Assine já

Créditos: Frame It

Management

Hoteleiros reunidos na BTL para debater os desafios do setor

Os desafios do gestor hoteleiro na atualidade estiveram em debate no terceiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), numa sessão promovida pela Universidade Europeia e moderada por Sofia Almeida, coordenadora da área de Turismo e Hospitalidade desta instituição.

Carla Nunes

Créditos: Frame It

Management

Hoteleiros reunidos na BTL para debater os desafios do setor

Os desafios do gestor hoteleiro na atualidade estiveram em debate no terceiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), numa sessão promovida pela Universidade Europeia e moderada por Sofia Almeida, coordenadora da área de Turismo e Hospitalidade desta instituição.

Carla Nunes
Sobre o autor
Carla Nunes
Artigos relacionados

Para debater o tema, a mesa redonda contou com a presença de Bernardo D´Eça Leal, Founder & Managing Partner no Independente Hotels & Hostels; Cristina Cavaco, Manager do Mamma Shelter Lisboa; Francisco Moser, CEO do Details Hotels and Resorts; Isabel Ferraz, diretora-geral do Hotel Dom Pedro Lisboa e Gabriela Silva Marques, professora na Universidade Europeia.

Num primeiro momento, e quando questionada sobre o que mudou na hotelaria, Isabel Ferraz afirma que “mudou tudo: a forma como nos relacionamos com os clientes, como os empregados se comprometem com o setor, a arte de servir”. Se quando começou a sua carreira a profissional “tinha o sonho de servir clientes”, esta sente que neste momento se encontra “numa encruzilhada”, em que dispõe “de imensas ferramentas digitais e tecnológicas” que retiram tempo em que podia estar a interagir com os hóspedes.

“O cliente é o nosso foco, mas não estamos tanto com o cliente. Dou por mim nos meus dias muito mais ligada a computadores. Quando começámos a trabalhar os diretores estavam com os clientes, faziam duty management à noite todos os dias e isso perdeu-se completamente. Pelo menos é isso que eu noto. Acho que podemos estar a perder o contacto com o cliente”, receia a diretora-geral do Hotel Dom Pedro Lisboa.

Isabel Ferraz, Diretora Geral Hotel Dom Pedro Lisboa. Créditos: Frame It

Sobre este assunto, Francisco Moser refere que “hoje em dia a estrutura accionista das empresas hoteleiras está a mudar radicalmente”, impulsionada pelo facto de “o turismo em Portugal estar a atrair investidores internacionais”. Por essa razão, os hoteleiros são “não só pressionados pela estrutura local, como pela accionista para apresentar resultados”.

“Há um desafio enorme de conseguirmos equilibrar essas duas vertentes, mas não acho que seja mau. O facto de haver esse desafio também puxa um bocadinho por nós, para sabermos distribuir o nosso tempo”, refere Francisco Moser.

A General Manager do Mama Shelter Lisboa afirma conseguir esse equilíbrio trabalhando a partir do restaurante da unidade, já que no seu entender, “ao estarmos mais presentes, a equipa vê também que estamos disponíveis”.

“A mim importa-me mais a satisfação do meu colaborador, porque se ele está satisfeito o cliente também está”, defende Cristina Cavaco.

Pegando na questão da necessidade de os hoteleiros fazerem uma melhor gestão do tempo, Franciso Moser refere ainda que um dos desafios destes profissionais passa pela produtividade: “Temos de pagar melhor às pessoas. Os colaboradores têm de ter uma perspetiva de carreira dentro das empresas e não estar agarrados ao mesmo lugar. Até em termos de flexibilidade de funções. Quem está a gerir as empresas tem de ter a capacidade de perceber isso e criar condições para que haja mais produtividade nas empresas”, afirma.

Bernardo D´Eça Leal, Founder & Managing Partner at Independente Hotels & Hostels. Créditos: Frame It

Para Bernardo d’Eça Leal, “a única forma de conseguirmos buscar as melhores pessoas, ainda que pagando melhor, passa por um melhor pricing” – até porque “ se nos vendermos abaixo daquilo que valemos, é impossível pagarmos mais”. O profissional mostra-se ainda de acordo com Francisco Moser quando afirma que “o maior desafio de todos é tornar a operação mais eficiente”. No entanto, argumenta que para tal é preciso “alguma ajuda, também a nível da legislação laboral mais flexível, porque a que temos hoje em dia não permite de todo sermos mais eficientes na organização e nos processos”.

“Back to the basics”

Quando questionado sobre o que pode ser feito para recuperar a interação presencial com os clientes, Francisco Moser recorre “a uma corrente na hotelaria”, o ‘back to basics’: “A génese da hotelaria é o serviço. O conforto, higiene, limpeza e serviços são pilares imutáveis no setor”, defende.

Já Bernardo D´Eça Leal refere que, “muitas vezes começa-se por pensar o hotel com quantos quartos vai ter, quais são as áreas técnicas e esquecemo-nos do que está a montante: ‘Porque é que fazemos isto?’; ‘Qual é a nossa marca?’; ‘Quais os nossos valores?’. Para o profissional “tem de se começar por aí e, depois, começar a desenhar o hotel com base nisso”. É nesse sentido que o Founder & Managing Partner do Independente Hotels & Hostels refere que os hotéis do grupo pretendem “voltar a trazer a cidade para dentro dos hotéis”.

