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Hotelaria

Reservas nos hotéis para a Páscoa crescem e aproximam-se de níveis de 2019

Com a procura para a Páscoa a indicar números muito perto daqueles registados em período pré-pandémico, a preocupação agora reside no (mais que) provável aumento de preços.

Victor Jorge
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Reservas nos hotéis para a Páscoa crescem e aproximam-se de níveis de 2019

Com a procura para a Páscoa a indicar números muito perto daqueles registados em período pré-pandémico, a preocupação agora reside no (mais que) provável aumento de preços.

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As cadeias hoteleiras estão a registar aumentos significativos nas reservas para a Páscoa e a aproximarem-se, em alguns casos, dos níveis registados em 2019, antes da pandemia da COVID-19, disseram cinco grupos a operar em Portugal à Lusa.

O grupo Stay Hotels, que detém 11 unidades hoteleiras em Portugal, disse à Lusa, em respostas por escrito, que desde o início do ano tem “registado uma melhoria significativa e contínua na taxa de ocupação de todas as unidades do país”, sendo que “para a altura da Páscoa” os hotéis estão “praticamente lotados, com uma taxa de ocupação acima dos 95% nas cidades do Porto e Lisboa”.

Noutras localidades, como em Guimarães e Faro, a taxa de ocupação atual “é moderada, a rondar os 35%”, mas o grupo acredita que esta “irá subir nas próximas semanas”.

“A procura é claramente superior em todas as unidades do grupo comparativamente ao período homólogo de 2021, altura em que vigorava a proibição de circulação entre concelhos como medida de prevenção e controlo da pandemia COVID-19”, acrescentam. Assim, o grupo espera, este ano, “retomar os níveis de atividade “pré-covid” e está “já a preparar a época alta que se aproxima”, reforçam.

Já o administrador do grupo Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, sublinhou que tendo em “conta o volume de reservas já registado” acredita que “a Páscoa marcará a retoma efetiva do turismo em Portugal”.

“Temos uma perspetiva positiva, esperando-se taxas de ocupação acima de 80%, já em linha com o registado em 2019, com procura tanto de turistas nacionais como de estrangeiros, por exemplo do Reino Unido, Irlanda – também devido ao mercado do golfe – ou Alemanha”, indicou à Lusa.

Segundo o administrador, “no geral, todas as regiões estão com procura”, mas destaca-se “o Algarve, o Alentejo, ou Douro e Braga, mais a norte”.

No Grupo Pestana, o presidente executivo (CEO), José Theotónio, deu conta de que desde o início de fevereiro se tem assistido “a uma evolução positiva das reservas, nomeadamente em destinos tradicionalmente de lazer, como a Madeira e Algarve”.

Para o responsável, “ainda que esta tendência se tenha vindo a consolidar semana após semana”, a mesma “abrandou com o eclodir da guerra na Ucrânia e não será suficiente” para um mês de abril idêntico a 2019, indicou.

“Durante o próximo mês, na maioria dos hotéis e pousadas, a queda face a 2019 será inferior a 20%, mas ainda teremos um caminho de recuperação a percorrer nos próximos meses”, referiu, acrescentando que “no período de Páscoa, a taxa de ocupação poderá ser superior a 70% na maioria das unidades em Portugal, principalmente com clientes portugueses, mas também com uma boa recuperação de alguns mercados emissores tradicionais, nomeadamente, o inglês e o espanhol que é particularmente forte nesta época”.

Por seu lado, Graça Guimarães, que lidera a área de vendas globais da Savoy Signature, grupo com seis unidades hoteleiras, localizadas na Madeira, referiu que, face a 2021, a cadeia aponta que “as reservas estão a ser concretizadas com mais antecedência”, sendo que “com o aliviar das restrições associadas à pandemia, a vontade em voltar a viajar intensificou-se e a retoma das viagens tem vindo a ser feita com mais planeamento e ligeira redução das reservas ‘last-minute’ [de última hora]”.

Neste grupo, as perspetivas para a Páscoa são “muito positivas”, sublinhou.

“Prevemos registar uma ocupação perto dos 100% na maioria dos hotéis do Funchal (Royal Savoy, Gardens, NEXT) e ultrapassar os 70% no Savoy Palace (também no Funchal)”, referiu a mesma responsável.

Já na zona oeste da ilha, “a expectativa é atingir os 100% no Calheta Beach e no Saccharum”, com o grupo a contar com “reservas provenientes dos principais mercados tradicionais, nomeadamente Reino Unido, Alemanha, França e Escandinávia”.

Pelo contrário, e tendo em conta a invasão da Ucrânia, houve uma redução “imediata” nas “reservas de vários mercados de leste que estavam em crescimento”, mas “o mercado interno continua a gerar muita procura pelo destino Madeira”, acrescentou.

Jorge Lopes, diretor do desenvolvimento de negócios do grupo Minor Hotels, em Portugal, onde detém diversas marcas, referiu que “comparativamente a 2019, e face ao mesmo período pré-pandemia”, existe “um crescimento de 60% nas ocupações para o período das férias de Páscoa”.

