INE: RevPAR e ADR atingem máximos históricos em agosto
Segundo o INE, o alojamento turístico registou, em agosto, proveitos totais de 797,0 milhões de euros, enquanto os proveitos por aposento somaram 639,0 milhões de euros, traduzindo subidas de 24,9% e 25,7% face a agosto de 2019.
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O alojamento turístico registou, em agosto, proveitos totais no valor de 797,0 milhões de euros, enquanto os proveitos por aposento somaram 639,0 milhões de euros, valores que traduzem subidas de 24,9% e 25,7% face a igual mês de 2019, respetivamente, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica mesmo que o RevPAR e o ADR foram os “mais elevados desde que há registo”.
“O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 102,2 euros em agosto e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,2 euros, os valores mais elevados desde que há registo (+41,8% e +17,8% face a agosto de 2021). Em relação a agosto de 2019, o RevPAR aumentou 21,1% e o ADR cresceu 18,1%”, indica o INE, no comunicado que acompanha os dados a atividade turística de agosto, divulgados esta sexta-feira, 14 de outubro.
Em agosto, o Algarve concentrou 38,8% dos proveitos totais e 38,4% dos relativos a aposento, seguindo-se a AM Lisboa (21,7% e 22,5%, respetivamente) e o Norte (14,0% e 14,2%, pela mesma ordem). Já os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (151,0 euros) e AM Lisboa (107,8 euros).
O INE revela que, desde o início do ano, o RevPAR “aumentou 90,4%”, com crescimentos de 93,3% na hotelaria, 104,8% no alojamento local e 19,0% no turismo no espaço rural e de habitação.
Já os proveitos cresceram, no acumulado até agosto, 163,7% no total e 163,5% nos relativos a aposento face ao mesmo período de 2021, enquanto na comparação com 2019, “verificaram-se aumentos de 13,2% e 14,3%, respetivamente”.
O INE diz que “a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento” durante os primeiros oito meses de 2022 e revela que, face a 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 12,0% e os de aposento cresceram 13,1%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local registaram-se subidas de 10,2% e 11,2%, e no turismo no espaço rural e de habitação os aumentos atingiram
61,6% e 59,0%, pela mesma ordem.
Os dados divulgados esta sexta-feira, 14 de outubro, pelo INE confirmam também que, em agosto, o setor do alojamento turístico nacional registou 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas, “os valores mensais mais elevados desde que há registo”, o que traduz aumento de 33,0% e 31,9% face a igual mês de 2021 e de 1,2% e 2,8% face a agosto de 2019.
O mercado interno contribuiu com 3,7 milhões de dormidas, o que corresponde a uma descida de 11,4% face a igual mês do ano passado, enquanto os mercados externos, cujo peso chegou aos 62,4%, totalizaram 6,2 milhões de dormidas, o que traduz um aumento de 86,9%. Face a 2019, as dormidas de residentes aumentaram 8,2% enquanto as de não residentes diminuíram 0,2%.
Já a taxa líquida de ocupação-cama (68,3%) aumentou 10,6 pontos percentuais em agosto, “ficando ligeiramente abaixo dos 68,7% observados em agosto de 2019”, acrescenta o INE.
Em agosto, houve “aumentos das dormidas em todas as regiões”, tendo o Algarve concentrado 32,2% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (21,1%), o Norte (16,5%) e o Centro (11,6%). Em comparação com 2019, apenas o Algarve registou um decréscimo (-7,1%), enquanto s aumentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+16,9%) e no Norte (+15,9%).
Por municípios, o INE destaca Lisboa e Albufeira como aqueles que registaram “maior representatividade no total nacional da atividade turística”, uma vez que, em conjunto, estes dois municípios “concentraram 27,1% do total de dormidas do país e 32,9% do total de dormidas de não residentes”.
“O município de Lisboa atingiu 1,5 milhões (quota de 14,9% do total). Comparando com agosto de 2019, as dormidas aumentaram 2,1% (+11,4% nos residentes e +0,6% nos não residentes). Em Albufeira, registaram-se 1,2 milhões de dormidas (peso de 12,2% do total), o que representa uma redução de 11,8% face a agosto de 2019 (-6,0% nos residentes e -14,7% nos não residentes)”, indica o INE.
Já as taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), RA Madeira (74,8%) e RA Açores (71,9%), enquanto os maiores acréscimos neste indicador verificaram-se na AM Lisboa e no Norte (+23,0 p.p. e +14,3 p.p., respetivamente).