“Havia a ideia de que os hotéis desde sempre eram os centros nevrálgicos da vida social nas cidades. Era aí onde se celebravam os batizados, os casamentos, onde as pessoas se encontravam, e isso tinha-se perdido. Os hotéis passaram a olhar para estes espaços como uma fonte de custo e não de receita. Quisemos voltar à essência de trazer a cidade para dentro dos hotéis”, refere.

É nesse sentido que Isabel Ferraz espera “que estes novos conceitos disruptivos, que estão mais abertos à cidade, criem um bocadinho mais de ligação entre a gestão da hospitalidade e o próprio cliente”.

Francisco Moser, CEO Details Hotels and Resorts. Créditos: Frame It

Francisco Moser acrescenta ainda que “temos de trabalhar num sentido completamente diferente”, apostando num turismo de qualidade.

“Não precisamos de mais turistas, precisamos de melhor turismo. Estamos a trabalhar neste momento para construir um destino turístico com mais qualidade, [mas] ainda não estamos completamente preparados. Acho que estamos a viver um período altamente emocionante. Principalmente para as gerações mais velhas, acho que isto é muito interessante, para nos obrigar a mudar um bocado o paradigma”, defende.

Numa nota final, Cristina Cavaco aconselha os jovens que estão a começar a dar os primeiros passos na área a “encontrarem uma marca com que se identifiquem”, lembrando que antes de chegar à posição de diretor é necessário passar pelos cargos mais operacionais, sem “desistir quando as expetativas não estiverem a ser correspondidas”.

“A nossa área é muito diversificada e só depende de vocês [estudantes] o que querem fazer e como começar. Não estejam à espera de começar como diretores, não vai acontecer. Precisam dessa experiência para perceberem as dores, o que funciona e o que não funciona. A mobilidade existe em muitas empresas, não precisam de ficar confinados a esse tipo de departamentos. Encontrem uma marca com que se identifiquem mas é importante saberem que há trabalho e um percurso a fazer. A hospitalidade é sem dúvida uma área apaixonante”, termina.

Cristina Cavaco, General Manager do Mamma-Shelter. Créditos: Frame It
Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Hotelaria

Iniciativa “Be Our Guest” da ADHP debate “Perseverança e Dedicação” em maio

O empresário de restauração na Região Autónoma dos Açores, Abel Cabral, será o convidado da próxima sessão que decorre a 29 de abril. A moderação ficará a cargo de Manuel Goes, delegado da ADHP para os Açores e General Manager do Octant Furnas Hotel.

Publituris

Na conversa de maio do “Be Our Guest”, a iniciativa da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal que dá palco a conversas informais com profissionais do turismo, o debate será centrado na “Perseverança e Dedicação”.

O tema da sessão agendada para a próxima segunda-feira, 29 de maio, às 19h00, é justificado pela ADHP com o facto de nos encontrarmos “numa altura em que o setor do turismo discute a necessidade de profissionais motivados e comprometidos com as operações em que estão inseridos”, como indica em comunicado.

Para falar sobre este tema, a “Be Our Guest” de maio convida Abel Cabral, empresário de restauração na Região Autónoma dos Açores, sendo que a moderação ficará a cargo de Manuel Goes, delegado da ADHP para os Açores e General Manager do Octant Furnas Hotel.

“No ‘Be Our Guest’ de maio teremos um convidado que é a personificação do tema em destaque. Abel Cabral é um empresário reconhecido pelo seu sucesso na restauração açoriana. Começou a trabalhar desde cedo, aos 16 anos, como mandarete no Hotel Avenida em Ponta Delgada e, atualmente, detém três restaurantes que são uma referência em São Miguel e nos Açores. Abel Cabral é um exemplo e o seu trabalho mostra que é possível alcançar o sucesso através do trabalho árduo e da paixão pelo que se faz”, explica Patrícia Correia, dirigente da ADHP responsável pelo projeto “Be Our Guest”.

À semelhança das sessões anteriores, a conversa deste mês terá lugar através da plataforma Zoom. Apesar de gratuitas, as inscrições são limitadas e carecem de registo através de um formulário.

A “Be Our Guest” deste mês conta com o apoio da Paraty Tech.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Club Med apresenta lucro operacional de 98 milhões de euros em 2022

O volume de negócios do grupo situou-se nos 1.699 milhões de euros em 2022, sendo que a taxa média diária alcançou os 208 euros – um aumento de 20% face a 2019.

Publituris

O Club Med registou um lucro operacional de 98 milhões de euros, regressando aos níveis registados no ano pré-pandémico. O valor é justificado pelo grupo hoteleiro em comunicado com os “fortes resultados” obtidos na Europa e na América, “apesar do impacto das restrições de mobilidade na Ásia e da Covid-19 na China”.

O volume de negócios do grupo em 2022 situou-se nos 1.699 milhões de euros, um aumento “de mais de 100% face a 2021”, o que permitiu recuperar para 99% o volume de negócios no mesmo período de 2019.

Também o EBITDA ajustado – ou seja, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com o ajuste para eliminar o efeito de determinados itens que não são em dinheiro e eventos únicos – registou melhorias. Se em 2021 o EBITDA ajustado foi de 13 milhões de euros, em 2022 este chegou aos 309 milhões de euros, recuperando para 96% de 2019.

