SHotels quer crescer no território nacional
Actualmente com cinco unidades hoteleiras, a Sonae Capital tem intenções de alargar o seu portfólio.

Raquel Relvas Neto
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Recentemente, a Sonae Capital lançou uma marca ‘umbrella’ para os seus hotéis: a SHotels. Pedro Capitão, director de hotelaria na Sonae Capital, explica os objectivos e por onde passa a expansão da marca.
As unidades hoteleiras da Sonae Capital passaram a apresentar uma nova marca: S.Hotels. Assim, as cinco unidades – Porto Palácio Congress & Spa, The Artist Porto, The House Ribeira, Aqualuz Troia e Troia Residence – passam a estar identificadas com um cunho comum.
Pedro Capitão, director hotelaria da Sonae Capital, explica que a marca surge “em resultado da necessidade de comunicar o portfólio de hotéis da Sonae Capital, sobretudo com o trade. Queremos que a marca simbolize um compromisso de qualidade mas que não se sobreponha à personalidade e marca de cada hotel”.
Actualmente com cinco unidades hoteleiras, a Sonae Capital tem intenções de alargar o seu portfólio. “Estamos sempre atentos ao mercado e ao aparecimento de novas oportunidades para a marca The House no segmento de hotéis boutique urbanos e, nessa linha, perspectivamos ter novidades muito em breve, que comunicaremos em momento oportuno”.
Os centros urbanos do Porto e de Lisboa estão na lista de prioridades do grupo português, sendo que Pedro Capitão indica estarem atentos a projectos em ambos os destinos.
Questionado acerca da possibilidade de avançarem para as ilhas portuguesas, o responsável refere que “são destinos a ponderar” tendo em conta a performance nas ilhas nos últimos anos, “mas sempre numa perspectiva de garantir a sustentabilidade dos projectos”. “A nossa estratégia actual está unicamente focada na consolidação e crescimento em território nacional”, complementa.
Estado do país
Entende que ainda existe espaço em Portugal para novas unidades hoteleiras, desde que essas sejam “projectadas na localização certa e com os ‘economics’ correctos, do ponto de vista de investimento e exploração, que garantam a sua sustentabilidade, apesar de estarmos numa fase do ciclo em que o crescimento da oferta esta a acelerar face ao crescimento da procura”. Para Pedro Capitão é “fundamental mantermos as condições de crescimento da procura”.
Quanto aos preços na hotelaria nacional, o responsável da Sonae Capital considera que “o sector tem trabalhado positivamente para que o destino se afirme como referência no acolhimento”. “Continuamos a ser um dos destinos mais acessíveis e com uma excelente relação qualidade/preço.
Contudo, quando olhamos para outros países, percebemos que uma realidade mais ajustada aos preços praticados nos outros destinos permitiria garantir maior sustentabilidade para o sector”, observa. Pedro Capitão defende um trabalho conjunto: “Se os ‘players’ do sector trabalhassem mais com base numa estratégia de promoção comum, estou certo de que conseguiríamos afirmar-nos também no segmento de valor para além da afirmação que já temos pela beleza do destino”. Neste âmbito, aponta vários desafios que a hotelaria nacional ainda encara, alguns dos quais permanentes.
“Em algumas localizações o maior desafio, actualmente, é manter a qualidade do serviço perante um aumento da procura e do crescimento das taxas de ocupação face ao valor pago. Alguns destinos, enfrentam de forma mais proeminente a sazonalidade que ainda é um obstáculo à rentabilidade e sustentabilidade”, sustenta, sem deixar de referir aquele que julga ser o verdadeiro desafio: a comunicação do destino.
“Temos que manter um fluxo de comunicação forte e eficaz – à semelhança da aposta que tem sido feita – para que o destino se mantenha no topo das preferências e este desempenho de que gozamos actualmente, não seja apenas uma tendência temporária, mas permanente”, conclui.