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Distribuição

TQ Travel na China e em Barcelona

DMC continua a apostar na captação de mercados estratégicos.

Patricia Afonso
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Patricia Afonso
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A TQ Travel Quality DMC continua a apostar na captação de mercados internacionais estratégicos, pelo que anunciou a sua presença em duas feiras de Turismo que considera “importantes”. São elas a a CITM – China International Travel Mark, entre 14 e 16 de Novembro; e a EIBTM 2014, em Barcelona, de 18 a 20 de Novembro.

Na Ásia, a DMC irá apresentar os seus produtos e serviços “e aproveitará também para visitar as agências de outgoing com mais potencial para Portugal.” Já em Barcelona, o objectivo passa por “explorar novas oportunidades de negócio junto não só do mercado espanhol como dos vários players do sector que irão estar presentes nesta feira.”

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Aviação

SkyExpert propõe regulamentação para equidade e sustentabilidade na aviação europeia

A proposta agora apresentada aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.

Publituris

A SkyExpert deu mais um passo em direção à transformação da indústria da aviação para enfrentar os desafios ecológicos futuros e garantir maior transparência financeira do negócio.

Pedro Castro, diretor da SkyExpert, tem sido uma das vozes mais ativas relativamente à necessidade de conjugar a agenda climática com as políticas públicas e a regulamentação no setor da aviação, o que se reflete, por exemplo, na sua posição sobre a não construção de um novo aeroporto em Lisboa.

Pedro Castro apresentou, recentemente, uma proposta de regulamentação europeia através da plataforma de participação cívica do Fórum Económico Mundial (WEF), conhecida como UpLink. A proposta aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.

“A nossa proposta é muito simples e vai transformar totalmente os fluxos atuais dos voos de longo curso”, afirmou Pedro Castro. “Queremos uma regulamentação que se aplique em todo o espaço aéreo europeu, que obrigue as companhias aéreas a não oferecerem voos de ligação via o seu hub por preços mais baixos do que os voos diretos para esse mesmo hub da companhia. Esta é uma medida que não compara os preços entre diferentes companhias, mas sim ajusta as práticas tarifárias internas de cada companhia.”

O diretor da empresa de consultoria de aviação, aeroportos e turismo, ilustrou a sua proposta com um exemplo envolvendo a TAP, enfatizando que outras companhias, como a Iberia, Air France e Lufthansa, também adotam essas práticas.

“A TAP vende um bilhete São Francisco-Lisboa-Londres por 190 euros. No entanto, se um passageiro comprar nesse momento apenas o trecho São Francisco-Lisboa para essa mesma data, pagará quase 500 euros, mais do dobro”, exemplifica Pedro Castro.

“A proposta de regulamentação visa garantir que esse primeiro trecho para o hub não seja tarifado mais caro do que a sua continuação para outro destino. Neste caso, a TAP estaria obrigada a vender o trajeto São Francisco-Lisboa pelos mesmos 190 euros que propõe quando o destino final do passageiro é Londres”.

Esta regulamentação não visa impedir que as companhias continuem a oferecer preços competitivos de forma livre e autónoma. “O objetivo é assegurar que os passageiros que optam por voos diretos não sejam penalizados pelas suas escolhas ecologicamente responsáveis e tenham de subsidiar as tarifas baratas de outros que façam escala”, explicou Pedro Castro.

“Essa medida também incentivaria as companhias a equilibrarem suas tarifas e promoveria voos diretos mais atrativos, reduzindo a necessidade de voos de conexão em determinadas rotas, aplicando a lógica de senso comum: se eu acrescento mais um voo ao meu trajeto, o total do meu bilhete deverá ser mais caro e não mais barato.”

A proposta de regulamentação de Pedro Castro destaca a importância de promover uma indústria da aviação mais sustentável e transparente, enquanto se mantém sensível às necessidades dos passageiros e ao meio ambiente.

Com a nova regulamentação, “este tipo de discrepância deixaria de ser possível para qualquer companhia aérea que voe de/para os aeroportos europeus o que levaria a uma mudança de conceito à escala mundial”.

E conclui: “neste caso, a TAP poderia continuar a comercializar São Francisco-Londres (via Lisboa) a 190 euros, caso aplicasse esse mesmo preço se o destino for apenas e tão somente Lisboa”.

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Turismo já empregava 6,7% da população portuguesa no segundo trimestre

No segundo trimestre do ano, as atividades ligadas ao alojamento, restauração e similares empregavam 332,4 mil indivíduos, valor que representa um aumento de 28,8% ou mais 74,4 mil pessoas que em igual período de 2022, segundo dados do travelBI.

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No segundo trimestre do ano, as atividades ligadas ao alojamento, restauração e similares empregavam 332,4 mil indivíduos, valor que representa um aumento de 28,8% ou mais 74,4 mil pessoas que em igual período de 2022, segundo dados divulgado esta semana pelo travelBI.

Os dados mostram que, entre abril e junho, a população empregada nos setores do Alojamento e da Restauração e Similares representou 6,7% do total da Economia, o que representa um aumento de 0,4 p.p. face ao segundo trimestre do ano passado.

