar ao cliente (hostels, hotéis, apartamentos), com distintos intermediários de viagens, além de seguros de viagem, vistos, consultas do viajante, aluguer de carros, transporte público e operadores turísticos específicos de cada país”.
No que refere ao futuro, o responsável explica que o objectivo passa por “organizar uma equipa, especializada em determinadas áreas, sejam elas geográficas (Asia, Oceânia, América Latina) ou temáticas (Despedidas de solteiro/a, Passagens de ano, Lua-de-mel), sempre ancorado na experiência local, procurando que o cliente não perca nada, ou pelo menos tenha acesso à informação mais importante”.