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“Agências continuam a ser canal privilegiado”

Com 40 anos de carreira na TAP, Ricardo Lo Presti é o novo director-geral comercial da companhia aérea, assumindo, também, o departamento relativo às Vendas em Portugal. Em entrevista ao Publituris, o profissional apresenta-se ao trade nacional.

Patricia Afonso
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“Agências continuam a ser canal privilegiado”

Com 40 anos de carreira na TAP, Ricardo Lo Presti é o novo director-geral comercial da companhia aérea, assumindo, também, o departamento relativo às Vendas em Portugal. Em entrevista ao Publituris, o profissional apresenta-se ao trade nacional.

Patricia Afonso
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Com 40 anos de carreira na TAP, Ricardo Lo Presti é o novo director-geral comercial da companhia aérea, assumindo, também, o departamento relativo às Vendas em Portugal. Em entrevista ao Publituris, o profissional apresenta-se ao trade nacional.

Ricardo Lo Presti TAP

Como a oportunidade para assumir a direcção de vendas da TAP?
Tenho 40 anos de TAP. Fui convidado para vir para aqui porque havia uma necessidade de rever certas posições de representação lá fora, justamente na óptica da nova direcção. E pensaram que tinha o perfil necessário para aceitar este novo desafio.

De que forma é que a sua experiência, nomeadamente internacional, pode beneficiar este departamento?
Acho que bastante. Hoje em dia, mais de 60% da nossa receita vem do estrangeiro, portanto temos que conhecer sempre melhor o que acontece lá fora, como funciona, quais são as várias tendências da indústria e como podemos acompanhá-las. E estamos cheios de desafios, todos os dias. Isto, à parte das crises que existem. Importarmos know-how é bom para empresa. Os desafios existem e são os mesmos para qualquer companhia aérea europeia. Todas sofrem de uma concorrência benéfica para o consumidor final por parte das companhias low cost. Lançámos outros produtos a nível tarifário que poderão permitir concorrer melhor nesse aspecto.

Já está em contacto com as agências de viagens e operadores turísticos nacionais?
Já tivemos contacto com as entidades oficiais da indústria, nomeadamente a APAVT e a CTP. A partir de Setembro, vou começar a visitar e conhecer os responsáveis pelas grandes contas. Temos dois canais de vendas grandes: o flytap e as agências de viagens, que continuam a ser o canal privilegiado. Temos que as proteger, defender e continuar a trabalhar com elas.

Mudanças
O que vai acontecer no departamento de vendas da TAP?
Vamos fazer um grande trabalho, mas ainda não posso entrar em detalhes. É a mudança de uma realidade de cobertura geográfica comercial para uma realidade de cobertura por segmento de mercado. Existem dois grandes segmentos, o corporate/business, nomeadamente as agências DMCs; e, do lado do leisure, os OTAs, TOs, retalhistas. E é nessa óptica que vamos tentar reorganizar as vendas, de modo a satisfazer mais depressa e com mais eficácia as necessidades de cada um destes canais, que não são idênticas. Por isso, temos que ter pessoas bem especializadas a tratar destes assuntos. Até aqui, e ainda temos de pé esta estrutura [por altura da realização desta entrevista, em meados de Agosto], temos tido um director de vendas e quatro ou cinco assistentes responsáveis por determinado mercado no estrangeiro. Mas, com o andar do tempo, as mudanças e o que vemos a nível internacional, esta já é uma estrutura demasiadamente tradicional e temos que optar por uma coisa mais recente, e que já foi implementada noutras companhias. Trata-se de uma situação por canal de vendas. A nossa ideia é criar algo mais eficaz. Vamos mudar para uma estrutura por canais: o business, onde está incorporado o travel corporte, das DMCs; e o leisure; o direct sales, que são as nossas lojas, o nosso call center e o flytap.

JU7A4114O que vai acontecer com o mercado português?
Absolutamente nada. O meu colega Gil Trigo foi chamado para uma função muito importante que é o director do CCO, do controlo operacional da empresa. E visto que estamos, justamente, numa situação de mudanças, eu vou assumir as funções do mercado português. No entanto, vou assumi-las do ponto de vista oficial. Do ponto de vista prático – foi já apresentado na APAVT – é a própria Ana Paula Carvalho que vai continuar a manter o relacionamento com as agências de viagens, entidades institucionais e imprensa.

Que mais-valias é que estes novos accionistas trazem à TAP neste âmbito?
Acho que se a TAP, hoje em dia, tem demonstrado uma certa vontade de mudança, de se implementar melhor nos mercados, fazer novas apostas – como nos EUA -, é o facto de termos um novo acionista que nos permite ter recursos. Sobretudo recursos. Esta é uma companhia que apresenta bons resultados, mas que, depois, no fim, esses acabam por não ser bons. Por vários factores. Há uma grande mudança na empresa. Nós somos os vendedores. Quem produz o produto, os valores, assentos, é a nossa rede, agora liderada por Elton de Souza, que vem de fora e está a revolucionar toda a aceitação do tráfego. Há um estreito relacionamento entre os nossos departamentos justamente para encontrar um equilíbrio.

MERCADOS
Há uma quebra no Brasil e Angola; e a Venezuela não está na melhor das situações…
Esses são os tais factores exógenos, circunstanciais, que afectam a TAP como qualquer outra companhia que opera nessas regiões.

Sem dúvida, mas há uma aposta clara da TAP nos EUA. Este mercado é a salvação para estas quebras?
Acho que os EUA já estavam na mira há muito tempo, faltavam os recursos. Obviamente que, agora, há recursos e estudos feitos que defendem que os EUA, com o potencial que têm, podem ser uma grande aposta para a TAP. E eu acredito nela, fortemente. Chegar ao nível do Brasil, se calhar demorará alguns anos, mas potencialmente falando não há dúvida que os EUA são um mercado príncipe.

Mas pode compensar parte das quebras neste momento?
Estamos a tentar equilibrar. Eventualmente, estamos a voar menos um voo por semana para Porto Alegre e a pôr o avião em Boston, Nova Iorque ou New Jersey, onde for mais aproveitado.

