INE: Crescimento da hotelaria desacelera em Janeiro
Apesar da maioria dos indicadores continuarem a apresentar crescimento, os dados do INE mostram uma desaceleração face a Dezembro do ano passado.

Inês de Matos
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No passado mês de Janeiro, os principais indicadores da hotelaria nacional voltaram a apresentar crescimento, ainda que se note uma desaceleração face a Dezembro de 2017. No total, o número de hóspedes subiu 3,7%, enquanto as dormidas cresceram 5,1%, bem abaixo das subidas de 11,5% e 10% registadas no último mês de 2017.
Segundo os dados revelados esta quinta-feira, 15 de Março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Janeiro, a hotelaria nacional contabilizou menos 160 mil hóspedes que em Dezembro de 2017, num total de 1.019.2 milhões de clientes, quando no final do ano passado tinham sido contabilizados 1.179.7 milhões.
Nas dormidas, a desaceleração foi igualmente sentida em Janeiro, com o total a somar 2.517.8 milhões, quando em Dezembro de 2017 tinham sido contabilizadas 2.727.9 milhões de dormidas. Neste indicador, o INE destaca o mercado interno, que foi responsável por 764,8 mil dormidas, subindo 7% face a Janeiro de 2017, ainda assim abaixo de Dezembro, quando o crescimento das dormidas dos turistas nacionais tinha sido de 12,2%.
Já as dormidas realizadas por turistas estrangeiros na hotelaria portuguesa chegaram aos 1.753.0 milhões, 4,3% acima de Janeiro de 2017, ainda que face a Dezembro a subida tenha sido de apenas 35 mil dormidas. Em Dezembro, o crescimento das dormidas dos estrangeiros tinha sido de 8,7%.
A estada média ficou nas 2,47 noites, aumento de 1,4% face a Janeiro de 2017, e, neste caso, o resultado foi muito mais positivo que em Dezembro do ano passado, quando este indicador tinha descido 1,3%, para 2,31 noites. A contribuir para este resultado estiveram os turistas nacionais, cuja estada média aumentou 3,9%, para 1,63 noites, enquanto a dos não residentes desceu 0,1%, para 3,19 noites.
Já a taxa de ocupação por cama aumentou 1,1 pontos percentuais, fixando-se nos 30%, enquanto o RevPar subiu 11,6%, para 25,1 euros, ainda assim abaixo do registado em Dezembro, quando a subida tinha sido de 18,4%, para um total de 28,3 euros.
Em relação aos proveitos, houve igualmente uma desaceleração. Os proveitos totais subiram 12,2%, para 138,2 milhões de euros, quando em Dezembro tinham atingido os 159,5 milhões, depois de uma subida de 17,5%. Os proveitos por aposento, por sua vez, subiram 14%, para 96,2 milhões de euros, o que compara com os 108,2 milhões de euros apurados em Dezembro, cuja subida tinha sido de 21%.
Os hotéis foram o tipo de estabelecimento mais procurado, representando 72,8% do total de dormidas em Janeiro, subindo 6,4% face a igual mês de 2017, com destaque para os hotéis de três estrelas, que tiveram um crescimento de 8,8%, bem como para o aumento de 11,2% nas dormidas em apartamentos turísticos, que representaram 5,5% do total.
Por nacionalidades, destaque para o mercado sueco, que cresceu 50,9%, bem como para o norte-americano e brasileiro, que cresceram 22% e 15,3%, respectivamente. Já o mercado britânico manteve a tendência de descida, caindo 7,2%, enquanto o holandês desceu 10,4% e o alemão 0,5%. Já os mercados espanhol e francês tiveram aumentos de 4% e 16,3%.
Por regiões, em Janeiro, os Açores e o Alentejo apresentaram as maiores subidas, com crescimentos de 12,4% e 11,4% nas dormidas, ainda que Lisboa, Algarve e Madeira concentrem a maior parte das dormidas em território nacional, com quotas de 32,2% e 18,9%, respectivamente.