Entre os dados divulgados encontra-se também informação sobre as qualificações dos trabalhadores dos setores ligados ao turismo, através dos quais é possível perceber que, no segundo trimestre, 54% da população empregada nos setores do alojamento e da restauração e similares tinha o ensino secundário e superior, o que traduz um aumento de 5,0 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Segundo o travelBI, estes dados confirmam “a tendência de aumento das qualificações dos trabalhadores do setor registada nos últimos anos”, uma vez que, em 2017, a percentagem de trabalhadores destes setores com qualificações mais elevadas era de apenas 40%.

 

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“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”

A nova estratégia para o Turismo da Câmara Municipal do Porto foi o mote para uma conversa com Catarina Santos Cunha, vereadora de Turismo da autarquia, que explicou ao Publituris os pormenores e objetivos deste plano, que visa a descentralização e a qualificação da oferta da cidade. Além da nova estratégia, a conversa abordou também o crescimento do turismo, as novas ligações aéreas e os desafios do Alojamento Local (AL).

Inês de Matos

Foi a necessidade de ‘arrumar a casa’ que levou a autarquia portuense a lançar, em setembro de 2022, o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto” para reposicionar o Porto enquanto destino turístico, descentralizando os visitantes do centro histórico para os bairros portuenses, além de qualificar e organizar a oferta da cidade.

Em entrevista ao Publituris, Catarina Santos Cunha, vereadora do Turismo da Câmara Municipal do Porto, explica os objetivos e ações incluídas neste plano, que contempla ações de formação e a atribuição de um selo de qualidade para unidades de alojamento, walking tours e circuitos motorizados, entre outras atividades ainda em estudo.

Além do plano, a responsável fala do crescimento turístico, das expectativas para o verão, dos receios do Alojamento Local (AL) face ao programa Mais Habitação e das ligações aéreas que a cidade tem ganho, apesar da TAP continuar sem responder aos pedidos da autarquia.

A Câmara Municipal do Porto está a redefinir a estratégia de turismo da cidade e lançou o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto”. Quais são os principais destaques desta estratégia e qual é o seu objetivo?
Entrei para estas funções em março de 2022 e, nessa altura, o pelouro do Turismo estava na Economia, com o meu colega Ricardo Valente. Este plano foi lançado em setembro para trazer um posicionamento de cidade a quem visita mas também a quem vive, trabalha e investe no Porto.

Quando entrei em funções, não havia uma estratégia para aquilo que queremos ser como cidade e era preciso criar uma narrativa que pudéssemos, depois, entregar à Associação de Turismo do Porto (ATP), que é quem faz a promoção. Sentíamos que andávamos à volta dos mesmos temas e áreas territoriais. O turismo mudou muito e cresceu, neste último trimestre estamos com um crescimento de 20% face a 2022 e isso é ótimo mas a verdade é que precisávamos de ‘arrumar a casa’.

Por isso, o objetivo deste plano passa por aliviar a pressão no centro histórico, que é visitado por muitos turistas, numa situação que as obras do metro vieram piorar. E não queríamos ter os residentes zangados com o turismo. Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso fez-nos perceber que há caminhos que podemos evitar.

Isso explica a nossa preocupação com a descentralização porque temos mais Porto para mostrar além do centro histórico. Mas o Porto não está organizado como Lisboa em bairros e quarteirões, apesar de, organicamente, esses bairros já existirem.  Na zona do Bonfim, por exemplo, há novos motivos de atração, como galerias por via da Faculdade de Belas Artes, gente nova e muitos expatriados. Estamos a fazer um estudo de levantamento do conteúdo para pegar no que já existe e, dessa forma, contar os bairros do Porto, criando uma estratégia de comunicação.

Isto, deverá levar também ao aumento da estadia média, porque se tivermos um Porto da Ribeira e do Centro Histórico, as pessoas ficam um fim de semana mas, se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto.

Esses atrativos não se criam por decreto. O Porto já tem atrativos que permitam espalhar o turismo por toda a cidade, além do centro histórico?
Estamos a fazer essa leitura para, depois, a comunicarmos juntamente com as comunidades que habitam nessas zonas. De alguma forma, aquilo que estamos a fazer é também para criar esses atrativos, apesar de já existir quem venha ao Porto com o intuito de visitar os bairros. Por isso, também será interessante perceber como é que esses turistas chegaram ali e o que é que efetivamente procuram.

Isto tem de ser feito de uma forma sustentada e estratégica, para que seja possível comunicar o que é o ADN do Bonfim, o ADN de Bombarda, ou o que é a Foz e a Zona Ribeirinha, por exemplo.

Efetivamente, as pessoas já se estão a deslocar para outras zonas da cidade mas a oferta não está organizada. Se fizermos isso, o Porto tem motivos para que as pessoas fiquem vários dias na cidade.

É um trabalho que leva tempo, não se faz num mandato, mas espero que possamos deixar trabalho feito para que quem vier a seguir pegue neste trabalho, que é extremamente relevante porque estamos a casar isto com a política do AL, que prevê zonas de pressão e de crescimento sustentado.