VENDAS
Como estão a correr as vendas este ano?
As vendas, considerando tudo o que foi visto, estão numa situação razoável. Não foram só as crises que afectaram este plano, há uma vertente muito preponderante nos dias de hoje que é o clima de terrorismo na Europa. Tudo tem um timing, desde Charlie Hebdo, Bataclan, Bélgica, até chegar a Nice. Portugal beneficia desta situação porque as pessoas já não vão à Turquia, ao Egipto, à Grécia. Somos um País considerado muito seguro, estou cá há pouco tempo, mas saí à rua na noite em que Portugal ganhou o Campeonato Europeu de Futebol e foi um ambiente muito bom. O clima é diferente, a qualidade de vida muito boa. Todas estas situações afectaram as nossas vendas, como as de outras companhias. A procura hoteleira em França, por exemplo, caiu 10%. Aqui está a crescer a dois dígitos. A situação de vendas é boa e razoável. Existem elementos exógenos com bastante peso, mas, mesmo assim, os resultados não estão maus. No mês de Julho, as vendas em Portugal estavam a menos 4%. A nossa oferta também foi reequilibrada. Há-de recordar que 2014 foi um ano difícil em termos de regularidade. Hoje em dia, já temos aviões disponíveis para evitar essas bolas de neve. Por isso, e também devido às crises, decidimos reequilibrar a nossa oferta e há uma pequena diluição, que é mais ou menos parecida com a diminuição da procura. A questão de Angola e do Brasil são importantes, assim como, também, a do português que voa menos para França.

Como se dividem as vendas por canal de distribuição?
O flytap anda a volta dos 20/25%. O restante, que são as agências de viagens, é 75%.

E em termos mercados?
O mercado americano está, claramente, a puxar muito, também porque tem mais oferta. No Brasil, apesar da crise, começa -se a ver uma luz no fim do túnel. Parece que a economia está lentamente a recuperar, outras companhias comentam o mesmo, creio que o fundo já foi atingido. Isso, para nós, é importante para podermos manter a nossa posição de liderança. A situação de Angola está em aberto, vamos ver o que acontece. São questões muito políticas que vão além da TAP. A Venezuela é a mesma coisa.

E o mercado português?
No acumulado a Julho, Portugal representa, mais ou menos, 25%. Não se pode dizer que tenha piorado, posso aumentar as vendas, mas o peso ser mais baixo, depende. As vendas em Portugal estão boas.

E em termos de perspectivas para o ano inteiro?
Acho que desde Junho/Julho que existem alguns sinais de melhoria. Também estamos a aprender a conviver com as crises, o que tem um custo. Mas, estamos a fazê-lo. Temos promoções no Brasil, no sentido para Lisboa, o que está a funcionar. Estamos a reabrir certos canais de venda na Venezuela e em Angola, de forma a que possam continuar a comprar. Estamos a tentar abrir os mercados e a ver o desenvolvimento nos próximos seis meses, sobretudo em Angola. Estou a ver uma melhoria significativa, o que também acontece nos ‘advance bookings’.

No próximo ano, já com estas estratégias a serem implementadas, a TAP está pronta para regressar aos seus anos ‘de ouro’?
Claro que sim. Se temos um investidor que entra no capital da TAP, neste caso vários, quer dizer que a companhia vale alguma coisa. Se compramos um apartamento, é porque pensamos que este pode valorizar nos próximos anos, caso contrário não o faríamos. Claro que tem que haver uma gestão com credibilidade junto do conselho de administração. Em princípio, penso que os anos de ouro podem voltar. De onde e de que eixos? Isso seria como ter uma bola de cristal. Mas os EUA são justamente uma aposta. Agora apostámos em Boston, JFK e, no Inverno, vamos ter um voo diário para Miami. Tudo isto permite-nos pensar que se os EUA reagirem bem, como parece que estão a reagir, talvez possamos, a médio/longo prazo, abrir novas escalas. Até porque temos um forte parceiro no mercado, a JetBlue, que nos dá uma grande distribuição. Creio que estamos num momento bom. Complicado na gestão do dia-a-dia porque é muita coisa em movimento, mas é de salutar. Fomos chamados para isto e vamos acompanhar esta dinâmica.

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Edição Digital: Viagem aos bastidores do 50.º Congresso da APAVT, mercado chinês, Florianópolis e dossier sobre seguros

A próxima edição do Publituris destaca a viagem feita a Macau, a convite da APAVT, para visitar a 13.ª edição da MITE, mas também os bastidores do que será o local do 50.º Congresso da APAVT. Uma entrevista a Tiago Brito, diretor do Turismo de Portugal na China, uma viagem a Florianópolis e um dossier sobre o mercado dos seguros de viagem, completam a primeira edição de maio.

Publituris

Durante cinco dias, o Publituris acompanhou a comitiva da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que se deslocou a Macau para a 13.ª edição da MITE e teve oportunidade de conhecer, em primeira mão, os bastidores do 50.º Congresso da APAVT, que se realiza de 2 a 4 de dezembro de 2025, no Andaz Macau.

Antes de conhecer o local onde a APAVT realizará o seu 50.º Congresso, marcando, simultaneamente, os 75 anos da associação, o Publituris esteve à conversa com Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, que fez um balanço da parceria entre a APAVT e a Direção dos Serviços de Turismo de Macau, salientando que “a nossa ambição é continuar a subir os degraus da escada na relação com a China”, destacando que “a porta de entrada no mercado chinês através de Macau e, também, a ideia da porta de entrada na Europa através de Portugal”.

Considerando que a colaboração entre a APAVT e as entidades do turismo de Macau não se esgota com o congresso, em dezembro, Pedro Costa Ferreira, admite que a “ambição de Macau se revigorou e que a confiança entre as partes, nos mercados asiáticos, é muito importante e se tem reforçado”.

Quanto ao mercado chinês e ao posicionamento que os players em Portugal deverão e terão de ter perante o maior mercado turístico emissor, Pedro Costa Ferreira considera que “há algumas dimensões do mercado chinês que colam muito bem connosco” e dá o exemplo da época alta dos turistas chineses – janeiro e fevereiro – se “ajusta bem com o nosso objetivo de quebra de sazonalidade”. E adianta: “o facto de não serem atraídos por praia, mas sim por cultura, pelo interior ou natureza, permite-nos ter mais território turístico”.

Escolhido para receber o 50.º Congresso da APAVT, o Andaz Macau, inserido no Galaxy Entertainment Group (GEG), é, segundo Jessica Chan, Manager – Corporate Social Responsability do GEG, “o local possibilita o impossível”. Ligado diretamente ao Galaxy International Convention Center (GICC), o Andaz Macau é um hotel composto por duas torres, com 715 quartos e suites, e marca uma nova era para a indústria MICE em Macau.

Trata-se de um local de eventos, com 40.000 m2 de espaço flexível, com pavilhão de exposições, uma arena com capacidade para 16.000 pessoas, constituindo a flexibilidade do espaço a grande mais-valia.

De resto, Nuno Carvalho, fundador da Click and Play, empresa responsável pela organização do 50.º Congresso da APAVT destacou no local as “ótimas condições técnicas”, salientando que o objetivo é “ter um congresso imersivo, com recurso a tecnologia e que “surpreenda quem participe no evento”.

A poucas semanas da realização da cimeira da ECTAA (Confederação das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), Eric Drésin, secretário-geral da entidade, afirmou ao Publituris que “a ideia de realizarmos a nossa cimeira em Macau, passa, essencialmente, por reatar uma relação que, de certa forma, foi interrompida por causa da pandemia”. Assim, o objetivo passa por “aproximar estes dois grandes mercados turísticos”.