Já a taxa média diária (ADR) alcançou os 208 euros, um aumento de 15% em relação a 2021 e de 20% face a 2019. Em comunicado, o grupo hoteleiro indica que “este aumento deve-se principalmente à implementação do segmento de luxo e aos investimentos significativos dos últimos anos, que permitiram melhorar o portefólio do Club Med Resorts, agora com 95% da capacidade – mais 10% que em 2019 – nas categorias de luxo (Premium) e luxo de topo (Exclusive Collection)”.

A taxa de ocupação média global dos quartos atingiu os 67%, aumentando 5% face a 2021, sendo que em 2019 este campo encontrava-se nos 71%.

Por outro lado, o número de clientes recuperou para 88% do valor de 2019, o que se traduziu em mais de 1,3 milhões de clientes – um aumento de 64% em relação a 2021.

“O nosso lucro operacional está acima de 2019, obtivemos um resultado líquido positivo e conseguimos reduzir o nível da dívida financeira, beneficiando da profunda transformação do nosso modelo de negócios. O Club Med nunca teve, desde a sua criação em 1950, um portefólio de resorts tão excecional. A quota premium da capacidade total continuou a aumentar, atingiu 95%, e conseguimos abrir sete resorts fantásticos”, refere Henri Giscard d’Estaing, presidente do Club Med, apontando para a abertura do Changbaishan (China), Magna Marbella (Espanha), Lago das Mil Ilhas (China), Yanqing Lijing (Pequim, China), Tignes (Alpes Franceses), Val d’Isère (França) e Kiroro Peak (Hokkaido, Japão).

Entre 2023 e 2025, o Club Med prevê a abertura de 17 novos resorts, além de planear a ampliação e renovação de outras dez unidades, “enquanto estuda outras oportunidades de abertura”, como referido em nota de imprensa.

Negócio do grupo na Europa regressa aos valores de 2019

Na Europa, em 2022, o negócio do Club Med aumentou 116% em relação ao ano anterior e regressou ao nível de 2019 (+4%), “apesar das preocupações decorrentes do contexto geopolítico e de inflação”, como o grupo aponta em comunicado. A capacidade dos resorts na Europa, Médio Oriente e Ásia (EMEA) subiu para 97% face a 2021 e recuperou para 86% comparando com os níveis de 2019. O Club Med Resorts recebeu cerca de 600.000 clientes da Europa, mais 98% do que em 2021.

A taxa média diária na Europa foi de 222 euros, o que representou um aumento de 12% em relação a 2021 e 22% em relação a 2019, algo que o grupo atribui “à evolução da capacidade dos resorts Premium na Europa e África”, bem como à “recuperação da procura no mercado” e aos “resorts que abriram recentemente na Europa, [que] também contribuíram com a sua capacidade de luxo para o crescimento da atividade europeia”.

Já no continente americano, tanto a Norte como a Sul, o volume de negócios aumentou 89% em comparação com 2021, e 33% em relação a 2019. Durante 2022, o Brasil tornou-se no quinto mercado de vendas em termos de volume de negócio.

Por outro lado, na Ásia, “o agravamento da pandemia de COVID-19 e consequentes restrições ainda afetaram muito a atividade do Club Med ao longo de 2022”, sendo que o grupo não avançou quaisquer valores relativamente a esta área geográfica.

Resort do Club Med em Albufeira foi o favorito dos portugueses

O resort mais visitado pelos portugueses em 2022 foi o Da Balaia, em Albufeira, no Algarve, que representa cerca de 20% do negócio neste mercado. Já nas viagens de longo curso, houve um aumento na procura de 86% face a 2021 e os três resorts mais escolhidos foram o Kani (Maldivas), o Seychelles Exclusive Collection Resort e o Punta Cana Dominican Republic.

Durante o verão, os principais clientes foram as famílias, no entanto, “apesar do verão ser a estação mais forte, as férias da neve também foram uma opção e a procura aumentou 1004% comparando com 2021”, com os resorts Les Arcs Panorama, Val Thorens e Grand Massif a marcarem as principais escolhas dos portugueses nesta categoria.

Primeiros meses de 2023 registaram uma taxa de ocupação de 77%

Entre janeiro e fevereiro de 2023, o volume de negócio atingiu o maior nível mensal dos últimos anos, com uma taxa de ocupação de 77%.

As reservas para partidas no primeiro trimestre de 2023, até 11 de março de 2023, aumentaram 36% em comparação com o primeiro semestre de 2022, evoluindo de forma distinta em várias áreas geográficas, nomeadamente +19% na Europa, +39% na América e +232% na Ásia.

O número de clientes neste primeiro trimestre de 2023 aumentou 29% em comparação com o mesmo período do ano passado, e as reservas para partidas no segundo semestre de 2023 (a 11 de março de 2023) também registaram um aumento de 23% em relação ao segundo semestre de 2022.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

ADHP debate luxo e serviço de excelência em hotelaria na próxima sessão “Be Our Guest”

A conversa programada para a próxima segunda-feira, 24 de abril, conta com a presença de Ana Portugal, diretora do NAU Palácio do Governador.

Publituris

O luxo e o serviço de excelência na hotelaria vão marcar a próxima sessão “Be Our Guest” de abril da ADHP – Associação dos Directores de Hotéis de Portugal, que todos os meses traz conversas informais com diretores de hotéis e nomes de referência do turismo sobre as suas experiências profissionais.

