Ana Mendes Godinho quer posicionar Portugal como país para viver e trabalhar
A ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Ana Mendes Godinho afirmou que “quer posicionar Portugal como país para trabalhar” e o turismo é um dos setores em que o Governo pretende aliciar trabalhadores vindos de fora porque “com as pessoas que temos em Portugal não chega”.
Carolina Morgado
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A governante, que falava no painel “Como atrair profissionais para o Turismo”, durante a VI Cimeira do Turismo Português, promovida em Lisboa, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, destacou que este “foi o setor que mais postos de trabalho perdeu durante a pandemia”100 mil trabalhadores, tendo já recuperado cerca de 40 mil, mas ainda faltam 60 mil,, ”um problema que urge resolver até porque o turismo vive de pessoas”, frisou.
Ana Mendes Godinho, que conhece bem este setor, realçou que “o turismo precisa de pessoas, cada vez mais o mundo do trabalho é aberto na Europa, e a pandemia também abalou todos de forma sísmica até do ponto de vista de motivações dos trabalhadores, que são hoje diferentes”, e lembrou que “o turismo compete não só com outras atividades, como com empregos noutros países”.
Assim, a ministra do Trabalho e Solidariedade Social sublinha que o “grande desafio é atrair os nossos jovens a trabalharem no turismo, mas também abrir o mercado de trabalho aos que vêm de fora”.
É neste âmbito que se insere o acordo de mobilidade nos países da CPLP, e a simplificação na obtenção de vistos a cidadãos desses países que queiram vir trabalhar para Portugal.
É também neste quadro que o Governo vai promover, de 20 a 22 de outubro, uma Feira de Empregabilidade em Cabo Verde, que Ana Mendes Godinho espera que os empresários do turismo se juntem a esta iniciativa, que pretende “mostrar quais são as ofertas de emprego no nosso país, e as condições”, disse.
“As condições são atrativas e temos o quadro para que isso aconteça, assumindo que temos que dar um valor diferente ao trabalho. É peça chave do nosso futuro coletivo”, apontou a ministra, que destacou ainda o sucesso do visto criado este mês para nómadas digitais e trabalhadores remotos em Portugal. “Estamos a ter imensos pedidos, de pessoas que querem saber se conseguem por esta via ficar com número da Segurança Social”.
A ministra do Trabalho também explicou o objetivo de atrair em Portugal mais jovens e trabalhadores para o turismo, entre outros sectores, através do acordo de rendimento e competitividade que está à mesa das negociações em sede de Concertação Social.
Referindo a atual taxa de desemprego “historicamente baixa” de 5,9%, neste caso um “problema bom”, a ministra lembrou que o desafio perante a falta de mão de obra é fixar as pessoas em Portugal, fazer com que se sintam valorizadas, melhorar os contratos, sendo “evidente” que isso significa melhorias nos salários, implica também uma série de outras condições.
“Tenho a certeza que as empresas são as principais interessadas” em criar condições atrativas e dar um “valor diferente ao trabalho”, frisou ainda ministra adiantando que, também com Marrocos, o Governo assinou esta semana um acordo de mobilidade, e para que a formação seja em intercâmbio com empresas portuguesas.