Percebe-se que há, de facto, uma preocupação com o evitar o excesso de turismo. Já havia algumas manifestações nesse sentido na cidade?
Acho que não, esta guerra também é uma questão ideológica. Faz parte da narrativa de determinados partidos e, com isto, não quero dizer que não temos problemas, mas não estamos tão mal quanto isso.

Há pouco, estive no Bulhão e uma das peixeiras dizia-me que isto dos hostels é tão bom porque os turistas vão ao mercado comprar o peixe para cozinharem nos apartamentos. Portanto, há uma dinâmica que acaba por ser muito positiva, apesar de algumas situações que possam acontecer.

Este plano inclui também o lançamento do selo de qualidade ‘Confiança Porto’. Em que fase está a atribuição deste selo e qual é a sua importância para o destino?
O selo ‘Confiança Porto’ vem na senda do que falámos de qualificação do destino. Além da descentralização, temos também a preocupação de qualificar e trabalhar com os operadores da cidade nesse sentido.

Este selo nasceu em 2019, com o vereador Ricardo Valente, e era exclusivamente dedicado aos alojamentos turísticos, fossem hotéis, hostels ou AL. No entanto, nenhum dos selos chegou a ser entregue devido à pandemia, foi um projeto que nasceu e parou, mas que teve logo uma adesão grande, já tínhamos 20 selos para entregar.

Entretanto, fizemos um acerto no regulamento, porque não estavam contempladas questões como a economia circular e a sustentabilidade, nomeadamente o uso de produtos locais ou a forma como eram reutilizados os desperdícios nas unidades de alojamento.

É uma mais-valia do território incentivar o uso de produtos locais e esse era um dos pontos que queríamos incutir porque é algo diferenciador, mesmo para um hotel de uma cadeia internacional porque a experiência que oferece em Madrid não tem de ser igual à que oferece no Porto.

Partimos para este trabalho com um estudo que analisou as tendências do turismo e aquilo que as pessoas efetivamente procuram. Por isso, fizemos também uma alteração na parte dos recursos humanos – que é outra preocupação do setor – com o objetivo de valorizar os recursos humanos locais, as pessoas com formação em turismo e encontrar uma forma de distinguir estas práticas, num programa voluntário.

Depois do alojamento, passámos para os walking tours, porque também aqui percebemos que há narrativas absurdas e era necessário que alguém regulasse a qualidade destes circuitos. Mais recentemente, abrimos este programa aos circuitos motorizados, nomeadamente tuk-tuk e autocarros hop-on hop-off, que também contam a cidade aos turistas.

Em todas as áreas fazemos formação gratuita para qualificar e reconhecer estes operadores, principalmente aqueles que atuam em mais do que uma zona da cidade e não apenas no centro histórico.

Agora, estamos numa fase em que pretendemos dar uma robustez de reconhecimento e comunicação ao selo ‘Confiança Porto’, para que quem nos visita o perceba e reconheça e para aumentar a procura desta certificação, mostrando aos operadores que ela é uma mais-valia.

Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso feznos perceber que há caminhos que podemos evitar

Já foram entregues alguns selos?
Já, entregámos os 20 que já tínhamos para atribuir antes da pandemia e temos muitos outros para atribuir, devem ultrapassar os 60, até porque as inscrições esgotaram no primeiro dia.

Já promovemos 19 ações de formação e a recetividade também tem sido muito positiva, porque esgotamos as sessões sempre que abrem as inscrições. Por isso, temos também de nos prepararmos para crescer.

Este selo de qualidade é para continuar?
Queremos continuar. Na parte dos alojamentos turísticos, estamos a trabalhar com a airbnb e com a Booking para que coloquem o nosso selo na comunicação dos espaços. Isto ajudaria a que as empresas se aproximassem do programa e a passar a mensagem que a qualificação é fundamental para o posicionamento de cidade que procuramos.

O selo poderá ser alargado a outras atividades?
Sim, já conversámos com as atividades de comércio e serviços para que o selo chegue à restauração, aos bares e possamos passar à fase seguinte.

Ainda não o fizemos para dar um pouco mais de tempo para que estes que já foram lançados possam amadurecer, mas julgo que a seguir ao verão já poderemos lançar os restantes para que, no ano seguinte, já tenha mais impacto e possamos sentir que a cidade está mais qualificada.

A nova estratégia para o destino fala também na sustentabilidade, nas suas várias vertentes. O que é que o Porto vai fazer para se tornar num destino sustentável, desde logo a nível ambiental?
Temos o Pacto Porto para o Clima que nos tem colocado num envolvimento muito grande a nível ambiental e há imensas ações em toda a cidade, seja de compostagem, hortas urbanas, reutilização de resíduos. O Porto tem a ambição de atingir a neutralidade carbónica em 2030.

Por isso, estamos também a dar destaque aos nossos parques, assim como a Gaia e a Matosinhos, com quem temos uma forte ligação, assim como temos à Cidade do Vinho e à região dos Vinhos Verdes e ao Douro, onde integramos a rede das Great Wine Capitals.

A sustentabilidade também passa por esta pegada turística e é por isso que queremos trazer um melhor turismo e ter uma cidade onde todos se sintam bem. A sustentabilidade tem de ser vista como um todo.

