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Tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal recupera no 3.º trimestre mas ainda com quebra de 33% face a 2019

Apesar da descida, de acordo com a NAV Portugal, o tráfego aéreo do terceiro trimestre já ficou “substancialmente acima dos registos trimestrais”, o que indica uma recuperação desde o início da pandemia.

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Tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal recupera no 3.º trimestre mas ainda com quebra de 33% face a 2019

Apesar da descida, de acordo com a NAV Portugal, o tráfego aéreo do terceiro trimestre já ficou “substancialmente acima dos registos trimestrais”, o que indica uma recuperação desde o início da pandemia.

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Entre julho e setembro, a NAV Portugal controlou um total de 151.471 voos, número que, segundo a empresa de navegação aérea nacional, representa uma descida de 33% face a igual período de 2019, mas que indica uma recuperação desde o início da pandemia, uma vez que, o  resultado do terceiro trimestre do ano, já ficou “substancialmente acima dos registos trimestrais”.

“A NAV Portugal controlou 151.471 voos ao longo do terceiro trimestre de 2021, um valor 33% abaixo do mesmo período de 2019, ano de referência para o tráfego aéreo, mas substancialmente acima dos registos trimestrais desde a eclosão da pandemia de Covid-19. No primeiro trimestre do ano, o tráfego ficou 72,5% abaixo do registo de 2019 e no segundo trimestre a quebra foi de 61%”, indica a NAV Portugal, num comunicado divulgado esta sexta-feira, 29 de outubro.

De acordo com a empresa de navegação aérea, esta recuperação já se vinha a sentir “nos dois primeiros trimestres do ano”, mas ganhou “algum fôlego com a chegada de julho, agosto e setembro”, que foram meses em que foi possível alcançar “os melhores registos mensais de tráfego desde fevereiro de 2019, reforçando os sinais de que está em curso uma retoma gradual, mas sustentada, do tráfego aéreo”.

“Em agosto último, aliás, a NAV Portugal controlou mais de 53 mil movimentos, algo que já não acontecia também desde fevereiro de 2019 – o mês anterior à declaração pela OMS de uma pandemia do novo coronavírus”, acrescenta a empresa na informação divulgada.

Já no acumulado do ano, o tráfego aéreo “continua mais de 50% abaixo do registo de 2019”, com a NAV Portugal a revelar que controlou “283,9 mil movimentos entre janeiro e setembro, valor que compara com os 619 mil movimentos controlados nos primeiros nove meses de 2019, ano em que foram batidos recordes de tráfego”.

Por regiões, foi na área de Lisboa, onde se incluem os movimentos aéreos em Portugal Continental e arquipélago da Madeira, que a NAV Portugal controlou o maior número de voos, que chegou aos 120 mil entre julho e setembro, valor que fica 33% abaixo dos 179 mil movimentos controlados no mesmo período de 2019.

“No primeiro trimestre, o total tinha ficado 77% abaixo do período homólogo de 2019, queda que no segundo trimestre foi de 63%”, indica ainda a NAV Portugal.

Já na região de Santa Maria, que inclui o tráfego numa vasta área do Oceano Atlântico Norte e arquipélago dos Açores, o tráfego no terceiro trimestre ficou 34% abaixo do período homólogo de 2019, com 31 mil movimentos, depois de nos dois primeiros trimestres do ano o tráfego ter ficado mais de 50% abaixo dos registos de 2019.

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PLAY Airlines vai voar entre a Madeira e a Islândia a partir de outubro

A PLAY AIrlines vai abrir uma nova rota em Portugal, passando a voar também entre a Madeira e a Islândia a partir de 15 de outubro, com um voo por semana.

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A PLAY AIrlines vai abrir uma nova rota em Portugal, passando a voar também entre a Madeira e a Islândia a partir de 15 de outubro, com um voo por semana, informou a companhia aérea low cost islandesa, em comunicado.

“A viagem inaugural está agendada para 15 de outubro de 2024 e, a partir desta data, a PLAY passará a ter voos semanais, sempre às terças-feiras”, lê-se na informação divulgada esta terça-feira, 5 de março, pela companhia aérea.

Birgir Jónsson, CEO da PLAY Airlines, mostra-se entusiasmado com a abertura da nova rota, até porque considera que a Madeira é uma ilha “absolutamente deslumbrante”, que vai gerar “muito interesse e procura nos voos entre a Islândia e a Madeira”.

“Em todos os destinos onde estamos presentes, somos mais competitivos nos preços que praticamos face à concorrência. Queremos tornar as viagens mais acessíveis e tenho a certeza de que os nossos voos na Madeira serão bem recebidos por todos os que gostariam de conhecer o nosso lindo país, a Islândia”, acrescenta o responsável.

A PLAY Airlines começou a operar em junho de 2021 e, atualmente, conta com uma frota de 10 aviões Airbus A320/321neo, que ligam a América do Norte à Europa, com a Islândia como hub central.

Em Portugal, a companhia aérea começou por operar uma rota sazonal para Lisboa, em 2022, que rapidamente se tornou anual e, no ano passado, abriu uma segunda rota para o Porto, que opera durante o verão.

A Madeira torna-se, desta forma, no terceiro destino da PLAY Airlines em Portugal, contando com uma ligação aérea por semana, a partir de 15 de outubro, com voos às terças-feiras.

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Dormidas na UE batem recorde e ultrapassam valores de 2019

As dormidas registadas na União Europeia atingiram novo recorde, em 2023, registando um crescimento de 1,6% face a 2019.

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Em 2023, as dormidas registadas em alojamento turístico nos países pertencentes à União Europeia (UE) atingiram as 2,92 mil milhões, ultrapassando os níveis pré-pandémicos de 2019 em 1,6%, ano em que foram registadas 2,87 mil milhões de dormidas, indica o Eurostat.

Já face a 2022, o Eurostat indica uma subida de 171 milhões de dormidas, correspondendo a uma subida de 6,3%, apontando a entidade de estatística europeia o aumento das dormidas internacionais (fora da UE) em mais 146 milhões, enquanto as dormidas realizadas por turistas europeus sofreram uma evolução mais ligeira (+25 milhões).

Recuando uma década, ou seja, comparando 2013 com 2023, o Eurostat revela que a subida nas dormidas na UE foi de +25% quando há 10 anos se situava nas 2,33 mil milhões.

Comparado com 2022, quase todos os Estados-Membros registaram subidas em 2023, sendo que somente o Luxemburgo teve menos dormidas. Em Malta e Chipre, o crescimento excedeu os 20% e em mais oito países (Eslováquia, Letónia, Bulgária, Áustria, Chequia, Portugal, Roménia e Grécia) a subida superou os 10%.

Em termos absolutos, as maiores subidas registadas em noites dormidas foram observadas na Alemanha (+32,8 milhões) e Espanha (+32,3 milhões).

Após três anos com uma proporção significativamente menor de turistas internacionais (respetivamente 29%, 32% e 44% de todas as noites passadas em 2020, 2021 e 2022), os estrangeiros representaram 46% dos 2,87 mil milhões de noites passadas em 2022. Isto mostra um retorno próximo da contribuição pré-pandemia dos turistas internacionais (47%). No entanto, em termos de volume, o turismo internacional ainda estava em recuperação (-0,4% face a 2019).

Em termos de alojamento, os hotéis e similares foram o segmento dominante com 1,8 mil milhões de noites passadas (63% do total), seguido dos alojamentos de férias e outros alojamentos de curta duração (24%). Os parques de campismo representaram 13% do total.

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Foto: Clément Alloing

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Transavia France inaugura Paris-Orly – Porto voo com novo Airbus A320neo

O novo avião da Transavia, agora colocado em operação entre Paris-Orly e o Porto, é o mais sustentável e será alargado à rede global.

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A Transavia France operou, recentemente, o seu primeiro voo comercial com o seu novo avião Airbus A320neo (matrícula F-GNEO) entre Paris-Orly e o Porto. Com a aterragem na Invicta no dia 15 de janeiro, o A320neo passa agora a operar cerca de 20 rotas da rede da companhia, que conta com 200 rotas e 120 destinos no total.

“Com a adição do novo A320neo à frota da Transavia France e do novo A321neo para a Transavia Holland, atingimos três marcos importantes para a nossa companhia aérea: (i) oferecer pequenas tarifas e as melhores experiências a bordo possível aos nossos clientes, (ii) introduzir aeronaves novas, mais eficientes em consumo de combustível e mais sustentáveis e (iii) cumprir a nossa promessa básica de ‘making low-cost feel good’”, refere Olivier Mazzucchelli, CEO of Transavia France.

Por seu lado, Thierry Ligonnière, CEO da ANA|VINCI Airports, saudou a aposta da Transavia em tornar a sua frota mais sustentável, salientando que “a melhoria em termos ambientais da frota das companhias aéreas, está em linha os ambiciosos objetivos ambientais da VINCI Airports”.

