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TTS Consolidator terá conteúdo NDC ainda em 2023

A solução TTS Consolidator da empresa criada em Portugal e que atua no mercado das soluções tecnológicas para a indústria de viagens irá suportar New Distribution Capability (NDC), ainda em 2023.

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A solução TTS Consolidator da empresa criada em Portugal e que atua no mercado das soluções tecnológicas para a indústria de viagens irá suportar New Distribution Capability (NDC), ainda em 2023.

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A solução TTS Consolidator, da TTS Travel Technology Solutions, irá suportar New Distribution Capability (NDC) ainda em 2023. A empresa criada em Portugal e que atua no mercado das soluções tecnológicas para a indústria de viagens refere que “essa integração permitirá que os agentes de viagens e as sub-agências que utilizam o TTS Consolidator acedam e reservem o conteúdo NDC das companhias aéreas, oferecendo uma variedade maior de opções e ofertas para os seus clientes”.

“Ao disponibilizar NDC no TTS Consolidator, estamos a reafirmar o nosso compromisso em fornecer soluções inovadoras que impulsionam o sucesso dos nossos clientes”, afirma Rui Figueiredo, CEO da TTS, salientando que a solução dá a possibilidade de capacitar os clientes com “uma ferramenta que oferece maior flexibilidade, controlo e acesso a oportunidades de negócio lucrativas”.

Ao integrar o conteúdo NDC das companhias aéreas juntamente com as ofertas tradicionais do GDS, os agentes de viagens podem oferecer uma variedade mais abrangente e diversificada de opções aos seus clientes. Esta integração é resultado de dois anos de desenvolvimento dedicado e reflete o compromisso da empresa em oferecer soluções revolucionárias para o setor de viagens.

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REDE-T renova parcerias com Host Hotel Systems e Clever

Host Hotel Systems e Clever viram renovadas as parcerias com a REDE-T para o ano 2024.

Publituris

A REDE-T anunciou, recentemente, a renovação para 2024 das parcerias existentes com a Host Hotel Systems assim como com a Clever pertencente ao mesmo grupo.

Ambas as marcas apresentam soluções vantajosas e descontos a todos os membros que pretendam adquirir o programa através da plataforma REDE-T.

A Clever Hospitality Analytics é uma empresa do universo de empresas do grupo Host Hotel Systems e tem como missão desenvolver e oferecer ao mercado hoteleiro soluções de Inteligência Analítica e de negócio que permitam aos clientes uma completa visão analítica global e o apoio constante à tomada de decisão.

De referir que a plataforma REDE-T caminha já para os 18.000 profissionais do canal HORECA registados, quase 25.000 ofertas de trabalho e quase 1.500 documentos para download.

Além disso, permite, também, o acesso a mais de 2.000 Curriculum Vitae dos melhores profissionais do setor e um diretório de empresas com muitas das mais conhecidas marcas presentes.

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“As tecnologias e aplicações que estão já disponíveis são muitas, mas ainda muito pouco expressivas em relação ao que aí vem”

“Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel 2024-2026”, que se realiza em Lisboa, é o “kick-off” para mais 23 eventos que a BAE Ventures irá realizar em todo o mundo, focados no setor do turismo. Para Henrique Veiga, CEO da BAE Ventures, estamos ainda no início, admitindo que “estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos”.

Victor Jorge

Há muito que a Inteligência Artificial (IA) entrou no léxico de todo o mundo e o setor do turismo não poderia ser indiferente a esta “nova realidade”. A BAE Ventures escolheu Lisboa com cidade anfitriã do primeiro evento – de um conjunto de 24 que se realizarão em todos o mundo – que irá discutir como a IA poderá intervir na hospitality e viagens, sendo certo que, segundo o que Henrique Veiga, CEO da BAE Ventures, assinalou ao Publituris, “a capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado”. E considera que a rapidez e qualidade dos dados disponíveis poderão incluir “ajustes imediatos em preços, alocação de recursos, gestão de pessoal e atendimento ao cliente”, entre outros.

A BAE Ventures escolheu Lisboa para acolher nos próximos dias 9 e 10 de julho o encontro de lançamento do “Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel 2024-2026”, num projeto coorganizado, em Portugal, com o Nova SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality. Este é um tema incontornável na e para as indústrias da ‘hospitality’ e viagens?
Sim, este é um tema incontornável no setor, pois a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de transformar profundamente a indústria da hospitality e das viagens. A IA melhora a experiência do cliente, aumenta a eficiência operacional e permite uma gestão mais precisa dos recursos.

A parceria com o Nova SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality adiciona valor ao evento, combinando expertise académica e empresarial. Este instituto, conhecido pelo seu foco em excelência na educação e inovação, prepara líderes para o futuro do setor, assegurando que o evento será um ponto de encontro para a troca de conhecimentos, networking e de aprendizagem prática e estratégica.

Um facto incontornável é que a IA já está a revolucionar a indústria da hospitality e das viagens, abrindo novas oportunidades para a inovação e o crescimento, tornando este tema absolutamente essencial.

O que trará este evento a Portugal, sendo que se trata de um dos 24 eventos que a BAE Ventures organiza em 24 cidades de todo o mundo?
Acreditamos que este evento proporcionará uma plataforma robusta para a partilha de conhecimento e networking, ligando profissionais e líderes da indústria globalmente e trazendo benefícios significativos a Portugal. Os participantes terão acesso a masterclasses, estudos de casos concretos, apresentações práticas de IA em hospitality e turismo, palestras de especialistas e workshops interativos.