Fotos: Joel Bessa

Está prevista alguma ação de sensibilização ou formação para promover a sustentabilidade que o Porto quer atingir?
Temos algumas iniciativas. Temos um projeto de boa vizinhança, que visa levar a comunidade local aos hotéis porque muitas vezes os residentes não entram nos hotéis e queremos mudar isso. E temos o projeto “Turismo nas Escolas”, um programa que vai às escolas explicar às crianças porque há tantas pessoas a visitar a cidade e o que é o nosso património.

Pretendemos ainda ter uma componente que explica o que são as profissões do turismo e, no fim, temos um jogo que representa as várias zonas da cidade e respetivos monumentos.

O que pretendemos é plantar a semente do turismo nas crianças para que comecem, desde novas, a ter algum contacto com a vida profissional e as profissões, tenham orgulho de mostrar o património e percebam que servir ou acolher alguém não é depreciativo.

Depois, temos o projeto “Porto Acessível” para que pessoas com menos capacidades físicas possam conhecer a cidade e o seu património. No fundo, pretendemos que a cidade possa ser usufruída por todos. O projeto está numa fase de levantamento do estado da arte e vai materializar-se em roteiros em braille, espaços adaptados e áudio-guias. É um processo muito grande, que estamos a desenvolver por etapas.

2023
Revelou que o Porto continua a crescer em termos turísticos. Que balanço faz a autarquia dos resultados dos primeiros meses de 2023?
Um balanço fantástico. Apesar do transtorno das obras do metro, está toda a gente feliz no Porto e não ouvimos críticas de que o turismo é mau.

Também temos conseguido reforçar a conetividade aérea e captámos mais 14 rotas, temos seis novas companhias aéreas a voar para o Porto mas o nosso objetivo ainda não está alcançado porque temos ligações muito interessante com a Europa mas não temos voos diretos de outros destinos. A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia.

Continuam zangados com a TAP, que mantém poucas rotas internacionais no aeroporto do Porto?
Já nem falo da TAP, não reclamo mais e a TAP já foi clara ao explicar que a estratégia não passa pelo Porto. Portanto, temos um grupo de conetividade aérea, liderado pela CCDR-N, em que nós estamos integrados, assim como a TPNP, a Associação Comercial do Porto e recentemente recebemos o ministro João Galamba, a quem apresentámos os nossos números, não só do Turismo mas também da Economia, e pedimos apoio para criarmos um gabinete de atração de companhias aéreas, ou seja, um subsidio com valores muito razoáveis.

A conversa correu bem, agora tem de passar pelo ministro da Economia mas acredito que vamos mesmo precisar deste tipo de apoio. É um gabinete como já existe em Espanha para atrair conetividade aérea.

Estamos a falar de subsídios que permitiriam ao aeroporto ter outro tipo de poder de atração para as companhias aéreas?
Exatamente. Sabemos que temos de fazer promoção no destino e que há algumas contrapartidas que são pedidas porque as companhias aéreas não arriscam sem terem qualquer garantia e nós, como cidade, temos de dar resposta a isso. Mas penso que estamos num bom caminho, continuamos a crescer e aquilo que temos de fazer é a gestão da cidade.

A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia

E como tem sido a reação AL do Porto ao pacote Mais Habitação, lançado pelo Governo e que traz várias limitações ao AL?
No Município do Porto, o AL está no pelouro das Atividades Económicas, mas vou dar a perspetiva do Turismo, até porque temos uma estratégia partilhada. O Porto foi pioneiro na criação de um regulamento para o AL, coisa que não existia e que começámos a trabalhar antes do lançamento do Plano Mais Habitação, até porque este plano, na área do alojamento, ainda é apenas um conjunto de intenções, mas obviamente que é assustador para a maioria das pessoas que investiu.

É terrível porque as pessoas fizeram um investimento e, ao fim de pouco tempo, as políticas mudaram.

As notícias que foram sendo conhecidas indicam que muitos proprietários colocaram os imóveis para venda. Isto também aconteceu no Porto?
Há um misto. Sentimos que as pessoas ainda estão muito confiantes no nosso trabalho, continuamos a trabalhar no regulamento, que cria zonas de contenção e esta identificação foi feita através de um estudo da Universidade Católica que permitiu perceber quais eram as zonas de maior pressão e, nessas zonas, criámos um conjunto enorme de exceções. É enorme, mas não compromete a relação entre residentes e turistas. Mas, tudo o que está relacionado com a reabilitação, está excecionado, também mudámos as transmissões de licenças em caso de morte ou divórcio, entre outras alterações, e ainda estão a decorrer sessões de esclarecimento relativamente a alguns pontos do regulamento.

Mas aquilo que temos sentido, em todas as apresentações que fizemos, é que as pessoas se sentem muito seguras com aquilo que estamos a fazer e sentem que as entendemos porque a realidade é que, há 10 anos, esta cidade era um deserto. Por isso, não podemos matar quem investiu no AL.

Portanto, não acredito que o AL vá regredir, mas poderão não existir novas licenças nas zonas de pressão que não cumpram as exceções. Depois, também estamos a tentar que os alojamentos se espalhem por outras zonas da cidade. No entanto, se o Governo disser que não há licenças de todo, que são apenas para o interior, estamos aqui para obedecer.

