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Opinião

Este artigo foi escrito pelo ChatGPT

Goste-se ou não, a Inteligência Artificial veio para ficar e vai revolucionar muitos setores de negócio. Que operadores turísticos serão capazes de capitalizar nesta nova vaga poderá ditar os grandes vencedores e perdedores em próximos anos.

Opinião

Este artigo foi escrito pelo ChatGPT

Goste-se ou não, a Inteligência Artificial veio para ficar e vai revolucionar muitos setores de negócio. Que operadores turísticos serão capazes de capitalizar nesta nova vaga poderá ditar os grandes vencedores e perdedores em próximos anos.

Sobre o autor
Alexandre Pessoa

Este artigo foi escrito pelo ChatGPT.

Na verdade, não foi, mas não resisti a uma pequena provocação. Para já, ainda foi escrito à moda antiga, uma atividade em provável extinção.

O ChatGPT veio revolucionar a forma como olhamos para a Inteligência Artificial e sua utilidade imediata para o comum dos mortais. A capacidade de “conversar” em linguagem natural e obter uma panóplia de resultados, de ensaios curtos perfeitamente articulados, a código de programação, ou ainda respostas a perguntas sobre variados temas, criou uma verdadeira revolução que, desde novembro de 2022, abalou o mundo digital, jornalístico e académico.

Vale a pena recordar que o ChatGPT bateu todos os records de velocidade de adoção de utilizadores: 1 milhão em cinco dias, 100 milhões em dois meses, muitos mais agora que faz parte da oferta Microsoft/Bing, estima-se que chegue aos mil milhões este ano.

E, junto com a legião de fãs, também veio a legião de detratores, com algumas universidades a proibirem a sua utilização, ou receios que possa afetar processos de aprendizagem ou extinguir empregos. Mas, goste-se ou não, a Inteligência Artificial veio para ficar.

Se tem bico de pato….
Se tem bico de pato, põe ovos como um pato e nada como um pato, então é um pato. Ou é um ornitorrinco!

Nem sempre o que parece é, e o mesmo se tem afirmado sobre a Inteligência Artificial Generativa Conversacional, ou seja, o ChatGPT e similares. Trata-se de um “Modelo Linguístico de Grande Dimensão baseado em Transformador Generativo Pré-treinado” (perdoe o leitor a minha fraca tradução, o acrónimo em inglês é LLM GPT), ou seja, é um programa de computador que lê enormes quantidades de conteúdo para criar uma rede neuronal com a qual compreende conteúdo apresentado em linguagem natural (o pedido/pergunta do utilizador humano) e cria respostas em linguagem natural, prevendo qual a palavra certa a colocar em cada contexto, criando texto de elevada qualidade, indistinto do texto de humanos, senão mesmo melhor.

É um modelo de Inteligência Artificial porque, objetivamente, aprende com a interação continuada, está continuamente a aprender e evoluir. E esta é a génese de algumas das críticas.

Para se ter ideia da quantidade de dados usada para treinar estes GPT, o modelo GPT3, antecessor do ChatGPT, tem 175 mil milhões de parâmetros, já o GPT4, lançado agora, tem 100 biliões de parâmetros.

E não geram apenas texto em qualquer idioma ou código de programação em praticamente qualquer linguagem de programação, o DALL-E, “irmão” para multimédia do ChatGPT, cria imagens originais a partir de um comando do utilizador. Com o GPT4, lançado agora, surgem as aplicações para vídeo (“cria um vídeo com estas pessoas a fazer isto neste cenário com esta duração”) e o reconhecimento natural de voz e resposta em voz, já em beta pela Microsoft e Google. Os assistentes pessoais inteligentes, com informação em tempo real, vão ser uma realidade já ao virar da esquina.

Mas nem tudo são flores. Os detratores dos modelos de Inteligência Artificial apontam as suas limitações, começando pelo facto de poderem “mentir”, ou seja, criar texto com afirmações que parecem verdadeiras, mas são falsas, por usarem dados desatualizados, “ganhar viés” (racismo, xenofobia, …) em função da interação com utilizadores ou conteúdos com estas características, ou ainda “não ter valores morais ou éticos”, por ausência de tais filtros.

Mas a maior acusação de detratores é “não ser verdadeiramente inteligente, trata-se de um programa de computador que adivinha qual a palavra seguinte a colocar e é bastante bom a fazê-lo, mas não compreende o que está a escrever”. Entre outros, há um artigo de Elizabeth Weil no NY Times (“You are not a Parrot”) que se debruça sobre esta temática, olhando para o trabalho de linguistas como Emily Bender para concluir que a Inteligência Artificial não é inteligência, antes um papagaio treinado.

Não vou aqui debater se tal é verdade ou não, deixo-o para os especialistas, mas se o fizesse teria que abordar o que significa “inteligência” e o facto de o ChatGPT ter batido em dezembro de 2022 o Teste de Turing, teste criado para perceber se uma máquina responde ao nível de um humano. Para já, os vários GPT parecem agir como humanos inteligentes, aprendendo com o contexto, talvez o próximo passo seja refinar os filtros éticos ou morais como ponderadores do algoritmo, exatamente como os humanos fazem ao longo da sua própria aprendizagem.

OK, e o que é que isto interessa para o turismo?
A resposta é: MUITO

As implicações são enormes, quer nos vetores da criação de oferta, apresentação e venda a clientes, otimização de operações e mesmo substituição de profissões, talvez os guias intérpretes tenham os dias contados. E é algo que está a acontecer agora, em Portugal a minha agência já “ensina” GPT’s com o conteúdo de sites de cliente no setor do turismo, criando chatbots inteligentes, contextualizados com o conteúdo lá existente e que aprendem com os clientes. Vendas mais eficazes e dirigidas.

Mas isso é a ponta do iceberg, deixo o desenvolvimento deste tema para a segunda parte deste artigo, mas uma coisa é certa: a Inteligência Artificial veio para ficar e vai revolucionar o setor do turismo, resta saber quem saberá capitalizar nesta nova realidade, quem serão os grandes vencedores em próximos anos.

Referências: You are not a Parrot: https://nymag.com/intelligencer/article/ai-artificial-intelligence-chatbots-emily-m-bender.html
Sobre o autorAlexandre Pessoa

Alexandre Pessoa

Professor do Departamento de Turismo do ISCE, diretor-geral da Agência Digital BlueSerenity
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