Na sequência da entrega do primeiro A321neo à Transavia Holland em 19 de dezembro de 2023, a companhia aérea lowcost do grupo Air-France-KLM vai começar agora a introduzir a nova família de aviões na sua frota. O aparelho agora operado para o Porto, equipado com motores CFM International LEAP-1A e equipado com 186 lugares em configuração de classe única, estará sediado no hub de Paris-Orly. Até ao final de 2024, a Transavia France espera operar 13 aeronaves Airbus A320neo, juntamente com a sua frota de cerca de 70 Boeing 737-800.

Beneficiando das mais recentes inovações tecnológicas, as aeronaves da família A320neo oferecem o melhor desempenho da sua categoria para as necessidades de rede das companhias aéreas do Grupo. Face a aviões da geração anterior, oferece uma redução do ruído de 50%, bem como de 15% no consumo de combustível e nas emissões de CO2. Também permite uma redução de custo unitário de mais de 10%.

A nova e moderna cabine do A320neo da Transavia oferece a todos os clientes de lazer e negócios da transportadora franco-neerlandesa uma melhor experiência durante o embarque e a bordo. Um assento mais confortável, a integração de tomadas USB e maiores espaços de armazenamento: eis um resumo das novidades da futura cabine.

Quanto a esta última característica, a Transavia France optou por espaços de bagagem verticais maiores (opção Airbus XL Bin), que oferece mais 37% de capacidade de armazenamento do que um compartimento de bagagem convencional. Isto significa que 8 peças de bagagem podem ser armazenadas na vertical (no máximo, 55x35x25 cm) em vez de 5 na horizontal nos compartimentos normais.

A proporção de aviões de nova geração em toda a frota do Grupo Air France-KLM deverá atingir os 81% até 2030, face aos 21% em 2023.

 

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Crédito foto: Fernando Borges

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Presidente da APAVT considera a agenda para os próximos três anos “ampla, diversificada, intensa e exigente”

Na tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo para o triénio 2024-2026, o presidente da entidade, Pedro Costa Ferreira, alertou para temas que farão parte deste novo mandato, como a nova diretiva europeia sobre as viagens organizadas, a “revolução” na relação com a indústria aérea e o “problema brutal” do aeroporto de Lisboa.

Victor Jorge

A decisão já estava tomada, era conhecida e foi confirmada na tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) nesta quinta-feira, 11 de janeiro. “Este será o meu último mandato enquanto presidente da APAVT”, começou por referir Pedro Costa Ferreira, presidente da associação no discurso que inicia mais três anos ao leme da APAVT.

Aproveitando a ocasião para fazer um balanço dos últimos 12 anos à frente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, falou sobre a atuação futura da associação, deixando a certeza que “nunca deixaremos de defender intransigentemente os interesses legítimos do setor, mas nunca deixaremos de dialogar com todos, com o objetivo concreto de conciliar e consensualizar.”, assinalando que “tem sido assim na Confederação do Turismo de Portugal (CTP), tutela ou na ECTAA, com as Entidades Regionais de Turismo, com as ARPT ou com o poder local”, bem como “com as restantes associações representativas do setor ou com os parceiros das agências de viagens, ao longo da cadeia de valor”, garantindo que “vai continuar a ser assim”.

Garantida foi, também, a “independência”, salientando que “ninguém nos pode comprar”, ou seja, “somos uma associação que nunca vai estar à venda, nem no palco, nem atrás da cortina, e bem sabemos que uma boa dose do respeito que têm por nós se deve a esse facto”. Por isso, também esta realidade “vai continuar a ser assim”.

Também a “equidistância consciente e transparentemente” foi assumida, assegurando Pedro Costa Ferreira que, “somos a associação dos grandes e dos mais pequenos, dos mais antigos e dos mais recentes, dos operadores turísticos e das agências de viagens, do outgoing e do incoming, do lazer e do corporate, dos FIT e dos grupos, das operações charter e dos voos regulares, dos congressos e do MI, dos tradicionais e dos mais inovadores;,das lojas físicas e das online“.

Considerando que a agenda é “ampla, diversificada, intensa e exigente”, o presidente da APAVT chamou a atenção para a nova diretiva europeia sobre viagens organizadas que, disse, “na Europa e em Portugal teremos de acompanhar, antecipar e, finalmente, regulamentar”, frisando que “teremos de trabalhar com inteligência e efetividade, junto dos partidos políticos, na Assembleia da República, com a tutela, defendendo os interesses do sector, incluindo empresas e consumidores”.

De resto, Pedro Costa Ferreira diz “não estar pessimista”, até porque esta é a terceira transposição sob presidência do mesmo.

Destacada foi, igualmente, a “revolução na relação da indústria aérea com o setor.”, já que TAP e outras companhias aéreas, anunciaram a intenção de introduzir o NDC no mercado português, “mas também porque a IATA mantém a pressão sobre uma relação já de si injusta, totalmente desequilibrada, desenhada pelos poderosos lobbies europeus da indústria aérea”, afirmou o presidente da APAVT agora reconduzido.

Por isso, salientou que “tentaremos construir as pontes de diálogo que permitam estabelecer o tempo e o modo de tão profundas alterações”, reconhecendo que “o que pode agora ser diferente, é a credibilidade absoluta dos dirigentes da TAP, facto que só nos pode ajudar a desenvolver tão exigente tarefa”.

Ainda no capítulo aéreo, não podia faltar a referência às questões relacionadas com a solução aeroportuária nacional. “Não apenas a lamentável inexistência de uma solução para o novo aeroporto, em que a APAVT estará, como tem estado, junto da CTP, como também as dificuldades de obtenção de slots, as más experiências de turistas nacionais e internacionais, e mesmo a capacidade de desenvolvimento de operações noutros aeroportos, concretamente o do Porto, temas que serão tratados em sede tanto do capítulo de operadores, como dos capítulos aéreos, de distribuição e de incoming”, garantiu Pedro Costa Ferreira, mantendo uma “esperanças ténues no que concerne à capacidade política para resolver esta questão, ainda mais com a recente crise política”.

E na sequência do que foi o tema principal do último congresso da APAVT, o presidente da associação destacou ainda a “batalha da modernização do setor que será primordial e constante”, assinalando que terá de existir um “acompanhamento e apoio à inserção da Inteligência Artificial no setor”.

No que toca à instabilidade política e na necessidade de um Governo que seja “capaz de decidir”, Pedro Costa Ferreira fez ainda referência à atuação necessária sobre “as empresas clandestinas que se apresentam como agências de viagens, sem o necessário RNAVT, e sem a devida proteção ao consumidor”.

E para concluir, Pedro Costa Ferreira referiu que “vamos querer um Governo e uma tutela que olhe para o setor da distribuição, sabendo que representamos entre efeitos diretos, indiretos e induzidos, cerca de 5 mil milhões de euros”, o que representa, à data em que foram calculados (2019) cerca de 2,5% do PIB.

Recordamos a composição dos novos corpos sociais da APAVT:

Direção
Presidente: Pedro Costa Ferreira (Lounge)
Vice-presidente: Carlos Baptista (Gecontur)
Vice-presidente: Raquel Oliveira (Destination Travel Solutions)
Vice-presidente: Duarte Correia (W2M)
Diretora-Tesoureiro: Vanda Pina (Travel 2000)
Diretora: Joana Silveira G. de Matos (Wide)
Diretora: Fátima Pinto da Silva (Viagens Expansão)
Suplente: Paula Antunes (Compasso)
Suplente: José Bizarro (Transalpino)
Suplente: André da Silva Gabriel (Tejus)

Assembleia Geral
Presidente: Rui Pinto Lopes (Pinto Lopes Viagens)
Vice-presidente: Vânia dos Santos (Club AF Santos Turismo)
1º Secretário: Jorge Humberto (Escolher Destinos)
2º Secretário: Catarina Cymbron (Melo)

Conselho Fiscal
Presidente: Frédèric Frére (Travelstore)
Vogal Efetivo: Isabel Martins (PTeam Agaxtur)
Vogal Efetivo: João Carlos Correia (Time4Travel)
Vogal Suplente: Luís Lourenço (Lusanova)

 

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Crescimento da ANA mostra que benefícios da privatização são “óbvios”, afirma CEO da ANA

O CEO da ANA – Aeroportos, Thierry Ligonniére, admitiu que o crescimento da empresa mostra que os benefícios da privatização “são óbvios”, discordando da conclusão da auditoria do Tribunal de Contas de que não foi salvaguardado o interesse público.

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“Os benefícios da privatização são óbvios. Desde 2014 até agora tivemos um crescimento médio anual de 10%, 10,7%, quando comparamos com a década anterior, que era de 4,5%”, referiu o presidente da Comissão Executiva da ANA, sublinhando que o resultado “é um benefício notável da privatização”.

Em declarações à margem da segunda edição do Fórum de Reflexão “Um Mundo Mais Complexo”, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, Thierry Ligonniére afirmou não poder concordar com as conclusões da auditoria do Tribunal de Contas à privatização da ANA — Aeroportos de Portugal divulgada na sexta-feira.