Já tivemos reuniões com o airbnb e com a Booking e é verdade que estão todos preocupados, mas a nossa postura é esta, tentar fazer passar o regulamento, sossegar as pessoas e mostrar o nosso apoio.

Como está o investimento na hotelaria no Porto, cidade que também tem ganho vários novos hotéis? É previsível que esse investimento continue este ano?
Neste momento, temos 81 novos licenciamentos de hotéis para construção. Não serão hotéis que vão nascer todos este ano, porque, depois, ainda há o prazo de construção, mas esse investimento continua a crescer e a maioria é hotéis de quatro e cinco estrelas, o que nos deixa confiantes de que é este o caminho que temos de seguir.

Quais são as expectativas para o resto do ano, nomeadamente para o verão?
As expectativas são boas, até porque somos uma cidade e não temos a questão da sazonalidade, estamos preocupados em atrair eventos de grande posicionamento, como o Comic Com, que voltámos agora a ter, e outros eventos de grande destaque internacional.

Por outro lado, vamos promover projetos da própria cidade e tracionais, que sejam capazes de manter a visita das pessoas ao longo de todo o ano. Mas, de facto, desde janeiro as coisas têm corrido bem.

Também temos programas e conseguimos atrair um turismo mais sénior porque somos uma cidade de cultura e arquitetura. Temos feito isso com parceiros da cidade para que isto aconteça com alguma harmonia.

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Governo dos Açores espera que Ryanair “honre compromisso” e mantenha voos acordados

Apesar de reconhecer que a Ryanair quer “mesmo ir embora” dos Açores, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, espera que a companhia aérea mantenha os voos acordados para este inverno.

Publituris

A secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, disse esta quinta-feira, 24 de agosto, esperar que a Ryanair “honre o compromisso” que estabeleceu com o Governo Regional dos Açores e mantenha os voos acordados, apesar de se prever que exista uma redução de voos a partir do inverno.

“O que nós aguardamos é que a Ryanair honre o compromisso que assumiu connosco e coloque rapidamente na [sua] plataforma os voos que estão acordados”, afirmou a governante regional, citada pelo jornal Açoriano Oriental.

Berta Cabral, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião com a Transinsular, revelou que existe um “entendimento” entre o Governo Regional dos Açores e a transportadora low cost irlandesa, que foi alcançado em reuniões com a presença da ANA Aeroportos e o Turismo de Portugal.

“Este entendimento parte de uma redução de voos, mas não queria falar dos detalhes do entendimento, uma vez que ainda estamos com o processo em aberto. No dia em que os voos forem colocados na plataforma, estaremos cá para falar da operação”, explicou a responsável.

No entanto, segundo o Açoriano Oriental, que cita um pesquisa realizada pela Lusa, a Ryanair não está a disponibilizar voos entre o continente e as ilhas de São Miguel e Terceira a partir de novembro.

Confrontada com esta evidência, Berta Cabral admitiu que a intenção da Ryanair é mesmo sair dos Açores, considerando, por isso, que esta não é uma questão de negociação.

“O propósito da Ryanair, desde o início, é mesmo ir embora. Gostava que se partisse desse pressuposto porque às vezes as pessoas pensam que é um problema de negociação. Não é um problema só de negociação. É um problema fundamentalmente de vontade de uma empresa privada”, assinalou.

A secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores revelou que, a cada reunião, a Ryanair surge “com mais uma dificuldade”, numa estratégia que, segundo a responsável, visa ganhar tempo.

“Levam tempos e tempos em que não nos dizem nada. Fazemos uma reunião e eles vão e voltam semanas depois com mais uma dificuldade. Estão a arranjar e a falar em dificuldades umas atrás das outras para ganhar tempo de decisão”, explicou.

Berta Cabral atribui a vontade da Ryanair de abandonar a operação dos Açores  à situação do Aeroporto de Lisboa, que está “absolutamente congestionado” e sem “capacidade de atribuir mais ‘slots’”.

“As companhias todas estão a tentar otimizar os ‘slots’ que têm em Lisboa. A Ryanair sabe que com os ‘slots’ que tem para viajar para os Açores pode otimizá-los e ganhar mais dinheiro se utilizar essas autorizações para viajar para outros destinos”, vincou.

Apesar disso, o executivo açoriano pretende manter as negociações com a companhia aérea, apesar de Berta Cabral realçar que “existe sempre alternativa” e que, desde que a Ryanair anunciou a intenção de sair dos Açores, o governo regional já foi contactado por “companhias portuguesas para ocuparem o espaço” que a Ryanair deverá deixar vago.

Recorde-se que, a 27 de julho, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores tinha indicado que as negociações que “estavam no bom caminho”, esperando-se a manutenção da base da companhia no arquipélago.

 

 

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Delegação da AHRESP em Coimbra muda de instalações

A delegação da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) de Coimbra vai mudar de instalações em setembro, passando a funcionar no Mercado Municipal D. Pedro V.

