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Opinião

A Economia da Sustentabilidade

promoção duma Economia Verde passa por muitas dimensões da cadeia de valor económica e social, desde a racionalização de processos industriais a ações de forte promoção e comunicação junto de públicos-alvo centrais.

Opinião

A Economia da Sustentabilidade

promoção duma Economia Verde passa por muitas dimensões da cadeia de valor económica e social, desde a racionalização de processos industriais a ações de forte promoção e comunicação junto de públicos-alvo centrais.

Sobre o autor
Francisco Jaime Quesado

Nunca como agora as questões da sustentabilidade e da valorização duma nova economia verde estiveram em cima da mesa e estão de forma central na Agenda Europeia do Horizonte Europa e de outros Programas Estratégicos Internacionais. A promoção duma Economia Verde passa por muitas dimensões da cadeia de valor económica e social, desde a racionalização de processos industriais a ações de forte promoção e comunicação junto de públicos-alvo centrais. Outra importante dimensão da Economia da Sustentabilidade prende-se com a valorização dos recursos naturais. Abordamos, neste contexto, os exemplos da Floresta e do Mar e das dinâmicas a que estão associados.

As indústrias de base florestal (traduzidas pelas indústrias de cortiça, pasta e papel e madeira e mobiliário) atravessam um processo de profunda renovação, diretamente apoiado no aumento da cooperação entre empresas, organizações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respectivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado. Mais globalmente, e tendo por base os princípios da Cadeia de Valor de Michael Porter, definiu-se de forma clara um objetivo de tornar os produtos e serviços associados à fileira florestal globalmente mais competitivos e com uma forte de inovação aberta em constantes processos de consolidação ativa.

A reinvenção da fileira florestal é um processo ativo que assenta muito na capacidade de criar Valor a partir de novos projetos estratégicos. De destacar, neste contexto, a sequenciação dos genomas do sobreiro e do pinheiro, a melhoria do material genético para a renovação da floresta portuguesa e redução dos fatores de risco biótico e abiótico (tratamento e seleção de sementes), a criação de um “Carbon Footprint Label” (um rótulo com a pegada do carbono) para os produtos de base florestal, a criação de um Observatório dos Recursos Florestais destinado a fornecer à indústria e aos principais stakeholders (influenciadores/beneficiários) da fileira florestal informação sobre o balanço das disponibilidades dos recursos florestais.

O sucesso da reinvenção da fileira florestal é fundamental para o futuro do país. É um objetivo que não se concretiza meramente por decreto. É fundamental que os diferentes atores agarrem de forma convicta este desígnio e faça da criação desta nova fileira florestal uma das verdadeiras apostas estratégicas coletivas para os próximos anos. O que está verdadeiramente em causa em tudo isto é a assunção por parte da economia nacional dum verdadeiro desígnio estratégico de alterar o modelo mais recente de evolução de desenvolvimento e de se concentrar na consolidação de valor, inovação e competitividade.

Portugal é hoje um país da linha da frente na promoção do mar como um fator de estratégia competitiva. A aposta que nos últimos anos se tem consolidado de reforço de uma economia do mar constitui a melhor evidência do impacto que a partilha permanente de conhecimento tem de ter na construção duma plataforma social mais competitiva, mas seguramente mais coesa do ponto de vista social e humano. Apostar no mar é desta forma um ato de primazia à inovação e conhecimento, mas sem esquecer a capacidade inclusiva que a natureza tem de saber propiciar a uma sociedade cada vez mais complexa.

A afirmação duma vantagem competitiva do mar constitui um claro desafio a um compromisso mais do que necessário entre competitividade e coesão social, voltado para os desafios estratégicos que se colocam ao país. Importa, no quadro da evolução global de Habermas, reforçar a identidade dos territórios e das organizações. A força estratégica da História e de “marcas centrais” como os Oceanos para a marketização internacional do país é um ativo consolidado e através da viagem ao longo do país isso aparece-nos reforçado. Trata-se de fazer da Identidade um fator de diferenciação qualitativa estratégica numa rede global que valoriza cada vez mais estes novos recursos endógenos.

Sobre o autorFrancisco Jaime Quesado

Francisco Jaime Quesado

Economista e Gestor
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