De acordo com o mesmo responsável, “a região do Algarve é a região nacional que regista maior crescimento”.

“Estamos a assistir a uma retoma exponencial com particular expressão nos hotéis do Algarve, que já apresentam um desvio positivo de 30% para o período de verão face a 2019″, detalhou.

Em 24 de março, a vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira disse à Lusa que o aumento dos preços nos hotéis devido à subida de custos relacionados com a inflação, matérias-primas e outros, agravados pela guerra, “já está a acontecer”, tal como tem vindo a ser antecipado pelo setor.

Individualmente, as cadeias hoteleiras a operar em Portugal também admitem a necessidade de ajustes, tendo em conta o contexto atual, e que poderá refletir-se, sobretudo na alimentação e bebidas.

O CEO do grupo Pestana lembra que, “apesar da recuperação, o setor continua numa situação desafiante, porque enquanto nos últimos dois anos a pressão só esteve do lado da receita, com uma queda abrupta da procura devido à pandemia”, ao que acresce “nos dias de hoje a que deriva da guerra na Europa”.

“No atual contexto há uma pressão adicional do lado da estrutura de custos, com aumentos elevados em áreas como a dos combustíveis, energia e matérias-primas”, referiu ainda José Theotónio, não especificando se a empresa vai subir preços.

Por sua vez, o administrador do Vila Galé referiu que “por agora” esse aumento geral ainda não aconteceu e que tentarão que “não aconteça”, mas admite “ser necessário fazer algum ajuste”.

“Relativamente à área da alimentação e bebidas, certamente teremos de fazer”, sublinhou Gonçalo Rebelo de Almeida.

O grupo Stay Hotels disse que estes aumentos “estão a ter impactos diretos e indiretos não só no setor turístico, mas também nos restantes”, salientando que a sua “estratégia de preço será ajustada a cada momento, garantindo sempre” um dos seus principais atributos, o “Value for Money”, referiu.

Graça Guimarães, do Savoy Signature, afirma que já se assiste “a um aumento de preços em vários produtos”. Por isso, será “inevitável que esta situação tenha impacto na hotelaria e nos valores praticados”.

“Na Savoy Signature, tentaremos fazer um esforço para absorver alguns custos, porém será inevitável que existam ajustamentos devido ao aumento muito significativo de algumas matérias-primas”, destacou.

Por sua vez, Jorge Lopes, garante que no Minor Hotels o crescimento dos preços “tem sido essencialmente motivado pela crescente procura”.

“A título de exemplo os nossos preços médios têm subido na ordem de 40% a 50% comparativamente a 2019. No entanto, como resultado dos aumentos das matérias-primas e energia, fomos efetivamente forçados a ajustar os preços na área de alimentação e bebidas, com especial impacto na área de eventos”, rematou.

*Lusa

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Conheça os vencedores dos Prémios Xénios 2023 – Excelência na Hotelaria

A ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal organizou esta quinta-feira, 31 de março, a cerimónia dos Prémios Xénios 2023 – Excelência na Hotelaria, onde entregou os galardões que distinguem os melhores profissionais do setor tendo em conta o ano de trabalho transato.

As candidaturas para os prémios decorreram entre 31 de janeiro e 12 de fevereiro, tendo em conta sete categorias: Melhor Diretor de Hotel, Melhor Diretor de Alojamentos, Melhor Diretor de F&B, Melhor Diretor Comercial/Marketing & Vendas, Melhor Jovem Diretor de Hotel, Melhor Gestor de Potencial Humano e Melhor Parceiro de Negócios. Após este período, os nomeados foram submetidos a uma votação online, que decorreu entre 18 de fevereiro e 19 de março, da qual resultou a seleção dos finalistas.

Após a avaliação de um júri constituído por especialistas da hotelaria e do turismo, já são conhecidos vencedores em cada categoria, sendo que este ano o Prémio Mérito foi atribuído a João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, e o Prémio Carreira a Manuel Vegas Lara, presidente da Asociación Española de Directores y Directivos de Hotel y Restauración (AEDH).

Conheça os restantes vencedores na lista abaixo:

  • Melhor Diretor de Hotel: Ana Teresa Garcia Matos, Hotel PortoBay Teatro e PortoBay Flores;
  • Melhor Diretor de Alojamentos: Tiago Féteira Rodrigues, NAU Palácio do Governador;
  • Melhor Diretor de F&B: Diogo Brites Santos, Six Senses Douro Valley;
  • Melhor Diretor Comercial/Marketing & Vendas: Gilda Cardoso, DHM – Discovery Hotel Management;
  • Melhor Jovem Diretor: João Matos, Moxy Lisboa Oriente;
  • Melhor Gestor de Potencial Humano: Joana Ferreira, Vila Galé Hotéis;
  • Melhor Parceiro de Negócio: XLR8 RM.

