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Malta | Um autêntico museu ao ar livre

Existirão poucos países no mundo com uma dimensão tão reduzida e que, ao longo da história, tenham sido tão disputados quanto Malta. Este pequeno arquipélago do Mediterrâneo tem uma posição estratégica e, por isso, foi invadido por um sem fim de povos, numa mistura que contribuiu para a cultura única que Malta tem hoje em dia e que deixou no país monumentos impressionantes, ingredientes que fazem de Malta um destino turístico sem igual.

Inês de Matos
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Malta | Um autêntico museu ao ar livre

Existirão poucos países no mundo com uma dimensão tão reduzida e que, ao longo da história, tenham sido tão disputados quanto Malta. Este pequeno arquipélago do Mediterrâneo tem uma posição estratégica e, por isso, foi invadido por um sem fim de povos, numa mistura que contribuiu para a cultura única que Malta tem hoje em dia e que deixou no país monumentos impressionantes, ingredientes que fazem de Malta um destino turístico sem igual.

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Existirão poucos países no mundo com uma dimensão tão reduzida e que, ao longo da história, tenham sido tão disputados quanto Malta. Este pequeno arquipélago do Mediterrâneo tem uma posição estratégica e, por isso, foi invadido por um sem fim de povos, numa mistura que contribuiu para a cultura única que Malta tem hoje em dia e que deixou no país monumentos impressionantes, ingredientes que fazem de Malta um destino turístico sem igual.

Portugal está mais presente em Malta do que se possa imaginar. Pela primeira vez desde que sou jornalista de Turismo – e já lá vão alguns anos – não me falaram em Cristiano Ronaldo quando, em qualquer início de conversa, dizia que era portuguesa. Nesta pequena ilha do Mediterrâneo, quase colada à Sicília e a escassos 200 quilómetros da Tunísia, no Norte de África, os portugueses são bem conhecidos e não é devido ao futebol ou ao Fado.
Ao longo da sua história, Malta foi invadida e colonizada por diversos povos e civilizações – fenícios, romanos, árabes, aragoneses, espanhóis e britânicos, foram alguns dos que passaram por Malta – mas, muito do que o país é hoje em dia, deve-se à Ordem de Malta, uma ordem beneditina fundada no século XI, durante a época das cruzadas, à qual as ilhas do arquipélago foram cedidas por Espanha, no século XVI, e que governou Malta até ao final do século XVIII, quando o país foi invadido por Napoleão.
As marcas deixadas por esta ordem militar cristã são muitas e chegam, inclusive, a Portugal, já que dois dos mais importantes e carismáticos grão-mestres da Ordem de Malta, que governaram as ilhas nos séculos XVII e XVIII, eram portugueses. Manoel de Vilhena e Manuel Pinto da Fonseca são, ainda hoje, figuras históricas incontornáveis, já que foi nos seus mandatos que a Ordem de Malta, e consequentemente o país, viveram os períodos de maior esplendor. Muitos dos mais imponentes monumentos de Malta foram edificados por ordem dos governantes portugueses, como o Forte Manoel, na ilha homónima, ambos baptizados em homenagem a Manoel de Vilhena. É por isso que, em Malta, Cristiano Ronaldo não é o português mais conhecido, até porque o futebol nem é o principal desporto deste país – o pólo aquático ganha por larga margem -, que tem na sua herança histórica e cultural os principais atractivos turísticos.
Estive em Malta entre 14 e 17 de Junho, numa famtrip para jornalistas realizada a convite do Turismo de Malta e da Air Malta, e, enquanto percorria as ruas, não conseguia deixar de pensar que este pequeno país, com apenas 316 quilómetros quadrados de área e 410 mil habitantes, é um autêntico museu ao ar livre, com a vantagem de ser banhado pelas águas quentes do Mediterrâneo e de ter uma cultura única, que reflecte a influência dos vários povos que passaram por estas ilhas ao longo da história. Ingredientes mais do que suficientes para fazer de Malta um destino sem igual.

