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Opinião

Sustentabilidade: Utopia ou Sobrevivência

Não podemos, nos dias de hoje, olhar para as nossas tarefas quotidianas, desde as simples às mais complexas, sem sentir esta responsabilidade acrescida, identificada pelas Nações Unidas há um par de anos.

Opinião

Sustentabilidade: Utopia ou Sobrevivência

Não podemos, nos dias de hoje, olhar para as nossas tarefas quotidianas, desde as simples às mais complexas, sem sentir esta responsabilidade acrescida, identificada pelas Nações Unidas há um par de anos.

Ana Jacinto
Sobre o autor
Ana Jacinto

O desenvolvimento sustentável tem por definição “atender às necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação das necessidades das gerações futuras”. Dito o que todos sabem, penso que não podemos, nos dias de hoje, olhar para as nossas tarefas quotidianas, desde as simples às mais complexas, sem sentir esta responsabilidade acrescida, identificada pelas Nações Unidas há um par de anos.

É por isso indiscutível que precisamos de desenvolver a atividade turística de forma sustentada, melhorando, a cada passo, nomeadamente a capacidade laboral, fiscal, financeira e ambiental das nossas empresas.

Muito recentemente tivemos o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, a falar do turismo como “um dos grandes motores da nossa economia, representando cerca de 20% das nossas exportações, um exemplo que deve ser replicado noutros setores da atividade para criar “diferentes motores de desenvolvimento”.

É por isso importante que possamos refletir sobre as transformações da atividade turística, que identifiquemos os problemas e que possamos vislumbrar soluções para um desenvolvimento cada vez mais sustentável. Porque é possível, porque não é uma utopia. Falamos em cuidar do Planeta, da água, das floretas, dos animais, como se tudo estivesse separado de nós, como se fosse apenas uma obrigação para evitar consequências. Destruímos as florestas e não teremos oxigénio, poluímos os rios e não teremos peixe, usamos irracionalmente a água e teremos falta dela, e assim sucessivamente. Sustentabilidade não pode ser opção, escolha, moda… é garantia da vida! Na verdade, a palavra sustentabilidade deveria ser substituída por sobrevivência, porque agora, é disso mesmo que se trata!

Falamos do agora, e como ao otimismo militante não devemos contrapor o pessimismo filosófico, sejamos apenas prudentes. Os indicadores e resultados que já conhecemos apontam para que este verão alcance – e eventualmente supere – os resultados alcançados em 2019, justamente aquele que foi o melhor ano de sempre para a atividade turística nacional.

A bolha do verão é isso mesmo, uma bolha, que não pode iludir os problemas que precederam este tempo, e foram dois anos de pandemia em que empresas mais frágeis e sem acesso aos devidos apoios ficarem pelo caminho, e as que sobreviveram ainda não se refizeram dos seus problemas de tesouraria.

Então, é este o momento certo para debatermos o desenvolvimento sustentável da atividade turística e como seguir adiante num inverno que se antecipa gelado – a inflação crescente, a crise energética e alimentar num continente que vive o seu maior conflito desde a II Guerra Mundial. Vamos então mobilizar para debater e antecipar problemas e propor soluções ao governo, ao parlamento e autarquias locais. Vamos apresentar um conjunto de medidas estruturantes que possam influenciar os fazedores de políticas públicas com medidas direcionadas para o turismo.

Queremos envolver os parceiros e a sociedade civil num conjunto de ações e debates que possam responder à questão: sustentabilidade, utopia ou sobrevivência?

Sobre o autorAna Jacinto

Ana Jacinto

Secretária-geral da AHRESP
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