Ao escolher Lisboa, a BAE Ventures destaca a importância da colaboração internacional e promove a cidade como um ponto de encontro global para explorar a IA. Incentivará o envolvimento de gestores hoteleiros, “desenvolvedores” de tecnologia, investidores, académicos e responsáveis políticos, permitindo a partilha de estratégias e melhores práticas para a integração da IA no setor.

O evento criará oportunidades para startups e empresas apresentarem as suas inovações, atraindo investimentos e estabelecendo parcerias estratégicas. Facilitará também a criação de uma comunidade global de profissionais dedicados à IA no turismo, fortalecendo a posição de Portugal como líder em inovação no setor.

Ao acolher este evento, Portugal beneficiará da entrada de conhecimento e inovação, consolidando a sua reputação como um epicentro para a discussão e desenvolvimento de tecnologias avançadas na hospitality e viagens.

Poder transformador
O que poderá aportar, na realidade, a Inteligência Artificial (IA) ao universo da hospitality e também das viagens e que impacto transformador poderá ter nestes setores do turismo?
A IA tem o potencial de transformar profundamente o setor da hospitality e das viagens, trazendo benefícios tangíveis que vão desde a personalização da experiência do cliente até à otimização da eficiência operacional e à promoção de práticas sustentáveis. Esta transformação permite que as empresas melhorem a sua competitividade e criem experiências mais memoráveis e agradáveis para os seus clientes.

A IA permite analisar dados relativos à matriz de preferências dos clientes para oferecer experiências personalizadas, adaptando recomendações e serviços em tempo real, o que aumenta naturalmente a satisfação e a fidelização. Além disso, a automação de tarefas como reservas e check-in reduz erros e custos, permitindo que as equipas se concentrem em atividades de maior valor. A IA pode também ajudar a otimizar a gestão de stocks e a alocação de recursos, aumentando a eficiência operacional.

Outra vantagem significativa é a capacidade da IA de prever tendências de viagens e comportamentos dos clientes, permitindo o ajuste proativo das estratégias de marketing e vendas para se manter competitiva. Com insights detalhados sobre as preferências e padrões dos clientes, as empresas podem criar campanhas de marketing mais eficazes e direcionadas, melhorando a taxa de conversão e maximizando o retorno sobre o investimento. Esta talvez seja uma das áreas onde as alterações com a introdução da IA será mais rápida e contundente.

A IA pode prever picos de afluência e distribuir os turistas de forma mais equilibrada, ajudando a evitar a sobrecarga de destinos populares

Mas a IA também pode melhorar a segmentação de mercado e personalização de ofertas, ajudando as empresas a identificar nichos de mercado e a adaptar seus produtos e serviços para atender às necessidades específicas desses segmentos. Isso pode resultar num aumento das vendas e na fidelização do cliente. A gestão de recursos também é otimizada, com a IA a aumentar a eficiência energética e a alocação de recursos humanos, reduzindo custos operacionais e apoiando práticas sustentáveis. Para além de poder ajudar a otimizar a dinâmica de preço, ajustando-os em tempo real com base na procura, concorrência e outros fatores.

A IA está, sem dúvida, a revolucionar o setor da hospitality e das viagens, proporcionando múltiplos benefícios que vão da eficiência operacional às estratégias de marketing e vendas.

Que exemplos pode dar de tecnologias de IA que estão a transformar as experiências na hospitality e viagens?
Alguns exemplos incluem, chatbots e Assistentes Virtuais, que proporcionam atendimento 24/7, ajudando com reservas e alterações de itinerários. Os Sistemas de Recomendação, os quais personalizam ofertas com base nas preferências dos clientes, analisado o histórico de navegação e de preferências dos utilizadores.

A Análise Preditiva, que revê procura e ocupação, ajusta preços e gere o inventário eficientemente. Isto permite antecipar a procura, ajustar as tarifas e otimizar a gestão de inventário. A Automação e Robótica, as quais automatizam tarefas administrativas, check-in e gestão de bagagens, reduzindo a carga de trabalho dos colaboradores.

O Reconhecimento Facial, que simplifica o check-in em hotéis e aeroportos. Esta tecnologia de reconhecimento facial pode reduzir o tempo de check-in para menos de um minuto. Também os Sensores “Internet of Things” (IoT), que otimizam energia e conforto, ajustando automaticamente a iluminação e a climatização com base na ocupação dos quartos e preferências dos hóspedes. A Realidade Aumentada (AR) e Virtual (VR), com as quais são criadas experiências imersivas e pré-visualizações de destinos. A AR pode fornecer informações adicionais sobre pontos turísticos, enquanto a VR permite que os clientes explorem virtualmente quartos de hotel antes de fazer uma reserva.

E ainda a Tradução Automática, constituída por ferramentas que facilitam a comunicação entre hóspedes e funcionários de diferentes idiomas, melhorando a acessibilidade dos serviços. E a Monitorização de Sentimentos, conceito que analisa feedback para melhorias. Ou seja, sistemas de IA captam o sentimento dos comentários em plataformas online, fornecendo insights às empresas que lhes permitem ajustar os seus serviços conforme necessário.

Mas é também muito importante destacar que estamos ainda no início da viagem da IA. As tecnologias e aplicações que estão já disponíveis são muitas, mas ainda muito pouco expressivas, em relação ao que aí vem.

Gerir fluxos
Muito se tem falado na gestão de fluxos turísticos, de forma a contrariar a tendência de turismo massivo nalguns destinos. Essa poderá ser uma das aplicações da IA?
Sim, a IA pode desempenhar um papel crucial na gestão de fluxos turísticos. Através da análise de dados em tempo real, a IA pode prever picos de afluência e distribuir os turistas de forma mais equilibrada, ajudando a evitar a sobrecarga de destinos populares.