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A delegação da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) de Coimbra vai mudar de instalações em setembro, passando a funcionar no Mercado Municipal D. Pedro V, informou a associação através da sua Magazine de Negócios.

Na informação divulgada, a AHRESP indica que a data da mudança será revelava “oportunamente” e explica que a mesma se deve a um proposta da Câmara Municipal de Coimbra, que a associação aceitou, uma vez que “assim se mantém próxima dos empresários da região”.

“A proposta da Câmara Municipal de Coimbra para a troca de instalações dos serviços da AHRESP foi aprovada por unanimidade dos vereadores em reunião da autarquia realizada esta segunda-feira, 21 de agosto”, lê-se na informação publicada pela associação.

A AHRESP revela que a intenção da autarquia já tinha sido comunicada em maio, quando a Câmara Municipal de Coimbra indicou não pretender renovar o contrato da Rua da Couraça da Estrela, onde ainda se encontra a delegação da AHRESP em Coimbra e que vigorava desde 2013.

No entanto, a autarquia disponibilizou-se de imediato para “ceder um espaço alternativo noutro edifício municipal”, o que vai acontecer em setembro, quando a associação se mudar para a Loja P4 do Mercado Municipal D. Pedro V.

A AHRESP diz ainda que a cedência da Loja P4 do Mercado Municipal D. Pedro, cuja entrada principal se situa na Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, insere-se nos objetivos de promoção e desenvolvimento do turismo definidos pela autarquia e mostra-se confiante de que a nova localização vá ao encontro das “necessidades e expetativas dos empresários da região”.

 

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Finnair lança ‘Arctic Express’ para ligar Helsínquia, Rovaniemi e Tromso no inverno

O novo serviço da Finnair arranca a 2 de dezembro, ligando Helsínquia, capital da Finlândia, a Rovaniemi e Tromso, destinos na Lapónia finlandesa e norueguesa, e que são conhecidos por serem a casa do Pai Natal e a porta de entrada para a aurora boreal, respetivamente.

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A Finnair vai lançar o ‘Arctic Express’, um novo serviço que vai funcionar no inverno, ligando Helsínquia, capital da Finlândia, a Rovaniemi e Tromso, destinos conhecidos por serem a casa do Pai Natal e a porta de entrada para a aurora boreal.

A nova rota, avança a publicação britânica dedicada ao turismo Travel Weekly, vai funcionar durante a temporada de inverno e será a única conexão entre Rovaniemi, na Lapónia finlandesa, e Tromso, no norte da Noruega.

As ligações têm arranque previsto para dia 2 de dezembro, numa rota que vai contar com dois voos por semana, às quintas-feiras e sábados, operados em aviões ATR, com capacidade para transportar 68 passageiros.

“Com esta nova ligação, os visitantes da região do Ártico podem combinar convenientemente a Lapónia e o norte da Noruega numa só viagem”, sublinha Antti Tolvanen, vice-presidente sénior de gestão de redes e receitas da Finnair. 

Segundo o responsável, o Ártico e as experiências de viagem que oferece, atraem visitantes de todo o mundo, com destaque para a Ásia e Europa, motivo pelo qual os horários dos voos do novo serviço foram programados para permitir conexões com os aeroportos de Heathrow, Manchester, Edimburgo e Dublin.

Além do ‘Arctic Express’, a Finnair vai também contar, durante a temporada de inverno, com 10 voos por dia entre Helsínquia e Rovaniemi, ligando ainda a capital finlandesa a Tromso, na Lapónia norueguesa, com um voo por dia.

 

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Embraer consegue certificação para avião E195-E2 voar na China

Apesar de ainda não ter vendido qualquer aparelho na China, a Embraer está confiante que a certificação vai abrir caminho a novas oportunidades de negócio, até porque estes aviões têm capacidade de operação a altas temperaturas e grandes altitudes.

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A Embraer anunciou esta quarta-feira, 23 de agosto, que o seu avião E195-E2 recebeu a certificação tipo para poder voar na China, num passo que, segundo o construtor aeronáutico brasileiro, “abre caminho para significativas oportunidades de negócio” para a empresa no país.

De acordo com a imprensa brasileira, este avião, que tem capacidade para transportar 146 passageiros, é o segundo da Embraer a obter a certificação por parte da Administração de Aviação Civil da China, depois de também o E190-E2, com capacidade para 114 passageiros, ter sido certificado para operar no país.

“Estamos entusiasmados em ter tanto o E190-E2 quanto o E195-E2 certificados pela CAAC. Dessa forma, estabelecemos as bases para progredir com as vendas no mercado chinês”, congratulou-se Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial.

Segundo o responsável, “existem dados que revelam que mil milhões de pessoas que vivem em cidades menores da China nunca voaram” e, apesar de ainda não ter vendido qualquer aparelho na China, a Embraer espera que alguns dos 1.445 novos aviões que o país deverá receber até 2041, sejam destes modelos.

Para Guo Qing, vice-presidente de Aviação Comercial da Embraer na China, estes aviões são ideais para operar na China, quer seja pela sua dimensão ou pela capacidade de operar em altas temperaturas e grandes altitudes.

