Aberturas, aquisições e falências de 2015
Se há coisa que não se pode dizer do negócio turístico é que este está parado. Pelo contrário, ao longo do ano, foram muitos os negócios e aberturas que se fizeram, um sinal da retoma da economia, mas também da crescente actratividade deste sector. Agentes e Operadores Começando pela actividade das agências de viagens e… Continue reading Aberturas, aquisições e falências de 2015
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Se há coisa que não se pode dizer do negócio turístico é que este está parado. Pelo contrário, ao longo do ano, foram muitos os negócios e aberturas que se fizeram, um sinal da retoma da economia, mas também da crescente actratividade deste sector.
Agentes e Operadores
Começando pela actividade das agências de viagens e dos operadores turísticos, o ano de 2015 ficou marcado pela conclusão da compra da Geostar pela Springwater Tourism, em Outubro. A Sonae Investment Management aceitou a proposta da Springwater Tourism, detida pela Springwater Capital, para adquirir 100% do capital da Geostar, agência com uma rede de 37 lojas, uma operação na Internet e três Business Travel Centers em Lisboa, Porto e Madrid.
Com este negócio, a GeoStar passou a integrar o universo das marcas da Springwater Tourism. Não se sabe, para já, que outras mudanças vão ocorrer na rede. Certo é que, com este negócio, a Springwater tornou-se o nr.1 em agências de viagens em Portugal, com uma facturação superior a 500 milhões de euros.
Falando das aberturas, a Rhodasol by Serhs, um operador com mais de 30 mil hotéis, especializado na Europa e Mediterrâneo, abriu portas em Portugal em Fevereiro, marcando, desta forma, o início da sua expansão internacional. Também em Fevereiro, deu-se o anúncio da abertura de um escritório da DMC Ovation em Portugal. A empresa abriu como start-up, revelou ao Publituris Rudolf Rannegger, director do DMC para Espanha e Portugal. Segundo o responsável, há muito que os clientes do DMC, que pertence ao Grupo MCI, pediam para trabalhar no destino Portugal, o que levou a Ovation a abrir escritórios no País.
A EC Travel, que comemorou em 2015 o seu 5.º aniversário, abriu escritórios em Lisboa e na Madeira e fez o anúncio em Fevereiro deste ano. Depois de, no ano passado, ter feito uma parceria com a Ideal Travel para expandir o negócio ao outgoing, 2015 vai marcou a expansão da EC Travel a outras regiões do País, mais concretamente as cidades de Lisboa e do Funchal, num investimento que ronda os 200 mil euros. Também a Portimar reforçou a sua presença na Madeira com a abertura de um escritório em Outubro. A DMC esteve sempre presente na região através de parcerias com agentes locais, mas a necessidade de estar mais próximo do cliente e do produto levou a esta decisão.
A Globalis, agência de viagens especializada no segmento corporativo, com sede em São Paulo, no Brasil, abriu, em Outubro, um escritório próprio em Lisboa, o primeiro na Europa, e uma representação em Luanda. A empresa é dirigida em Portugal e África por Fátima Silva, antiga directora-geral em Portugal e directora de vendas para Angola e Moçambique da Carlson Wagonlit Travel.
Das aberturas para as falências. O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa publicou, em Novembro, a sentença de declaração de insolvência da Netviagens – Agência de Viagens e Turismo, SA, resultado de um processo levantado pelo fornecedor Soliférias – operador turístico Solférias. A Netviagens.com, fundada a 2 de Outubro de 2000, foi a primeira agência de viagens online 100% portuguesa, tendo sido adquirida pelo grupo Espírito Santo Viagens, em 2004. Dez anos depois, foi adquirida pela holding Discoverability Group, que detinha o site de compras ClubeFashion.com.
Hotelaria
Na actividade hoteleira, além da venda dos hotéis Tivoli (ler artigo da página 10), este foi o ano da venda de Vilamoura. Uma afiliada da Lone Star Real Estate Fund III anunciou a aquisição da Garvecat, a empresa responsável pelo desenvolvimento do resort de Vilamoura, à Corporación Bética. De acordo com comunicado da empresa, em causa nesta transacção estão 2 000 hectares em torno da marina de Vilamoura e 700 mil metros quadrados de terreno edificável para a construção de hotéis e mais de 5 000 apartamentos e casas. O empresário André Jordan, que desenvolveu o projecto turístico de expansão de Vilamoura, disse que a compra daqueles activos por parte de um fundo norte-americano vai trazer um importante sinal de confiança ao mercado.