Esta capacidade é fundamental para criar uma experiência turística mais sustentável e agradável, tanto para os visitantes quanto para os residentes locais. Um exemplo inovador desta aplicação é o trabalho desenvolvido pela Fundacion Metropoli, um importante parceiro da BAE Ventures, que tem sido pioneira na criação de cidades inteligentes e sustentáveis ao longo dos últimos 25 anos. Os seus projetos visam a utilização de tecnologias avançadas de IA e IoT para gerir de forma eficiente os fluxos turísticos, integrando diferentes modos de transporte, monitorizando o uso de recursos e melhorando a experiência dos visitantes.

Utilizando dados de smartphones, câmaras de vigilância e sensores IoT, a IA pode analisar a densidade de turistas em tempo real e sugerir redistribuições para áreas menos congestionadas. Isto pode incluir o redireccionamento automático de turistas para atrações menos conhecidas ou horários de visita alternativos, evitando picos de afluência. A IA pode também criar rotas turísticas personalizadas que distribuem a pressão turística de forma mais equilibrada, recomendando destinos menos frequentados, mas igualmente interessantes. E relembro que em muitos destinos muitas destas soluções já estão implementadas.

Com a análise preditiva, as autoridades turísticas podem lançar campanhas de marketing direcionadas para promover destinos alternativos em épocas específicas, equilibrando a distribuição dos turistas ao longo do ano e reduzindo a sazonalidade

Analisando dados históricos e comportamentais, a IA pode prever padrões de visita e ajustar proactivamente os serviços e infraestruturas necessárias, como a gestão de transportes públicos e a alocação eficiente de recursos de segurança. Sensores ambientais e IA podem monitorizar o impacto do turismo em áreas sensíveis, ajustando as permissões de acesso e sugerindo medidas para mitigar o impacto ecológico, especialmente em zonas naturais e parques. Com a análise preditiva, as autoridades turísticas podem lançar campanhas de marketing direcionadas para promover destinos alternativos em épocas específicas, equilibrando a distribuição dos turistas ao longo do ano e reduzindo a sazonalidade.

O projeto da “Superciudad de Madrid” da Fundacion Metropoli exemplifica como a IA pode ser integrada numa abordagem holística para a gestão urbana e turística. A fundação tem utilizado estas tecnologias e inovações para transformar Madrid numa cidade modelo em termos de inovação e sustentabilidade.

Em suma, a aplicação da IA na estão de fluxos turísticos não só ajuda a evitar a superlotação e a preservar a qualidade de vida dos residentes, como também enriquece a experiência dos visitantes, promovendo um turismo mais equilibrado.

Trata-se, efetiva e somente de melhorar a eficiência operacional ou a IA poderá ir mais além?
A IA vai muito além de simplesmente melhorar a eficiência operacional no setor da hospitality e das viagens. Além de otimizar processos e reduzir custos, a IA transforma profundamente a experiência do cliente, as estratégias de marketing e vendas, e promove práticas sustentáveis.

A IA proporciona uma transformação abrangente e inovadora no setor, ao criar oportunidades de crescimento e personalização. Ela permite a criação de campanhas de marketing altamente direcionadas, melhorando a lealdade dos clientes e maximizando o retorno sobre o investimento. No campo das vendas, facilita a segmentação de mercado e a adaptação de ofertas, resultando num aumento significativo nas vendas. Ao promover práticas sustentáveis que beneficiam tanto as cidades quanto o meio ambiente, a IA otimiza recursos e equilibra o turismo, contribuindo para a preservação dos destinos turísticos e a sustentabilidade global. Dessa forma, a IA está a moldar um futuro mais inteligente, sustentável e rentável para o setor da hospitality e das viagens.

Foto: Depositphotos.com

Quais as tarefas específicas que estão a ser automatizadas pela IA e que impacto poderão ter na força de trabalho/recursos humanos?
Tarefas como reservas, atendimento ao cliente, gestão de inventário, limpeza e manutenção, estão a ser automatizadas pela IA. Isto pode libertar os colaboradores para se concentrarem em tarefas que requerem um toque humano, como o atendimento personalizado e a resolução de problemas complexos. No entanto, também implica a necessidade de requalificação dos colaboradores para que possam desempenhar novas funções que surgem com a automação.

Como é que a IA está a ajudar na análise de dados para prever tendências de viagem e comportamento dos clientes?
A IA utiliza algoritmos de Machine Learning (ML) para analisar grandes volumes de dados históricos e em tempo real, identificando padrões e tendências. Isto permite prever comportamentos futuros, ajustar ofertas em tempo real e criar estratégias mais eficazes de marketing e vendas. A capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado.

A capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado

“Agora” e “Já”
Poder-se-á dizer que a IA veio reforçar a gestão em real-time. Ou seja, através da IA poder-se-ão tomar decisões no momento que de outra forma seriam impossíveis tomar?
Absolutamente. A IA permite a análise e interpretação de dados em tempo real, o que é crucial para tomar decisões rápidas e informadas. Ou seja, não é apenas o tema do tempo real, mas a qualidade das decisões em tempo real. Isto pode incluir ajustes imediatos em preços, alocação de recursos, gestão de pessoal e atendimento ao cliente. A capacidade de agir de forma proativa, em vez de reativa, oferece uma vantagem competitiva significativa.

