Congresso APAVT: “Não estamos a pedir apoio. Estamos a exigir” afirmou Pedro Costa Ferreira
Pedro Costa Ferreira, abriu o 46º Congresso da APAVT, que decorre em Aveiro, a afirmar que “não estamos a pedir apoio. Estamos a exigir”, face à situação que o setor do turismo está a atravessar devido à pandemia, realçando que “é urgente que se confirme a continuação do apoio à retoma, pelo menos até à Páscoa”.

Carolina Morgado
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Pedro Costa Ferreira, abriu o 46.º Congresso da APAVT, que decorre em Aveiro, a afirmar que “não estamos a pedir apoio. Estamos a exigir”, face à situação que o setor do turismo está a atravessar devido à pandemia, realçando que “é urgente que se confirme a continuação do apoio à retoma, pelo menos até à Páscoa”.
“O setor chega ao dia de hoje com razões para festejar e com motivos para exigir”, disse o presidente da APAVT para adiantar que o setor da distribuição tem razões para festejar tanta capacidade de resistência, tanto sofrimento passado, tanto desafio vencido, nunca abandonando uma característica única que uniu e justificou tudo o resto, a vontade de servir o cliente, princípio e fim de toda a nossa atividade”.
Mas nem tudo foram ou são rosas para a economia e o turismo em geral, e o setor da distribuição em particular. “Desde logo, perdas absolutamente violentas, destruição dos capitais próprios, e endividamento das empresas e dos empresários, factos que representarão pesada herança nos próximos anos”, afirmou ainda Pedro Costa Ferreira no seu discurso de abertura do congresso da APAVT, que conta com a participação de mais de 600 pessoas.
Costa Ferreira fez justiça ao conjunto de apoios que o Governo disponibilizou ao turismo que, em sua opinião foram fundamentais, realçando que “o apoio à manutenção do emprego tem sido fundamental, assim como o apoiar.pt se revelou da maior importância, enquanto durou”. Por outro lado, no caso concreto das agências de viagens, a derrogação temporária da diretiva das viagens organizadas, que permitiu a gestão dos reembolsos, “foi sem dúvida da maior relevância”, num trabalho liderado pela secretária de Estado do Turismo, Rita Marques junto da Comissão Europeia, que permitiu que os reembolsos aos clientes se processassem, temporariamente, através de vales.
Mas também afirmou que esses apoios foram insuficientes, “frequentemente tardio o momento em que ocorreram, bem como, demasiadas vezes, foram difíceis os processos administrativos de acesso aos mesmos” disse o presidente da APAVT que apelou a que não acabem “sob pena de inutilizarmos os esforços já desenvolvidos, transformando então fundo pedido em saco roto. Por outras palavras, é imprescindível que não permitamos que o sector, e com ele a capacidade de recuperação do país, morram na praia, por interrupção dos apoios necessários”, frisou o dirigente associativo.
Em relação à retoma do turismo, Pedro Costa Ferreira lembrou que “será lenta, desigual e assimétrica. Por outro lado, será precisamente no momento do regresso, que as necessidades de tesouraria serão mais óbvias”, ou seja, “o momento de maior risco para o setor e para a recuperação económica do país”.
Daí que, ”esperamos preocupados, no momento mais crítico das nossas empresas, que os políticos se organizem e construam um diálogo urgente, um orçamento credível, e um quadro de apoios capaz de manter vivas, as oportunidades de crescimento do nosso país. O tempo está a fugir”, considerou ainda o presidente da APAVT, indicando ainda ser crítico que se reative o programa apoiar.pt
Na sua intervenção, Costa Ferreira enumerou as prioridades do turismo, colocando o problema da solução aeroportuária. “Todos sabemos que queremos chegar ao ano de 2027 com a performance turística prevista para esse ano, antes da eclosão da crise, mas também, todos sabemos, que, sem uma solução aeroportuária, é bem mais provável que cheguemos a 2027 com números turísticos inferiores aos de 2019”, evidenciou.
O dirigente considerou também decisivas as questões relacionadas com a sustentabilidade e, consequentemente o problema da ligação ferroviária de alta velocidade, bem como a flexibilidade e a união ao longo de toda a cadeia de valor e sentido de estratégia.