Paisagem monumental

A chegada a Malta foi já a uma hora tardia e, por isso, só no dia seguinte a paisagem se revelou em todo o seu esplendor. A visita começou por Valletta, a capital do país desde meados do século XVI e que, este ano, é a Capital Europeia da Cultura.
Assim que cheguei ao Upper Barrakka Garden, um jardim localizado no topo da antiga fortaleza de St. Peter & Paul, percebi porque é que Malta é um destino tão procurado para filmes de época. Tróia, Conde de Monte Cristo ou Gladiador são algumas das películas de Hollywood que ali foram rodadas, assim como a primeira temporada da série Guerra dos Tronos, aproveitando o cenário monumental que a capital, assim como toda a ilha de Malta, proporcionam.
O Upper Barrakka Garden é o local ideal para apreciar a paisagem. Este jardim, hoje transformado em miradouro para que os turistas possam captar fotografias panorâmicas, está aberto ao público desde o ano de 1800 e oferece uma vista privilegiada sobre o porto de Valletta, bem como sobre as cidades de Vittoriosa, Senglea e Cospicua, que constituem o verdadeiro centro histórico de Malta. Estas cidades são muito mais antigas que Valletta – Vittoriosa, também conhecida como Birgu, era a sede da Ordem de Malta – e guardam diversas fortalezas, palácios e igrejas da época em que Malta era governada pela ordem dos cavaleiros-monges. Em Malta há, aliás, mais de 360 igrejas, “uma para cada dia do ano”, como costumam brincar os malteses.
Perto deste jardim, encontra-se a co-Catedral de St. John’s, local de visita obrigatória e ainda mais para os portugueses. É nesta catedral que se encontra sepultado Manoel de Vilhena e não se admire se, no meio da visita, encontrar alguns símbolos portugueses espalhados pela igreja. É que esta catedral foi construída após a chegada da Ordem de Malta, da qual faziam parte vários cavaleiros lusos, o que motivou a construção de uma capela dedicada aos portugueses e a colocação de vários símbolos nacionais na decoração deste espaço religioso.
A visita à catedral vale também a pena para apreciar os quadros de Caravaggio. A “Decapitação de São João” é o ex-libris e devo dizer que impressiona olhar para a tela frente a frente, quase olhos nos olhos com São João Baptista.
De visita obrigatória é também o Palácio do Grão-Mestre, edifício que serviu de residência aos governantes da ilha e que, hoje, está transformado num museu, onde os visitantes podem apreciar a história desta ordem militar cristã, através das armaduras e artefactos de guerra em exposição.
Depois de visitarmos o centro histórico de Valletta, apanhámos o elevador do Upper Barrakka Garden para descer até à zona do porto, onde subimos a bordo de um kajjik, embarcações típicas de Malta, que fazem lembrar os antigos barcos rabelo do Douro, para um agradável passeio que nos levou directamente até Vittoriosa.

De Vittoriosa a Marsaxlokk

Depois do passeio de barco, percorremos as ruas de Vittoriosa a pé, passando por edifícios com história, como a estalagem dos ingleses ou o Palácio da Inquisição, cuja fachada esburacada testemunha a violência dos bombardeamentos da II Guerra Mundial. O centro histórico de Malta não foi bombardeado, apenas o porto, mas os estilhaços das bombas deixaram marcas nos edifícios, testemunhos silenciosos da violência do conflito.
E foi enquanto contemplava as marcas da guerra nos edifícios que reparei nas tradicionais varandas maltesas que, à primeira vista, fazem lembrar as mashrabiyas árabes. Audrey Bartolo, a guia que nos acompanhou na ilha de Malta, explicar-nos-ia mais tarde que o estilo foi levado para o arquipélago pelos espanhóis, ainda que tenha, de facto, uma forte influência muçulmana, especialmente do Norte de África, que marcou profundamente a arquitectura espanhola da idade média. Ao que parece, o governo maltês tem concedido apoios aos proprietários que queiram recuperar estas tradicionais varandas em madeira trabalhada e, por isso, por todo o país há milhares delas, totalmente reabilitadas e pintadas com cores garridas, que dão um especial colorido às ruas.
Dá gosto percorrer as ruas de Malta. Por ser um território tão diminuto, as cidades históricas sucedem-se como se de bairros se tratassem, basta virarmos uma esquina para entrarmos numa cidade diferente, sem que nos apercebamos disso. Foi isso que senti quando visitámos Vittoriosa, que está colada a Senglea, mas também de noite, quando jantámos em St. Julian’s, no Wigi’s Kitchen, com vista para Sliema.
Depois de Vittoriosa, a vila piscatória de Marsaxlokk foi o destino seguinte. Localizada na costa Sul da ilha de Malta, esta pequena vila é famosa em toda a Europa pelo seu mercado de peixe, que se realiza aos domingos, bem como pelos muitos restaurantes que servem o peixe fresco, acabado de pescar. Não tivemos a sorte de apanhar o mercado, mas junto ao mar existia uma espécie de pequena feira, onde nos entretivemos a comprar souvenirs, depois de recolhidas as devidas fotografias da vila, cujas cores garridas das casas e barcos lhe conferem um ambiente muito diferente das restantes localidades maltesas.