O Publituris entrevistou, igualmente, Tiago Brito, diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, que, depois de mostrar os indicadores relativamente ao comportamento do mercado emissor chinês para Portugal, traçou os objetivos para o futuro: “alcançar 1 milhão de dormidas e 500 mil hóspedes nos próximos três anos”.

Para que tal aconteça, Tiago Brito reforçou, no entanto, a necessidade de “haver um grau de customização e de adaptabilidade do negócio e do serviço ao mercado chinês”, destacando que “há uma nova vaga de turistas chineses que procuram outras coisas, sítios com mais recato, mas com sofisticação”.

Além da viagem a Macau, o Publituris viajou, também, a convite da Solférias e da TAP, a Florianópolis, destino que conta com praias de areia branca e águas azul-turquesa, tons que contrastam com o verde da serra catarinense e que marcam uma cidade cuja história se cruza com os Açores.

O “dossier” desta primeira edição de maio de 2025 do Publituris é dedicado aos seguros de viagem. O Publituris falou com José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Brokes; Diogo Tomás Pereira, Head de Turismo da MAWDY; Manuel Mariano Ramos, Account Manager em Portugal da Intermundial; José Gabriel, sócio fundador da SGS; bem como com Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal, e todos concordaram que, após a pandemia, a perceção dos viajantes sobre os seguros de viagem mudou, pois o turismo mudou, enfim, o mundo mudou e, hoje, esses mesmos viajantes estão “mais atentos e conscientes” que mais vale prevenir do que remediar, principalmente quando estão fora da sua zona de conforto.

Além do “Pulse Report”, numa parceria entre a Guestcentric e o Publituris que divulga dados quantitativos do mercado de hotelaria independente em Portugal, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Castro (diretor da SkyExpert Consulting e docente em Gestão Turística no ISCE), e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School).

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2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Inês de Matos

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

Inês de Matos

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

Fotos: Depositphotos.com
Sobre o autorInês de Matos

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Distribuição

DS Travel quer chegar às 100 unidades em 3 anos

A DS Travel, do grupo DS (Decisões e Soluções), acredita que, com o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e com o “nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir” a meta das 100 unidades nos próximos três anos, “sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente”, revelou ao Publituris a coordenadora nacional, Marta Almeida, que acrescenta que “o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente”.

 

 

 

Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas, uma rede de agências de viagens que já integra 100 profissionais especializados, “comprometidos com a excelência no serviço ao cliente”, conforme explicou ao Publituris, a sua coordenadora nacional, Marta Almeida. No entanto, disse que, apesar da importância da presença física, “acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel”.

O que é este projeto no concreto? Como funciona?
A DS Travel é a marca do Grupo DS especializada em viagens e turismo que se posiciona como uma nova referência no setor pela sua proposta de valor diferenciadora: criar experiências de viagem personalizadas, com itinerários únicos e um forte compromisso com a valorização do património local e das comunidades que recebem os nossos clientes.

Trabalhamos com uma vasta rede de parceiros – operadores turísticos, companhias aéreas, empresas de rent-a-car e outros fornecedores –, garantindo sempre as melhores condições para quem nos procura, seja numa viagem de lazer, lua-de-mel, ‘escapadinha’, viagem de grupo ou até numa experiência temática.

Qual o número de agências de viagens atualmente? Onde se localizam? Apenas lojas físicas ou também online? Que investimento é necessário e que apoios dá o grupo?
Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas. A nossa rede já integra 100 profissionais especializados, comprometidos com a excelência no serviço ao cliente.

Apesar da importância da presença física, acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel. Este formato permite que profissionais com experiência no setor operem sob a nossa marca, mas sem a necessidade de abrir uma loja física. Trata-se de um modelo mais ágil, Marta Almeida, coordenadora nacional da DS Travel com menor investimento inicial – 1.000 euros –, que oferece total autonomia na gestão da carteira de clientes, criação de itinerários e acompanhamento personalizado, com o apoio de toda a infraestrutura da marca: coordenação nacional e regional, loja DS Travel, departamentos de marketing, comunicação, informática, jurídico, administrativo e formação contínua.

Acreditamos que este modelo híbrido – físico e digital – é essencial para crescer de forma sustentável, acompanhando a evolução do consumidor e o perfil dos novos empreendedores.

Marca jovem, mas com ambições bem definidas
Quantas lojas pretendem abrir e em quanto tempo?
Apesar de sermos uma marca jovem no mercado, temos ambições muito bem definidas. Continuamos a reforçar a nossa presença física em novas regiões estratégicas.

O nosso objetivo é chegar às 100 unidades DS Travel nos próximos três anos. Acreditamos que, com o crescimento da procura por experiências de viagem personalizadas e com o nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir essa meta, sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente.

Qual é a estratégia da DS Travel?
A nossa estratégia passa por continuar a crescer com diferenciação, qualidade e proximidade. Sabemos que hoje as pessoas não compram apenas destinos — procuram experiências que as transformem. Por isso, a nossa aposta é clara: oferecer viagens que contem histórias, que tenham alma e que criem memórias.

Começámos com foco nas lojas físicas, onde o atendimento personalizado é uma prioridade. Mas estamos a evoluir para um modelo mais completo, que integra acompanhamento total: desde o planeamento, ao apoio na viagem (com o acompanhamento de team leaders), até ao pós-venda. Esse contacto próximo garante tranquilidade, confiança e fidelização.

Procuramos, ainda, que cada proposta seja personalizada, com inclusão de experiências locais e itinerários feitos à medida, porque acreditamos que a diferenciação está no detalhe.

Vasta gama de soluções de viagem
O que vendem? Pacotes de operadores ou programas à medida?
A DS Travel oferece uma vasta gama de soluções de viagem, desde pacotes de operadores turísticos até programas totalmente personalizados. Trabalhamos com os principais players do setor, o que nos permite oferecer condições muito competitivas, mas o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente. Seja uma viagem de lua-de-mel, uma ‘escapadinha’ cultural, um cruzeiro ou uma experiência em família, o objetivo é proporcionar algo único.

Além disso, temos vindo a reforçar o portefólio de viagens em grupo com acompanhamento DS Travel, o que nos permite garantir um serviço premium e diferenciado em todas as fases da experiência.

Qual foi o volume de negócios de 2024 e perspetivas para 2025?
2024 foi um ano de consolidação para a DS Travel, em que conseguimos crescer sustentadamente e reforçar a presença da marca no mercado. Alcançámos um crescimento superior a 100% na faturação face ao ano anterior e um aumento acima de 125% nas vendas, o que reflete não só o dinamismo do setor, mas também a confiança que os clientes têm vindo a depositar em nós.