Com a IA veio, igualmente, uma maior preocupação com segurança e privacidade associadas ao uso de IA no setor de hospitality e viagens? Como é que as empresas podem ou estão a garantir que os dados dos clientes estão protegidos ao utilizar tecnologias de IA?
A segurança e privacidade dos dados são preocupações cruciais. As empresas estão a implementar diversas medidas para garantir a proteção dos dados dos clientes. A criptografia é usada para proteger dados sensíveis durante a transmissão e armazenamento, garantindo que apenas os destinatários autorizados possam aceder à informação. A “anonimização” remove informações identificáveis dos dados dos clientes, protegendo a sua privacidade. Para além da implementação de controlos de acesso rigorosos para assegurar que apenas o pessoal autorizado pode aceder aos dados.

As empresas também seguem regulamentações como o RGPD para garantir que os dados são tratados de forma ética e segura, cumprindo todas as normas legais e garantindo a confiança dos clientes.

De que maneira a IA pode contribuir para práticas mais sustentáveis no setor da hospitality e viagens?
A IA pode ajudar a implementar práticas mais sustentáveis ao otimizar o consumo de energia, monitorizando e gerindo eficientemente o uso de energia em hotéis e outros estabelecimentos. Permite também uma previsão precisa da procura, evitando o desperdício de alimentos e de outros recursos.

A IA também melhora a alocação de recursos como a água e os produtos de limpeza, assegurando uma gestão eficiente. Por fim, pode ser utilizada para promover destinos sustentáveis, incentivando rotas e locais que contribuem para a preservação ambiental, ajudando a equilibrar o impacto do turismo no meio ambiente.

Não é apenas o tema do tempo real, mas a qualidade das decisões em tempo real

Promessas e desafios
Quais as inovações mais promissoras que a IA poderá trazer no futuro para o turismo?
É uma pergunta muito difícil. Como já referi, estamos no início da viagem. No futuro, a IA promete trazer inovações ainda mais avançadas e transformadoras para os setores de hospitality e viagens e uma das inovações mais promissoras é a criação de experiências hiperpersonalizadas através da análise preditiva de dados. Utilizando algoritmos sofisticados de Machine Learning, os hotéis poderão prever as necessidades e preferências dos hóspedes antes mesmo da sua chegada, oferecendo serviços e produtos altamente customizados, como programas de bem-estar, experiências gastronómicas e até mesmo atividades baseadas no perfil psicológico do hóspede.

Outra inovação revolucionária será a implementação de robôs e assistentes de IA com capacidades avançadas de interação e tomada de decisões em tempo real. Esses robôs poderão realizar tarefas complexas e até o atendimento a pedidos específicos de maneira eficiente e humana. Além disso, a IA permitirá a criação de ambientes totalmente integrados e inteligentes, onde a automação será levada a um novo nível, ajustando não apenas a temperatura e a iluminação, mas criando atmosferas personalizadas através de música, aromas e decoração baseada no estado de espírito do hóspede.

No setor de viagens, a IA poderá transformar radicalmente a forma como planeamos e vivenciamos as viagens. Uma inovação futura será o desenvolvimento de sistemas de IA que atuam como companheiros de viagem virtuais, capazes de oferecer suporte contínuo e adaptativo durante toda a jornada. Esses sistemas poderão antecipar imprevistos, replanear itinerários em tempo real e proporcionar uma experiência de viagem fluida e sem interrupções.

Imagine um assistente virtual que não só reserva um restaurante, mas também coordena transporte, monitoriza o trânsito, ajusta as reservas de acordo com possíveis atrasos e até sugere alternativas em caso de mudanças inesperadas no clima.

Penso que a IA avançará também na criação de experiências de Realidade Aumentada e virtual para enriquecer a viagem. Antes mesmo de sair de casa, os viajantes poderão explorar destinos, hotéis e atrações em detalhe através de tours virtuais hiper-realistas, facilitando decisões informadas aumentando a expectativa e o planeamento das férias.

Durante a viagem, dispositivos de realidade aumentada poderão fornecer informações contextuais em tempo real, traduzir sinais e conversas, e até oferecer narrativas históricas ou culturais instantâneas sobre os locais visitados, tornando cada experiência mais imersiva e educativa.

Estas inovações destacam o potencial da IA não apenas para melhorar, mas para reinventar os setores de hospitality e viagens, criando experiências mais interligadas, personalizadas e intuitivas para os usuários.

Uma outra ponte muito interessante e que certamente surgirá é a ligação da IA à neurociência que permitirá abrir novas avenidas. Os últimos tempos testemunharam uma onda de inovações revolucionárias em IA por parte de gigantes tecnológicas como Google, Microsoft e Apple, que prometem transformar profundamente também os setores da hospitality e viagens. Estas inovações não só destacam o potencial da IA para criar oportunidades, mas também ilustram como as tecnologias de ponta podem ser aplicadas para resolver desafios complexos e melhorar a experiência do cliente.

Acredito que estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos.

Estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos

Nesse sentido, quais são os maiores desafios a enfrentar pela implementação de IA na indústria da hospitality e viagens?
Os maiores desafios na implementação da IA incluem diversos aspetos críticos. Primeiro, o custo de implementação é um obstáculo significativo, especialmente para PME que podem achar dispendioso investir em tecnologias avançadas de IA. Além disso, garantir que os novos sistemas de IA se integrem perfeitamente com as infraestruturas existentes é um desafio técnico que exige recursos e expertise especializados.

Outro desafio importante é a qualificação dos profissionais. É necessário formar e requalificar os colaboradores para que possam trabalhar eficazmente com as novas tecnologias, o que pode exigir tempo e investimento adicional. As preocupações com a privacidade também são cruciais, pois é necessário garantir a conformidade com as regulamentações de privacidade e segurança dos dados para proteger as informações dos clientes.

