Star Alliance quer Azul na aliança
A aliança de aviação à qual a TAP pertence quer preencher a lacuna que a saída da companhia brasileira TAM deixou na rede. A Avianca Brasil já foi oficialmente convidada, mas a Star Alliance quer mais um membro naquele país.
Patricia Afonso
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O foco da Star Allaince, neste momento e após a entrada formal da Air India na aliança, é preencher a lacuna existente no Brasil, após a saída da TAM, aquando da fusão com a LAN. Ao Publituris, Mark Schwab, CEO da Star Alliance, indicou que o primeiro passo está dado, com o convite feito à Avianca Brasil, mas que a aliança está em negociações com uma segunda companhia brasileira com um forte mercado doméstico.
Feita uma breve análise a este mercado, e apesar de nunca ter sido revelado o segundo nome em cima da mesa de negociações da Star Alliance, a Azul – uma das interessadas na privatização da TAP – é a companhia melhor posicionada para tornar-se membro da mais antiga aliança de aviação da indústria, dada a sua rede e complementaridade com as ligações da Avianca Brasil.
“O Brasil, como é óbvio, é um mercado muito importante. É o 5.º maior mercado doméstico no mundo e está a crescer muito depressa. Os níveis de crescimento diminuíram um pouco os últimos anos, mas ainda permanece forte em comparação com o resto do mundo”, começou por explicar Mark Schwab, referindo que a saída da TAM “deixou-nos um ‘gap’ no Brasil, onde precisamos de ter uma presença forte, pois trata-se de uma população jovem e em crescimento económico e os viajantes são sempre uma progressão nestes países.”
Estimando que o processo da entrada da Avianca Brasil esteja concluído no segundo trimestre de 2015, o CEO da Star Alliance confessa, apenas, que a aliança está “à procura de uma segunda companhia no Brasil, pelo que estamos em conversações com um segundo nome, mas ainda não há decisões. Estamos em discussão”
Questionado sobre se uma combinação das redes da Avianca Brasil e da Azul – caso se concretize o convite a esta companhia – seria suficiente para colmatar a lacuna deixada pela saída da TAM, Mark Schwab afirmou que “seria muito bom.” “Ambas as companhias não tem a rede internacional que a TAM tinha, mas temos a rede internacional mais forte para o Brasil através dos nossos membros. Das três alianças, a nossa rede combinada é, de longe, a mais forte: mais companhias, com mais voos por dia para mais cidades no Brasil.” A TAP é um dos maiores contributos nestas ligações intercontinentais, salientou o CEO, enaltecendo a rede da companhia portuguesa no Brasil.
* A jornalista viajou até Frankfurt a convite da Star Alliance