AHP quer intervenção de António Costa para facilitar circuito da imigração no seio da CPLP
A AHP apela a uma intervenção do Primeiro-Ministro, António Costa, com vista à simplificação e desburocratização dos circuitos da imigração dentro da CPLP, por considerar que “este é um tema que exige clara coordenação de políticas públicas, multissectorial, o que não se alcança sem uma intervenção ao mais alto nível, como se está a demonstrar”.

Carolina Morgado
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A Associação sublinha, mais uma vez, que o turismo não pode existir sem pessoas ao serviço, sendo que, neste momento, faltam cerca de 45 mil trabalhadores no setor, cerca de 15 mil só na hotelaria.
Em comunicado, a AHP dá conta de uma reunião, esta semana, com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, em que entre os vários pontos da agenda estava a questão dos Recursos Humanos, mas “a informação partilhada pela governante deixou a Associação extremamente preocupada”.
Para a AHP, “os resultados da reunião não foram os esperados”, uma vez que havia fortes expectativas relativamente aos acordos de mobilidade que foram celebrados, quer com os países da CPLP, quer com a Índia e Marrocos. A Associação estava convencida que esses acordos já estivessem a funcionar,” mas não é isso que está a acontecer”, refere a nota de imprensa.
Perante esta situação, Bernardo Trindade afirma que “viemos muito desapontados, porque o caminho que já tínhamos feito na anterior legislatura foi agora interrompido”, para destacar ser “preocupante que este tema não seja tratado ao nível do Estado como um tema central para o desenvolvimento do país”.
O presidente da AHP diz não compreender “como é que não há simplificação de procedimentos e articulação entre serviços, como os Serviços Consulares e o SEF, para simplificar e desburocratizar os circuitos da imigração dentro da CPLP, mais ainda quando Portugal e vários Estados da CPLP já ratificaram o Acordo sobre a Mobilidade.”
Tendo em conta que tema da escassez dos RH para a hotelaria e turismo pressiona toda a Europa Ocidental, a AHP lembra, no seu comunicado, que vários países estão a tomar medidas para lhe fazer frente, designadamente criando mecanismos de maior agilidade na captação de imigrantes.
Estando a Associação ciente que esta situação não se resolve de um momento para o outro, que é um problema de fundo do nosso país, e que se projeta sobre o futuro, Bernardo Trindade defende que “temos de o encarar como uma questão que exige um envolvimento e uma política de Estado, quer quanto à imigração, quer quanto à fixação de pessoas no nosso território”.