Mas na minha opinião o mais importante é o desafio da adaptação cultural. Superar a resistência à mudança tanto por parte dos colaboradores como dos clientes é essencial para uma implementação bem-sucedida da IA. É uma missão de toda a equipa, mas tem de ter uma enorme motivação do top management das empresas. É sempre difícil porque não é um processo linear. Sabemos onde começamos, mas não sabemos onde vamos terminar e nessa medida é um processo, uma viagem que precisa de ser acompanhada com muita humildade, com uma abertura total de que estamos todos a aprender e a definir o futuro todos os dias. Estou convencido que esta característica de abertura a novas realidades, sem ideias pré-concebidas e uma postura entusiástica sobre a evolução da nossa sociedade, tal como a vemos e vivemos hoje é fundamental para encarar todas estas alterações.

E é também fundamental reconhecer que não existe uma única forma de adaptação. Há vários caminhos e realidades, e cada organização precisa identificar e seguir o caminho mais adequado para sua realidade específica. As organizações não são todas iguais e, portanto, cada uma delas fará um percurso diferente na implementação da IA.

É crucial que as empresas avaliem cuidadosamente as suas necessidades, recursos e cultura organizacional para escolher a abordagem que melhor se alinha com suas metas e capacidades. Essa flexibilidade na abordagem permite que cada organização encontre a melhor maneira de integrar a IA, maximizando os benefícios e minimizando os desafios.

E como estão estes setores a reagir à implementação da IA em Portugal?
A verdade é que muitas empresas já têm algumas ferramentas de IA implementadas e em alguns casos até desconhecem que usam a tecnologia. Mas para responder assim muito objetivamente creio que a adesão ao evento que estamos a organizar demonstra isso mesmo.

Eventos como o “Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel” exemplificam esta tendência, proporcionando plataformas para a partilha de conhecimento e a promoção de boas práticas. A resposta tem sido muito positiva, com um crescente reconhecimento do valor que a IA pode trazer para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Temos cerca de 900 pessoas registadas num evento lançado há apenas um mês, o que demonstra o elevado interesse e a necessidade de informação sobre este tema. Muitas pessoas sentem um overload de informação sobre IA, precisando de ajuda para triar e qualificar a informação relevante.

Há também uma preocupação significativa sobre a segurança das funções na era da IA, com dúvidas sobre a continuidade das suas funções e sobre as ferramentas necessárias para se adaptarem à nova realidade. Para além do sentimento comum a muitos profissionais do sector de que as suas empresas estão atrasadas na implementação de IA e necessitam de explorar caminhos sobre como avançar.

Sobre o autorVictor Jorge

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Aliança entre Paraty e Spazious oferece motor de reservas para grupos e eventos aos hotéis

A aliança agora anunciada permitirá aos hotéis de todo o mundo aceder à tecnologia de última geração da Spazious, em conjunto com o motor de reservas e o restante portfólio de soluções da Paraty, simplificando significativamente a sua operação diária.

Publituris

A Paraty Tech e a Spazious aliam-se estrategicamente para oferecer um motor de reservas para grupos e eventos aos hotéis, permitindo aos mesmos aceder, em todo o mundo, à tecnologia de última geração da Spazious, em conjunto com o motor de reservas e o restante portfólio de soluções da Paraty, simplificando significativamente a sua operação diária.

A Spazious automatiza os processos de reserva e gestão de grupos, desde o pedido inicial até à confirmação final, reduzindo o trabalho manual, eliminando erros e libertando tempo aos funcionários do hotel, para que se possam dedicar a outras tarefas mais importantes.

Através desta aliança, os hotéis poderão receber de forma centralizada todos os pedidos de grupos e eventos, bem como verificar a disponibilidade de quartos e espaços para eventos em tempo real. Além disso, será possível recriar de forma imersiva em 3D a visualização do futuro evento, confirmar as reservas e gerir os pagamentos de forma segura e aceder a relatórios detalhados sobre o desempenho das reservas de grupos e eventos.

Com a fusão de ambas as tecnologias, a API da Paraty Tech alimentará a plataforma da Spazious a nível de preços, favorecendo e potenciando a automatização de processos relacionados com os métodos de pagamento, o download de reservas, entre outros.

Além dos benefícios mencionados pelas empresas que firmaram esta aliança, os hotéis terão acesso a tarifas preferenciais ao contratar ambas as soluções em pacote.

Gina Matheis, CEO da Paraty Tech, considera que “esta aliança permitirá oferecer aos hotéis uma tecnologia de última geração que os ajudará a melhorar a eficiência, aumentar as vendas e proporcionar uma melhor experiência aos seus clientes.”

Por sua vez, Antonio Batanero, CEO da Spazious, assinala que “esta colaboração permitirá que cheguemos a um maior número de hotéis e os ajudemos a aproveitar ao máximo as nossas soluções para a digitalização do negócio de eventos e grupos”.

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V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico

O acordo entre a Consultia Business Travel e a V-Valley irão permitir a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico.

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A Consultia Business Travel assinou um acordo estratégico com a V-Valley, pertencente ao Grupo Esprinet, permitindo a esta último oferecer aos seus parceiros a solução integrada Destinux.

Com esta parceria entre a empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais e o distribuidor no mercado de Soluções Avançadas, estende-se também a Espanha, expandido a Consultia Business Travel a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico. Já a V-Valley, em colaboração com a Microsoft, oferecerá aos seus parceiros a oportunidade de expandir os seus negócios com esta solução em processo de expansão internacional e que duplicou os valores pré-pandémicos em 2023.