Para 2025, o nosso foco está em acelerar a expansão da rede, alargar a oferta de experiências personalizadas e investir em tecnologia, sempre com o objetivo de proporcionar um serviço mais próximo, eficiente e memorável. Estamos confiantes de que será mais um ano de crescimento sólido e com novas oportunidades de afirmação da marca no mercado nacional.

Complemento com consultoria imobiliária
Todas as agências de viagens têm de ter os outros negócios do grupo?
Não. As agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas muitas das nossas unidades optam por integrar outros serviços.

Lançámos as lojas mistas, em que a área das viagens e do turismo, se complementa com a consultoria imobiliária. Essa sinergia entre áreas de negócio – turismo e imobiliária – traz uma vantagem competitiva clara, tanto para os nossos empreendedores como para os consumidores, que encontram na mesma loja um acompanhamento personalizado e multidisciplinar. No entanto, a decisão de integrar outras áreas do grupo é sempre estratégica e ajustada ao perfil do empresário e ao mercado local.

E a formação?
A formação é uma das grandes prioridades da DS Travel. Acreditamos que um serviço de excelência só é possível com profissionais bem preparados, motivados e alinhados com as melhores práticas do setor.

Garantimos formação contínua e especializada desde o primeiro dia, com conteúdos adaptados à realidade do terreno, abordando desde técnicas de vendas, atendimento personalizado, sistemas de reservas, até ao uso de ferramentas digitais e gestão de negócio. Além disso, promovemos momentos regulares de partilha entre a rede, como reuniões, academias, workshops e sessões de capacitação.

A nossa formação é também um fator de diferenciação — exclusiva, inspirada nas melhores referências do setor e constantemente atualizada para garantir o sucesso das equipas e o crescimento sustentável da marca.

Desafio da digitalização
Que desafios se vos deparam?
O setor das viagens e turismo é extremamente dinâmico e competitivo, o que exige uma capacidade constante de adaptação. Entre os principais desafios que enfrentamos estão a digitalização do setor, a crescente exigência dos consumidores, a fidelização num mercado tão vasto e a atração de talento qualificado.

Além disso, vivemos tempos em que fatores externos, como alterações climáticas, instabilidade geopolítica ou oscilações económicas, têm impacto direto na atividade turística. Por isso, é essencial termos uma estratégia sólida, mas flexível, com foco no cliente, na inovação e na criação de experiências únicas. Estamos preparados para esses desafios — e é isso que nos move todos os dias.

Qual a parceria com o grupo de gestão DIT Portugal?
A associação à DIT Portugal é uma decisão estratégica para a DS Travel. Ao sermos uma marca ainda em fase de crescimento e expansão, é fundamental termos ao nosso lado um parceiro que nos permita ganhar escala, acesso a melhores condições comerciais e soluções tecnológicas avançadas.

Em 2025, estamos particularmente focados no desenvolvimento de uma nova plataforma de CRM, que vai transformar a forma como acompanhamos o cliente — desde a prospeção até ao pós-venda — e potenciar a personalização da oferta. Esta ferramenta será um ponto de viragem na forma como os nossos colaboradores gerem a sua carteira e otimizam a relação com os viajantes.

A DIT tem sido um parceiro importante neste processo de estruturação tecnológica e acreditamos que, juntos, vamos continuar a impulsionar a inovação e a competitividade da rede DS Travel.

Viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel
E novidades?
Estamos a apostar fortemente no digital — não só como canal de comunicação, mas como meio de transformar a experiência de quem nos procura. Estamos a desenvolver novas plataformas de contacto, otimizar os processos internos e a implementar ferramentas que tornem a interação mais rápida, simples e eficaz, tanto para o cliente final como para os nossos operadores.

Queremos chegar mais longe, a mais pessoas, mas sem perder o toque humano que caracteriza a DS Travel. Por isso, o nosso foco está em encontrar o equilíbrio entre tecnologia e personalização: ser digitais, sim, mas sempre com alma.

Em paralelo, estamos também a reforçar o nosso portefólio de experiências únicas, com destaque para viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel, roteiros temáticos e programas customizados. Acreditamos que o futuro das viagens passa pela autenticidade, e é isso que procuramos oferecer.

O que é a DS Travel?
A marca foi lançada em 2022 e conta atualmente com 20 agências de viagens de viagens e 100 colaboradores, proporcionando aos seus clientes um serviço personalizado e inovador, com programas de viagens adaptados aos objetivos, possibilidades e sonhos de cada um, não esquecendo a inclusão de itinerários únicos e experiências inesquecíveis.
Esta rede de franchising disponibiliza, a todos que desejam realizar sonhos e abrir uma agência de viagens, uma sólida estrutura de apoio, bem como todas as ferramentas necessárias para que a sua afiliação possa ser bem-sucedido no seu negócio, nomeadamente: formação, tecnologia, protocolos e parcerias.


Na sua estratégia de expansão tem um novo conceito de negócio para profissionais independentes, que procuram empreender no setor das viagens e turismo, podendo operar sob a marca sem ter de abrir uma loja física, fazendo uma gestão autónoma do seu negócio.
A nova função, segundo a empresa, oferece a flexibilidade de gerir a sua própria carteira de clientes, criar itinerários personalizados e proporcionar experiências de viagem, enquanto beneficia do apoio de toda a infraestrutura da marca. Os novos consultores têm acesso ao software e ao programa de gestão desenvolvidos pela DS Travel, e ainda às parcerias estabelecidas com operadores turísticos, companhias aéreas e com as principais instituições bancárias e financeiras que operam em Portugal. Isto porque, as agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas também optar por integrar outros serviços do grupo como DS Seguros, DS Intermediários de Crédito, DS Private, DS Imobiliária, DS Auto, DS Investismento, DS Rent-a-Car, ou ainda DS Merchandising.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Análise

Edição Digital: Dossier Madeira, Turismo e eleições, KIPT CoLab e Korean Air

A mais recente edição do Publituris faz capa com um dossier dedicado à Madeira mas inclui também vários outros temas, com destaque para o peso do Turismo nas próximas eleições legislativas, para a chegada da plataforma Atriis a Portugal, para o trabalho do laboratório colaborativo na área do turismo KIPT CoLab e para o balanço positivo que a Korean Air faz da operação aberta em setembro entre Lisboa e Seul.

Publituris

A mais recente edição do Publituris faz capa com um dossier dedicado à Madeira, que é composto por uma entrevista a Eduardo Jesus, secretário Regional do Turismo, Ambiente e Cultura da Madeira; um artigo sobre o que de melhor a Madeira tem para oferecer em termos gastronómicos e de natureza e ainda uma entrevista a Sara Marote, diretora-executiva da Associação de Promoção da Madeira (APM).

Neste trabalho, destacamos a garantia deixada por Eduardo Jesus, que se mantém à frente da pasta do turismo na região, à qual junta também o Ambiente e a Cultura, de que a aposta da região se vai manter inalterada e que a prioridade vai continuar a estar na qualidade em vez da massificação.

