“Somos um resort muito versátil”
Sob uma nova direcção, o Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa apostou no último ano na melhoria das receitas e da experiência dos hóspedes

Carina Monteiro
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Sob uma nova direcção, o Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa apostou no último ano na melhoria das receitas e da experiência dos hóspedes.
O Vale d’Oliveiras, resort situado no Algarve, terminou em Dezembro do ano passado o contrato de gestão com a empresa Macdonald Hotels & Resorts, tornando-se desde então um hotel independente, membro da Great Hotels of the World.
Com esta mudança, Eduardo Peregrino assumiu a direcção da unidade, tendo como objectivos a “optimização de receitas e custos e melhoria de processos internos e customer service”, revela o responsável ao Publituris.
“Decidimos apostar fortemente na melhoria da experiência do hóspede e, para tal, fizemos alguns esforços antes de início da época alta para contratar com maior antecedência do que em anos anteriores e subsequente formação das equipas”, começa por dizer. Em média, este ano, a unidade contou com mais 20 funcionários durante a época alta comparativamente ao ano anterior o que “contribui para uma melhoria significativa da experiência do cliente”, justifica o operations manager da unidade.
Preço médio sobe
Estas mudanças já começaram a ter resultados. Segundo Eduardo Peregrino, os preços médios “subiram significativamente” face aos anos anteriores. “Este aumento foi provocado por uma melhoria na estratégia de yield & revenue. Nesta área, contamos com a colaboração da RevWorks. O nosso foco está na gestão da receita e não no aumento da ocupação”, afirma, exemplificando com a ocupação de Agosto. “Fechámos o mês de Agosto com menos 1% de ocupação comparativamente ao ano anterior, mas mais 90 mil euros de receita de alojamento. É nesta base que pretendemos continuar a trabalhar”.
O aumento do preço médio teve como consequência o surgimento de clientes “mais exigentes e expectativas superiores” ao que era habitual, o que se reflectiu nos consumos médios dentro do resort, que “aumentaram em 15% relativamente ao ano anterior, entre o período de Março a Agosto”, revela.
Outra das apostas neste Verão foi na inovação da oferta gastronómica. “Sendo o segundo departamento de maior facturação, o F&B também foi alvo de diversas optimizações”. Assim, o resort apostou num conceito de grill nas noites de Verão no Jasmin Restaurant & Pool Bar. O menu de snacks foi “completamente revisto”, resultando num conceito mais actualizado, atendendo às novas tendências, ou seja, “comida saudável, opções vegetarianas, smoothies, cocktails com e sem álcool. A fruta da época e iogurtes caseiros passaram a ser parte integrante da oferta. Neste espaço, aumentámos as vendas em 30%, o que consideramos ser um resultado muito positivo. A equipa também foi reforçada para dar maior apoio à piscina, o que se traduziu claramente num aumento das vendas”, conta.
No restaurante principal, o The Olive Tree, o conceito manteve-se: cozinha mediterrânica. A carta teve pequenas alterações, mas o menu das meias pensões sofreu bastantes alterações.
O Olive Bar também teve direito a uma nova carta, dedicada aos petiscos. “Não lhe chamamos tapas de propósito, pois queremos assumir-nos como verdadeiros embaixadores da cultura e hospitalidade portuguesa”, explica o responsável. “O feedback tem sido muito positivo embora rapidamente tivéssemos necessidade de acrescentar uma ‘chicken wings’ e batatas fritas. Pelo meio conseguimos sempre vender uma assadura à moda de Monchique e uma conserva de polvo à lagareiro. Quem prova, fica rendido”, afirma.
A partir do próximo mês de Dezembro e durante os próximos cinco anos, o Vale d’Oliveiras vai entrar num processo faseado de remodelações das áreas públicas e quartos. “No geral, o resort continua actualizado e em boas condições, no entanto, sentimos que precisamos de dar um update na decoração, mobiliário e conforto”, explica. A Quinta Style Boutique Design foi a empresa escolhida para pôr em prática este plano.
Em termos de receitas de alojamento, o hotel prevê crescer 20% comparativamente ao ano anterior. “O orçamento era exigente mas já temos neste momento a certeza que os objetivos serão alcançados. Um sinal que o ano está a correr de facto bem”, conclui.
No próximo ano, Eduardo Peregrino revela que a estratégia passa por aumentar “fortemente a aposta no nosso website”. “De uma forma geral, vamos continuar a consolidar o percurso feito até agora. Somos um resort muito versátil com enfoque no segmento de lazer e famílias na época alta, estadas médias de 7 noites. Na época baixa, falamos de casais com estadias longas com uma forte componente de golfe. Do ponto de vista da promoção, a aposta vai passar pelo investimento em online: redes sociais e melhoria do posicionamento no nosso próprio site”, conta.
O site da unidade foi totalmente remodelado e o seu lançamento deverá acontecer antes do fim do ano. “Assinámos um acordo com a Guest-Centric para uma solução de channel manager, motor de reservas e website. O motor de reservas é agora mais ‘user friendly’, dinâmico e ‘clean’ que acreditamos que nos vai ajudar a aumentar as vendas directas. Prevemos ainda uma parceria com uma empresa de marketing online para nos ajudar neste crescimento”.
Quanto às vendas do próximo ano, o crescimento previsto “vai ser baseado em preços e não tanto em ocupação”. No próximo ano, a unidade prevê crescer cerca de 15% em receitas e 3-4% em ocupação praticamente assente nas épocas baixas.¶
Hotel cria novos cargos
Além da nomeação de Eduardo Peregrino para o cargo de operations manager da unidade, há mais mudanças a assinalar. Vânia Inácio foi contratada para a função de sales executive, juntando-se a Anne Geerlings no departamento comercial. Também foi criada a figura do ecónomo / chefe de compras, que até à data não existia. Além disso, a unidade passou a contar com a colaboração de um consultor na área de Cost Control dedicado ao F&B.
Mercado inglês
O mercado inglês é o principal mercado no Vale d’Oliveiras, representando uma quota de 60%. Apesar de, no início do ano ter havido uma quebra, o mercado recuperou nos meses seguintes e, no geral, deverá crescer, em 2017, 1% em comparação ao ano passado. Em termos de segmentos, o lazer é o principal segmento da unidade, embora a Meeting Industry esteja a ganhar quota de ano para ano. “O resort não foi construído a pensar no segmento de M&I e por isso tivemos de fazer algumas obras de adaptação para precisamente poder começar a promover-nos neste segmento”, explica o Eduardo Peregrino. “Temos uma sala com capacidade para 150 pessoas e um ‘break-out room’. Este segmento representa actualmente cerca de 7% da receita e recebemos essencialmente grupos de incentivos de pequena e média dimensão, lançamentos de produtos e eventos”, revela. De modo a potenciar ainda mais o segmento de lazer, a unidade começou por fazer o primeiro ‘open day’ dedicado à comunidade local. O Health club conta com cerca de 160 sócios e é uma fonte “de receita considerável”, afirma Eduardo Peregrino, principalmente durante os meses de Inverno. “São muitos os estrangeiros que residem na zona de Lagoa/Carvoeiro e que utilizam as nossas facilidades. [No open day] quisemos reunir os sócios actuais e angariar novos. Este evento também teve como objectivo divulgar o Lisvaýa Spa e foi um sucesso”, conclui.