“Obviamente não podemos concordar” e isso “está escrito nas nossas exposições [no contraditório do relatório de auditoria]”, disse, acrescentando que a “evolução da conectividade, a própria produtividade da ANA” ou os valores atingidos, “comprovam” que o negócio não foi lesivo.

O Tribunal de Contas concluiu que a privatização da ANA, ocorrida em 2013, não salvaguardou o interesse público, por incumprimento dos seus objetivos, como o de minimizar a exposição do Estado aos riscos de execução.

Por outro lado, o Tribunal de Contas considerou que a oferta da Vinci à compra da ANA foi sobreavaliada, não havendo “evidência robusta” de ter apresentado a melhor proposta técnica, e que o Estado privilegiou o encaixe financeiro no curto prazo.

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Viajar Tours estreia Puglia no verão

Álvaro Vilhena, general manager do Viajar Tours, dá-nos conta da programação do operador turístico para este ano já disponível no mercado, que, de um modo geral, é maior que a de 2023. “Em termos de programação charter temos cerca de 20% mais, na programação regular contamos chegar aos 30%”, revelou.

Entre as várias apostas para 2024, o operador turístico Viajar Tours destaca a sua operação charter para Puglia, um destino que, de acordo com o seu general manager, Álvaro Vilhena, já estava pensado há muito, mas que, por força das circunstâncias, foram adiando. Este destino, que vem reforçar a programação do Viajar Tours em Itália, que já contava com a Costa Esmeralda, no norte da Sardenha, contará com uma operação semanal à saída do Porto, às terças-feiras para Brindisi, de 11 de junho a 3 de setembro.

O Viajar Tours já tem desenhada toda a programação para 2024?
No que diz respeito às operações charter para o verão de 2024, sim. A programação regular está pensada e planeada, mas existem sempre ajustes e oportunidades que vão surgindo.

Qual é a percentagem dessa programação é que está na rua?
Cerca de 80%.

Qual é a vossa programação já apresentada ao mercado (charter e operação regular)?
Da programação charter, já disponibilizámos Creta, Sardenha, Saïdia, Djerba e Tunísia continental. Puglia, o destino novidade para 2024, está a ser finalizado. Para a Páscoa, temos Brasil, Cabo Verde, Tenerife, Gâmbia e Madeira em voos regulares e Djerba em voo charter.

Depois temos os destinos que normalmente programamos em voos regulares, como Brasil, Caraíbas, Cabo Verde, São Tomé, Marrocos, Dubai, Maldivas, Maurícia, Estados Unidos, Gâmbia, Zanzibar, Grécia, Turquia, Açores e Madeira – neste caso alguns já válidos até outubro / novembro. Temos outros produtos planeados que também contamos disponibilizar em breve.

É a primeira vez que se apresenta a região de Puglia com um voo charter à partida de Portugal e, pelo feedback que temos recebido, estamos certos de que será uma operação que reforçará a diferenciação de produto a que o Viajar Tours já habituou o mercado

Quais as maiores apostas para 2024?
Sem dúvida, a nossa operação charter para Puglia, um destino que já estava pensado há muito, mas que, por força das circunstâncias, fomos adiando. Vamos ter um voo especial direto semanal do Porto às terças-feiras para Brindisi, de 11 de junho a 3 de setembro, e seis hotéis de quatro e cinco estrelas divididos pelas duas costas – costa do mar Jónico e costa do mar Adriático. Este destino vem fortalecer a nossa programação em Itália que já contava com a Costa Esmeralda, no norte da Sardenha.

É a primeira vez que se apresenta a região de Puglia com um voo charter à partida de Portugal e, pelo feedback que temos recebido, estamos certos de que será uma operação que reforçará a diferenciação de produto a que o Viajar Tours já habituou o mercado.

Mais combinados e circuitos bem como produtos de luxo a anunciar
Que novidades em termos de destino(s)?
Para além da operação charter para Puglia, vamos incluir mais combinados e circuitos, bem como propor alguns destinos menos usuais e produtos de luxo. Em breve, faremos essa divulgação ao mercado.

O volume de lugares oferecidos para 2024 é maior ou menor face a 2023?
De um modo geral, maior. Em termos de programação charter temos cerca de 20% mais, na programação regular contamos chegar aos 30%.

Acreditamos que a nossa atividade tem de passar por um processo contínuo de melhoria, e que o produto disponibilizado tem de ir ao encontro das necessidades e expectativas de quem nos escolhe para fazer a sua viagem

Mais uma vez a programação foi disponibilizada com bastante antecedência. Como estão já a decorrer as vendas?
Bastante bem. Tem-se notado essa tendência no mercado, principalmente na programação charter. Para além das campanhas de venda antecipada, as condições de cancelamento são mais flexíveis, o que dá alguma segurança a quem faz as suas reservas com antecedência. É uma situação vantajosa para todos: por um lado, conseguimos, desde cedo, ter uma perspetiva da procura e das preferências do mercado, por outro, os clientes conseguem garantir as férias que pretendem aos melhores preços.

Como correu o 2023?
Muito bem. Os nossos objetivos foram ultrapassados, tanto na taxa de ocupação como no grau geral de satisfação. Acreditamos que a nossa atividade tem de passar por um processo contínuo de melhoria, e que o produto disponibilizado tem de ir ao encontro das necessidades e expectativas de quem nos escolhe para fazer a sua viagem, pelo que esperamos que os ajustes que fizemos para o próximo ano se venham a tornar sinónimo de sucesso.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Destinos

Nova campanha do Turismo de Portugal aposta no “fu-turista”

O Turismo de Portugal inicia o ano de 2024 com uma nova campanha que aponta “não para o turista, mas para o ‘fu-turista’”. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, explicou que, “mais do que uma campanha, é uma nova forma de viver o turismo”.

Victor Jorge

“It´s not tourism. It´s futourism”. Esta é a mensagem transmitida pela nova campanha do Turismo de Portugal apresentada esta quarta-feira, 3 de janeiro, destacando Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que, “esta é a primeira vez que iniciamos um novo ano com uma nova campanha”.

Tratando-se de uma campanha que visa “ter um impacto positivo”, Lídia Monteiro considera que esta é a altura para “regenerar e dar algo mais”, passando a ideia de “partilha. Temos de fazer com que os residentes se sintam bem com o turismo e que façam parte dele”.

“Mais do que uma campanha é uma iniciativa que ambiciona mobilizar as pessoas e transformar as suas viagens em experiências autênticas e sustentáveis, por isso, capazes de gerar um impacto positivo nos territórios, no ambiente e nas comunidades”, disse.

Considerando que “agora temos uma responsabilidade maior, já que superámos os objetivos propostos”, Lídia Monteiro frisou que se trata de uma campanha que vai aos “detalhes, mas com uma mensagem universal”.

Dirigida, em primeiro lugar, ao mercado nacional, a responsável no Turismo de Portugal destacou, igualmente, mercados como os “habituais”, ou seja, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, mas também os EUA e o Brasil.

O filme “Futourism”, em 5 idiomas, com a nova assinatura “Visit Portugal. It’s not tourism. It’s futourism”, assinala 12 resoluções para mobilizar e inspirar as pessoas a assumirem um papel ativo nas mudanças que se impõem no turismo, em Portugal e no mundo.

A campanha utiliza imagens que, simultaneamente, remetem para expressões portuguesas, mas com uma abordagem universal, nas quais são apostas as 12 resoluções para o turista do futuro: (1) Não é não estar envolvido. É estar comprometido; (2) Não é virtual. É real; (3) Não é nosso. É seu; (4) Não é padronizado. É único; (5) Não é global. É local; (6) Não é uma onda. É um oceano; (7) Não é cinzento. É verde; (8) Não é impetuoso. É humilde; (9) Não é moda. É tendência; (10) Não é desatento. É consciente; (11) Não é apressado. É imersivo; e (12) Não é artificial. É humano.

Foi exatamente essa “mobilização”, mas também “inspiração” e “consistência” que Tomás Froes, CEO da DENTSU, agência responsável pela campanha, referiu na apresentação da mesma.

“Liderar o turismo do futuro, é liderar a comunicação do turismo do futuro”, admitiu Froes para quem “não se trata de uma simples campanha, mas de uma plataforma de comunicação para o futuro”.

O CEO da DENTSU destacou ainda que a mensagem tem como objetivo “inspirar outros destinos e todos os turistas”, possuindo uma “um potencial de desenvolvimento ao longo do ano”.

No final Tomás Froes admitiu, também, que se trata de uma campanha “de pessoas para pessoas”, não sendo “artificial” e que procura “fugir do tradicional”, concluindo que se trata “do primeiro capítulo de várias que irão surgir no futuro”.

