Em julho de 2023, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes, mais 4,2% em relação ao período homólogo, e 8,8 milhões de dormidas, mais 1,5% face ao mesmo período.
Estes valores corresponderam a 754 milhões de euros de proveitos totais (+10,6%) e 597 milhões de euros de proveitos de aposento (+11,5%). Comparando com julho de 2019, registaram-se aumentos de 41% nos proveitos totais e 42,4% nos relativos a aposento.
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, os proveitos totais cresceram 26,1% e os relativos a aposento aumentaram 27,7%. Comparando com o mesmo período de 2019, verificam-se aumentos de 38,9% e 41,8%, respetivamente. Neste período, os proveitos atingiram 3,2 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 2,5 mil milhões de euros.
Créditos: INE
O maior peso nos proveitos totais e de aposento em julho verificaram-se no Algarve (36,2% e 35,5%, respetivamente), seguindo pela Área Metropolitana de Lisboa (25,6% e 26,8%, pela mesma ordem), Norte (13,6% e 13,9%, respetivamente) e Região Autónoma da Madeira (RA Madeira) – 9,1% e 8,2%, pela mesma ordem.
Os maiores crescimentos ocorreram no Alentejo (+20% nos proveitos totais e +21,3% nos de aposento), na Região Autónoma dos Açores (RA Açores) – +18,0% e +19,6%, respetivamente – e no Norte (+14,4% e +16,0%, pela mesma ordem).
Face a julho de 2019, destacam-se as evoluções na RA Madeira (+62,6% nos proveitos totais e +75,7% nos de aposento), no Alentejo (+56,1% e +60,1%, respetivamente) e na RA Açores (+55,5% e +55,6%, pela mesma ordem).
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, face a igual período de 2019, a RA Madeira (+54,6% nos proveitos totais e +66,3% nos de aposento), a RA Açores (+54,5% e +54,8%, respetivamente) e o Alentejo (+49,5% e +56,1%, pela mesma ordem) registaram os maiores crescimentos nos proveitos.
Créditos: INE
Em julho de 2023, face ao mesmo mês de 2022, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento – hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural e de habitação – com abrandamentos na hotelaria e no alojamento local. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 86,4% e 84,7% no total do alojamento turístico) aumentaram 9,7% e 10,6%, respetivamente. Face a julho de 2019, registaram-se crescimentos de 38,8% e 40,0%, pela mesma ordem.
Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,4% e 10,9%, respetivamente), registaram-se aumentos de 17,5% nos proveitos totais e 18,3% nos proveitos de aposento. Comparando com julho de 2019, observaram-se crescimentos de 43,3% e 47,1%, respetivamente.
Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,2% e 4,4%, respetivamente, nos proveitos totais e nos de aposento), os aumentos foram de 15,0% e 13,5%, pela mesma ordem. Face a julho de 2019, os proveitos neste segmento praticamente duplicaram (+99,0% e +93,6%, respetivamente).
Créditos: INE
ADR supera máximo histórico de agosto do ano passado
No passado mês de julho o rendimento por quarto disponível (RevPAR) estabeleceu-se nos 92,4 euros, ou seja, 7,4% acima do verificado no período homólogo, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 137,9 euros (+9,7%) – neste caso, “registando um novo máximo histórico, após o anterior máximo ocorrido em agosto de 2022, com 136 euros”, como o INE aponta em comunicado. Em relação a julho de 2019, registaram-se aumentos de 32,1% no RevPAR e 29,1% no ADR.
O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu novos máximos históricos na Área Metropolitana de Lisboa (152,3 euros), na Região Autónoma dos Açores (129,4 euros) e na Região Autónoma da Madeira (111,6 euros), contudo, foi no Algarve que se registou o valor mais elevado de ADR, de 174 euros. Os acréscimos mais expressivos verificaram-se na RA Açores (+18,2%) e na RA Madeira (+14,3%).
Créditos: INE
Em julho, o ADR cresceu 10,2% na hotelaria (+11,5% em junho) e 10,1% no alojamento local (+12,8% em junho), atingindo 143,9 euros e 106,7 euros, respetivamente. No turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 3,9% (+4,3% em junho), atingindo 127,4 euros.
Créditos: INE
Ourém destaca-se com maior crescimento de dormidas em julho
O município de Lisboa concentrou 16,2% do total de dormidas em julho, com 7,4% do total de dormidas de residentes e 20,3% de não residentes, atingindo 1,4 milhões. Comparando com julho de 2019, as dormidas aumentaram 6,1% (+1,8% nos residentes e +6,8% nos não residentes).
Já o município de Albufeira, apesar de se manter segunda posição com um peso de 12,5% – 9,8% do total de dormidas de residentes e 13,8% de não residentes – continuou abaixo dos níveis registados em 2019 (-10,9% no total).
No Porto, registaram-se 570,6 mil dormidas (6,5% do total), um acréscimo de 20,9% face a julho de 2019 (+18,2% nos residentes e +21,4% nos não residentes).
De entre os principais municípios, destacou-se Ourém, com o maior crescimento de dormidas (+27,2%) face a julho de 2022, tanto de residentes (+15,1%) como de não residentes (+34,5%).
Créditos: INE