Desta vez, a sessão terá lugar via Zoom na próxima segunda-feira, 24 de abril, às 19h00, e conta com a presença de Ana Portugal, diretora do NAU Palácio do Governador. A moderação ficará a cargo da secretária-geral da ADHP, Liliana Conde, numa conversa que conta o apoio da Timing – Recursos Humanos.

“Na conversa de abril teremos uma convidada com 25 anos de experiência em hotelaria. Para manter um serviço de excelência é necessário surpreender os hóspedes através do detalhe e não há ninguém melhor para falar disso do que a diretora do hotel boutique Palácio Governador, uma unidade que se distingue pelo pormenor, pela elegância e pela história. Quando conjugados com um serviço de referência, estes elementos são a garantia de uma experiência inesquecível – e esse é um fator imprescindível quando falamos de luxo”, afirma Patrícia Correia, dirigente da ADHP responsável pelo projeto “Be Our Guest”.

As inscrições encontram-se abertas e devem ser efetuadas através de um breve formulário, sendo que o número de inscrições é limitado.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Pestana Hotel Group registou receitas de 453 milhões de euros em 2022

Os resultados líquidos do grupo situaram-se nos 109,5 milhões de euros, uma subida de 38% em relação a 2019. Também o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registado o ano passado ultrapassou “o número histórico de 2019” em 24%, cifrando-se nos 200 milhões de euros em 2022.

Carla Nunes

O Pestana Hotel Group (PHG) registou o “melhor ano de sempre” em 2022, com um volume de receitas consolidadas de 453 milhões de euros. O valor subiu 8% em relação a 2019 – ano em que o grupo faturou 419 milhões de euros – e 50% em relação a 2021.

Os resultados foram apresentados esta quarta-feira, 19 de abril, por José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, que afirma que o grupo atingiu “uma meta muito importante” ao ultrapassar “pela primeira vez os 100 milhões de euros” em resultados líquidos.

Como dá conta, em 2022 o resultado líquido do grupo situou-se nos 109,5 milhões de euros, ou seja, mais 38% do que em 2019, ano em que o PHG arrecadou 79,4 milhões de euros.

Já a dívida total do grupo desceu 117 milhões de euros em relação a 2019. Se em 2019 esta encontrava-se nos 504,4 milhões de euros, José Theotónio indica que em 2022 passou para os 383,3 milhões de euros – sendo que, em 2021, situava-se nos 555 milhões de euros.

No que diz respeito ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), os resultados do grupo no ano passado apontam para os 200 milhões de euros, um valor que José Theotónio afirma ultrapassar “o número histórico de 2019” em 24%.

“Para uma empresa que tem a maior parte das suas entidades em Portugal é um número muito significativo”, afirma o CEO do Pestana Hotel Group, que detém mais de 100 hotéis em 16 geografias, espalhados pela Europa, África e América do Norte e do Sul.

Aliás, e como indica José Theotónio, o setor hoteleiro do grupo contribuiu 65% para o EBITDA registado em 2022. Dos resultados de faturação de 2022, “82% foram obtidos em Portugal e 18% no estrangeiro”, com a Madeira e o Algarve a representarem a maior expressão nos resultados nacionais – 34% e 19%, respetivamente.

Preço médio por quarto em Portugal acima da média global do grupo

O CEO aponta que “a grande explicação para estes resultados foi a variação em termos do preço médio”.

Se em 2019 o preço médio por quarto na totalidade do grupo rondava os 103 euros, em 2022 o valor passou para os 132 euros – “um crescimento de praticamente 28%”. Por outro lado, se os hotéis em Portugal registavam um preço médio de 102 euros em 2019, este passou para os 133 euros em 2022 – aliás, acima da média global do grupo.

Já a taxa de ocupação dos hotéis do grupo registou um decréscimo. Em 2022, a taxa de ocupação total foi de 63,8% e em Portugal de 60,1%. Paralelamente, em 2019 a taxa de ocupação foi de 68%, tanto no total do grupo como para os hotéis em Portugal.

No entanto, e apesar do “decréscimo em termos da ocupação”, José Theotónio explica que o número de dormidas não baixou – “houve mais dormidas e mais clientes”, mas o grupo passou a contar com “mais hotéis” desde 2019.

Quanto aos principais canais de venda, o grupo assistiu a um aumento nos canais diretos, que representaram 30% dos canais em 2022, seguidos pelo Booking.com (20%), grupos e corporate que marcam diretamente com os hotéis do PHG (16%), TUI (6%), Expedia (5%) e Hotelbeds (3%). Os restantes 20% dizem respeito “a todos os outros operadores online e tradicionais” que trabalham com o grupo.

Salários no Pestana Hotel Group aumentam 12%

A par do investimento em tecnologia – que o CEO do PHG situa nos cinco milhões de euros por ano – o grupo que emprega três mil trabalhadores em Portugal aumentou o salário médio dos colaboradores em 9,61% em relação a 2019, com este a situar-se nos 1.260 euros.

José Theotónio afirma que, no ano passado, o grupo pagou uma média de 15,5 salários aos trabalhadores do grupo, sendo que a perspetiva deste ano é a de chegar a uma média de 16 salários. O CEO garante ainda que este ano vão avançar com aumentos salariais de 12%, bem como com a distribuição de seis milhões de euros em prémios – valor que, assegura, já foi pago em 50%.