O júri da edição de 2023 dos prémios Xénios foi composto por Fernando Garrido (presidente da ADHP), Manuel Ai Quintas (DIRHOTEL), Carlos Moura (AHRESP), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Hélder Martins (AHETA), Ana Paula Pais (Turismo de Portugal), Carlos Brandão (ESHTE), Mafalda Patuleia (Universidade Lusófona), Flávio Ferreira (ESHT Porto), João Fernandes (Região de Turismo do Algarve), Victor Jorge (Publituris) e Pedro Chenrim (Ambitur).

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ADHP segue com aposta na formação e “dignificação” do setor

O XIX Congresso da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal arrancou esta quinta-feira, 30 de março, e decorre até sexta-feira, 31 de março, no Palácio de Congressos do NAU Salgados Palace, em Albufeira.

Carla Nunes

A sessão de abertura reuniu Fernando Garrido, presidente da Direção da ADHP, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira e Alexandre Solleiro, CEO Highgate Portugal, num auditório que reuniu mais de 200 alunos e professores do ensino superior e das Escolas de Turismo de Portugal.

Na sua intervenção, Fernando Garrido frisou que o setor “continua a deparar-se com uma escassez de recursos que põe em causa a operacionalização das unidades que dirigimos” – algo que o presidente assegura que “este ano será menos compreendido pelo cliente face ao ano transato”. Por essa razão, Fernando Garrido apela para a “necessidade de tornar as profissões novamente atraentes, dignificando os profissionais e respetivas profissões que exercem”.

Ainda sobre os recursos humanos, o presidente da ADHP frisa que “não nos podemos esquecer que estamos num mercado concorrencial no qual a mão-de-obra do setor é altamente reconhecida e valorizada até por outros setores”.

“Não podemos continuar a renumerar profissionais com base em categorias profissionais inexistentes. Continuamos a apostar na formação, e assumimos um papel de relevância [na ADHP] contribuindo para o aumento da qualificação dos profissionais, permitindo às empresas que recorram à associação enquanto entidade certificada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT)”, afirma.

Por sua vez, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, dirige a sua intervenção para a defesa das associações do setor, apesar de haver quem aponte para o facto de serem “demasiadas”.

“Apesar de muitas vezes acusarem o setor de ter demasiadas associações – nacionais, internacionais, regionais, locais, sub-sectoriais, profissionais – por alguma coisa este setor tem sempre a capacidade de se reinventar, a flexibilidade de gerir a oportunidade do momento, ultrapassando as dificuldades”, defende.

Numa nota final, e após deixar uma mensagem aos diretores de hotel de “reconhecimento e agradecimento”, Alexandre Solleiro, CEO Highgate Portugal dirige o seu discurso para os estudantes presentes na sessão de abertura.

“Espero que consigam transmitir para os alunos das escolas que estão aqui presentes que [esta] é uma profissão que abre as portas em qualquer parte do mundo. É isso que vai fazer com que cada vez mais pessoas tenham vontade de trabalhar nos hotéis”, termina.

O XIX Congresso da ADHP decorre até esta sexta-feira, 31 de março, dia em que aborda temas como a cibersegurança, a importância dos dados para o setor e as novas tendências do talento na hospitalidade.

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Marca de luxo: ME by Meliá chega a Lisboa em 2024

A Meliá Hotels International anunciou, esta quinta-feira, que vai trazer para Lisboa a sua marca de luxo. O ME by Meliá, que abrirá portas em 2024, faz parte “de uma coleção de hotéis de design para descobrir a cultura contemporânea através da sua personalidade arrojada e carismática”. Esta unidade será acompanhada pelo primeiro hotel INNSiDE by Meliá, com inauguração também prevista para 2024.

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O novo ME Lisbon ficará localizado na esquina das avenidas António Augusto de Aguiar e Fontes Pereira de Melo, junto ao Parque Eduardo VII e à Praça Marquês de Pombal.

Mais do que um hotel, o ME Lisboa, segundo nota de imprensa da cadeia internacional, “será um destino à parte, com o estilo eclético e excecional da marca ME by Meliá a oferecer aos viajantes o melhor da arquitetura, design de interiores, gastronomia e arte local, graças ao trabalho com uma comunidade criativa de artistas e influenciadores locais combinados com a mais recente tecnologia para preencher todos os cantos dos hotéis da marca com inspiração e energia”.

Seguindo o sucesso da marca em grandes cidades como Londres, Milão, Barcelona ou Dubai, o ME Lisbon oferecerá 213 quartos, contará com um restaurante à la carte e uma oferta de cozinha internacional disponível ao longo do dia, a par de uma das chancelas mais conhecidas da marca: o Radio Rooftop Bar. O hotel vai ainda disponibilizar um ginásio, um Spa e health club totalmente equipados, com piscina interior, sauna, banho turco e cabines de massagens. Serão também mais de 600 m2 de espaço para reuniões e eventos em 11 salas de eventos flexíveis e adaptáveis.