“Além de ter o tamanho correto e a melhor eficiência de combustível, o E190-E2 nasceu com capacidade de operação a altas temperaturas e grandes altitudes. É a primeira aeronave na categoria a voar para alguns dos aeroportos mais altos do mundo no oeste da China, incluindo Lasha e Yushu”, explica o responsável.

A imprensa brasileira destaca ainda outra vantagem para a Embraer, sublinhando que o principal concorrentes destes aviões, o A220, da Airbus, ainda não conseguiu obter a certificação para poder operar na China.

A companhias aéreas chinesas têm, no entanto, vindo a adquirir aparelhos de fabrico chinês, a exemplo do ARJ21-700, da COMAC, que já tem mais de 100 aparelhos ao serviço, com as entregas a crescer a cada ano.

“A nossa equipa na China está avançando no trabalho com clientes potenciais. Há oportunidades significativas para o E2 no mercado local, uma vez que o jato é complementar ao ARJ21 e ao C919, aviões já fabricados na China”, acrescentou Arjan Meijer.

 

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TAP perde quota nos aeroportos nacionais

Os dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil, referente ao 2.º trimestre deste ano, dão conta que a TAP viu a sua quota – em movimentos e passageiros transportados – cair em todos os aeroportos nacionais.

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O Boletim Estatístico Trimestral (2.º trimestre de 2023) da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) revelam que a TAP registou uma quebra no número de movimentos, bem como de passageiros transportados face ao primeiro trimestre do presente exercício.

Assim, em Lisboa, a TAP viu a quota no número de movimentos passar de 51% para 50%, enquanto no número de passageiros transportados a quebra é de 47% para 44%.

Mas não somente a companhia aérea nacional a ver a quota a baixar, já que também Ryanair e easyJet registaram quebras em ambos os parâmetros analisados.

Isto numa indicação que mostra, relativamente às 10 maiores companhias, que, tanto em número de movimentos como de passageiros houve uma ligeira subida de 80,3% para 81% e 78,8% para 80,5%, respetivamente, no aeroporto de Lisboa do 2.º trimestre de 2022 para o mesmo período de 2023.

No Porto, onde a Ryanair é dominante, a companhia liderada por Michael O’Leary viu as duas quotas em análise aumentarem ligeiramente, passando de 31% para 32% (quota de mercado no número de movimentos) e de 36% para 37% no que diz respeito ao número de passageiros transportados.

A easyJet, revela a ANAC, caiu de 17% para 14% e de 17% para 15%, nos dois parâmetros analisados e que comparam o 1.º e 2.º trimestres do presente ano.

No caso da TAP, no número de movimentos, os dados mostram uma quebra de 15% para 13%, quando nos passageiros transportados no aeroporto do Porto a companhia aérea passa de uma quota de 14% para 11%.

Também em Faro é a Ryanair que domina, tanto em movimentos como passageiros. Se no 1.º trimestre deste ano a companhia aérea irlandesa representava 32%, já no segundo trimestre, a quota subiu para 33%. E no número de passageiros, a subida foi, igualmente, de um ponto percentual (p.p.), passando de 36% para 37%.

Destaque a sul para a performance da Jet2 que subiu em 2 p.p. a sua quota: nos movimentos passa de 7% para 9% e nos passageiros, de 9% para 11%.

Nas ilhas, embora mantenha a quota no número de passageiros transportados (21%), no número de movimentos a TAP tem uma quebra de 2 p.p., passando de 22% para 20%. A Ryanair cai no número de movimentos (passa de 15% para 14%), mas mantém os 17% no número de passageiros. A easyJet mantém a quota em ambos os parâmetros, com 14% e 15%, respetivamente.

Finalmente, em Ponta Delgada, onde a SATA Air Açores domina o mercado, a companhia aérea açoriana viu a quota no número de movimentos aumentar em 9 p.p., passando de 43% para 52%, registando, igualmente, uma performance positiva no número de passageiros transportados, passando de 24% para 26%.

Já a SATA International, faz um caminho inverso, ou seja, de descida. No número de movimentos passa de 31% para 26% e no número de passageiros, passa de 42% para 39%.

A Ryanair é a terceira “força” em Ponta Delgada, embora perca quota. Nos movimentos cai de 13% para 9% e no número de passageiros, cai de 19% para 15%.

Nos Açores, a TAP mantém a quota no número de passageiros transportados (15%), mas cai no que concerne o número de movimentos, descendo um p.p., de 9% para 8%.

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Aquecimento global levará a uma perda de turistas no Sul da Europa

Que o aquecimento global e as alterações climáticas são um problema com que todos devem estar preocupados, é um facto. Agora, um relatório recente da JRC mostra os impactos destes fenómenos para o turismo na Europa. E o cenário não é nada bom para os países do Sul.

Victor Jorge

Um estudo recente do Joint Research Centre (JRC), organismo de pesquisa da Comissão Europeia, dá conta que, devido ao aquecimento global, no futuro, poder-se-á registar uma troca nos fluxos turísticos de Sul para Norte.

O JRC simulou como a procura regional europeia será alterada sob futuras alterações climáticas utilizando os dados de variáveis climáticas de 10 modelos climáticos regionais. Os impactos são estimados para as metas de aquecimento global estabelecidas nas metas do Acordo de Paris (1,5°C e 2°C), bem como para dois níveis de aquecimento mais elevados (3°C e 4°C).