Já para este ano está prevista a abertura de dois hotéis em Lisboa: a Pousada de Alfama e a unidade do grupo Pestana localizada na Rua Augusta. A Pousada de Alfama, que já se encontra em pre-opening, tem 42 quartos e inauguração prevista para o próximo mês de maio. Por outro lado, o hotel localizado na Rua Augusta, um quatro estrelas de 89 quartos, entrará em pre-opening “em finais de junho, princípios de julho”, abrindo em agosto, pelas contas de José Theotónio.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Alojamento

Nova edição abril: Estrelas que contam para o sucesso dos hotéis

Na Publituris Hotelaria de abril damos conta das Estrelas Michelin que contam para o sucesso dos hotéis, num especial onde os profissionais do setor referem a contribuição destes galardões para a operação hoteleira.

Carla Nunes

Na Publituris Hotelaria de abril damos conta das Estrelas Michelin que contam para o sucesso dos hotéis, num especial onde os profissionais do setor referem a contribuição destes galardões para a operação hoteleira.

De acordo com os entrevistados, os restaurantes com Estrelas Michelin trazem não só posicionamento e prestígio aos hotéis onde se inserem, como também novos públicos, que viajam pelo mundo à procura de novas experiências. Do lado dos chefs à frente destes espaços de restauração, as opiniões dividem-se sobre o facto de as estrelas influenciarem, ou não, o seu trabalho, sendo que todos são unânimes de que é apenas uma questão de tempo até a restauração portuguesa ser premiada com a tão almejada terceira estrela.

No dossier deste mês, o destaque vai para a oferta de F&B. Apesar do aumento dos custos nas matérias-primas, os fornecedores para o canal Horeca continuam a apostar em novas soluções para dar resposta ao setor: seja através de produtos para segmentos específicos deste canal – como opções italianas, asiáticas ou bebidas vegetais para baristas – seja no desenvolvimento de linhas de soluções alimentares prontas a servir.

No capítulo “Fala-se”, a edição deste mês dá conta da remodelação do Tivoli Marina Vilamoura, que após encerrar para obras durante dois meses abre portas empenhado na captação de novos públicos. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o diretor da unidade, Hugo Gonçalves, antecipa a contratação de 40 a 45 novos trabalhadores após esta renovação, com o objetivo de “posicionar o hotel” num segmento mais elevado.

Segue-se o XIX Congresso da ADHP, que este ano decorreu a 30 de março no Palácio de Congressos do NAU Salgados Palace, em Albufeira. O evento, sob o mote “Gerir na Incerteza. Rethink the Future”, focou-se na dignificação do setor, onde foram debatidos, entre outros temas, o mercado de trabalho para o setor do turismo, a cibersegurança e a relevância da análise de dados para a hotelaria.

Destaque também para o ME Lisboa, a estreia da marca de luxo da Meliá na capital, com abertura prevista para 2024, e ainda para o Arts Hotel Porto Tapestry Collection by Hilton, que foi inaugurado no Porto após um investimento de 15,4 milhões de euros.

Na secção de “Management” é apresentado o Crowne Plaza Caparica Lisbon, “o maior investimento da DHM num único ativo”, que exigiu um investimento de 9,7 milhões de euros – onde não está incluída a aquisição do edifício.

Nos “Fornecedores” deste mês celebramos os 50 anos da Sogenave, que este ano espera uma faturação de mais de 200 milhões de euros.

Já na rubrica “Palavra de Chef” o destaque vai para Vittorio Colleoni, o mais recente chef-executivo do grupo hoteleiro PBH. Após passar por restaurantes como “Martín Berasategui” e “El Celler de Can Roca”, Vittorio Colleoni recebeu uma Estrela Michelin pelo trabalho desenvolvido no restaurante da família no Norte de Itália, o “San Martino”. Assume agora a chefia-executiva dos conceitos de restauração da PBH, a começar pelo menu da Tasca da Memória, o restaurante do hotel Wine & Books, onde pretende aliar o seu estilo de alta cozinha às tradições portuguesas. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o profissional dá conta do seu percurso, da conquista da Estrela Michelin e do trabalho que já se encontra a desenvolver para o próximo projeto da PBH, o Wine & Books Porto.

A fechar, brindamos com as sugestões de Pedro Prado Lacerda, Quality & Marketing Manager na Salmon Distribution.

As opiniões desta edição pertencem a Sérgio Guerreiro (Nova SBE Westmont); Manuel Carvalho e Sousa (ISAG); Guilherme Costa; Marta Sotto-Mayor e Ana Jacinto (AHRESP).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos

Créditos: ADHP

Meeting Industry

ADHP segue com aposta na formação e “dignificação” do setor

O XIX Congresso da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal arrancou esta quinta-feira, 30 de março, e decorre até sexta-feira, 31 de março, no Palácio de Congressos do NAU Salgados Palace, em Albufeira.

Carla Nunes

A sessão de abertura reuniu Fernando Garrido, presidente da Direção da ADHP, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira e Alexandre Solleiro, CEO Highgate Portugal, num auditório que reuniu mais de 200 alunos e professores do ensino superior e das Escolas de Turismo de Portugal.