De referir que a campanha será veiculada através dos meios digitais mais relevantes e usando uma variedade de formatos de vídeo de grande impacto, incluindo pela primeira vez o TikTok e Connected TV. “Fica assim assegurada uma comunicação omnicanal, alcançando o público de maneira consistente e coerentes através de múltiplos pontos de contacto”, assegura o Turismo de Portugal.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Alojamento

Alojamento turístico continua a crescer em novembro, mas mais lentamente

O mês de novembro de 2023 manteve a curva do crescimento, embora os dados divulgados pelo INE indiquem um abrandamento nos mercados não residentes. Superadas, em novembro, foram as fasquias das 73 milhões dormidas e dos 28 milhões de hóspedes.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes e 4,6 milhões de dormidas em novembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 9,2% e 7,5%, respetivamente (+8,9% e +8,6% em outubro de 2023, pela mesma ordem), revelam os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a novembro de 2019, o número de hóspedes aumentou 8,4% e as dormidas 12,3%.

No acumulado do ano (janeiro – novembro), os números revelam que Portugal ultrapassou as 73 milhões de dormidas, um crescimento de 10,8% face às 70 milhões de dormidas em igual período de 2022.

Já nos hóspedes, os dados do INE mostram uma subida de 13,4% nos 11 meses de 2023, face a período homólogo de 2022, atingindo as 28,2 milhões dormidas, contra as 24,9 milhões de iguais meses no ano anterior.

Em novembro, o crescimento dos mercados externos voltou a abrandar (+9,9%, após +11,7% em outubro), tendo sido registados 3,2 milhões de dormidas. As dormidas de residentes totalizaram 1,3 milhões, reforçando a trajetória de crescimento iniciada no mês anterior (+2,3%; +0,3% em outubro).

Face a novembro de 2019, observou-se um abrandamento das dormidas, em resultado do aumento de 2,9% nas dormidas de residentes (+21% em outubro), enquanto nos não residentes se observou um reforço do crescimento (+16,7%, após +14,4% no mês anterior).

As dormidas dos residentes no estrangeiro, no acumulado do ano de 2023, totalizaram 51,3 milhões, correspondendo a uma subida de 15,3% (44,5 milhões) face a igual período de 2022.

Já nas dormidas de residentes em Portugal, a subida, no período analisado, foi bem menor (1,6%), chegando às 21,8 milhões (21,5 milhões em 2022)

Os 17 principais mercados emissores representaram 83,2% do total de dormidas de não residentes em novembro, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (15,4% do total das dormidas de não residentes em novembro), com um aumento de 15,6%.

As dormidas de hóspedes alemães (12,8% do total), o segundo principal mercado, cresceram 10,1% em novembro. O mercado norte-americano destacou-se, mantendo-se como 3.º principal mercado, dando origem a 9,3% das dormidas de não residentes, em resultado de um crescimento 14,4%.

O mercado espanhol (8,5% do total) cresceu 4,1%, enquanto o mercado francês (6,3% do total) recuou 9,6% em novembro.

Os mercados canadiano, polaco e austríaco (2,8%, 2,5% e 0,9% do total, respetivamente) voltaram também a destacar-se pelos crescimentos expressivos, +34,4%, +24,7% e +22,6% face ao ano anterior. Em sentido contrário, destacaram-se ainda os decréscimos apresentados pelos mercados finlandês (-12,9%), brasileiro (-3,4%) e sueco (-1,7%).

Em novembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, destacando-se as regiões do Alentejo (+15,3%) e do Centro (+10,5%). Lisboa concentrou 31,9% das dormidas, seguida do Algarve (18,0%) e do Norte (17,7%).

As dormidas de residentes apresentaram, em novembro, crescimentos no Alentejo (+13,3%), no Centro (+6,7%), e no Norte (+4,5%), tendo decrescido nas restantes regiões. Os maiores decréscimos observaram-se no Algarve (-5,9%) e na Madeira (-2,7%).

Em novembro, as dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, destacando-se o Alentejo (+19,4%), Açores (+17,9%) e o Centro (+16,9%).

Ainda segundo os dados do INE, em novembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,40 noites) diminuiu 1,6% (-0,3% em outubro). O Alentejo e a Madeira registaram crescimentos neste indicador (+1,5% e +0,4%, respetivamente), enquanto o Centro registou o maior decréscimo (-2,6%). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,70 noites) e no Algarve (3,75 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,70 noites), no Norte e no Alentejo (1,82 noites).

A estada média dos residentes (1,75 noites) diminuiu 0,4% e a dos não residentes (2,85 noites) decresceu 3,8%.

Por último, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (36%) aumentou ligeiramente em novembro (+0,6 p.p., após +1,9 p.p. em outubro). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (46,8%), que aumentou 1,0 p.p. em novembro (+1,8 p.p. em outubro).

Em novembro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (60,8%) e em Lisboa (48,6%). A Madeira, o Alentejo e o Algarve registaram os maiores aumentos (+3,1 p.p., +1,4 p.p. e +1,2p.p., respetivamente), enquanto em Lisboa e nos Açores este indicador diminuiu (-0,7 p.p. e -0,2 p.p., respetivamente).

 

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“No futuro, simplesmente ninguém vai conseguir competir sem utilizar IA”

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) volta a reunir o setor para mais um congresso, sob o tema da Inteligência Artificial. Em entrevista ao PUBLITURIS, Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, destaca a importância e inevitabilidade da implementação da tecnologia no setor das agências de viagem. De fora não podiam ficar, claro, temas como a atual crise política e alguns dossiers – TAP e aeroporto – que ficam “pendurados” à espera de (nova) decisão.

Victor Jorge

Pela 48.ª vez, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) organiza o seu congresso anual, desta vez, no Porto, de 30 de novembro a 2 de dezembro. A Inteligência Artificial será o tema central nos três dias. Em entrevista, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, é claro ao afirmar que “ninguém vai conseguir competir sem utilizar a IA”, salientando que o congresso será um “estímulo” para que o caminho seja iniciado de uma forma estratégica.

Quanto aos dossiers que ficam pendentes, devido à queda do atual Governo e marcação de eleições para 10 de março, Pedro Costa Ferreira, considera que, no caso do aeroporto, “o maior custo é o da não decisão”, admitindo que “quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa é a pior notícia para todos nós”. Já no dossier TAP, a opinião do presidente da APAVT é de que, “sem uma decisão do novo aeroporto, [o comprador] tomará enormes riscos e geralmente enormes riscos estão associados a um preço muito menor.

No final da conversa, e tendo apresentado a candidatura a mais três anos à frente da APAVT (2024-2026), ficou uma certeza: “este é o meu último mandato”.

O próximo Congresso da APAVT tem como tema principal a Inteligência Artificial (IA). Que importância tem hoje e poderá vir a ter no futuro esta tecnologia, não só no setor global do turismo, mas especificamente nas agências de viagem.
A importância é decisiva no futuro, mas o momento mais especial é o presente. A forma rápida e meteórica como a Inteligência Artificial se vem impondo faz com que percebamos todos que é um facto que no futuro, simplesmente, ninguém vai conseguir competir sem utilizar a IA.

Mas olha-se para a IA como algo do futuro ou já do presente? Recentemente no Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC) dizia-se que é já uma inevitabilidade.
Sim, é inevitável. O presente é o momento mais decisivo. Porquê? É o momento da decisão. Eu julgo que hoje, de um modo geral, as empresas em todos os setores ainda não utilizam de forma estratégica a Inteligência Artificial. A utilização de forma estratégica não é um switch off-switch on. É um caminho, é o momento presente, é o momento da decisão entre abraçar a Inteligência Artificial enquanto olhar estratégico ou não se iniciar esse caminho. A Inteligência Artificial não é um salto, é um caminho, é o momento presente, é o momento da decisão.

Uma inevitabilidade
E no turismo, especificamente, neste setor das agências de viagem, as empresas já estão a fazer esse caminho?
Sim e não. Estão a decidir e o congresso tem a ver com isso mesmo. Ou seja, estimular a que esse caminho seja iniciado de uma forma estratégica. As agências de viagens já utilizam a Inteligência Artificial quando utilizam software que inclui IA nas diversas ferramentas. Qualquer motor de busca, neste momento, já utiliza IA, portanto, os agentes de viagens já a utilizam.

Nos chatbots, por exemplo?
Sim, mas não só. A grande diferença é entre utilizá-la, porque utilizam algumas ferramentas que possuem essa tecnologia ou decidir utilizá-la e procurar quais as ferramentas que devem ser utilizadas no dia a dia, aprender como utilizá-las e depois utilizá-las de forma sistemática e metódica. Esta é a diferença entre uma utilização, porque determinadas ferramentas externas já a possuem, ou uma utilização porque que decorre de uma opção estratégica. É essa a grande viragem que se espera no setor.

Entendo que o futuro do setor depende dessa visão, porque não sabemos ainda se vamos ser todos ultrapassados pela Inteligência Artificial. Ninguém de boa consciência pode dizer que sim ou que não, mas todos sabemos que vamos ser ultrapassados por quem utiliza.

