AHP antevê com pessimismo os próximos meses e apela à implementação dos apoios anunciados
A AHP alerta para a grave situação que os hotéis em Portugal estão a atravessar perante a evolução da situação pandémica, e apela à implementação urgente dos apoios às empresas hoteleiras, já anunciados.

Carolina Morgado
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A AHP alerta para a grave situação que os hotéis em Portugal estão a atravessar perante a evolução da situação pandémica, e apela à implementação urgente dos apoios às empresas, nomeadamente, a disponibilização da linha de crédito de 150 milhões de euros anunciada pelo Banco do Fomento.
Em comunicado, a Associação antevê, com pessimismo, os próximos tempos, na ausência de apoios específicos às empresas por parte do Governo. Neste sentido, segundo Raúl Martins, presidente da AHP, “os apoios públicos são imprescindíveis para ultrapassarmos as consequências económicas da 5ª vaga e prepararmos a retoma futura”
Isto porque diz, citado em comunicado que “depois dos anúncios feitos e do Banco de Fomento fazer publicidade à linha de apoio ao turismo de 150 milhões de euros, por via da qual se pretende apoiar a retoma sustentável do Turismo, nomeadamente através do reforço de fundo de maneio das empresas viáveis, note-se, e da dinamização dos investimentos relevantes para o setor, nada aconteceu”.
O dirigente interroga: “Na prática, onde estão os protocolos bancários? Que bancos aderiram? Quando é que de facto os empresários se podem dirigir ao seu Banco?”, para acrescentar que “da nossa parte, tudo estamos a fazer para sobreviver a esta tempestade. A incertitude é grande e os momentos que atravessamos exigem disponibilidade e concretização dos apoios públicos o quanto antes. Só assim estaremos de pé para a retoma, que esperamos e desejamos possa acontecer no 2º semestre de 2022.”
Raul Martins lembra que “depois de um verão que deu sinais de retoma e dos hotéis se prepararem para o arranque, este volte-face na pandemia e as medidas restritivas anunciadas- aliás, confusas, erráticas e de última hora – , significaram um terrível abanão nas nossas empresas”, assim, “muitos hotéis que tinham aberto para o verão e que ainda tiveram um mês de outubro razoável, quando comparado com 2020, note-se, fizeram o esforço de preparar a operação para o Natal e Passagem de Ano, entraram em despesas importantes e reativaram canais de venda e distribuição. O que se seguiu é o que sabemos: se alguns hotéis nalgumas regiões ainda conseguiram resultados positivos, o grosso da nossa hotelaria está completamente descapitalizada, com uma tesouraria esgotada e sem possibilidades de sobreviver aos tempos que se adivinham. E mais: o primeiro trimestre de 2022 vai ser muito pior do que tínhamos previsto.”
Se, segundo o presidente da AHP, “o verão de 2021 foi melhor em comparação com 2020, ficou muito aquém do de 2019 e soma-se a quase 2 anos de resultados zero. E o mês de novembro, como o INE divulgou, foi muito pior”.