Para além disso, tanto a V-Valley como a Microsoft beneficiam do facto de poderem oferecer, pela primeira vez, um SaaS para a gestão integrada de viagens empresariais que se integra com o sistema ERP da empresa, o complemento ideal da Microsoft que oferece às empresas a digitalização e automatização desta área e que, para além disso, pode ser integrado com o Microsoft Business Central.

De referir que o Destinux, solução end-to-end da Consultia Business Travel, é um produto baseado na cloud que permite a digitalização e automatização de todos os processos de gestão de viagens empresariais, bem como a correta alocação de despesas, o cumprimento das políticas de viagens e a eliminação de processos administrativos e contabilísticos manuais, permitindo uma poupança até 20% neste item.

“O nosso compromisso com a digitalização das empresas continua com a incorporação da solução Destinux, que cobre uma área que a maioria das empresas ainda não digitalizou, a gestão das viagens de negócios de forma eficiente e segura. Este acordo é uma oportunidade para os nossos parceiros oferecerem um serviço de valor acrescentado aos seus clientes” assegura Paulo Rodrigues, Head of V-Valley Advanced Solutions.

Do lado da Consultia Business Travel, o CEO, Carlos Martinez, admite que a colaboração com a V-Valley “é um grande passo na nossa estratégia de democratização do Destinux e de crescimento nacional e internacional”.

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XLR8 e Hey!Travel unem esforços

A XLR8 e a Hey!Travel uniram esforços para oferecer uma solução inovadora e eficiente aos hotéis.

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A XLR8 e a Hey!Travel uniram-se numa parceria para oferecer uma solução inovadora e eficiente aos hotéis.

A Hey!Travel, uma solução especialista em distribuição online para hotéis e cadeias hoteleiras, aliada ao reconhecido Revenue Manager System (RMS) da XLR8, promete revolucionar a forma como os hotéis gerem a sua receita e eficiência operacional. Esta integração permitirá aos hoteleiros reduzir significativamente o tempo gasto em análises manuais, enquanto simplifica e agiliza os procedimentos.

“Uma das principais vantagens identificadas nesta integração é a rapidez na implementação das recomendações do RMS”, referem ambas as empresas, em comunicado. Sem necessidade de ação por parte dos gestores hoteleiros, as ações sugeridas pela XLR8 são implementadas automaticamente no Hey!Channel Manager, que comunica essas alterações em tempo real a todos os canais conectados. Isso permite um melhor aproveitamento das funcionalidades de Yield Management da XLR8 e liberta tempo ao revenue manager para se concentrar em atividades estratégicas e de planeamento.

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eDreams ODIGEO aposta na melhoria da transformação tecnológica orientada pela IA

A eDreams ODIGEO, que participou no Next’24, evento anual organizado pela Google Cloud e dedicado à inovação, que se realizou este ano em Las Vegas, EUA, assume a sua aposta na melhoria da transformação tecnológica orientada pela Inteligência Artificial (IA), para “proporcionar experiências de viagem ainda mais personalizadas e harmoniosas”.

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A empresa mundial de subscrições de viagens e uma das maiores de e-commerce da Europa foi convidada a subir ao palco para partilhar em detalhe a sua visão sobre o seu percurso de transformação tecnológica, abrangendo em particular a sua transição de um ambiente de armazenamento de dados preexistentes para uma estrutura pioneira de data mesh suportada por uma estratégia que coloca a Inteligência Artificial (IA) em primeiro plano.

Carlos Saona, Chief Architect da eDreams ODIGEO, explicou como a estrutura data mesh marcou uma mudança significativa na forma como a eDO gere os dados. Com 247 websites e aplicações que facilitam 3 mil milhões de pesquisas de viagens por mês, o aproveitamento estratégico dos dados é o alicerce das operações da empresa.

Destacando o papel da IA na transformação da eDreams ODIGEO, Carlos Saona partilhou como a estrutura data mesh facilita a implementação de modelos de IA e de Machine Learning em toda a organização. Ao democratizar o acesso aos dados e permitir uma abordagem mais colaborativa e flexível à gestão destes, a eDO acelerou significativamente as suas iniciativas de IA, com esforços que abrangem melhores experiências personalizadas para os clientes, eficiência operacional otimizada e também o desbloqueio de novos caminhos de crescimento. Tudo isto viabilizou a capacidade da eDO de oferecer personalização líder no setor, que é valorizada pelos consumidores.

Na sua apresentação, o executivo da eDO descreveu em pormenor o percurso da empresa para a implementação da arquitetura data mesh, uma estrutura descentralizada que capacita as equipas individuais com autonomia para gerirem os seus domínios de dados, ao mesmo tempo que adere a normas de governação e interoperabilidade ao nível da empresa. Esta mudança tem sido crucial para a eDO manter a sua agilidade e capacidade de resposta, permitindo uma rápida adaptação às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes.

Saona comentou ainda sobre a direção futura dos avanços tecnológicos da eDreams ODIGEO: “Fomos pioneiros na integração da IA no setor das viagens já há mais de uma década. Atualmente, estamos empenhados em melhorar cada vez mais a sua aplicação para proporcionar experiências de viagem ainda mais personalizadas e harmoniosas. Vamos continuar a aperfeiçoar a nossa arquitetura de dados no sentido de conseguir processamento de dados e insights em tempo real.”

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AMEX GBT compra CWT por 570 milhões de dólares

Depois de, em 2021, ter comprado a Egencia ao grupo Expedia por 5,5 mil milhões de dólares, a American Express Global Business Travel avança para uma nova aquisição, desta feita para a CWT.

