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Grupo alemão TUI aumenta receitas em 250% e perspetiva um “bom” Inverno
A recuperação do turismo no Verão permitiu ao grupo alemão reduzir substancialmente os prejuízos. Para o Inverno, as reservas apontam para uma época semelhante a 2018/2019.
Victor Jorge
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O grupo TUI obteve, no ano fiscal 2022 (de 1 de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022) receitas de 16.545 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 249,7% face ao ano anterior em que alcançou 4.731 milhões de euros.
Analisando o relatório e contas do grupo alemão, verifica-se que obteve resultados positivos em praticamente todas as alíneas. Assim, na operação de hotéis e resorts, passou de um resultado negativo superior a 152 milhões de euros, em 2021, para mais de 480 milhões de euros positivos, em 2022. Também nos cruzeiros os resultados foram positivos (800 mil euros, contra os 277 milhões negativos, em 2021), enquanto nas “experiências de férias”, obteve quase 505 milhões, comparando com os 535 milhões de euros negativos do exercício fiscal anterior.
Neste capítulo, a região Norte manteve um resultado negativo, embora tenha passado de 965 milhões de euros para 101 milhões de euros negativos. Já a região da Europa Central e Ocidental melhoraram a sua performance, com a primeira a obter resultados positivos (88 milhões de euros) e a segunda a continuar no negativo (31,5 milhões de euros).
No que diz respeito ao EBIT, este passou de um prejuízo de 2.012 milhões de euros, no exercício fiscal anterior para um resultado positivo de 320 milhões de euros.
Já o EBITDA passou de mil milhões de euros negativos para os atuais 1.200 milhões de euros positivos.
O CEO da TUI, Sebastian Ebel, refere, em comunicado, que o Verão foi “forte”, com um último trimestre “muito bom”, tendo atingido “a meta anunciada de EBIT subjacente significativamente positivo”.
O responsável pelo grupo que, no final deste ano fiscal emprego mais de 60.000 pessoas, refere ainda que “o turismo continua a ser um setor de crescimento atraente e de longo prazo”, admitindo que “todos os dados fundamentais apontam para isso, e as megatendências de longo prazo das quais o nosso setor beneficia permanecem intactas”.
Quanto a 2023, Ebel espera que seja “um ano sólido e bom, mas estamos muito atentos aos fatores externos do mercado”. Quanto ao foco estratégico do grupo, o CEO do grupo TUI refere que “está numa oferta de produtos mais ampla que nos permitirá atrair novos clientes – combinada com os valores da marca: alta qualidade consistente, flexibilidade e foco no cliente”.
Um Inverno próximo dos níveis pré-pandemia
A curto prazo, ou seja, Inverno de 2022/2023, “o ambiente de negócios continua desafiador no atual, principalmente devido a fatores externos. Em particular, o impacto da guerra na Ucrânia e o impacto contínuo da pandemia são considerados nas perspetivas, juntamente com a inflação, os altos preços da energia e as flutuações da taxa de câmbio”.
Contudo, o grupo espera que o programa para o atual Inverno 2022/23 “se aproxime dos níveis pré-crise”, embora refira que se reserva “o direito de ajustar a capacidade de forma flexível à procura do cliente”.
Atualmente, o grupo revela que 2,7 milhões de reservas foram recebidas para a temporada de inverno 2022/23 e 52% do programa foi vendido. Como resultado, as reservas acumuladas estão em 134% da temporada de inverno 2021/22 e 84% da temporada de inverno 2018/19, com 1,4 milhão de reservas adicionadas desde a atualização de reservas de setembro.
O Reino Unido continua a ser o principal mercado, com níveis de reserva de +5% e preços médios de +23% em comparação com o inverno de 2018/19. A tendência de maior participação de reservas de curto prazo, já predominante no verão, continua no inverno, com volumes totais nas últimas quatro semanas em -4%, quase o mesmo que no inverno 2018/19. Os preços médios estão 28% mais altos que no inverno de 2018/19 e 7% mais altos que no inverno de 2021/22, “o que ajudará a amortecer o impacto da volatilidade da taxa de câmbio e da inflação atualmente mais alta”, conclui-se no comunicado.