Assim, enquanto se prevê que as regiões do Mediterrâneo e do Sul da Europa registem uma queda considerável no volume de turistas (ou seja, no número total de dormidas) devido às alterações climáticas, as regiões em latitudes mais elevadas registarão um aumento global na procura turística.

Com um aquecimento de 1,5°C, prevê-se que a maioria (80%) das regiões europeias seja afetada pelas alterações climáticas apenas numa proporção bastante pequena, oscilando o fluxo de turistas que visitam essas regiões entre -1% e +1%. Estima-se que o declínio mais elevado ocorra no Chipre (-1,86%), enquanto o aumento máximo poderá ocorrer numa região costeira da Finlândia (+3,25%). Os resultados são bastante semelhantes ao cenário de aquecimento de 2°C.

Já nos cenários de aquecimento de 3°C e 4°C, prevêem-se mudanças significativas nos padrões de procura para a Europa, surgindo um claro padrão Norte-Sul. Estima-se, por isso, que as regiões da Europa Central e do Norte se tornem mais atrativas para atividades turísticas durante todo o ano, em detrimento das áreas do Sul e do Mediterrâneo.

Num cenário de aquecimento global de 4°C, prevê-se que 80% das regiões a Norte aumentem a sua procura turística em relação a 2019. As indicações apontam para taxas de crescimento superiores a 3% no número de dormidas para um total de 106 regiões.

Por outro lado, prevê-se que 52 regiões europeias na Bulgária, Grécia, Chipre, Espanha, França, Itália, Portugal e Roménia percam fluxos turísticos em relação ao presente.

“As regiões costeiras e insulares são conhecidas por serem altamente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas e isto também é confirmado pela nossa análise, onde se prevê que as regiões costeiras enfrentem os impactos mais elevados na procura turística nos cenários de maior aquecimento”, referem os autores do relatório.

Assim, quando se olha para variações superiores a +/- 5% no número de dormidas em relação ao ano base (2019), 63% das regiões europeias afetadas são zonas costeiras, destinos que também são simulados para experimentar as perturbações máximas na procura turística, ou seja, +16% no Oeste do País de Gales e -9% nas Ilhas Jónicas Gregas, num cenário de aquecimento global extremo.

A conclusão da JRC estimam que as maiores perdas (<-5%) estão projetadas nas regiões de Chipre, Grécia, Espanha, Itália e Portugal, enquanto os ganhos mais elevados (>+5%) estão distribuídos pela Alemanha, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Países Baixos, Suécia e Reino Unido.

Para além da redistribuição geográfica, prevê-se também que os padrões sazonais do turismo europeu se alterem consideravelmente, com os meses de verão a tornarem-se menos atrativos, enquanto as “shoulder season” e de inverno serão mais apelativas à medida que as condições climáticas melhorarem.

Por isso, a conclusão é simples: “os países do Sul enfrentam reduções na procura turística em todos os cenários de aquecimento global, com quedas consideráveis no Chipre, Grécia, Espanha e Portugal”, enquanto os países da Europa do Norte e Central são os “beneficiados” com uma maior procura turística.

Foto crédito: Depositphotos.com
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Norwegian passa de lucros a prejuízo no 1.º semestre

A companhia aérea norueguesa apresentou os seus resultados trimestrais. Se no trimestre há uma descida, no acumulado dos primeiros seis meses o cenário não é melhor.

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A Norwegian apresentou, no segundo trimestre de 2023, um lucro de 537 milhões de coroas norueguesas (cerca de 46 milhões de euros), correspondendo a uma descida de 57% face aos 1.248 milhões de coroas norueguesas (cerca de 108 milhões de euros) obtidas em igual período de 2022.

No que toca aos resultados operacionais, a companhia aérea norueguesa revela que obteve um valor de 6.871 milhões de coroas norueguesas (cerca de 595 milhões de euros). Isto representa um acréscimo de 41% face às 4.868 milhões de coroas norueguesas (mais de 422 milhões de euros).

Já no acumulado do ano – de janeiro a junho de 2023 – a companhia refere que registou um prejuízo de 455 milhões de coroas norueguesas (39,5 milhões de euros), contra as 217 milhões de coroas norueguesa (perto de 19 milhões de euros) de período homólogo de 2022.

Tal como no segundo trimestre, também no primeiro semestre os resultados operacionais aumentaram, passando de 6.784 milhões de coroas norueguesas (588 milhões de euros) para 10.846 milhões de coroas norueguesas (pouco mais de 940 milhões de euros) na primeira metade do ano de 2023, correspondendo a uma subida de 60%.

Relativamente aos passageiros, tanto no segundo trimestre como no primeiro semestre de 2023, a Norwegian registou uma subida face aos mesmos períodos de 2022. Se no segundo trimestre passou de 4,96 milhões para 5,6 milhões, correspondendo a um crescimento de 13%, no acumulado dos primeiros seis meses essa evolução foi de 31%, o que equivale passar de 7,18 milhões para 9,41 milhões de passageiros transportados.

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