A arte e o design combinam-se na perfeição em todos os hotéis ME by Meliá, razão pela qual, segundo a Meliá Hotels International, foi dada tanta atenção especial ao projeto arquitetónico do novo ME Lisbon. Já em construção, o futuro hotel foi projetado pelo arquiteto português João Paciência e contará com uma marcante fachada de vidro semitransparente.

O projeto do hotel também empregará a tecnologia mais eficiente e sustentável para minimizar sua pegada ambiental, assegura a cadeia. O calor gerado pelos sistemas de refrigeração do hotel, por exemplo, será utilizado como fonte de energia para as caldeiras de água quente.

O design de interiores, da responsabilidade do estúdio Broadway Malyan, é inspirado na ideia de uma Lisboa “inesperada”, com um estilo fresco e disruptivo que também é influenciado por algumas das principais atrações da própria cidade, como os arcos ou cores das árvores da Avenida da Liberdade, ajudando a criar uma maior ligação entre o hotel e o seu ambiente e comunidade local.

Além do ME Lisbon, a marca ME by Meliá abrirá pelo menos mais três unidades em 2023 e 2024 em Málaga (Espanha), Malta e Guadalajara (México).

Na capital portuguesa a Meliá já conta com dois hotéis, sendo que o ME Lisbon será ainda acompanhado pelo primeiro hotel INNSiDE by Meliá, com inauguração também prevista para 2024.

O comunicado o grupo hoteleiro considera Portugal como um dos mercados que mais cresce para a empresa, com os sete hotéis atualmente em desenvolvimento somando-se aos nove que já estão abertos.​

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Quinta das Lágrimas distinguida pela Biosphere Sustainable

A Quinta das Lágrimas foi distinguida pela Biosphere Sustainable pela sua estratégia de sustentabilidade, alinhada com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

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Os processos de captação, abastecimento, saneamento e tratamento de recursos hídricos, e a promoção do acesso universal a serviços de energia limpa, valeram à Quinta das Lágrimas o selo de “notável contribuição” na área de Ambiente e Alterações Climáticas, como indicado em comunicado. Este selo distinguiu ainda o hotel pelo esforço na criação de comunidades sustentáveis e justas (Sociedade e Cultura), assim como pelo trabalho na potencialização económica e na redução de desigualdades no setor (Governação e Economia).

Em nota de imprensa, a unidade hoteleira aponta que “a distinção da Biosphere reforça a proposta de valor da Quinta das Lágrimas, funcionando como uma garantia para os hóspedes de que está a cumprir as suas metas na proteção do meio ambiente”.

“A Quinta das Lágrimas tem um forte compromisso com a sustentabilidade e com o impacto social positivo, trabalhando proactivamente na melhoria contínua das suas operações e promovendo a adoção das melhores práticas. Este esforço é já hoje reconhecido pelos nossos hóspedes, que sabem a atenção especial que damos à proteção do ambiente e o quanto nos esforçamos para proteger e cuidar do legado histórico e cultural que nos foi confiado”, afirma Alberto Gradim, diretor da Quinta das Lágrimas.

O diretor da unidade declara ainda que “o turismo sustentável é uma tendência crescente, com as pessoas a privilegiarem cada vez mais unidades sustentáveis. A certificação da Biosphere permite-nos reforçar o posicionamento no mercado e reforçar a proposta de valor da Quinta das Lágrimas para os seus clientes”.

O hotel da Quinta das Lágrimas, outrora palácio do século XVIII, está rodeado de 12 hectares de jardins históricos, sendo membro da Small Luxury Hotels of the World.

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Hotelaria de Luanda dá sinais de recuperação com aumento dos fluxos do turismo de negócios

O aumento dos fluxos do turismo de negócios em Angola está a contribuir para a recuperação do mercado hoteleiro de Luanda, com a taxa de ocupação dos hotéis a subir 5 pontos percentuais, em 2022, fechando o ano nos 30%, um pouco acima dos indicadores de 2021, quando a taxa atingiu os 25%, mas a 10 pontos percentuais dos 40% do período pré-pandémico de 2020.

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Os dados da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), citados pela Angonotícias, indicam um ligeiro crescimento da taxa de ocupação global média/quarto, comparativamente a igual período de 2021.

Com base nos indicadores da AHRA, a situação continua difícil no resto do país interior, onde as taxas de ocupação diárias oscilam entre os 10% e 15%.

A mesma fonte destaca que, ao nível dos preços, registaram-se aumentos em quase todas os segmentos hoteleiros e serviços.

Entretanto, a recuperação do mercado hoteleiro na capital, segundo as fontes do Expansão e citados pela angonotícias, é justificada com o aumento do movimento do turismo de negócios e receções governamentais em 2022, um indicador que anima o mercado hoteleiro, fundamentalmente na gama cinco estrelas.