Portanto, acho que no momento presente, os agentes de viagens têm duas escolhas: ou tentar ultrapassar a concorrência, utilizando de forma sistemática e metódica a IA, ou simplesmente serem ultrapassados pela concorrência.

De um modo geral, as empresas em todos os setores ainda não utilizam de forma estratégica a Inteligência Artificial

Mas trata-se somente de uma eficiência nos processos ou, de facto, através da IA um agente de viagens consegue oferecer algo mais e algo diferente?
É certo para já, tanto quanto sabemos, e eu julgo que todos vamos aprender muito nos próximos tempos, a IA faz mais rápido, provavelmente, melhor e com menores custos. Tudo o que são tarefas rotineiras, a IA permite que tenhamos todos mais tempo para o foco no cliente, interagir com o cliente e a criar valor. Portanto, desse ponto de vista, a IA simplesmente aumenta a competitividade das empresas.

O que é que a APAVT tem feito para incutir nos associados a necessidade de utilizarem a IA. Recordo-me do papel que a APAVT teve, por exemplo, na questão da sustentabilidade. Que papel desempenham ou podem desempenhar neste campo?
Acho que demos o pontapé de partida como foi com a sustentabilidade. Quando falámos de sustentabilidade num congresso [em Évora] fomos, provavelmente, a primeira associação a falar de sustentabilidade de uma forma metódica e sistemática.

Entretanto, este caminho da sustentabilidade foi feito e, de certa maneira, culminou com uma atuação muito dinâmica este ano, com a certificação de uma série de agências de viagens. E é este caminho que iniciamos agora com a IA.

É o primeiro congresso que assume a IA como tema principal. O que pretendemos é estimular os nossos associados para o tal início de caminho. Portanto, esperamos, até pelas pessoas que convidámos, que tal como em ocasiões anteriores, consigamos ser o tiro de partida de uma interação que permitirá a introdução sistemática da IA nas agências de viagens.

Uma espécie de roteiro para a Inteligência Artificial?
Absolutamente.

Estamos o perante a mesma realidade vivida há 20 anos com o surgimento da Internet e os receios da sua aplicabilidade?
Este receio relativamente a algo que ainda para muitos é desconhecido, é infundado.

E espero que seja, porque não há qualquer razão para ter receio. Naturalmente que é um desafio e quando referi que quem utiliza a IA vai ultrapassar quem não utiliza, o desafio é ter êxito na abordagem da IA, porque quem não tiver êxito, provavelmente vai ficar muito fragilizado no mercado. Mas isso não é uma condição para ter medo. É um desafio normal. Vamos dizer que hoje a IA é uma oportunidade estratégica de negócio muito importante e é, naturalmente, também um risco de negócio se essa oportunidade não conseguir ser realizada.

Hoje a IA é uma oportunidade estratégica de negócio muito importante e é, naturalmente, também um risco de negócio se essa oportunidade não conseguir ser realizada

Mas também estamos a falar de uma tecnologia nova que talvez vá precisar de uma adaptação das pessoas, de novas skills. O setor está preparado com pessoas para implementar-se a IA no dia-a-dia das empresas?
Eventualmente, esse será o desafio do mercado. Julgo que não há razão para dizer que o setor das agências de viagens, desse ponto de vista, é diferente de qualquer outro setor. As pessoas menos novas são pessoas dotadas de mais experiência e, aliás, é algo que as universidades começam a chamar para os debates.

É exatamente nas áreas de inovação que devemos incluir as pessoas menos novas pelo seu fator de experiência. Portanto, se me fala que o setor tem algumas pessoas menos novas, onde me incluo, também é verdade que a experiência nos diz que estas oportunidades são simplesmente de abraçar.

Há que iniciar o caminho e aprofundá-lo, porque é isso que vai ser o futuro. As reservas estão cada vez mais simplificadas, mas o mundo é cada vez mais inesperado. E é quando as coisas são inesperadas que os agentes de viagens têm mais valências, como se viu durante a pandemia.

Para que isso aconteça e essas valências sejam concretizadas, as agências de viagens têm, naturalmente, de se modernizar. E vão, com certeza.

A IA é um meio para uma melhor personalização, para a tal experiência diferenciadora que o cliente procura?
Neste momento é como vejo, sendo certo que sendo algo com uma ascensão tão meteórica, é razoável dizer que não sabemos tudo relativamente ao futuro e apenas temos ideias. E é de acordo com essas ideias que vamos agir. Quer do ponto de vista empresarial, quer do ponto de vista da associação. E à medida que a dinâmica se vai processando no mercado, naturalmente que vamos aprendendo e vamos perceber que as ideias estavam certas ou ajustá-las relativamente ao momento.

Mas há alguma barreira ou algum limite que se pode colocar relativamente a essa partilha de dados e não utilizá-los de forma abusiva?
Haverá, mas são questões jurídicas. Julgo que o que acontece no atual mundo, sobretudo quando falamos em tecnologia, é que a tecnologia vai à frente do ordenamento jurídico. E penso que não devemos, por causa da falta de ordenamento jurídico, não utilizar a tecnologia. Outras economias utilizam-na e quem não a utilizar ficará fora do mercado, porque o mercado é global. E evidentemente que esperamos, depois, que o ordenamento jurídico consiga organizar os problemas, nomeadamente da privacidade, sendo certo que sabemos que na Europa o ordenamento jurídico está sempre mais atrasado.

A IA está aí e só agora a Comissão Europeia começa a olhar para algo novo do ponto de vista jurídico. Depois poderá demorar três, quatro, cinco anos. É um processo e vamos ter de ter algum fair play relativamente a este assunto.

Recuperação à vista
Indo agora ao mercado, como estão as agências de viagem em Portugal? É possível afirmar que as agências de viagem já recuperaram ou ainda falta muito para essa recuperação?
Pode dizer-se que algumas já recuperaram, outras não. Em primeiro lugar, uma resposta global a uma pergunta dessas é sempre um pouco difícil, porque a resposta do mercado é assimétrica, dependendo do tipo de negócio que temos, dependendo dos mercados alvo com quem trabalhamos. Há empresas que recuperaram melhor ou que trabalharam melhor e há empresas que trabalharam pior. De um modo geral, tanto quanto se pode respeitar essa assimetria, diria que o ritmo de negócios das agências de viagens este ano é já superior 2019. Provavelmente as agências de viagens terão a melhor demonstração de resultados de sempre. Portanto, desse ponto de vista, já recuperaram a atividade empresarial, já que é superior à atividade antes da pandemia.

Por outro lado, houve perdas avultadas em 2020 e 2021. Portanto, se as demonstrações de resultados vão ser as melhores de sempre, os balanços não vão sê-lo. Não vão ser os melhores de sempre porque estão ainda a cicatrizar.

Em todo o caso, as notícias são muito boas. Toda a gente estará no bom caminho. Uns mais rápido, outros mais lentos. Portanto, estou otimista.

Se tudo continuasse a decorrer como está a decorrer, julgo que em 2024, ou seja, em três anos [2022, 2023 e 2024] conseguiríamos recuperar os balanços de 2019

As ajudas/auxílios por parte do Estado já terminaram. Foram suficientes para que os agentes de viagem conseguissem mais rapidamente encontrar esse equilíbrio nos balanços? Ou era preciso mais?
As ajudas já acabaram. Estamos neste momento em fase de reembolso. De resto, as ajudas não foram suficientes, porque nada foi suficiente. A resposta das empresas teve a ver com ajudas, com perdas grandes e com endividamento quer das empresas, quer dos empresários. Portanto, não foram suficientes, mas foram fundamentais no sentido em que, se não tivessem existido, provavelmente o setor tinha ido abaixo. Da mesma maneira que se não tivesse havido perdas e se não tivesse havido endividamento, o setor tinha vindo abaixo.

Portanto, as ajudas foram bem-vindas, resultaram, tiveram o seu papel. Claro que se fossem superiores tinha sido melhor. Mas o mundo é feito de equilíbrios.

Esperava uma maior consolidação no setor?
Sim e não. Quando as empresas ficam mais frágeis, os movimentos de consolidação aceleram. E desse ponto de vista, quando se olha para uma pandemia, para a fragilidade das empresas, é natural que se espere alguma consolidação. Contudo, esta pandemia foi especial, porque foi global. Ou seja, também os eventuais compradores ficaram mais frágeis ao longo da pandemia e, portanto, desse ponto de vista, não esperava consolidação. Eventualmente, agora, depois da recuperação, ela poderá acontecer.

Mas há uma segunda razão pela qual talvez não tivesse acontecido já uma consolidação por via de fusões e de aquisições, porque, de certa maneira, um aumento da dimensão é feito no mercado por outros instrumentos, nomeadamente, a consolidação da emissão de passagens aéreas, que é uma possibilidade de sermos maiores do que a nossa própria dimensão ou termos acesso a condições melhores do que aquelas que receberíamos com a nossa própria dimensão.