Conheça também o que de melhor a Madeira tem para oferecer aos turistas ao nível da gastronomia e natureza, num artigo sobre a sofisticação que a região tem vindo a trilhar nestes produtos, que levaram o Publituris até à Madeira ao longo de três dias.

A diversidade da oferta madeirense é, aliás, o tema que deu o mote à entrevista que também publicamos no âmbito deste trabalho e na qual Sara Marote, diretora-executiva da APM, garante que a Madeira se posiciona como “tendo tudo para todos os interesses”.

Mas há muito mais para ler nesta edição, com destaque para um artigo sobre o peso do Turismo nas próximas eleições legislativas, que vão decorrer a 18 de maio. O Publituris foi fazer um levantamento do que os programas dos partidos com assento parlamentar dizem sobre turismo, aeroporto, TAP e Alta Velocidade.

Na seção Distribuição, o tema em destaque é a chegada a Portugal da plataforma Atriis, que se destina às TMC e que promete redefinir os serviços de viagens corporativas.

Em Análise, publicamos uma entrevista com Antónia Correia, CEO do KIPT CoLab, um laboratório colaborativo na área do Turismo, que conta com a participação de organizações académicas e do setor turístico, e que pretende desenvolver projetos de pesquisa e consultoria, com foco estratégico na promoção do conhecimento, do emprego e da competitividade sustentável.

Já na secção Transportes, leia a entrevista a Miguel Rodríguez, sales manager da Korean Air, companhia aérea da Coreia do Sul que, desde setembro de 2024, está a voar três vezes por semana entre Lisboa e Seul. Ao Publituris, o responsável fez um balanço positivo dos primeiros meses de operação e, apesar de não garantir nada, diz acreditar que, dentro de alguns anos, a Korean Air poderá estar a voar diariamente para a capital portuguesa. Além de Lisboa, Miguel Rodríguez diz que a Korean Air tem dados que mostram que o Porto também é “um destino muito interessante”.

Nesta edição, que conta com Check-In, as opiniões são assinadas por Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (secretária-geral da AHRESP), e Silvia Dias (Head of Marketing & Sustainability da Savoy Signature).

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Publituris

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Nuno Costa, CEO da Timeless
Transportes

“Mais do que uma empresa de transferes, somos uma empresa de mobilidade”

Quando abriu portas, em 2019, a Timeless afirmava-se como “uma ‘alfaiataria’ no mercado dos transportes de luxo” mas, seis anos depois, a empresa cresceu e muita coisa mudou. Em entrevista ao Publituris, Nuno Costa, CEO da Timeless, fala sobre a evolução para o setor de ‘leisure & corporate mobility services’, assim como sobre as novidades para 2025 e sobre os desafios que ameaçam o futuro deste setor.

Inês de Matos

Nuno Costa, CEO da Timeless

“Deixámos de ser só uma empresa de transporte do ponto A ao ponto B e passámos a ser uma ponte entre toda a experiência, fornecedores e parceiros envolvidos numa viagem de luxo”, é desta forma que Nuno Costa, CEO da Timeless apresenta, em entrevista ao Publituris, a empresa que nasceu como “uma ‘alfaiataria’ no mercado dos transportes de luxo” mas que tem vindo a crescer e que, atualmente, funciona como “a cola que envolve toda a experiência do cliente”. Por isso, mais do que oferecer transferes, a Timeless é, hoje, uma empresa que “trabalha no setor de ‘leisure & corporate mobility services’” e cuja atenção ao detalhe é a sua principal marca distintiva.
Apesar do crescimento, o responsável queixa-se da falta de regulamentação e organização no setor de ‘leisure & corporate mobility services’. “Este setor não existe. Existem várias associações de autocarros ou de rent-a-car, mas não é o nosso caso, não conseguimos falar a uma só voz”, lamenta o responsável, que fala também na Inteligência Artificial e na sustentabilidade como desafios que estas empresas precisam de ultrapassar.

Quando a Timeless nasceu, em 2019, afirmava-se como “uma ‘alfaiataria’ no mercado dos transportes de luxo”. Seis anos depois, o que é hoje a Timeless?

Na verdade, seis anos depois, a Timeless não deixa de ser o mesmo mas com muitos mais detalhes. Hoje, consideramo-nos uma empresa diferente, que procura no mercado clientes que também tenham essa diferença. E, ao mesmo tempo, deixámos de pensar apenas nessa tal ‘alfaiataria’ e começámos a olhar para a Timeless como uma empresa inserida num setor que gostaríamos que fosse reconhecido como ‘leisure & corporate mobility services’. De hoje para a frente, a Timeless vai adotar essa nomenclatura e gostaríamos que outras empresas do nosso ramo também o fizessem. E também gostaria que não se reduzisse tanto o que é uma empresa de transferes privados – que já não é só isso – e abríssemos mais o nosso horizonte.
Concluindo, não deixámos de ser essa ‘alfaiataria’, contudo, hoje, queremos ser considerados como uma empresa que trabalha no setor de ‘leisure & corporate mobility services’.

Ou seja, a Timeless cresceu e passou a disponibilizar muitos mais serviços do que acontecia nessa fase inicial?

Não temos só mais serviços, falando da Timeless e olhando para o mercado de luxo, o que aconteceu foi que deixámos de ser só uma empresa de transporte do ponto A ao ponto B e passámos a ser uma empresa que é a ponte entre toda a experiência, fornecedores e parceiros que estão envolvidos numa viagem de luxo. Já não chega fazer um transporte executivo ou de lazer de Lisboa para o Porto ou um tour em Lisboa e Sintra. Isso já não é suficiente e percebemos que é nos detalhes e na ligação que podemos fazer entre quem está envolvido nessa experiência, que está a nossa mais-valia.
Portanto, diria que somos a cola que envolve toda a experiência do cliente porque somos nós que temos o programa e fazemos o contacto com o fornecedor ou com o local da experiência, e somos nós que, ao longo deste caminho, vamos passando essa confiança a quem nos visita.

A Timeless, hoje, é capaz de fornecer toda essa experiência?

A Timeless hoje, com os seus clientes, é capaz de fornecer toda essa experiência.
Não trabalhamos diretamente com o cliente final, temos clientes internacionais que têm a mesma filosofia que nós e que olham para o mercado e percebem que o foco são as pessoas. Ou seja, trabalhamos com pessoas para pessoas e quem se enquadra neste conceito consegue sempre evoluir e encontrar novas formas de proporcionar experiências diferentes aos clientes de luxo.
O luxo, hoje, já não é só luxo, são os detalhes. O luxo é, atualmente, um conceito muito mais lato e abstrato, e os players estão identificados, o que não está identificado são os detalhes. O acesso à informação é tão grande que, quem nos procura, já traz um programa definido, já sabe onde quer ir, pelo que temos de nos focar nos detalhes e perceber que é aí que podemos fazer a experiência. Caso contrário, não vamos conseguir atingir esse mercado de luxo.

