Reservas de última hora e “slow travel” entre as tendências que vão marcar 2021
Estudo da eDreams ODIGEO aponta as reservas de última hora, viagens locais, “slow travel”, higiene, segurança e flexibilidade como tendências que vão ganhar relevância em 2021.
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O mais recente estudo da eDreams ODIGEO aponta as reservas de última hora, as viagens locais e o “slow travel” como tendências que vão ganhar relevância ao longo de 2021, ano que deverá ficar ainda marcado pelas preocupações com a higiene, segurança e flexibilidade no que às viagens diz respeito.
“A vontade de viajar continua bem presente e os viajantes anseiam por fazê-lo. Todavia, devemos continuar conscientes de que a COVID-19 mudou o nosso mundo e a forma como interagimos com ele, e vamos continuar a ter de realizar adaptações nos próximos meses e anos”, sublinha a empresa de viagens online em comunicado.
No que diz respeito às reservas de última hora, a eDreams diz que esta é “uma tendência que parece ter chegado para ficar”, uma vez que “são cada vez mais os clientes que marcam as suas viagens em cima da hora”.
“Segundo dados internos da eDreams ODIGEO relativos a 2020, as marcações entre 0-5 dias antes da partida representam a maior percentagem das reservas (33%), sendo que apenas 17% das marcações são realizadas mais de 31 dias antes da viagem.”, aponta a eDreams.
Em Portugal, esta tendência também se tem acentuado, já que, aponta a empresa de viagens online, “em agosto de 2019, apenas 14% dos viajantes marcavam as suas viagens entre 0-5 dias antes da partida; em 2020 passaram a ser 24%. Em sentido contrário, em agosto de 2019 50% dos viajantes marcava as viagens mais de 31 dias antes da partida; e em 2020, apenas 25% o fez”.
Tendência para 2021 são também as viagens locais, o que a eDreams atribui às diferentes regras que cada país adotou para conter a pandemia e que restringem as viagens internacionais.
“Sem certezas ainda quanto à eficácia e alcance da vacina contra a COVID-19, com a prevalência do confinamento em muitos países e algum receio generalizado, a primeira metade de 2021 deverá continuar a levar os viajantes a descobrir as preciosidades dos seus próprios países”, justifica a eDreams, que cita um estudo da Squaremouth, segundo o qual, a nível europeu, as viagens locais somaram 48% do total no Verão do ano passado, um aumento de 15% em relação a 2019.
O estudo da eDreams prevê ainda que também as viagens de sonho sejam uma tendência este ano, uma vez que os turistas vão aproveitar para conhecer sítios que sempre desejaram depois de tanto tempo de confinamento, assim como o ‘slow travel’ e o turismo que promova uma desconexão do mundo, pois a pandemia levou muitos viajantes a procurarem um turismo mais tranquilo, com um ritmo mais lento e que privilegia o contacto com a natureza.
“Segundo os especialistas, a procura pelos locais mais famosos e turísticos vai decrescer e vamos ver uma subida nas viagens de comboio, bicicleta, no aluguer de carros e nas roadtrips. Estes meios de transporte remetem-nos para viagens a espaços mais naturais e/ou secretos, com menos pessoas e maior segurança”, aponta a eDreams.
A par destas tendências, o estudo da eDreams ODIGEO indica que tendência como a segurança, higiene e flexibilidade se devem manter em 2021, depois de já se terem verificado no ano passado.
“Naturalmente, os viajantes procuram cada vez mais garantias sobre higiene e segurança nas suas viagens. O Google Trends revela um aumento acentuado e constante de pesquisas por expressões relacionadas, como “máscara avião”, desde o início da crise”, aponta a empresa, sublinhando que, além da preocupação com a segurança, os turistas estão também preocupados com a flexibilidade de cancelamento, “de forma a poderem gerir situações imprevisíveis e em constante mudança”.
“A indústria das viagens necessita de se adaptar a esta realidade flexível, proporcionando aos seus clientes cada vez mais confiança para marcar viagens, sabendo que o seu dinheiro está a salvo”, acrescenta a eDreams, que lançou serviço de datas flexíveis que inclui seguro COVID-19 em todos os bilhetes marcados (quando tal já não está coberto pelas próprias companhias de aviação).