Na sua intervenção, Fernando Garrido frisou que o setor “continua a deparar-se com uma escassez de recursos que põe em causa a operacionalização das unidades que dirigimos” – algo que o presidente assegura que “este ano será menos compreendido pelo cliente face ao ano transato”. Por essa razão, Fernando Garrido apela para a “necessidade de tornar as profissões novamente atraentes, dignificando os profissionais e respetivas profissões que exercem”.

Ainda sobre os recursos humanos, o presidente da ADHP frisa que “não nos podemos esquecer que estamos num mercado concorrencial no qual a mão-de-obra do setor é altamente reconhecida e valorizada até por outros setores”.

“Não podemos continuar a renumerar profissionais com base em categorias profissionais inexistentes. Continuamos a apostar na formação, e assumimos um papel de relevância [na ADHP] contribuindo para o aumento da qualificação dos profissionais, permitindo às empresas que recorram à associação enquanto entidade certificada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT)”, afirma.

Por sua vez, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, dirige a sua intervenção para a defesa das associações do setor, apesar de haver quem aponte para o facto de serem “demasiadas”.

“Apesar de muitas vezes acusarem o setor de ter demasiadas associações – nacionais, internacionais, regionais, locais, sub-sectoriais, profissionais – por alguma coisa este setor tem sempre a capacidade de se reinventar, a flexibilidade de gerir a oportunidade do momento, ultrapassando as dificuldades”, defende.

Numa nota final, e após deixar uma mensagem aos diretores de hotel de “reconhecimento e agradecimento”, Alexandre Solleiro, CEO Highgate Portugal dirige o seu discurso para os estudantes presentes na sessão de abertura.

“Espero que consigam transmitir para os alunos das escolas que estão aqui presentes que [esta] é uma profissão que abre as portas em qualquer parte do mundo. É isso que vai fazer com que cada vez mais pessoas tenham vontade de trabalhar nos hotéis”, termina.

O XIX Congresso da ADHP decorre até esta sexta-feira, 31 de março, dia em que aborda temas como a cibersegurança, a importância dos dados para o setor e as novas tendências do talento na hospitalidade.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Emprego e Formação

Glion Institute of Higher Education aposta em nova licenciatura em Luxury Business

O Glion Institute of Higher Education lançou uma nova licenciatura em Luxury Business (Luxury Management Bachelor degree) nos seus campus na Suíça, com o intuito de possibilitar aos alunos uma “carreira na multifacetada indústria do luxo”, como indicado em comunicado.

Publituris

Desta forma, os alunos vão adquirir conhecimentos e competências para construir uma carreia no segmento de luxo que preferirem, “desde trabalhar em restaurantes requintados com estrela Michelin até estudar cursos dedicados a Atitudes e Etiqueta de Luxo, passando por Design de Moda de Luxo”.

O programa de três anos e meio permite percursos de carreira como bens de luxo pessoais; retalho de luxo; marketing de marcas de luxo; iates, jatos privados, automóveis; banca privada; hospitalidade de luxo; eventos; clínicas de saúde e bem-estar de alta qualidade, investimento imobiliário; restauração de grande qualidade, gastronomia e vinho.

O curso, que arranca em setembro de 2023, é composto por sete semestres e incorpora dois estágios profissionais. O primeiro estágio decorre no segundo semestre, dando aos estudantes a possibilidade de darem os primeiros passos no mundo da hospitalidade de luxo. Já o segundo estágio, que tem lugar nos dois últimos semestres de formação, “permite aos estudantes refletir sobre as competências de gestão no local de trabalho”.

Além dos estágios, o curso inclui uma viagem de campo, visitas a lojas de luxo e instalações fabris, mesas redondas com o setor do luxo e um desafio empresarial nesta área.

Além disso, durante a Tese de Licenciatura ou Projeto Empresarial Aplicado, os estudantes terão a oportunidade de rever desafios e/ou tendências empresariais da vida real. No Projeto de Negócios Aplicados, eles colaboram com uma empresa “cliente” da indústria do luxo, sob a orientação de um supervisor do corpo docente do Glion Institute of Higher Education.

“A nossa licenciatura é a preparação perfeita para uma carreira de liderança de alto nível na indústria do luxo internacional. Este grau de especialização única – combinado com a experiência profissional dos estágios – abrirá portas aos empregadores de luxo mais seletivos, para quem o rigor, a perícia e a experiência são bens preciosos”, afirma Frédéric Picard, diretor-geral do Glion Institute of Higher Education.

O programa completo da licenciatura pode ser consultado no website da Glion.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Crowne Plaza Caparica Lisbon representa “maior investimento da DHM num único ativo”

O Crowne Plaza Caparica Lisbon, localizado no Largo Aldeia Dos Capuchos, na Caparica, é oficialmente inaugurado esta quinta-feira, 23 de março, depois da integração e respetiva remodelação do antigo Hotel Aldeia dos Capuchos no portfólio da Discovery Hotel Management (DHM).

Carla Nunes

Em conferência de imprensa, Luís Mexia Alves, CEO da DHM, dá conta que este hotel incorporado na DHM constitui o “maior investimento até à data num único ativo e numa única fase de investimento”: 9,7 milhões de euros. O valor, que não inclui a aquisição do edifício, implicou “a revisão do layout do hotel”, como explica Luís Mexia Alves, ou seja, remodelações no espaço de restauração, “que não era adequado para o número de unidades de alojamento”, na luz natural do hotel e no design e decoração da unidade.

