Trabalhadores da hotelaria manifestam-se contra congelamento de salários
Uma delegação de cinco dirigentes sindicais entregou uma moção à CTP, na qual defende um aumento salarial e melhoria de condições dos trabalhadores, além da revisão do contrato colectivo.
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Mais de 130 trabalhadores da hotelaria e do turismo manifestaram-se esta terça-feira, em Lisboa, contra o congelamento dos salários e por uma contratação colectiva que não seja usada pelos patrões como “um instrumento de tortura” dos funcionários, segundo noticia a Lusa.
Concentrados em frente da sede da Confederação do Turismo Português (CTP), os trabalhadores e os dirigentes sindicais afetos à CGTP, exigiram a actualização dos salários que dizem estar “praticamente todos congelados” nos últimos quatro anos.
O coordenador da Frente dos Sindicatos da Hotelaria e Turismo de Portugal, Joaquim Pires, disse à agência que “a situação dos trabalhadores é muito complicada, pois os contratos no sector estão praticamente todos congelados e a actualização média dos salários entre o norte, o centro e o sul tem um atraso quatro anos”.
O responsável afirma que “o contrato coletivo está a ser usado pelos patrões, não como um instrumento de progresso social – onde estão os direitos e os deveres, e que devem ser mudados -, mas como um instrumento de tortura para os trabalhadores nos locais de trabalho”.
O dirigente sindical afirmou ainda que há 300.000 trabalhadores, em diferentes categorias, que são abrangidos pela Contratação Coletiva de Trabalho e que têm salários congelados, “muitos” dos quais não chegam ao salário mínimo nacional de 485 euros.
“É incompreensível esta atitude num sector, o do turismo e da hotelaria, que tem tido nos últimos dois anos resultados excelentes, que estão acima dos 5% nas dormidas dos hóspedes e dos proveitos, e isso não tem tido correspondência no aumento dos salários”, frisou.
Uma delegação de cinco dirigentes sindicais entregou uma moção a um representante da CTP, e nela se defende um aumento salarial, a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, além da revisão do contrato colectivo.