Da mesma maneira que o crescimento dos grupos de gestão, que é óbvia, é uma realidade, esta já existe nos agrupamentos complementares. Portanto, são tudo meios que não são os mais profundos – as fusões e aquisições -, mas são meios que, de certa maneira, o mercado aprendeu e as micro e pequenas empresas, que são a grande fatia de mercado, aprenderam a conseguir ser maiores com a dimensão que têm.

Consegue-se saber o valor que foi perdido por este setor?
Tive acesso a vários números e estamos a ter uma atualização dos valores por parte da EY. Diria que não andámos longe de perder seis vezes o resultado de 2019. Portanto, ao ritmo de 2019, teríamos de percorrer seis anos para chegar aos balanços de 2019. Não é isso que está a acontecer. Os ritmos de recuperação são francamente superiores, mas perdeu-se muito dinheiro. Os balanços ficaram muito abalados.

Seis anos que podem ser encurtados?
Depende das empresas. Diria que há empresas que já recuperaram. Se tudo continuasse a decorrer como está a decorrer, julgo que em 2024, ou seja, em três anos [2022, 2023 e 2024] conseguiríamos recuperar os balanços de 2019. É algo que ficaremos a saber quando sair o estudo da EY, que versa ainda de 2022, mas que, com certeza, nos vai mostrar alguma recuperação importante em 2023.

É preciso perceber que estamos no melhor ano para o setor e, portanto, admitindo mesmo alguma menor dinâmica em 2024, o percurso é muito bom. Certamente, mais do que qualquer um de nós, a priori, assinaria.

Não sei se esta será a palavra certa, mas algo benéfico que saiu da pandemia foi de facto, a procura do consumidor por agências de viagem por causa da confiança, segurança, no fundo da certeza. Embora tenhamos um conflito na Ucrânia, um conflito agora no Médio Oriente, teme que o consumidor não procure tanto as agências de viagem no futuro?
Não sabemos, mas esse é o desafio do setor. Diria quase que o mundo é um fator positivo para as agências de viagem, porque o mundo está cada vez mais inesperado, mais incerto e esse é o grande valor das agências de viagens. Cada vez mais, e quando algo não corre como previsto, não é necessariamente mau, mas não corre como previsto como o transfer que não apareceu, a ligação foi perdida, a bagagem está perdida, nessa altura toda a gente se lembra das agências de viagens. E é também por isso que na altura da pandemia, onde a incerteza foi total e o inesperado foi absoluto, o market share das agências de viagens mais cresceu. A consolidação deste market share é o grande desafio do setor e, naturalmente, que algumas agências vão conseguir e outras não. Como sempre, e quando regressamos à normalidade, há sempre vencedores e perdedores. Como é que vão conseguir isso? Cada empresa terá o seu plano de negócios. Uns vão apostar mais no preço, outros em serviços de excelência, mas certamente que a qualidade dos recursos humanos, a capacidade financeira, a introdução da Inteligência Artificial, o foco no cliente, isso vai ter de estar sempre presente.

E não há uma razão para estarmos pessimistas, até porque os números, neste momento, são muito animadores. Mesmo na nossa atividade quase que de menor criação de valor, que é a emissão de passagens aéreas, estamos a bater sucessivos recordes em 2023. Portanto, a atividade, a dimensão do setor continua a aumentar. E isso acho que só nos pode criar otimismo.

Agora o trabalho vai ter de ser efetuado. A isso ninguém vai escapar.

Mas a pandemia, o conflito na Ucrânia também trouxe inflação, aumento de custos, preços mais altos, menos rendimento. De que forma é que isso impactou ou está a impactar o setor?
Todas essas condições são condições de incerteza de mercado e a incerteza é inibidora do consumo. Diria que se olharmos para 2023, do ponto de vista da relação com o consumidor e nas vendas, tivemos, na realidade, um lindo dia de sol com um entardecer com algumas nuvens no horizonte. Se vai chover ou não em 2024 é a grande incógnita.

Diria que é expectável que haja alguma redução do consumo em 2024, decorrente de toda esta incerteza. Quer a guerra, quer a inflação e consequente perda de poder de compra, quer a instabilidade política internacional, mas também a instabilidade política nacional, levam-nos a pensar assim. Os momentos de campanha eleitoral são, historicamente, momentos de menor consumo de viagens e, portanto, acho que é expectável pensarmos nalguma redução.

Olharia neste momento para 2024, como um mundo tão incerto, como não havendo razão para o setor não ter um resultado positivo global. Mas, provavelmente, não haverá razão para esperar um resultado superior a 2023.

Vai, de certa forma, ao encontro daquilo que disse o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, no Dia Mundial do Turismo, que “os portugueses têm menos dinheiro para viajar”.
Acho que é razoável concluir isso, porque o aumento das taxas de juro é tão grande, o aumento dos preços de consumo é tão grande e a dependência dos portugueses das dívidas bancárias para compra de casa é tão importante que é natural que haja uma efetiva perda do poder de compra, apesar dos bons acordos de aumento dos salários que o mesmo presidente da Confederação assinou junto na Concertação Social.

Portanto, sim, acho que o presidente da CTP tem alguma razão e, por isso, é razoável esperar alguma diminuição do consumo neste início do ano.

Os momentos de campanha eleitoral são, historicamente, momentos de menor consumo de viagens e, portanto, acho que é expectável pensarmos nalguma redução

Como é que o setor pode contrariar essa realidade?
É a dinâmica de mercado. Acho que, em primeiro lugar, vai haver sempre um fator da oferta e da procura, que é o fator preço. Quando há um crescimento do mercado, e houve em 2023, há, geralmente, a tradição de se programar, nomeadamente, charters. Portanto, espero mais programação charter e todas as notícias vão ao encontro de mais programação charter. Uma coisa é a programação charter, outra coisa depois são os voos que se fazem. Uma das possibilidades de reação a um eventual menor poder de compra e menor procura é, eventualmente, haver menos operações charter do que aquelas que estão programadas. Mas ainda é cedo para podermos concluir isso.

De crise em crise, espera-se
No dia 7 de novembro tivemos o início de uma crise política em Portugal. Que repercussões é que esta nova realidade tem no turismo e, nomeadamente, no setor das agências de viagem?
A instabilidade política é inibidora do consumo e, portanto, quando as pessoas têm menos certezas relativamente ao futuro, tendem a proteger-se. É perfeitamente normal e verificável em momentos semelhantes em anos anteriores.

Depois tem duas consequências diretas, já que temos dois processos muito importantes que estavam nas mãos do Governo: a construção do novo aeroporto – e vamos dizer isto sem nos rirmos – e a eventual privatização da TAP.

O maior custo é o da não decisão [relativamente ao novo aeroporto] e, portanto, quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa é a pior notícia para todos

A construção ou a decisão relativamente á construção?
Sim a decisão sobre a construção e, por outro lado, uma eventual privatização.

A privatização parecia estar decidida, embora não formalizada, porque, entretanto, o Presidente da República teve uma intervenção nesse âmbito. Agora, não apenas não está decidida, como não se tem a certeza que vá ser decidida. Depende, eventualmente, de quem ganhar as eleições. E mesmo quem ganhe as eleições, a decisão pode alterar-se. E já percebemos isso nas últimas declarações, nomeadamente do ex-ministro Pedro Nuno Santos.

Relativamente ao aeroporto não traz nada, traz apenas mais atraso e mais falta de crescimento para o turismo.

O calendário empurra as eleições para dia 10 de março e a formação de um possível Governo para abril ou maio. Quer dizer que, o que seria expectável acontecer relativamente a uma decisão sobre o aeroporto no final deste ano, 2023, será adiada, eventualmente, para o final de 2024. De que forma é que este cenário, de facto, prejudica o turismo em Portugal?
A APAVT está muito alinhada com a Confederação [do Turismo de Portugal] neste assunto. O maior custo é o da não decisão e, portanto, quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa é a pior notícia para todos.

A decisão, e já era preciso ser muito otimista para pensar que iria ia ser tomada até ao final do ano, já que a própria Comissão Técnica Independente (CTI) já tinha assumido vários atrasos, agora temos a certeza que os atrasos vão ser absolutamente significativos. E isso é absolutamente demolidor para um país que depende do turismo e um turismo que depende do aeroporto.

A APAVT tem uma localização preferencial ou é tipo construam um aeroporto?
A APAVT está muito alinhada com a CTP neste processo. Penso que não temos de definir um local, até porque não temos conhecimentos para isso. Da mesma maneira que a CTI tem dado “bitaites” sobre uma série de assuntos para os quais não tem competência, a verdade é que esses “bitaites” têm saído um pouco ao lado.

Portanto, A APAVT não quer escolher uma localização, nem tem competência para o efeito.

Agora temos a certeza que os atrasos [Aeroporto e TAP] vão ser absolutamente significativos. E isso é absolutamente demolidor para um país que depende do turismo e um turismo que depende do aeroporto

Mas esses “bitaites” são contraproducentes?
Evidentemente, se a CTI tem um mandato que é escolher a localização do aeroporto e opina sobre uma série de questões relativamente às quais é óbvio que não tem razão e que não tem conhecimento, julgo que não.

