Mercado e Governo estão cada vez mais conscientes do valor do turismo interno e de interior segundo Pedro Machado
Respondendo a uma questão colocada pelo Publituris, na conferência de imprensa, esta segunda-feira, em Lisboa, de apresentação do Fórum Vê Portugal, cuja nona sessão terá lugar de 29 a 31 de maio, na cidade da Covilhã, Predo Machado, presidente da Turismo de Portugal, entidade que organiza o evento, afirmou que tanto o mercado como o Governo estão cada vez mais conscientes do valor que representa o turismo interno, como do turismo do interior.

Carolina Morgado
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“O facto de o secretário de Estado Nuno Fazenda ter introduzido e realizado esta agenda do interior, que foi apresentada no Centro de Portugal, em Viseu, ficou demonstrado que as preocupações que o Fórum Vê Portugal ao longo dos últimos anos colheu e teve eco”, declarou Pedro Machado, para destacar que “talvez pelo facto do próprio secretário de Estado ser um homem do interior ter tido a sensibilidade suficiente e querer hoje construir à volta desta agenda um referencial de esperança para o turismo e para estes territórios de baixa densidade, do interior”.
Sem esquecer que esta terça-feira Nuno Fazenda apresenta, na Covilhã, as novas medidas da apoio ao Turismo e a Agenda para o Turismo de Interior.
O presidente do Turismo do Centro de Portugal lembrou ainda que “o mercado também disse que o interior também é importante. Foi enquanto espaço, território, de produto e destino durante a pandemia e, foi por isso que no Centro de Portugal, em alguns casos crescimentos exponenciais, é certo que, uma janela de tempo, mas as nossas praias fluviais, os nossos hotéis em turismo no espaço rural, os nossos turismo de aldeia, as nossas aldeias históricas, as nossas aldeias do xisto, as nossas barragens, tudo isto em 2020-2021 comparativamente a 2019, em alguns casos até resultados melhores do que antes da pandemia, significa que o próprio mercado fez-nos ver que havia aqui espaço para valorização destes territórios”.
Além disso, num fórum anual promovido pelo Turismo Centro de Portugal que tem vindo a debater grandes questões que têm a ver não só com a evolução do turismo interno, mas também com os desafios que se colocam aos territórios do interior e de baixa densidade, Pedro Machado sublinha que o Governo lançou este ano, na Fitur 2023, com o ministro da Economia, e o secretário de Estado, Nuno Fazenda, a nova agenda para a cooperação transfronteiriça, que é matéria que trabalhamos há alguns anos, desde 2017. OU seja, há hoje um acumulado, uma vontade expressa também de reforçar, não só o turismo interno, como o turismo interno alargado”.
O facto de todos estes objetivos terem estado sempre em sintonia com as preocupações do Vê Portugal, o responsável regional do Turismo sublinha que “existe um conjunto de investidores que estão a apostar claramente nestes territórios e que acreditam no interior, com algumas unidades de alojamento e de restauração de referência, que reconhecem que o interior é o futuro. O luxo do século 2021 é o interior, como dizia Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Conselho de Administração do Grupo Vila Galé, na Cimeira do Dia Mundial do Turismo o ano passado. E é o que andamos a dizer há anos: tem tempo, tem segurança, tem espaço e tudo o que é preciso para aqueles que querem ter férias”, afirmou Pedro Machado ao Publituris, indicando que “são razões ou grupos de razões que justificam esta vontade expressa do nosso Fórum Vê Portugal”.
Refira-se que o Centro de Portugal cujo seu principal mercado foi o turismo interno, mesmo antes da pandemia, mas que se intensificou durante o Covid 19. Dados de janeiro a março de 2023 “crescemos no mercado interno 18,45% e março deste ano comparado com o mês homólogo de 2022 aumentámos 11,5%, o que significa que hoje no nosso acumulado, entre nacionais e estrangeiros, tivemos 840 mil dormidas nos dois primeiros meses do ano de nacionais e 400 mil de estrangeiros e, só no mês de março 292 mil dormidas de nacionais e 181 mil de estrangeiros, o que significa que a fatia do mercado nacional é para nós muito importante, e queremos continuar a ser o primeiro destino dos portugueses”, revelou Pedro Machado, para indicar ainda que o Fórum Vê Portugal “sempre tratou de valorizar aquilo que é real e estatisticamente comprovado da importância que o mercado nacional tem para o nosso destino e que se reflete depois num conjunto de vasos comunicantes com até a recuperação que estamos a ter do ponto de vista económico. Mas foi também o mercado interno que ajudou a almofadar as perdas e a recuperar mais rapidamente. Ainda hoje, em alguns destinos do Centro de Portugal é o mercado interno que está a compensar a não recuperação do mercado externo, leia-se o caso de Fátima”, concluiu.