Os investimentos na indústria extrativa, nomeadamente nos petróleos e diamantes, estão a aquecer os fluxos de turismo de negócios em Angola e isto é visto como impulsionador da atividade hoteleira do país. Se a taxa de ocupação em Luanda aumentou, em termos anuais, os preços das dormidas também não ficaram para trás.

Assim, no final de 2022, um turista, nacional ou estrangeiro, para passar uma noite num hotel de cinco estrelas na capital angolana, poderia desembolsar em média 475 dólares, um valor superior, em 36%, aos 350 dólares pagos em igual período do ano anterior.

Embora os números estejam muito distantes dos registados no início da crise económica e financeira, o presidente da AHRA, Ramiro Barreiro, está, segundo notícia do jornal angolano, mais otimista e afirma que os indicadores macroeconómicos e o ambiente de negócios são muito animadores para o setor e os operadores hoteleiros e turísticos olham para 2023 como o ano da estabilidade.

O setor do turismo em Angola registou, no final de 2022, um índice de confiança de 26%, a mais alta desde que começou a ser medido o indicador no primeiro trimestre de 2011. Especialistas avançam que 2022 foi um ano positivo para o setor, ou seja, no ano passado, depois de seis anos de um elevado pessimismo, os operadores voltaram a acreditar na evolução dos negócios no curto prazo.

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Cuba fecha hotéis devido a pouca procura

Devido à menor afluência de turistas do que o esperado, apesar de nos primeiros dois meses do ano o fluxo tenha aumentado, vários hotéis em Cuba estão a fechar portas por alguns meses.

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“A alta temporada turística (novembro-abril) não apresentou uma recuperação suficiente para manter os hotéis e instalações abertos e agora as esperanças são colocadas no turismo dos emigrantes cubanos no verão”, disse um funcionário do Ministério do Turismo (MINTUR) citado pelo reportur.com.

Em janeiro e fevereiro, Cuba recebeu menos de meio milhão de turistas, o que compromete a previsão de três milhões de visitantes para 2023, valor que representa metade dos resultados acumulados no mesmo período de 2019, enquanto os destinos concorrentes na região, como Cancun ou Punta Cana, já estão a superar os números pré-pandémicos.

Ainda segundo o mesmo jornal, o ano passado os hotéis de Cuba tiveram uma ocupação média de 15%, em comparação com 75% em Cancun e na República Dominicana.

Cuba, cujos principais destinos são Varadero, Havana e Cayos, pretendia chegar a três milhões de turistas este ano, embora essa cota continue abaixo dos quatro milhões de turistas no período antes da pandemia. Em 2022, a ilha acolheu 1.614.087 visitantes, dos quais 532.487 eram provenientes do Canadá.

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Tivoli Marina Vilamoura aposta em remodelação focada nos segmentos de lazer e MICE

Após a renovação de 383 quartos, dois espaços de restauração, áreas comuns e espaço exterior, nomeadamente da piscina e do jardim, o Tivoli Marina Vilamoura reabre posicionado para o segmento de lazer e de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE), dada a ligação ao Centro de Congressos do Algarve.

Carla Nunes

O Tivoli Marina Vilamoura já reabriu, após um período de remodelação de dois meses e uma semana que obrigou ao encerramento desta unidade entre novembro de 2022 e 1 de fevereiro deste ano.

Agora, o hotel abre portas com 383 quartos renovados, num projeto que também visou os espaços interiores e exteriores da unidade. No interior, destaque para a renovação nos espaços comuns do hotel, na área de pequeno-almoço – transformada no restaurante Voyage – e no renovado The Argo Cocktail Bar. Já no exterior, a aposta recaiu na renovação dos jardins e da piscina da unidade.

O resultado foi apresentado este fim-de-semana a um conjunto de jornalistas, parceiros comerciais e um grupo dos melhores clientes do hotel, muitos dos quais já seguem “a terceira e quarta geração familiar” a visitar a unidade. Aliás, e de acordo com o diretor-geral do Tivoli Marina Vilamoura, Hugo Gonçalves, estes clientes foram uma das razões que motivaram esta renovação.

“Os 35 anos de história [do Tivoli Marina Vilamoura] trazem a necessidade de nos atualizarmos. Esta atualização é necessária através dos requisitos atuais dos clientes e do que é necessário em termos de estruturas e infraestruturas, que têm de ser pensadas para o futuro. Esta mudança era necessária, era pedida por muita gente”, refere.

Por enquanto, o diretor-geral da unidade não se quis comprometer com um valor de investimento, uma vez que o “processo de remodelação ainda está a decorrer”, desvendado apenas que este está situado em “muitos milhões de euros, a dois dígitos” – ou seja, pelo menos dez milhões de euros.

Remodelação representará um aumento de receitas entre 20% a 25% 

Os 383 quartos espalhados pelos nove pisos da unidade, onde estão incluídas 21 suites, passam a dar primazia à simplicidade, com a aposta em cores neutras. Desta forma, o destaque recai na vista dos quartos, sobre a Marina de Vilamoura ou a costa algarvia.