Mdina e as praias de areia dourada

A manhã do segundo dia seria inteiramente dedicada a visitar Mdina, a cidade que foi capital antes de Valletta, também conhecida como a “Cidade Silenciosa”, uma vez que é totalmente amuralhada, o que contribui para que o silêncio reine no seu interior. Conhecia Mdina de ouvir falar quem já lá tinha estado, sabia que era uma cidade medieval bem preservada e, por isso, as expectativas eram elevadas. Devo dizer que não desiludiu em nada.
Logo à entrada, a imponência do portão e das muralhas tira o fôlego a qualquer um e transporta-nos directamente para a época em que aqueles edifícios eram habitados por cavaleiros e nobres. Não foi à toa que muitas das cenas de Guerra dos Tronos foram ali gravadas, na série Mdina é ‘King’s Land’, o reino central da trama, onde se localiza o famoso trono de ferro, que todos querem conquistar.
As ruas estreitas de Mdina e os edifícios antigos, com fachadas de pedra, são uma verdadeira delícia para quem gosta de locais históricos, assim como a vista que se tem do pequeno miradouro que encontramos ao chegar à outra ponta da cidade. Mdina é um daqueles locais que ficam na memória e que ninguém consegue deixar de visitar numa viagem a Malta.
E foi ainda fascinados com Mdina que seguimos viagem com destino às praias de areia dourada. Golden Bay e Ghajn Tuffieha são das praias mais bonitas em território maltês e, garanto, não vão deixar ninguém desiludido. Mas, como o destino era Gozo, voltámos a fazer-nos à estrada para apanhar o ferry que, diariamente, liga as duas ilhas maltesas. Pelo caminho, mais uma agradável surpresa, a Popeye Village.
Localizada na Anchor Bay e construída como uma autêntica vila piscatória para ser cenário do filme de 1980, a Popeye Village funciona actualmente como um parque temático, com restaurantes, lojas, cinema e um museu onde estão expostos acessórios usados no filme. O local é um dos principais atractivos turísticos da zona e mais um daqueles sítios que não podemos deixar de visitar em Malta. Não é cliché, é mesmo verdade!

A tranquilidade de Gozo

O arquipélago de Malta é constituído por três ilhas principais – Malta, Comino e Gozo – e todas as ilhas são diferentes. Se Malta é a ilha histórica, há muito descoberta pelos turistas, Gozo é um paraíso para quem procura tranquilidade, uma ilha mais rural, perfeita para quem gosta de férias longe da confusão. Confesso que gosto de um pouco de animação, mas Gozo cumpriu as expectativas.
Começámos por rumar aos Ggantija Temples, um complexo neolítico, de templos megalíticos, que são os mais antigos existentes em Malta, com mais de 5.500 anos, e que a UNESCO distinguiu como Património Mundial da Humanidade.
Depois dos templos, fomos para Vitoria, também conhecida como Ir-Rabat, e que é a capital da ilha. Tal como as cidades históricas de Malta, também aqui existe uma fortaleza digna de visita, bem como um sem fim de igrejas e catedrais que os turistas começam a descobrir. A visita à fortaleza decorreu imediatamente após o almoço de ‘pasta’ no restaurante Ta’ Rikardu, à boa maneira italiana, que tanto influencia a gastronomia de Malta.
Já a parte da tarde foi dedicada a descobrir os restantes tesouros de Gozo, nomeadamente os naturais. Primeiro, passámos nas Qbajjar Salt Pans, salinas tradicionais, onde o sal ainda é extraído à maneira antiga, e, depois, seguimos para Wied il-Mielah, uma janela escavada na rocha, com uma espectacular vista sobre o Mediterrâneo, apesar de não ser tão deslumbrante quanto era a janela de Dwejra, também ela imortalizada nas cenas de Guerra dos Tronos – foi com vista para esta janela que se celebrou o casamento de Daenerys e Kahl Drogo, na primeira temporada da série. Infelizmente, a força do oceano e do vento provocaram estragos na rocha, que acabou por sofrer uma derrocada há poucos meses, levando ao desaparecimento desta atracção. Mas, mesmo sem janela, a baía de Dwejra continua a valer o passeio.
A última noite em Malta foi também passada em Gozo, o que nos deu algum tempo para uns passeios a pé pela ilha, que é considerada um autêntico diamante por lapidar. Faltou apenas Comino, a mais pequena ilha do arquipélago de Malta, mas essa será a desculpa para, um dia mais tarde, regressar a um destino que tem tanto de diverso como de fascinante.