É essa atenção ao detalhe que diferencia, atualmente, a Timeless da concorrência?

Sem sobra de dúvida. Mais do que uma empresa de transferes, somos uma empresa de mobilidade, como disse, de “leisure & corporate mobility services’.

Mas os transferes continuam a ser parte importante do vosso negócio?

Claro que os transferes continuam a fazer parte e é aí que está a grande diferença. Seja um transfer, um transfer de longo curso, um evento ou um full-day, faz parte de toda a mobilidade.
Atualmente, a mobilidade é a parte mais importante. Qual é a forma de nos movermos do ponto A para o ponto B? Pode ser de comboio, avião, autocarro ou até de trotinete, mas a mobilidade é aquilo que nos permite ver outros destinos e atingir outro nível de conhecimento. Portanto, a mobilidade vai estar sempre presente e, por isso, um transfer ou um serviço idêntico, vai estar sempre dentro desta mobilidade, mas pode-se fazer apenas o transfer ou pode-se evoluir.

E a Timeless evoluiu?

Acreditamos que evoluímos e muito.

90% de clientes internacionais

O que é que um cliente internacional costuma pedir à Timeless quando requisita, por exemplo, um programa para ver alguma coisa em Portugal?

Portugal é um país pequeno, mas que tem uma diversidade enorme. Hoje, essa diversidade é tão grande e temos tanto de diferente para oferecer, que, numa semana, conseguimos começar no Porto e acabar no Algarve, ou começar em Lisboa e acabar no Douro.
Aquilo que tentamos sempre fazer é encontrar os melhor percursos e caminhos, assim como as experiências menos procuradas dentro do luxo. Isso, atualmente, passa muito pelas quintas ou por detalhes como um passeio de balão, uma prova de vinhos ou um passeio de barco, mas também passa pelas pessoas locais, pelos proprietários das quintas ou pela própria pessoa que desenvolve e criou a experiência, que é quem vai dar o conhecimento de como determinada experiência surgiu.
Mas a procura, atualmente, está muito baseada em algumas regiões, como Lisboa, Porto, Douro, Comporta e Algarve.

E qual é o cliente que procura a Timeless?

90% do mercado da Timeless é cliente internacional. O nosso cliente final, maioritariamente, é americano e já era assim no passado, ou seja, não começámos agora a trabalhar o cliente americano, não foi só devido a este crescimento do mercado dos EUA em Portugal. Sempre acreditámos no mercado dos EUA porque temos clientes que já nos traziam este mercado.
Esses 90% de clientes internacionais estão muito focados na América do Norte, mas também temos clientes da América do Sul e muitos do Norte da Europa.
Depois, temos toda a parte dos congressos, incentivos, grupos e eventos, uma vez que temos feito um investimento promocional também no Norte da Europa e mercado asiático.
O mercado asiático está a crescer, ainda considero que seja um mercado emergente, uma vez que grande parte da população ainda não viaja. É um mercado mais complicado de trabalhar mas não deixa de ser um mercado interessante.
Depois, temos cerca de 10% de mercado nacional. Sempre nos focámos no mercado internacional e ainda não queremos entrar no mercado nacional, que tem muita oferta e o posicionamento que pretendemos ter não é o mais indicado para o mercado nacional. Por isso, estamos a analisar a melhor forma de entrar no mercado nacional, queremos fazê-lo de forma diferente, como aconteceu no internacional. Mas a verdade é que também queremos este mercado nacional, já trabalhamos com nichos, nomeadamente na área da banca, comunicações ou eventos, mas ainda temos passos para dar no mercado nacional e estamos a fazer uma análise para entrar de forma diferente.

E como é que a Timeless atrai os mercados internacionais, há alguma promoção ou é através da participação em feiras e eventos internacionais?

A estratégia, neste momento, é muito baseada na recomendação. Vamos a feiras, fazemos alguma promoção externa mas, face ao crescimento que tivemos e à experiência que temos tido, a nossa promoção é muito por contacto direto, temos uma rede de contactos e de clientes que acaba por nos permitir outros contactos.
Neste caso, é o serviço que temos prestado nos últimos tempos que nos tem trazido clientes. E temos clientes que nos procuram porque sabem que temos um serviço diferente e que desenvolvemos soluções de acordo com as expectativas.

Desafios: Digital, IA e sustentabilidade 

Atualmente, os clientes estão mais informados e isso tem levado a algumas mudanças no mercado. No caso da Timeless, quais são as principais mudanças se têm observado no comportamento dos clientes?

É verdade, o acesso à informação é imenso e o conteúdo tem uma velocidade vertiginosa. Aquilo que temos de ter em atenção é como fazemos chegar a informação ao cliente e como é que, com a informação que nos é dada, conseguimos gerir as expectativas dos clientes.
O digital é o futuro, sem sombra de dúvida, e é por isso que também apostamos na transformação digital mas sem perder um dos nossos objetivos que é o contacto direto. Isso leva a que tenhamos de ser mais rápidos na prestação do serviço, na resposta ao cliente e temos de ter outro tipo de posicionamento. Mas é um facto que o cliente está muito mais informado, sabe exatamente o que quer e como quer.

E isso para uma empresa como a Timeless é uma vantagem ou desvantagem?

É um desafio. É por isso que digo que a diferenciação, hoje em dia, passa pelo detalhe porque não temos propriamente novidades para apresentar, toda a gente sabe que quintas existem e que podemos fazer serviços do ponto A ao ponto B.
E também não é novidade a viatura que vamos usar, porque as outras empresas também têm boas viaturas, o que é novidade é o detalhe, é a forma como fazemos chegar o produto e a experiência que o cliente pode ter connosco.

Outra área que está a trazer muitos desafios ao setor do Turismo é a Inteligência Artificial (IA). No caso de uma empresa como a Timeless, que impacto pode ter a IA?

Vai ter, certamente. Desde que abrimos a Timeless, sempre soubemos que tínhamos de abraçar a área digital, que seria algo que tinha de fazer parte de nós e um dos grandes investimentos que temos feito é em software próprio.
Vemos a IA como fundamental, essencialmente no que respeita ao detalhe ao erro. Por exemplo, atualmente, recebemos as reservas e toda a informação por e-mail e estamos a dar os primeiros passos na IA para ler os e-mails e toda a informação que lá está. Isso faz com que passe a haver uma revisão nos e-mails e na APP, de forma a fazer um match da informação e confirmar se está tudo certo. Quando não está, somos avisados das incongruências.
É uma solução que ainda não está pronta, está em desenvolvimento, mas achamos que vai ser essencial.