Se são contraproducentes? Claro que sim, mas em relação ao aeroporto, como o custo maior é o da não decisão, o que gostaríamos é que a decisão apontasse para a solução que fosse mais fácil colocar em prática, que fosse mais rápida operacionalizar.

Aparentemente, essa solução é a do Montijo, até porque é a única que tem um documento de impacto ambiental. Por outro lado, e paralelamente, pelas mesmas razões, julgo que urge que as obras do Aeroporto da Portela, aquelas que vão melhorar as condições de operacionalidade, sejam iniciadas e sejam desenvolvidas.

Eventualmente, até são as mais urgentes?
São as mais urgentes, porque são as únicas que, neste momento, podem dar uma resposta mais rápida, que ainda assim são obras para três anos. Mas são as mais rápidas e que são as que estão mais prontas a devolver qualquer coisa à sociedade. Por isso, sim, são as mais urgentes.

Há, contudo, quem defenda que, com as alterações climáticas, investimento que está a ser feito ou vai ser feito, supostamente, na ferrovia, com um novo paradigma do setor da aviação, que eventualmente Portugal não necessitaria de um novo aeroporto. Como é que se responde a essas posições?
Com dificuldade. Uma coisa é absolutamente óbvia e factual: todos sabem a quantidade de slots que estão a ser recusados e a fila de espera que há no aeroporto para slots de long haul e que são de grande mais-valia económica. Portanto, é evidente que o aeroporto continua a ser uma peça fundamental para o futuro do turismo, nomeadamente no long haul, algo que é o grande desafio do turismo português e aquele que vai permitir maior gasto por turista, que vai permitir mais território turístico, que vai permitir menos sazonalidade.

Tudo isso vem do long haul que é o que tem crescido mais e aí um novo aeroporto será sempre importante para a captação desses voos long haul. Até porque já se percebeu que, se para uma série de aspetos a nossa condição geográfica é absolutamente lateral, para a aviação, a nossa condição geográfica é o coração de uma série de fluxos e, portanto, está numa posição geográfica fantástica e cheia de mais-valias. Por isso, desse ponto de vista, acho que fica respondido e não faz sentido discutirmos o assunto por esse prisma.

O outro dossiê é a TAP. A APAVT defende a privatização da TAP?
A APAVT nunca comentou a estrutura de capital social da TAP, quer quando ela foi privatizada, quando foi nacionalizada ou salva, quer agora que está a ser estudada a sua reprivatização.

Ainda assim, a TAP e qualquer projeto económico precisa de crescer. Se a TAP não crescer, a TAP vai acabar por morrer. O crescimento vai necessitar de capital. Se não houver capital, não vai conseguir haver crescimento e o Estado não pode lá meter mais capital quer por condições de tutela europeia, quer até por condições políticas.

Julgo razoável dizer-se que capital privado pode ajudar a todo este problema de crescimento e de consolidação da TAP.

Outra coisa é dizer que a fatia tem de ser total, tem de ser mínima ou tem de ser média. Isso são questões que, penso, pertencem ao próprio processo de privatização e que será decidido.

A TAP e qualquer projeto económico precisa de crescer. Se a TAP não crescer, a TAP vai acabar por morrer. O crescimento vai necessitar de capital. Se não houver capital, não vai conseguir haver crescimento

Mas Portugal beneficiaria se o Estado ficar com uma quota na TAP?
Não sei. Portugal beneficiaria ter uma TAP com independência e gestão privada, com garantias de algumas valências económicas para o país.

À frente delas todas, o hub com capacidade de resiliência, isto é, de reação a momentos muito inesperados. Portugal beneficiaria disso. Se isso implica a existência de uma menor ou maior fatia do Estado na TAP, julgo que são os políticos e os empresários, eventualmente interessados na privatização, que poderão esgrimir entre eles e poderão decidir.

Mas os dossiês estão interligados. Ou seja, uma boa privatização da TAP poderá surgir somente depois de decidida a localização do aeroporto?
Isso parece-me evidente. Se a principal questão é de crescimento, se qualquer privado, quando entrar na TAP, terá de ter um projeto estratégico de crescimento e se esse crescimento depende tanto de um novo aeroporto, parece-me evidente e seria para mim absolutamente tranquilo que houvesse primeiro uma decisão para o novo aeroporto e depois uma decisão para a privatização da TAP. Até porque, quem comprar a TAP, sem uma decisão do novo aeroporto, tomará enormes riscos e geralmente enormes riscos estão associados a um preço muito menor.

E parece-me razoável que o país mereça, a haver uma privatização total ou parcial, que o preço seja o maior e melhor possível.

A APAVT também tem tido algumas reuniões com a TAP. Estamos num período de colaboração positiva entre a APAVT e a TAP?
Ah, sim, estamos. Os momentos são sempre críticos, porque a TAP é o maior fornecedor do setor e o setor é o maior cliente da TAP.

Por isso, é uma relação que tem de funcionar bem?
Digamos que é um casamento atribulado, porque a importância é muito grande. Mas é uma relação relativamente à qual todos temos de ter muito cuidado, porque é um casamento importante. Os dois membros do casal têm de ter um cuidado grande para não haver divórcio.

Hoje a relação é muito boa, porque é muito próxima e muito franca. E essa é e são necessidades absolutas da relação. Agora, os assuntos são difíceis. A TAP tem vários canais de venda. Portanto, os interesses são quase que, naturalmente, conflituantes, mas são legítimos e compatíveis. E é nessa compatibilidade que o trabalho tem sido realizado.

A introdução do NDC por parte da TAP é um projeto de grandes consequências para o mercado. E há duas maneiras de o fazer: sem diálogo, e, provavelmente, isso prejudicará muito a TAP e o setor, ou com diálogo, e isso, provavelmente, ajudará muito a TAP e o setor. Esse diálogo está a existir. Existe confiança pessoal na gestão da TAP e penso que também existe da gestão da TAP nos dirigentes da APAVT. Esse diálogo está a decorrer de forma positiva. E mais do que isso, vai ter efeitos positivos.

Mas numa eventual privatização da TAP, como é que a APAVT olha para uma possível colaboração futura?
Como incerteza. Mas o mercado é incerteza.

Relativamente a esta instabilidade política, espera ter um ministro do Turismo no próximo governo?
Não espero nada e não é importante para mim. Espero ter um ministro capaz de representar o turismo ou um secretário de Estado com capacidade política para o fazer.

Ao contrário de muitas outras pessoas do setor, nunca achei importante o posicionamento de ser um secretário de Estado ou um ministro. Achei mais importante que o ministro da tutela tenha capacidade de decisão e capacidade de influenciar o primeiro-ministro. Isso sim é importante e já tivemos – poucos – ministros.

Tivemos bons ministros da Economia com uma visão para o setor que depois, com uma boa relação com um bom secretário de Estado, que conheça bem o sector e saiba transmitir as preocupações ao ministro, a coisa pode correr bem.

Um último esforço
Apresentou, recentemente, a recandidatura à presidência da APAVT para um mandato de três anos.
Sim, 2024 a 2026.

É absolutamente certo (…) este é o meu último mandato

Porquê?
A decisão foi demorada, mas a resposta é simples. Em primeiro lugar, a decisão não é individual, é uma decisão coletiva, sempre ponderada. Em segundo lugar, foi demorada, mas é uma decisão simples. Na realidade, chegou-se à conclusão que, depois de uma intervenção muito próxima e muito forte, num momento muito inesperado que foi a pandemia, devíamos acompanhar também os processos de consolidação que envolvem, neste momento, dossiers de grande melindre.

A nova diretiva europeia das viagens organizadas vai estar em discussão nos próximos três anos. A introdução da Inteligência Artificial, a gestão da introdução do NDC da TAP, a competitividade fiscal internacional, a mobilidade das cidades são temas que vão continuar a serem falados no turismo enquanto tivermos êxito no turismo.

Há processos importantes, há um momento de recuperação …

Deixaria um trabalho inacabado se não se recandidatasse?
Digamos que será coerente continuar os processos de consolidação relativamente à recuperação. Foi isso que foi decidido.

Porque linhas é que esta nova presidência irá pautar-se nos próximos três anos?
Não me adiantaria demasiado, porque a linha principal é a descentralização que, aliás, já começámos neste mandato. E sendo a linha principal a descentralização, julgo que a resposta tem de ser coletiva, ou seja, da direção.

E devemos provavelmente deixá-la para quando nos apresentarmos antes das eleições. Até porque, é absolutamente certo e tem a legitimidade de ser a primeira vez que o digo, porque nunca enganei ninguém a este respeito, este é o meu último mandato.

É preciso uma renovação?
Absolutamente. E as circunstâncias fizeram com que essa renovação não fosse feita antes. Não vou fazer nenhum sacrifício, mas vou fazer um esforço. E é preciso que as pessoas entendam que, mesmo para pedir esforços, há um limite e o meu limite é o próximo mandato.