Os quartos foram ainda pensados “para se tornarem o mais funcionais possível”, com a inclusão de entradas USB e USB-C. Isto porque, e de acordo com Hugo Gonçalves, a unidade pretende servir três tipologias de clientes: não só os casais e famílias que pretendem “ter um bom espaço e ambiente confortável”, como também os clientes que frequentam o Centro de Congressos do Algarve, junto ao hotel, que precisam de ter acesso a “facilidades tecnológicas básicas”.

Suite com vista para a Marina de Vilamoura. Créditos: Tivoli Marina Vilamoura

Num terceiro tipo de cliente, o diretor destaca a importância do mercado de golfe para o hotel, o que motivou a escolha de disposição de alguns quartos com camas individuais muito próximas, a pensar nos casais internacionais “que preferem dormir em camas separadas”, ou quartos twin para acomodar grupos de amigos que se deslocam para a prática deste desporto.

E como “todo o investimento tem de ter o seu retorno”, o diretor da unidade espera que esta remodelação represente um “incremento de receitas numa média que assenta nos 20% a 25% para este ano”.

Renovação de piscina exterior e jardins focada na sustentabilidade

No exterior, o destaque da renovação vai para o taque da piscina exterior, que foi reduzido em 30% de capacidade hídrica. Se antes da renovação o tanque de formato quadrado tinha 2,40 metros de profundidade, agora passa a contar com 1,40 metros de profundidade máxima – uma “redução significativa em termos de consumos de água, químicos e energéticos para a sua utilização”, de acordo com o diretor.

Ao redor do jardim “foi possível ganhar cerca de 30% [de área] ao eliminar um riacho que começava na zona oeste do resort e percorria a zona de jardim até ao lago artificial da unidade”. Desta forma, foi possível aproveitar mais área para zonas de estar e para a plantação de nova vegetação, com o intuito de criar sombras que substituam os chapéus de sol. Por enquanto, foram plantadas 40 novas palmeiras, sendo que o projeto final contempla a plantação total de 70 palmeiras.

A renovação visou ainda dois espaços de restauração, como foi o caso do The Argo Cocktail Bar, que ganhou um novo nome e conceito. Inspirado na nau Argo, devido à arquitetura semelhante a um navio, este espaço de coquetalaria bebe inspiração aos antigos speakeasy para oferecer aos clientes um conceito de bar clássico moderno. Nesse sentido, o chef Nelson de Matos desenhou uma carta com 12 cocktails de assinatura, todos com nomes inspirados na mítica nau Argo.

The Argo Cocktail Bar. Créditos: Tivoli Marina Vilamoura

Já a antiga sala de pequeno-almoço foi transformada no restaurante Voyage, pensado para servir almoços e, eventualmente, dar apoio a refeições de eventos. O diretor afirma ainda que este é um espaço potencial para refeições temáticas, dedicadas, por exemplo, à cozinha mediterrânica, italiana, ou a um buffet de grelhados e barbecues.

No restaurante Peppers, apesar de não ter havido nenhuma renovação, Hugo Gonçalves aponta para a transformação na estratégia de comunicação deste espaço, com a criação de uma conta de Instagram separada. A decisão foi motivada pelo facto de “a adesão de não hóspedes [a este restaurante] ser maior que a dos hóspedes”. Como do diretor refere, “apesar deste espaço sempre ter tido acesso ao exterior, nunca foi promovido”.

A renovação da unidade não se fica por aqui, com o diretor da unidade a indicar que ainda têm “alguns projetos para concluir”. Um deles consiste na criação de um bar na zona de jardim, “que tem tudo a ver com a vertente de sustentabilidade e orgânica” e que Hugo Gonçalves indica que “esperam estar concluído até maio [deste ano]”, altura em que antecipa terem 90% do projeto de remodelação concluído.

Procura pela unidade “só pode estar bem”

Quando questionado sobre a procura do público por esta unidade, Hugo Gonçalves afirma que “no primeiro dia de abertura do hotel, a unidade estava a 100%, [pelo que] só pode estar bem, muito bem mesmo”.

Dentro dos segmentos desta procura o diretor-geral do Tivoli Marina Vilamoura destaca não só o mercado de lazer, como também o mercado de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE), “que está a aumentar cada vez mais”.

Restaurante Voyage. Créditos: Tivoli Marina Vilamoura

“O Centro de Congressos do Algarve está a posicionar o Algarve e Vilamoura na rota dos eventos internacionais. Tivemos um mês de fevereiro com três a quatro eventos já realizados no centro de congressos, dois deles internacionais, [o que é] muito importante para quebrar aquele ‘mito’ da sazonalidade”, afirma Hugo Gonçalves.

O diretor indica que a ocupação de inverno “já está muito boa, com uma ótima procura” não só no início do ano, como também em outubro, novembro e dezembro. Uma vez que “estes eventos são reservados com muita antecedência”, o diretor assegura que “já [é possível] ter uma perspetiva mais ou menos ambiciosa”, indicando que os valores da unidade são superiores quando comparados a 2019.