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A American Express Global Business Travel (Amex GBT), operada pela Global Business Travel Group, Inc., empresa que atua no mercado de software e serviços B2B para viagens e despesas, anunciou um acordo definitivo para adquirir a CWT, fornecedor global de soluções para viagens de negócios e reuniões, numa transação que avalia a CWT em cerca de 570 milhões de dólares (cerca de 530 milhões de euros) numa base sem dinheiro e sem dívidas, sujeita a determinados pressupostos e ajustes no preço de compra.

A transação será financiada por uma combinação de ações e dinheiro e espera-se que seja concluída no segundo semestre de 2024, sujeita à satisfação das condições habituais de fecho, incluindo a receção de determinadas aprovações regulamentares.

A CWT presta serviço a 4.000 clientes e gera, aproximadamente, 850 milhões de dólares de receita (cerca de pouco mais de 785 milhões de euros) e 70 milhões a 80 milhões de dólares (entre 65 a 75 milhões de euros) de EBITDA ajustado em 2024.

Paul Abbott, CEO do Amex GBT, refere, no comunicado que anuncia esta compra, que “trazer a CWT para o modelo comprovado de software e serviços do Amex GBT criará mais opções para os clientes, mais oportunidades para as pessoas e mais valor para os acionistas.”

Após o fecho da aquisição, os clientes da CWT terão acesso ao software e aos serviços próprios do Amex GBT para viagens e despesas, incluindo o Neo1, o Neo e o Egencia, para além do Select, que permite aos clientes integrarem-se com parceiros tecnológicos líderes. Os clientes terão acesso à mais vasta carteira de serviços profissionais, incluindo reuniões e eventos, consultoria e soluções de sustentabilidade, e o mercado da Amex GBT dará acesso aos conteúdos mais completos e competitivos do sector.

Patrick Andersen, diretor executivo da CWT, afirma, por sua vez, que “a união de forças com o Amex GBT ajuda a acelerar a nossa visão de um futuro tecnológico para as viagens de negócios, em que as pessoas e a tecnologia se combinam para proporcionar uma experiência excecional ao cliente”.

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Empresas de viagens, transporte e logística pretendem reduzir impacto das TI no ambiente

Um estudo levado a cabo pela Colt Technology Services, empresa de infraestruturas digitais, deu conta que uma em cada quatro empresas de viagens, transporte e logística mencionou que as suas principais prioridades são a compreensão (24%) e a redução (25%) do impacto da sua infraestrutura de tecnologias da informação (TI) no ambiente.

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Os inquiridos deste setor revelaram-se mais propensos do que outros a dar prioridade a novas aplicações colaborativas e de comunicação, com uma percentagem de 31% – 11 pontos percentuais acima da média do setor. As empresas questionadas desta indústria são também as mais inclinadas a considerar que a integração de novas geografias nas redes da sua empresa são uma prioridade – quase um em cada quatro empresas (23%).

Os resultados deste estudo têm por base um inquérito aplicado entre 30 de novembro e 14 de dezembro de 2023 a 1.114 diretores de TI e responsáveis por serviços de infraestruturas digitais em vários setores de atividade em empresas de 12 países, nomeadamente Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Singapura, Japão e Hong Kong.

Em nota de imprensa, a Colt Technology Services afirmou que este estudo “sublinha a preocupação crescente em torno do impacto ambiental das redes informáticas”, já que um em cada cinco dos inquiridos (20%) posicionou a «compreensão do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI» entre as suas três principais prioridades.

Já 19% referiu a redução do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI como uma prioridade, com Espanha a posicionar-se como o país, dentro dos inquiridos, que mais se comprometeu a identificar (28%) e a reduzir (26%) o impacto ambiental.

Empresas de TI esperam aumentos nos orçamentos em tecnologia
No mesmo documento, a empresa de infraestruturas digitais referiu que o estudo “revela otimismo nos orçamentos destinados às tecnologias”, já que quase oito em cada dez das empresas inquiridas (79%) esperam aumentar os seus orçamentos de tecnologia nos próximos três anos.

Os mais otimistas quanto ao crescimento dos seus orçamentos são os diretores de TI de Hong Kong (92%), Singapura (89%) e do Japão (84%), sendo que as principais prioridades a nível de investimento dizem respeito à melhoria da segurança (apontada por 40% dos inquiridos) e à inclusão de recursos de IA e machine learning (31%).

O estudo também conclui que uma em cada quatro empresas está a utilizar a sua infraestrutura de TI para explorar novos fluxos de receitas – um valor que aumenta para cerca de uma a cada três empresas no Japão (31%) e nos EUA (30%).

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Amadeus adquire especialista em pagamentos de viagens

A aquisição da Voxel pela Amadeus irá melhorar a experiência de pagamento entre os diferentes intervenientes no ecossistema de viagens.

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A Amadeus adquiriu a Voxel, um dos principais fornecedores de soluções de faturação eletrónica e de pagamento B2B para agências de viagens, hotéis e outros intervenientes no setor das viagens.

Esta transação reforçará, segundo a Amadeus, “a visão de proporcionar uma experiência de pagamento sem falhas para o setor das viagens, admitindo, igualmente, que “complementará o negócio de pagamentos da Amadeus, Outpayce, melhorando a sua atual linha de produtos para agentes de viagens, enquanto se expande para a área hoteleira.

A adição das soluções da Voxel à atual oferta da Amadeus significa acesso a uma gama mais vasta de serviços de pagamento para agentes de viagens e uma forma mais automatizada de gestão de faturas eletrónicas para operadores turísticos, TMCs, agregadores de hotéis e hotéis. A aquisição da Voxel também ajudará a Amadeus a servir melhor os seus clientes empresariais, automatizando ainda mais a experiência de viagens de negócios, desde as reservas e pagamentos até à gestão de despesas.