Quanto às aberturas de hotéis, é impossível condensar neste artigo a informação de todas as unidades que abriram este ano, mas vamos tentar resumir. Na Madeira, destaque para a abertura do Saccharum Hotel & Resort a 18 de Abril, propriedade do Grupo AFA que adquiriu recentemente o grupo Siev e, consequentemente, do Hotel Savoy. Nos Açores, na ilha de São Miguel, a marca DHM – Discovery Hotel Management, que pertence ao Fundo Discovery, abriu o Furnas Boutique Hotel Thermal & Spa em Março, após uma profunda remodelação. A mesma marca vai abrir, em 2016, o antigo Hotel Príncipe do Mónaco, localizado nas Portas do Mar, junto à Marina de Ponta Delgada. O hotel irá chamar-se Azor. Das ilhas para o Continente: o Grupo Hoti Hotéis abriu um hotel da marca Tryp em Leiria, em Fevereiro deste ano. Também no mesmo mês, abriu o primeiro hotel da marca Portobay em Lisboa, o Portobay Liberdade. O grupo madeirense anunciou, ainda em Novembro, a compra do Hotel Aviz, em Lisboa. A cadeia Vila Galé abriu duas unidades este ano: o Vila Galé Évora e o Vila Galé Douro. O grupo Pestana inaugurou a Pousada de Lisboa, a 4 de Junho, e mais uma unidade no Algarve. Desta vez, em Alvor, o Pestana Alvor South Beach.
De volta a Lisboa, a Nau Hotels & Resorts abriu o Hotel Palácio do Governador, em Belém, em Outubro deste ano. Dias mais tarde, a mesma marca anunciou a venda do The Vintage House, no Douro, à The Fladgate Partnership. Ainda no Douro, destaque para a abertura do Six Senses Douro Valley, o primeiro desta insígnia em Portugal e na Europa. Vamos continuar no Norte, para dar conta da abertura do segundo hotel da marca espanhola Vincci, que resultou da transformação da antiga lota do Porto.
No centro, de assinalar ainda a abertura da nova unidade do Grupo Visabeira, o Montebelo Vista Alegre, em Ílhavo. O Grupo Visabeira foi também notícia, este ano, por ter assinado com o grupo espanhol Paradores um contrato de franchising para a Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo. A unidade portuguesa tornou-se, assim, no primeiro Parador internacional.
O grupo hoteleiro Wyndham, subsidiária da Wyndham Worldwide, anunciou a compra da marca Dolce Hotels and Resorts, num investimento superior a 50 milhões de euros. Segundo o comunicado do grupo, o negócio inclui 24 propriedades e mais de 5500 quartos em sete países da Europa e na América, que inclui a unidade portuguesa Dolce Campo Real, em Torres Vedras. O Louvre Hotels Group, presente em Portugal através da marca Golden Tulip, comprou a cadeia Nordic Hotels, duplicando desta forma a sua presença na Alemanha.
Em Portugal, o Vivamarinha foi comprado pela United Investments Portugal ao FLIT – Fundo de Lazer e Imobiliário Turístico, da ECS Capital. O UIP detém também o Pine Cliffs Resort.Transportes
No capítulo dos transportes e, além da compra da TAP, há que assinalar outros negócios. A Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, anunciou em Maio a venda do ‘Atlântida’ a uma empresa de cruzeiros norueguesa por perto de 17 milhões de euros. Recorde-se que o navio foi adquirido ao Governo português, oito meses antes, por cerca de metade deste valor.
Em Setembro, a IAG – International Airlines Group, que detém a Bristish Airways, Iberia e Vueling, anunciou a aquisição da Aer Lingus.
A 15 de Novembro, a Everjets inaugura a sua operação para a Madeira. A companhia aérea privada portuguesa, que iniciou, em 2011, a sua actividade na aviação executiva e, posteriormente, no apoio com meios aéreos de combate a incêndios, acrescenta mais duas opções aos madeirenses para viajaram para Lisboa e Porto, assim como no sentido inverso.
O grupo chinês HNA Group assinou um acordo com a companhia aérea brasileira Azul, que visa um investimento de 1,7 mil milhões de reais, isto é, mais de 426 milhões de euros, por 23,7% da transportadora. David Neeleman, fundador e CEO da Azul, afirma em comunicado que este acordo irá permitir a companhia “optimizar as parcerias entre a Azul e o HNA Group, podendo resultar na entrada da companhia no mercado asiático por meio de acordo de ‘interline’ e ‘codeshare’”. ¶