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Crowne Plaza Caparica Lisbon representa “maior investimento da DHM num único ativo”

O Crowne Plaza Caparica Lisbon, localizado no Largo Aldeia Dos Capuchos, na Caparica, é oficialmente inaugurado esta quinta-feira, 23 de março, depois da integração e respetiva remodelação do antigo Hotel Aldeia dos Capuchos no portfólio da Discovery Hotel Management (DHM).

Carla Nunes

Em conferência de imprensa, Luís Mexia Alves, CEO da DHM, dá conta que este hotel incorporado na DHM constitui o “maior investimento até à data num único ativo e numa única fase de investimento”: 9,7 milhões de euros. O valor, que não inclui a aquisição do edifício, implicou “a revisão do layout do hotel”, como explica Luís Mexia Alves, ou seja, remodelações no espaço de restauração, “que não era adequado para o número de unidades de alojamento”, na luz natural do hotel e no design e decoração da unidade.

Trocado por miúdos, foram aplicados cerca de dois milhões de euros na remodelação das áreas comuns e do espaço de restauração, cinco milhões nas unidades de alojamento, 500 mil euros na área de wellness e um milhão de euros em salas de reuniões.

A remodelação teve a duração de 11 meses, sendo que o Crowne Plaza Caparica Lisbon operou até agora em soft opening desde 19 de dezembro de 2022, com serviço de alojamento e espaço de restauração e, a partir de 17 de março deste ano, com piscina interior, spa e centro de congressos.

A unidade mantém o mesmo número de unidades de alojamento, ou seja, 227 quartos, no entanto, as tipologias foram revistas. Desta forma, e após a remodelação, o Crowne Plaza Caparica Lisbon conta agora com 56 quartos standard (com preços a começar nos 130 euros por noite), 111 quartos premium (160 euros), 50 suites de um quarto (200 euros) e 10 master suites de dois quartos (250 euros).

Este “Urban Resort”, como apelidado por Daniel Solsona, Cluster MICE Operations Director, pretende dirigir-se a dois segmentos: o MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) – para o qual estará disponível um centro de congressos – e o de lazer, tanto para casais e grupos de amigos como para famílias – que podem usufruir da piscina interior de 22 metros, bem como da piscina exterior aquecida de 19 metros e do spa da unidade, além da proximidade às praias da Costa da Caparica.

Para o segmento MICE, a unidade passa a disponibilizar um centro de congressos com capacidade para “até 500 pessoas, de forma simultânea”. Daniel Solsona aponta que estão disponíveis “uma sala plenária para 350 pessoas, duas salas com capacidade para 90 pessoas e outra com capacidade para 60 pessoas, dependendo do formato”, além de um foyer para momentos de coffee break.

A aposta do grupo neste segmento é validada por Luís Mexia Alves pelo facto de “o mercado de eventos estar a crescer de uma forma significativa”.

“Acho que o próprio trabalho remoto acaba por ser um potenciador e acelerador do turismo de negócio de eventos, porque se as pessoas estão mais tempo isoladas, vai ter de haver mais momentos especiais para as pessoas poderem estar juntas”, afirma.

Para este ano a DHM antecipa já “duas novidades na zona Centro, no Vale do Tejo, e no Algarve”, a par de “expansões e investimentos muito relevantes”, para os quais Luís Mexia Alves aponta um valor total de investimento de 30 milhões de euros, sem revelar, para já, mais pormenores.

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AHP defende que medidas propostas pelo Governo penalizam o AL e não resolvem o problema da habitação

Apesar de a associação considerar que o pacote proposto “contempla, no que respeita a alterações legislativas gerais, algumas medidas positivas, [este] tem medidas gravosas para os estabelecimentos de Alojamento Local, que não vão atingir os objetivos pretendidos pelo Governo”.

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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) submeteu, no âmbito da consulta pública do Pacote “Mais Habitação”, o seu parecer sobre as medidas propostas pelo Governo para o Alojamento Local (AL).

Em comunicado de imprensa, a AHP declara que, no seu entender, estas medidas “penalizam mais o AL do que resolvem o problema da habitação”, sublinhando que dentro do AL “há realidades muito diferentes, desde um quarto a um apartamento em self catering, a Hostels, blocos de apartamentos ou Guesthouses com vários quartos que prestam serviços verdadeiramente hoteleiros”.

Por essa razão, a AHP considera “que é fundamental tratar estas realidades de forma distinta”, ou seja, os estabelecimentos que a AHP qualifica “há muito de AL coletivo devem entrar dentro do leque dos Empreendimentos Turísticos, seja quanto ao licenciamento, quanto ao tratamento fiscal, às obrigações de segurança e higiene, aos apoios financeiros, à promoção, entre outros”. Nestes casos, a associação afirma que “estas realidades não são, naturalmente conversíveis em habitação”.