Quando é que vamos ter uma decisão sobre o “Dia Nacional do Agente de Viagens” da APAVT? Parece haver aqui conflito relativamente a este processo.
Não detetei nenhum conflito. Parece-me um processo relativamente pacífico. É um processo que, uma vez mais, a instabilidade política nacional o vai fazer atrasar um pouco.

Do ponto de vista político, tem a importância de dar mais visibilidade aos agentes do ponto de vista económico. É algo que pretendemos fazer para estimular o negócio e, portanto, a data não é para nós algo com um grau de liberdade infinito. Deve inserir-se no plano de negócios das empresas uma boa data para dar boas campanhas e depois o resto são tramitações políticas que, uma vez mais, neste momento ficaram um pouco atrasadas, porque naturalmente vamos ter outro Parlamento e, portanto, vamos ter de reiniciar o diálogo.

Esteve à frente da APAVT quando o setor do turismo teve anos de crescimento e bons anos de crescimento. Passou por uma pandemia viu ou vê o mundo com dois conflitos armados – Ucrânia e Médio Oriente – inflação, quebra nos rendimentos dos portugueses, agora, uma crise política. O que o preocupa mais para os próximos três anos?
Acima de tudo, a guerra, porque voltou com significado e ultrapassa todas as nossas outras preocupações, até pela sua dimensão humana.

Em segundo lugar, a inflação, porque é inibidora do turismo e porque é muito injusta, já que afeta mais as classes baixas.

Em terceiro lugar, um mundo que é cada vez mais intolerante, porque isso é inibidor do consumo.

Em quarto lugar, uma instabilidade política internacional que se parece adensar e cujas eleições nos Estados Unidos da América e a evolução política noutros países não permitem ser muito otimista e que também ela própria ajuda à intolerância e inibe o turismo, inibe o consumo e inibe a qualidade de vida. Tudo isso preocupa-me.

Portanto, preocupam-me mais as externalidades do que a capacidade do setor de as confrontar.

O setor está vivo e de boa saúde, com recordes de volume de negócio, com uma capacidade de intervenção raramente vista na nossa história e, portanto, não me preocupa a nossa capacidade de intervenção. Preocupa-me, sim, o mundo em que vivemos.

E como é que uma associação como a APAVT pode minimizar essas preocupações?
Preparando os seus associados o melhor possível, quer com informação, quer com formação, com certificação, com uma boa gestão dos conflitos com o consumidor através do Provedor, bem como com uma boa representação do setor nas várias instâncias políticas.

Vai concorrer às próximas eleições. Olhando para todo este percurso, como é que o Pedro Costa Ferreira gostaria de ser recordado como presidente da APAVT?
Gostava de deixar a APAVT com uma grande visibilidade e, portanto, capaz de estimular a relação dos consumidores finais com as agências de viagens, de uma grande capacidade de intervenção e capaz de defender, efetivamente, o setor das agências de viagens junto das várias instâncias.

E muito respeitada pelo procedimento ético da nossa atuação e pelo facto de sermos e continuarmos a ser, espero, uma associação completamente independente de qualquer instância política ou partidária.

Eu, a única coisa que espero é que recordem que tive uma grande disponibilidade para o trabalho e que fui obcecado pelo diálogo e pela tentativa de concertação de interesses.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Alojamento

Alojamento turístico ultrapassa os 23 milhões de hóspedes e proveitos ficam perto dos 5 mil milhões de euros no acumulado de 2023

O mês de setembro registou, mais uma vez, evoluções no que diz respeito ao alojamento turístico, com os números do INE a indicaram 3,2 milhões de hóspedes e 8,2 milhões de dormidas, gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais. Já no acumulado do ano, o número de hóspedes ficou bem perto dos 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram 61 milhões.

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Em setembro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes (+9%) e 8,2 milhões de dormidas (+6,7%), gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais (+15,7%) e 550,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+17,0%), revelam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Comparando com setembro de 2019, os números mostram uma continuação de “aumentos mais expressivos”, indicando o INE um crescimento de 41% nos proveitos totais e 43,9% nos relativos a aposento, refletindo também os aumentos dos preços dos serviços prestados.

No 3.º trimestre de 2023, as dormidas cresceram 3,2% (-4,4% nos residentes e +7,2% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,8% nos proveitos totais e 12,9% nos relativos a aposento (+39,5% e +41,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).

No período acumulado de janeiro a setembro de 2023, as dormidas cresceram 11,3% (+1,7% nos residentes e +16,1% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 21,3% nos proveitos totais e 22,5% nos relativos a aposento (+38,8% e +41,6%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,6 milhões de hóspedes e 68,1 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 13,6% e 10,9%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 8,2% (+6,5% nos residentes e +9,2% nos não residentes).

Já no que diz respeito aos estabelecimentos de alojamento turístico (tirando parques de campismo, colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros nove meses de 2023, os proveitos totais cresceram 21,3% e os relativos a aposento aumentaram 22,5%. Neste período, os proveitos atingiram 4,8 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 3,7 mil milhões de euros. O número de hóspedes, neste período, ficou muito perto das 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram as 61 milhões. Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, 38,8% e 41,6%, respetivamente, refletindo também o aumento generalizado dos preços.

Todas as regiões com proveitos em alta
Em setembro, Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos, totais e de aposento (30,3% e 31,8%, respetivamente), seguida pelo Algarve (29,1% e 28%) e pelo Norte (16,4% e 17%). Os maiores crescimentos, contudo, ocorreram nos Açores (+25% nos proveitos totais e +27,1% nos de aposento), no Norte (+22,6% e +23,8%, pela mesma ordem) e no Centro (+19,7% e 21,6%, respetivamente).

Face a setembro de 2019, continuaram a destacar-se os Açores (+74,5% nos proveitos totais e +79,3% nos de aposento), a Madeira (+61% e +75,2%, pela mesma ordem) e o Norte (+57% e + 60,2%, respetivamente).

Já no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram em Lisboa (+28,8% e +30,4%, respetivamente), nos Açores (+28% e +29,5%), no Norte (+25,9% e +27,1%) e na Madeira (+25% e +28,4%). Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nos Açores (+60,2% e +62,3%, respetivamente), na Madeira (+56,9% e +69,3%), no Norte (+49,2% e +51,6%) e no Alentejo (+47,2% e +52,4%).

Norte e Lisboa com máximos no RevPAR
Analisando o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 87,9 euros em setembro, registando um aumento de 12,5% face a igual período de 2022 (+6,6% em agosto) e de 32,7% em comparação com setembro de 2019.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados em Lisboa (129,6 euros) e no Algarve (97,2 euros), seguindo-se a Madeira (87,1 euros) e os Açores (85,1 euros). Os maiores crescimentos ocorreram nas regiões autónomas (+17,7% em ambas), seguindo-se o Norte (+16%) e o Centro (+15,9%).

Algarve ainda penalizado face a 2019
Em setembro de 2023, do total de 8,2 milhões de dormidas (+6,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 73,1% concentraram-se nos 23 principais municípios.

O município de Lisboa concentrou 17,7% do total de dormidas em setembro (8,7% do total de dormidas de residentes e 21,3% de não residentes), atingindo 1,5 milhões. Comparando com setembro de 2019, as dormidas aumentaram 9,4% (+9,5% nos residentes e +9,3% nos não residentes).

Albufeira (peso de 11,2%; 8,3% do total de dormidas de residentes e 12,4% de não residentes) registou 923,1 mil dormidas e continuou abaixo dos níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -23,4% nos residentes e -5,8% nos não residentes).

No Porto, registaram-se 619,8 mil dormidas (7,6% do total), representando um acréscimo de 31,2% face a setembro de 2019 (+10,9% nos residentes e +34,6% nos não residentes).

No Funchal, as dormidas cresceram 23,4% (+48,5% nos residentes e +20,3% nos não residentes) face a setembro de 2019, registando 573 mil dormidas (quota de 7%).

Face a setembro de 2022, Ourém (1,8% do total de dormidas) continuou a destacar-se, registando o maior crescimento de dormidas (+27,6%), principalmente de não residentes (+35% e +14,8% nas dormidas de residentes). Em sentido contrário, Lagoa (2,4% do total de dormidas) registou o maior decréscimo (-10%; -30,4% nas dormidas de residentes e -3,5% nos não residentes).

No acumulado de janeiro a setembro de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Vila Nova de Gaia continuou a destacar-se com um crescimento de 34,4% (+23,8% nos residentes e +41,7% nos não residentes), seguindo-se o Porto (+28,7%; +18,6% nos residentes e +30,7% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos registaram-se em municípios do Algarve, Vila Real de Santo António (-16,8%; -17,3% nos residentes e -16,4% nos não residentes) e Albufeira (-10%; -19,2% nos residentes e -7,2% nos não residentes).

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