Tenho também uma questão sobre sustentabilidade, um tema que, atualmente, está muito presente no setor turístico. No caso da Timeless, o que é que está a ser feito a pensar neste tema, há, por exemplo, viaturas elétricas na vossa frota? E qual é o feedback dos clientes, esta é uma questão que os preocupa?

Acho que ainda estamos a anos-luz de uma sustentabilidade para todo o tipo de transportes. Se temos clientes preocupados com a sustentabilidade e com as alterações climáticas, temos. Mas, se me pergunta se, à data de hoje é viável fornecer uma experiência 100% sustentável, não é. E não é por causa da viatura, é por tudo o que está envolvido, ou seja, a falta de postos de abastecimento, o tempo que se leva a fazer um carregamento na viatura, os locais onde estão esses postos de abastecimento e, se olharmos para um programa de seis ou sete dias, que começa em Lisboa mas vai ao Porto e ao Douro, tem de ser algo muito planeado e sem fugir ao programa, ou seja, ficamos sem margem para adicionar qualquer elemento surpresa. Se o cliente quiser, por exemplo, efetuar uma paragem ou se quiser alterar o circuito, é um problema, não o conseguimos fazer porque não estamos preparados para, a qualquer momento, fazer uma recarga na viatura.
Portanto, temos viaturas elétricas e usamo-las para fazer um full-day local, em Lisboa, no Porto, por vezes também nos transferes diretos entre Lisboa e Porto, mas, depois, a viatura tem de ficar retida para carregamento. É aqui que está o problema porque somos uma empresa que visa a rentabilidade e se uma viatura está horas parada, não ganhamos dinheiro.
Mas, sim, é uma preocupação. Internamente, aquilo que temos tentado fazer é a nível de operação e temos tudo, cada vez mais, informatizado e reduzimos o consumo de papel. Claro que queremos passar para as viaturas, mas isso ainda é um sonho, talvez um dia, mas estamos longe disso.

Dar voz ao setor da mobilidade

Há seis anos, a Timeless considerava que também a regulamentação deste setor era um desafio. Qual é a visão atual, a opinião mantém-se ou deram-se passos positivos?

Mantenho a opinião. Acho que é o próprio setor de leisure & corporate mobility services que continua a ser critico, ou seja, não há apenas falta de regulamentação porque este setor não existe, existem várias associações de autocarros ou de rent-a-car, mas não é o nosso caso, não conseguimos falar a uma só voz. E temos de ter em atenção que as empresas como a nossa, a nível nacional, são cada vez mais. A oferta já é substancialmente maior do que era há seis anos e o mercado continua a olhar para nós como um mal necessário.
Reforçando o que já disse, somos nós quem faz as pontes e que funcionamos como a cola disto tudo, seja a nível de experiências privadas, seja a nível de luxo, seja a nível de eventos. Mas não somos olhados por ninguém como um setor relevante porque não somos fortes todos juntos.
Uma coisa é a concorrência e outra coisa é trabalharmos em prol de um bem comum. As rent-a-car também são concorrentes uma das outras, assim como os hotéis, mas todos eles defendem o mesmo e estão unidos nas suas associações, onde se protegem. No nosso caso, não conseguimos fazer isso, era algo essencial para falarmos a uma só voz e termos regulamentação, para termos mais força junto das entidades estatais e entidades ligadas ao turismo.
Sentarmo-nos à mesa nas grandes decisões do setor a nível nacional, seria um ponto muito relevante para as empresas que atuam na área da Timeless.

Não há qualquer sinal de que se possa constituir uma associação e criar também esse lobby?

Não vejo ninguém a fazer isso mas acho que seria importante. Quem o fizesse, teria o nosso apoio.
Seria algo para ser visto como uma proteção do próprio setor, das próprias empresas, e não como um aproveitamento para promover o próximo. Acho que há muito interesse nisso.

Se isso acontecesse e fosse criada uma associação para esta atividade, qual seria a principal reivindicação?

Acho que as preocupações seriam ao nível da regulamentação e legislação, mas também de incentivos fiscais e estruturas, e apoios.
Posso dar um exemplo prático. Trabalhamos o setor do luxo e dos transportes privados, que serviço posso dar a um cliente que chega ao Aeroporto de Lisboa, mas onde nós não temos uma área reservada? Falando de mobilidade de forma aberta, mas sem comparar o nosso serviço com os outros porque todos são essenciais na mobilidade, o certo é que os táxis têm o seu serviço e têm a sua zona, os autocarros a mesma coisa, o rent-a-car também e até os TVDE já têm a sua zona no aeroporto. Nós não temos nada, portanto, só posso perguntar: onde é que isto nos coloca?
Dá a ideia de que somos o parente pobre da mobilidade, mas nós não nos consideramos o parente pobre. Há aqui várias variáveis que não estão a ser tidas em conta e que, enquanto não conseguirmos em conjunto perceber exatamente o que temos de fazer, não vamos dar esse passo em frente.
No que diz respeito a regulamentação, a reivindicação vai ao encontro de quem pode ser uma empresa de leisure & corporate mobility services. Essa regulamentação iria ajudar-nos em muita coisa, desde logo separando o trigo do joio, como se costuma dizer.

Balanço de 2024 e expectativas para 2025

O ano passado voltou a bater recordes no turismo nacional. Para a Timeless, como foi 2024, foi também o vosso melhor ano de sempre?

Foi o melhor ano de sempre. Temos seis anos, o nosso histórico ainda é curto, mas temos tido um crescimento em volta dos 50% nos últimos anos.
E isso tem acontecido não apenas com novos clientes, mas com a base de clientes que já temos porque os nossos clientes âncora estão a crescer.
Também estamos a entrar em novos mercados, estamos a ter novos clientes com novos desafios que estão agora a dar os primeiros passos connosco e 2024 foi efetivamente um ano desafiante mas positivo, bastante positivo.
2024 foi positivo ao ponto de começarmos a preparar 2025 mais cedo. Estamos com boas perspetivas para este ano, mas não acreditamos que o crescimento seja idêntico a 2024, até porque evoluímos bastante e a tendência é que se comece a estabilizar. No entanto, os clientes emergentes que estão a chegar agora, dentro de dois anos poderão estar ao mesmo nível dos clientes âncora que já temos.
Portanto, temos boas perspetivas para 2025 e a digitalização e as novas soluções de aplicações informáticas e de software que estamos a desenvolver, vão tornar a empresa mais produtiva e mais rentável.

As marcas da pandemia já foram ultrapassadas?

Qualquer pandemia deixa sempre marcas mas, sinceramente, já está ultrapassada. Temos de aprender com os erros e com as situações que o mundo nos coloca, mas temos de olhar para o futuro.
Esse período trouxe desafios, mas ensinou-nos que, se fizermos uma boa preparação para o ano seguinte, é muito mais fácil operacionalizar.
Mas, felizmente, já foi. Neste momento, temos as guerras e há vários fatores e variáveis que não controlamos, temos é de conseguir estar preparados para, nessas alturas, ter ferramentas para estabilizar as empresas e, ao mesmo tempo, tentar evoluir quando elas passarem.