Nesse sentido, a AHP afirma ainda que as medidas propostas, como “a suspensão de novas licenças, a renovação quinquenal não automática e a caducidade das licenças por qualquer causa de transmissão nunca deveriam ser aplicadas a estes estabelecimentos”.

Apesar de a associação considerar que o pacote proposto “contempla, no que respeita a alterações legislativas gerais, algumas medidas positivas – como a possibilidade de alterar automaticamente o uso de imóveis de comércio ou serviços em imóveis para habitação; a alteração da lei dos solos e a simplificação dos processos de licenciamento – [este] tem medidas gravosas para os estabelecimentos de Alojamento Local, que não vão atingir os objetivos pretendidos pelo Governo”.

Por essa razão, a AHP deixa três propostas para o Alojamento Local.

A primeira prende-se com a distinção do AL, ou seja, estabelecimentos de hospedagem, hostels e blocos de apartamentos com serviços integrados, do restante AL, “fazendo com que estes estabelecimentos sejam encaminhados para dentro da lei hoteleira”.

Numa segunda proposta a AHP sugere a distinção de situações de AL em locais de veraneio do AL em meios urbanos/cidades – “sendo que, no primeiro caso, os incentivos e penalizações fiscais, os poderes conferidos aos condomínios e as limitações às transmissões/caducidades das licenças não se devem aplicar”, na opinião da associação.

Por último, aponta para que “sejam os municípios – que, aliás, já têm essas competências atribuídas por lei da Assembleia da República – a impor limitações, conforme as diversas realidades, e a aplicar medidas de contenção e de monitorização”.

“Medidas propostas não irão satisfazer a escassez óbvia de habitação em Portugal”

De forma paralela, e reconhecendo que “a hotelaria sofre também diretamente o impacto da escassez da habitação para os seus trabalhadores”, a AHP propõe a criação de um incentivo extraordinário de apoio à habitação, com limite máximo mensal, para os trabalhadores deslocados. De acordo com a associação este apoio não deverá ser integrado na remuneração e será isento de contribuições e impostos.

“Este é não só um apoio importante para ajudar os trabalhadores a suportar o custo com a habitação quando deslocados do seu local de residência habitual, mas virá também promover a mobilidade da mão de obra e a resposta às necessidades de todos os setores económicos”, defende a associação.

Numa nota final, a AHP considera que “este regime agora em discussão carece de maior estudo e ponderação”. No seu entender, se este vier a ser aprovado, “vai gerar uma enorme incerteza no investimento privado, criando uma grande instabilidade nos negócios, mas também compromete a satisfação de uma procura turística específica”. Além disso, a associação aponta que a potencial aprovação: “sacrifica a economia local e os pequenos negócios que trabalham em torno desta realidade; priva segundas habitações de utilização económica; confunde pressão que verifica nas urbes com locais de veraneio e vai empurrar de novo para o mercado paralelo muitas situações”. Remata ainda que “as medidas propostas neste não irão satisfazer a escassez óbvia de habitação em Portugal”.

Para além da submissão do Parecer em sede de consulta pública, a AHP afirma já ter enviado ao Governo as suas propostas, estando disponível “para dialogar e trabalhar em conjunto para uma solução que satisfaça os diferentes interesses”.

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Retoma rápida da China vista como “oportunidade única”

A rápida recuperação da China é vista como uma “oportunidade única” para hoteleiros ganharem quota de mercado.

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A DidaTravel, empresa fornecedora de serviços de alojamento B2B, com sede na China, acaba de apontar para o aumento considerável nas vendas internacionais de hotéis para o mercado emissor chinês desde que o país reabriu as fronteiras para viagens internacionais.

Embora os volumes ainda não tenham recuperado para os níveis de 2019, as vendas ano a ano do mês de fevereiro aumentaram aproximadamente 600%.

Igualmente importante, o vendedor de alojamento B2B observa que, em moeda chinesa (RMB), os preços médios de diárias para o mercado de origem chinês para hotéis internacionais registaram um aumento sem precedentes de quase 25% entre dezembro e fevereiro.

A empresa observa que, em particular, a categoria de quartos mais alta por preço médio duplicou as vendas entre dezembro e fevereiro, mostrando uma recuperação mais forte para os hotéis mais caros.

No entanto, as taxas reembolsáveis versus não reembolsáveis das vendas médias permanecem consistentes com as tendências recentes e não mudaram nos últimos meses, com os dados a indicarem taxas reembolsáveis de aproximadamente 25% em fevereiro versus 37% no mesmo mês de 2019.

Rikin Wu, CEO da DidaTravel, refere que, “embora ainda estejamos um pouco longe dos níveis de 2019, este é, no entanto, um começo muito encorajador, recuperando-se a um ritmo mais rápido do que muitos teriam previsto”.

A responsável incentiva, por isso, os hoteleiros em todo o mundo, especialmente os alojamentos de alto padrão, “a começar a levar o mercado chinês de origem novamente a sério o mais rápido possível, pois esta é uma oportunidade única na vida de ganhar quota de mercado”.

 

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