Trocado por miúdos, foram aplicados cerca de dois milhões de euros na remodelação das áreas comuns e do espaço de restauração, cinco milhões nas unidades de alojamento, 500 mil euros na área de wellness e um milhão de euros em salas de reuniões.

A remodelação teve a duração de 11 meses, sendo que o Crowne Plaza Caparica Lisbon operou até agora em soft opening desde 19 de dezembro de 2022, com serviço de alojamento e espaço de restauração e, a partir de 17 de março deste ano, com piscina interior, spa e centro de congressos.

A unidade mantém o mesmo número de unidades de alojamento, ou seja, 227 quartos, no entanto, as tipologias foram revistas. Desta forma, e após a remodelação, o Crowne Plaza Caparica Lisbon conta agora com 56 quartos standard (com preços a começar nos 130 euros por noite), 111 quartos premium (160 euros), 50 suites de um quarto (200 euros) e 10 master suites de dois quartos (250 euros).

Este “Urban Resort”, como apelidado por Daniel Solsona, Cluster MICE Operations Director, pretende dirigir-se a dois segmentos: o MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) – para o qual estará disponível um centro de congressos – e o de lazer, tanto para casais e grupos de amigos como para famílias – que podem usufruir da piscina interior de 22 metros, bem como da piscina exterior aquecida de 19 metros e do spa da unidade, além da proximidade às praias da Costa da Caparica.

Para o segmento MICE, a unidade passa a disponibilizar um centro de congressos com capacidade para “até 500 pessoas, de forma simultânea”. Daniel Solsona aponta que estão disponíveis “uma sala plenária para 350 pessoas, duas salas com capacidade para 90 pessoas e outra com capacidade para 60 pessoas, dependendo do formato”, além de um foyer para momentos de coffee break.

A aposta do grupo neste segmento é validada por Luís Mexia Alves pelo facto de “o mercado de eventos estar a crescer de uma forma significativa”.

“Acho que o próprio trabalho remoto acaba por ser um potenciador e acelerador do turismo de negócio de eventos, porque se as pessoas estão mais tempo isoladas, vai ter de haver mais momentos especiais para as pessoas poderem estar juntas”, afirma.

Para este ano a DHM antecipa já “duas novidades na zona Centro, no Vale do Tejo, e no Algarve”, a par de “expansões e investimentos muito relevantes”, para os quais Luís Mexia Alves aponta um valor total de investimento de 30 milhões de euros, sem revelar, para já, mais pormenores.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Meeting Industry

ADHP desvenda programa do seu XIX Congresso

No ano em que a associação celebra 50 anos de atividade, o XIX Congresso da ADHP debate temas como a cibersegurança, a sustentabilidade e a captação de recursos humanos. Durante o evento, a ADHP incentiva ainda os participantes a abraçar o digital, uma vez que o congresso será paper e merchandising free.

Publituris

O XIX Congresso da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, que decorre de 30 a 31 de março de 2023 no NAU Salgados Palace, em Albufeira, já tem programação disponível.

Sob o mote “Gerir na incerteza. Rethink the future”, o congresso da associação que este ano celebra 50 anos de atividade “irá abordar alguns dos temas mais prementes que marcam a atualidade na hotelaria e no turismo”, como indicado em comunicado. Nesse sentido, serão debatidos temas como a cibersegurança, a sustentabilidade e a captação de talentos no setor.

O primeiro dia do XIX Congresso Nacional da ADHP começa às 14h30 de 30 de março com a sessão de abertura, que contará com a presença de Fernando Garrido (presidente da ADHP), João Fernandes (presidente da Região de Turismo do Algarve), José Carlos Rolo (presidente da Câmara de Albufeira) e Alexandre Solleiro (CEO da Highgate Portugal).

Já às 16h00 decorre o primeiro painel do dia 30, “Sustentabilidade Social – Estudo do Mercado de Trabalho para o Setor do Turismo”, que terá como keynote speaker Carlos Costa (professor da Universidade de Aveiro), e a participação de Raul Ribeiro Ferreira (vice-presidente da ADHP).

Logo depois, às 17h15, será debatido o tema “Gestão na Incerteza”. Com moderação de João Simões (CEO da Sogenave), o painel reúne Alexandre Solleiro (CEO da Highgate Portugal), Carlos Alves (diretor regional de operações na Vila Galé Hotéis) e Hélder Martins (presidente da AHETA).

Para marcar o final do primeiro dia, o jantar e a entrega dos Prémios Xénios 2023 – que pretendem distinguir os profissionais portugueses da direção hoteleira que se tenham destacado no ano de 2022 – terão lugar às 20h00, no NAU Salgados Palace.

Segundo dia debate a importância dos dados para o setor

O segundo dia do congresso, 31 de março, terá início às 10h00 com um painel dedicado à “Cibersegurança”. O debate será moderado pelo professor Pedro Moita (presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – ESHTE) e contará com a presença do professor Pedro Machado (coordenador científico e presidente da Assembleia-Geral do Centro de Estudos em Segurança de Informação Cibersegurança e Privacidade – CESICP) e de Miguel Farinha (Paybyrd).

Durante a manhã, ainda sem hora definida, terá lugar a apresentação “Empresa Social by THF”, a cargo de Susana Garrett Pinto (fundadora e CVO da TEACH How to Fish – THF).