“Onde ficar?”

Ficámos três noites em Malta, as duas primeiras na maior ilha do arquipélago e o InterContinental Malta, unidade de cinco estrelas, em St. Julian’s, foi o hotel que nos acolheu. Aberto desde 2003, o InterContinental Malta conta com 481 quartos e suites, incluindo um piso de suites executivas, bem como seis restaurantes, seis bares, Spa, piscina infinita no rooftop e várias salas de reuniões. Esta unidade fica localizada em St. Julian’s, local de grande animação nocturna, onde existem várias lojas, bares e restaurantes. Os preços começam nos 150 euros por noite Já em Gozo, onde passámos a última noite, foi o Kempinski Hotel San Lawrenz que nos recebeu. Este resort de cinco estrelas, localizado em San Lawrenz, uma zona sossegada a poucos minutos de distância de Dwerja Bay, dispõe de 140 quartos e suites, Spa, centro de Ayurveda, bem como restaurante e bar com esplanada.

“Onde comer?”

A gastronomia maltesa é mediterrânica e tem uma forte influência italiana, mas também espanhola. Massas, pizzas e ingredientes como o tomate, o queijo, o pimento e as azeitonas são comuns, assim como o peixe fresco, já que o país é rodeado de mar. Durante os dois dias passados em Malta, tivemos oportunidade de experimentar diferentes iguarias, desde a primeira refeição no Cargo, em Vittoriosa, onde a carta era forte em massas, pizzas e risottos, passando pelo Wigi’s Kitchen, onde jantámos na noite de 15 de Junho, e que é especializado em carne e peixe grelhados. Em Gozo, o almoço de dia 16 foi, como já referido, no Ta’ Rikardu, uma espécie de taberna moderna, junto à fortaleza, cujo forte são as massas, enquanto o jantar foi Gharb Rangers, uma associação desportiva, onde a comida tem uma excelente relação qualidade/preço.

“Como ir?”

Desde Março, a Air Malta, companhia aérea de bandeira maltesa, voa directamente entre Lisboa e Malta duas vezes por semana, às quintas-feiras e domingos, ligações que se mantêm ao longo de todo o ano e que passam a quatro voos por semana em 2019. Os preços começam nos 49 euros por pessoa, para voos de ida.

“Dicas”

Malta é um país europeu, membro da União Europeia desde 1 de Maio de 2004 e que está na zona euro desde 2008. Por isso, não é necessário passaporte para viajar para o país, nem realizar câmbio de moeda. Quanto à língua, o idioma oficial é o maltês, com forte influência na língua árabe, mas fala-se também inglês fluentemente, na sequência da colonização britânica, que se manteve até 1964. O país é mesmo muito procurado por estudantes que pretendem realizar cursos de inglês, já que os preços são, por norma, mais baixos do que em Inglaterra ou EUA. O clima de Malta é temperado, mas, no Verão, atinge temperaturas elevadas, pelo que se recomenda o uso de protector solar e chapéu, assim como repelente de mosquitos, para as noites mais quentes. Quanto ao vestuário, opte por roupa e calçado confortáveis, já que os monumentos a visitar são muitos e há centenas de degraus para subir e descer. Consoante a altura do ano, leve também fato-de-banho, pois as águas de Malta são quentes e convidativas.
* A jornalista viajou a convite da Air Malta e do Turismo de Malta
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Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel
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Distribuição

Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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