Decius Valmorbida, presidente, Viagens Amadeus, refere que a aquisição da Voxel “traz uma linha complementar de soluções para enriquecer a oferta de ponta a ponta da Amadeus, aproveitando a tecnologia inteligente para beneficiar a indústria e o ecossistema de viagens em geral”.

O responsável adianta ainda que “os pagamentos estão presentes em todas as fases da experiência de viagem. Para tornar a experiência de viagem melhor, é crucial garantir pagamentos ágeis, integrados e até invisíveis. Temos agora uma equipa de especialistas apaixonados por pagamentos e uma vasta gama de clientes que poderão tirar partido das capacidades da Amadeus e da Voxel em conjunto”.

Do lado da Voxel, Àngel Garrido, CEO da empresa, acrescenta que a Amadeus tem um alcance global, com especialistas em viagens e tecnologia a trabalhar para tornar as viagens melhores e conectadas de ponta a ponta. Estes atributos, combinados com as raízes profundas da Amadeus no setor das viagens, resultaram numa oportunidade única para a Voxel e a Amadeus crescerem mais rapidamente e integrarem tecnologia inovadora e automatizada, melhorando não só os processos para os agentes de viagens, mas também para os fornecedores de viagens. A combinação da nossa tecnologia, das nossas equipas, das nossas fortes culturas empresariais alinhadas e das nossas ligações irá, sem dúvida, aproximar-nos um pouco mais de pagamentos de viagens mais simples e fáceis”.

David Doctor, CEO da Outpayce, salienta, por sua vez, que, “desde a criação da Outpayce, o negócio de pagamentos da Amadeus, tem como objetivo reforçar a oferta atual e desenvolver um ecossistema de pagamentos integrado ao qual as empresas de viagens se possam ligar e aceder às mais recentes inovações fintech”, reforçando que “a aquisição da Voxel permite-nos fazer as duas coisas”.

De referir que a Voxel é especializada em faturação eletrónica e pagamentos eletrónicos B2B, com a plataforma Bavel da Voxel a gerir os processos de pagamento eletrónico de ponta a ponta. Mais de 50.000 hotéis, mais de 1.000 operadores turísticos e empresas de viagens, e mais de 3.000 restaurantes e franchisings em mais de 100 países beneficiam atualmente desta plataforma. É constituída pelo Bavel Pay, Bavel Billing e Bavel Procurement, e gere mais de 100 milhões de transações por ano.

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Utilização de IA pelos agentes de viagens e apps personalizadas é uma certeza no futuro

Que a Inteligência Artificial (IA) está aí, ninguém duvida. Que fará parte do futuro, é outra certeza. Por isso, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, chamou a atenção para os que “subestimam a relevância da aplicação e aplicabilidade desta tecnologia”.

Victor Jorge

A indústria do turismo teve uma excelente recuperação da pandemia, mas está a passar por uma “mudança fundamental”. Na ITB Berlim, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, falou sobre a importância crescente da IA generativa, ao mesmo tempo que olhou para além desta tendência para o futuro.

De acordo com Fadnis, a IA generativa afetou tanto os fornecedores como os clientes. Cerca de 80% das pessoas de todas as idades estavam cientes da existência e da importância desta tecnologia. No entanto, “existem diferenças significativas entre países e grupos etários no que respeita à utilização pessoal”, afirmou. “Nos EUA, cerca de 50% dos inquiridos sentiam-se à vontade com os modelos de linguagem de grande dimensão (Large Language Models, LLM sigla em inglês), contra 35% na Alemanha e 30% em França”.

“As empresas que incluem a IA na apresentação online dos seus serviços têm conseguido aumentar significativamente o seu volume de negócios”, mencionado Charuta Fadnis o Tripadvisor que, nos primeiros três meses após a introdução de um serviço interativo, conseguiu, em média, triplicar o volume de negócios por cliente em comparação com os clientes normais do Tripadvisor.

Charuta Fadnis também lançou um olhar para o futuro, prevendo que os agentes virtuais assumirão as reservas dos viajantes. “Não podemos ignorar a IA, pois o seu efeito será transformador. Talvez algumas pessoas sobrestimem o seu impacto a curto prazo, mas provavelmente há muitas que subestimam o seu efeito a longo prazo”, frisou Fadnis.

“A IA tem o potencial de não só facilitar a vida dos viajantes, mas também de, nalguns casos, a tornar mais difícil – se, por exemplo, for utilizada para gerar um grande volume de críticas falsas e tentar os consumidores a fazer reservas de que mais tarde se arrependerão. Uma forma de evitar esta situação passa por combinar a IA generativa com a tecnologia blockchain, garantindo uma identificação fiável dos utilizadores e tornando a utilização indevida muito mais difícil”, advertiu a vice-presidente sénior da Phocuswright.

Na ITB Berlin, Charuta Fadnis também apresentou os resultados do último inquérito sobre turismo e sustentabilidade, salientando que “os clientes precisam de fazer um esforço maior neste domínio”, já que apesar de 50% dos inquiridos terem afirmado que as normas ambientais e os critérios de proteção do clima determinavam as suas escolhas de transporte e alojamento, apenas 10% o fizeram na prática.

“Muitos viajantes esperam que os operadores turísticos, os governos e os destinos assumam a responsabilidade por uma experiência de viagem sustentável”, concluindo Charuta Fadnis, que “é importante que os consumidores também participem. Isto pode ser conseguido definindo e comunicando claramente as normas – e dando recomendações ‘palpáveis’ e realistas aos viajantes”.

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