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Opinião

O apelo do Interior

Quando se analisam as apostas estratégicas em termos de especialização económica assumidas pelas diferentes áreas do território vêm ao de cima a falta de coordenação e articulação, absolutamente centrais para poder assumir opções claras em termos de captação de investimento e fixação de capital social.

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O apelo do Interior

Quando se analisam as apostas estratégicas em termos de especialização económica assumidas pelas diferentes áreas do território vêm ao de cima a falta de coordenação e articulação, absolutamente centrais para poder assumir opções claras em termos de captação de investimento e fixação de capital social.

Sobre o autor
Francisco Jaime Quesado

Esta crise veio trazer de novo a aposta no Interior para a agenda estratégica do país. As novas tendências na área do turismo e as condições de acolhimento que o interior propicia estão a relançar a aposta em novos conceitos um pouco por todo o país. O interior representa de facto uma nova oportunidade de relançamento da economia e de adaptação a uma nova filosofia de vida que a recente pandemia veio trazer. Mas significa também a necessidade de ter uma visão clara de qual deve ser o foco que deve ser colocado do ponto de vista estratégico em termos de investimento e fixação de capital e de pessoas. Por isso, exemplos de sucesso de municípios como Bragança e o Fundão, entre outros, devem ser considerados uma referência para o futuro.

Quando se analisam, contudo, as apostas estratégicas em termos de especialização económica assumidas pelas diferentes áreas do território vêm ao de cima a falta de coordenação e articulação, absolutamente centrais para poder assumir opções claras em termos de captação de investimento e fixação de capital social. De Trás-os-Montes ao Alentejo, passando pela zona da Serra da Estrela, existe uma falta evidente de aposta no capital e no talento como os enablers estratégicos essenciais para o desenvolvimento de uma nova agenda competitiva com efeito global. E também aqui os projetos inovadores poderão ser uma plataforma dinâmica e colaborativa de atração de talento e de investimento para dar uma nova dinâmica estratégica ao desenvolvimento do interior.

É preciso perceber que a aposta no Interior não se faz por decreto. O papel das políticas públicas é central na orientação estratégica das opções que devem ser feitas e terá de haver por parte dos diferentes atores do território – municípios, universidades e institutos politécnicos, associações empresariais, centros de inovação, entre outros – uma definição clara das áreas de especialização estratégica para as quais devem ser sinalizados os esforços colaborativos de captação de investimento e fixação de recursos humanos e talentos. Se esta não for a estratégia, continuaremos a assistir a uma competição desenfreada e sem qualquer racionalidade ao longo do território pela mesma especialização estratégica. Por isso é que a inovação inteligente será a grande pedra de toque para um interior mais competitivo.

Sobre o autorFrancisco Jaime Quesado

Francisco Jaime Quesado

Economista e Gestor
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