Às 12h00, o debate incidirá sobre o tema: “A importância dos Dados para Cenários Previsionais”, num debate moderado por Luís Brites (CEO da CLEVER). O painel desta sessão será composto por Cristina Blaj (CEO e fundadora da Open Revenue Consulting), Fulvio Giannetti (CEO da Lybra Tech Intelligent Revenue Assistant), João Freitas (director of Growth & Partnerships da Host Hotel Systems) e Miguel Silva (CEO da MTI – Managing the Intelligence).

Ao início da tarde, às 15h00, as “Novas Tendências do Talento na Hospitalidade” serão o tema em destaque. Os oradores serão João Vieira (diretor de Recursos Humanos do Corinthia Hotel Lisbon), Madalena Carey (diretora da Happiness Business School) e Rosário Pinto dos Santos (hospitality recruiter na Stamina Hospitality). Carlos Diaz de la Lastra (Les Roches) será o keynote speaker da sessão.

O encerramento do XIX Congresso da ADHP terá lugar às 17h00 e contará com a presença de Fernando Garrido (presidente da direção da ADHP) e de Nuno Fazenda (secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços).

Congresso aposta na promoção da sustentabilidade

Pela primeira vez, o Congresso da ADHP será paper e merchandising free, uma forma de “convidar os participantes a repensarem a utilização do uso de papel, incentivando-os a recorrerem aos meios digitais”. Em comunicado, a associação afirma que “esta mudança para o digital representa a adoção de uma medida concreta face à consciência da pegada ambiental da associação e do seu principal evento”.

“Num ano em que comemoramos meio século de existência, queremos celebrar este congresso de modo sustentável e atento ao futuro. Ao mesmo tempo, não esquecemos a nossa missão de continuarmos a promover um fórum de debate e troca de ideias entre players de referência no setor do turismo e da hotelaria, não só a nível nacional, mas incluindo também parceiros internacionais. Estamos abertos ao melhor do que é feito na hotelaria lá fora e, por isso, este congresso é também, pela primeira vez, um Encontro Internacional de Diretores de Hotéis”, refere Fernando Garrido, presidente da ADHP.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Nova edição março 2023: 50 anos ADHP

A Publituris Hotelaria deste mês faz capa com a ADHP – Associação dos Directores de Hotéis de Portugal, no ano em que esta celebra 50 anos de atividade. Pela ocasião destas bodas de ouro, e em antecipação do XIX Congresso da ADHP, estivemos à conversa com o atual presidente da associação, Fernando Garrido, sobre o percurso da associação, os principais desafios da profissão e os planos para o futuro.

Carla Nunes

A necessidade de formar diretores numa profissão que está “em constante e permanente evolução” dominou grande parte desta entrevista, onde pode ainda ficar a conhecer os temas que serão abordados no congresso que este ano debate o tema “Gerir na Incerteza. Rethink the Future”.

No capítulo “Fala-se” damos conta da abertura de uma nova unidade do grupo The Beautique Hotels na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, o Dos Reis Beautique Hotel. Fruto de um investimento de 16 milhões de euros, o hotel acrescenta 54 quartos à cidade e conta com a assinatura do Atelier Nini Andrade Silva no design de interiores.

Já em Aveiro, o MS Group prepara a abertura do primeiro cinco estrelas da cidade, o MS Collection Aveiro – Palacete de Valdemouro, que será inspirado na vida e obra de Eça de Queiroz. Também na Madeira há novidades, com a Savoy Signature a apostar num novo boutique hotel, que ficará inserido dentro do Savoy Palace, no Funchal.

Destaque também para o Sines Sea View Business & Leisure, que pretende reunir as vertentes profissional e de lazer num único espaço. Inaugurado em novembro de 2022, o hotel localizado em Sines é visto pelo diretor da unidade, Pedro Santos, como um ponto estratégico para conhecer a região. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o diretor dá conta do balanço destes últimos meses de atividade e dos planos para o futuro do hotel.

No dossier deste mês, o destaque vai para os hotéis vínicos e a oferta que disponibilizam no segmento do enoturismo. Várias ofertas hoteleiras escolhem cruzar as experiências do vinho com a natureza, sendo que neste segmento turístico os clientes também são cativados pelo estômago, com várias unidades a colocarem o vinho no seu devido lugar – à mesa, reunido com a gastronomia local e cozinha de autor.

Na rubrica “Palavra de Chef” o destaque vai para Alexandre Silva, que desde a abertura do hotel Immerso, na Ericeira, assume a poisção de chef consultor no restaurante da unidade, o Emme – um cargo que acumula com a chefia dos seus dois restaurantes em Lisboa: o LOCO e o FOGO. Esta foi também a oportunidade para falar sobre os desafios dos chefs no futuro, a necessidade de dar a conhecer a gastronomia portuguesa ao mundo e ainda sobre a carreira do chef que detém uma estrela Michelin pelo trabalho desenvolvido no restaurante LOCO.

A fechar, brindamos com as sugestões de Tânia Ribeiro, chefe de sala e sommelier do Restaurante Alkimia Madeirense, em Évora.

As opiniões desta edição pertencem a Sérgio Guerreiro (Nova SBE Westmont); Luís Brites e Ana Cristina Beatriz (Clever Hospitality Analytics e ABC Sustainable Luxury Hospitality); Pedro Guerreiro (ISAG); Melissa Rodrigues (GuestCentric).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.