Um museu para o turismo
Artigo de opinião de Jorge Mangorrinha, professor associado do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona.
Publituris
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A institucionalização de um futuro Museu do Turismo em Portugal foi uma ideia defendida nas Comemorações do Centenário do Turismo em Portugal (1911-2011), a cuja Comissão Nacional presidi. A ideia trazia consigo um conceito: o de um museu polinucleado, no qual a história do País se revelaria sob a perspectiva do turismo e através do aproveitamento de estruturas existentes, pensadas em conjunto e potenciando os investimentos já realizados e os seus conteúdos. Essa rede deve ter uma âncora, como o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, actualmente desaproveitado, que podia albergar o epicentro da História da Viagem e do Turismo em Portugal (Registo n.º 380/2012 do Registo de Direito de Autor na Divisão de Licenciamento e Propriedade Industrial).
As estruturas integradas nesta rede devem desenvolver estratégias activas e complementares de comunicação, reciprocidade e parceria, tendo em vista um objectivo comum, ou seja, contar a história da actividade turística em Portugal e nas regiões em particular. Lugares de investimento social, simbólico e cultural das sociedades, os núcleos deste Museu do Turismo devem igualmente assumir-se como pólos agregadores de complementaridade, tanto das iniciativas de descoberta como das propostas portadoras de particular singularidade e de uma efectiva representatividade histórica, cultural, identitária.
As memórias do turismo e do lazer devem ser parte integrante da musealização do turismo português. Este pode incorporar estruturas físicas de valorização patrimonial, em diferentes destinos turísticos, com uma narrativa própria e complementar da história global. Uma rede topológica nacional, polinucleada em espaços distintos que partilhem uma missão e uma identidade, deve ser centralizada pela refuncionalização de um edifício marcante. Se este está definido como proposta, porém, os núcleos distribuídos pelo País dependem de um pensamento estruturado e das dinâmicas locais e regionais, a realizar por uma equipa.
A história deve fazer parte de uma estratégia de futuro. Num mercado concorrencial, temos de ser mais criativos e mais exigentes, privilegiando a comunicação assente em narrativas e em conteúdos relevantes para as pessoas, desenvolvendo conteúdos baseados em storytelling e implementando estratégias que propiciem a interactividade e a partilha com as pessoas (“Turismo 2020 – cinco princípios para uma ambição”, 2015). Esta ideia propõe uma nova percepção dos públicos em relação a conteúdos expositivos e uma história projectada no futuro, porque o turismo sempre incorporou as relações pessoais e a inovação dos espaços.
Artigo de opinião de Jorge Mangorrinha, professor associado do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona (edição do Publituris nº1301 de 18 de Setembro)