Internacionalização

Há pouco referiu também que a Timeless vai tentar entrar noutros mercados. Que mercados são esses, estão previstas novidades já para 2025?

A grande novidade para este ano é, dentro do leisure & corporate mobility services, a aquisição de um catamarã com capacidade para 18 pessoas, que vai começar a operar em Lisboa, este mês.
Gostaríamos de começar a fechar ciclos, ou seja, olhando para a mobilidade, desde os serviços terrestres, aos serviços marítimos, a serviços aéreos. O objetivo é fechar este ciclo, se estamos na mobilidade, vamo-nos manter na mobilidade.
Portanto, uma das grandes novidades para 2025 é a aquisição do catamã para o mercado de luxo. Vamos fazer essa apresentação em breve e, nessa altura, vamos dar mais detalhes. Acreditamos que será mais um trunfo.
A nível de mercados, vamos continuar a apostar nos mercados em que já estamos e já deixei a semente quando falei no mercado nacional. Estamos a tentar perceber como é que é possível apostar no mercado nacional.

E a nível de internacionalização dos serviços, por exemplo, se um cliente pedir à Timeless um tour em Espanha, a empresa pode oferecer esse tour?

Sim, já somos Ibéricos. Não podemos olhar apenas para Portugal, temos de olhar para a Península Ibérica, da mesma forma que Espanha olha para o mercado ibérico.
Espanha quando vende e promove os serviços, já promove esse mercado ibérico e, muitas vezes, consegue ter os clientes que fazem Espanha e Portugal ou Portugal e Espanha. Mas a Timeless, com este posicionamento, já consegue servir o cliente em Portugal e Espanha, comece a viagem em Portugal ou em Espanha.
Voltando um pouco atrás, quando falamos de sustentabilidade, a pergunta que muitas vezes faço é: o que é que consome mais, um avião ou um carro de vai de Lisboa para Madrid? Por outro lado, que tipo de experiência posso oferecer a um cliente que prefere viajar de carro? O cliente ganha a possibilidade de ter uma experiência gastronómica no Alentejo, parar na zona de Mérida e ter uma experiência cultural ou na zona de Toledo e ter uma experiência histórica. É possível oferecer muito mais.
Portanto, já somos uma empresa ibérica, já fornecemos serviços em Espanha, é verdade que estamos a dar os primeiros passos e que ainda não sei se esta evolução vai ter um crescimento idêntico ao que teve em Portugal, mas penso que, num futuro próximo, poderá ter.

Quantos colaboradores já tem atualmente a Timeless?

Neste momento, temos uma equipa de 20 colaboradores, entre operações, atendimento, programação e gestão.
Quanto a motoristas, trabalhamos com dois tipos, internos e externos.

E como é que vê a Timeless daqui a seis anos?

É uma boa questão, mas, com este fecho de ciclo e olhando para a mobilidade, vejo a Timeless a conseguir oferecer aos clientes qualquer tipo de experiência que esteja relacionada com a mobilidade. E muito mais ibérica do que hoje.
Não queremos ser grandes, queremos ser diferentes. O ser grande traz desafios distintos, mas o grande desafio atualmente é a diferenciação, não é a grandeza.
Portanto, vejo a Timeless a conseguir fechar um ciclo de mobilidade, só o tempo e as condições do mercado o dirão.

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“Crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e aumento da aerogare”

No arranque das comemorações dos 30 anos da criação da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, o Publituris falou com Luís Pedro Martins que assume a liderança da associação e da Entidade Regional de Turismo. Certo é que a criação da associação trouxe mais à região Norte, salientando Luís Pedro Martins que, para o futuro, é preciso investir. Até lá, admite, é preciso olhar para os aeroportos do Porto e Faro.

Victor Jorge

Foi a 26 de março de 1995 que foi fundada a Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Em entrevista ao Publituris, Luís Pedro Martins, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), bem como da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, recordou a evolução da região ao longo das últimas três décadas. E se em 1995, o Norte registava 2,4 milhões de dormidas (95,6% das quais de turistas nacionais), atualmente, a região regista 14,1 milhões de dormidas anuais (+487% face a 1995), com um aumento de 858% nas dormidas de turistas estrangeiros.

E se há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, hoje são 16 milhões. Por isso, e para que o crescimento possa acontecer, terá de apostar-se na “construção de uma segunda pista e no aumento da aerogare”. Além disso, e uma vez que o Novo Aeroporto de Lisboa só estará pronto, segundo aposta Luís Pedro Martins, “não antes de 15 anos”, há que olhar para os dois aeroportos a Norte e a Sul.

As comemorações dos 30 anos da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal arrancaram no dia 26 de março. Que importância teve, tem e terá a associação para o turismo do Porto e Norte?
Foi, de facto, há 30 anos que se fundou a Associação de Turismo do Porto e Norte, primeiro como Convention Bureau. Uma associação que nasceu pela visão do presidente da Câmara do Porto da altura, Fernando Gomes, que iniciou com a sua vereadora da Cultura e Turismo, Manuela de Melo, que acabou por ser a primeira presidente da associação, este caminho e que perceberam a importância de o Porto apresentar-se como um destino internacional para captar os mercados externos.

Na altura, o Porto ainda era curto, era curto para se poder apresentar nas grandes feiras internacionais. Tanto o Fernando Gomes como a Manuela de Melo tiveram o cuidado de primeiro ir a Berlim, a Madrid, a grandes feiras internacionais, conhecer o terreno e perceberam que apenas o município não chegava. Então constituíram a associação chamando municípios vizinhos, mas também, e achei muito interessante essa ideia inicial, as empresas. E não só as empresas per si, mas também as associações de empresas, a Associação Comercial do Porto, a Associação de Comerciantes, a hotelaria, restauração, e foi assim que, de facto, nasceu este primeiro projeto, ganhando escala logo numa leitura muito interessante. Ou seja, a região iria precisar de um Porto, de facto, forte e que se posicionasse internacionalmente, mas também, em boa verdade, o Porto iria precisar de levar outros argumentos para além do Porto, de levar também o Minho, o Douro e Trás-os-Montes.

Foi assim que se iniciou esta caminhada, que foi evoluindo, foram entrando sempre cada vez mais associados, a Câmara presidindo durante muitos anos, até há pouco tempo, em 2019, em que num Memorando de Entendimento com a Entidade Regional de Turismo, e a convite do presidente da Câmara Municipal de Porto, Rui Moreira, se achou que estavam criadas as condições para podermos criar algo que unisse as duas entidades, e convidar o presidente da Entidade Regional de Turismo para presidir às duas entidades, mantendo-se a Câmara Municipal, desde sempre, como vice-presidente.

 

A associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas

 

Que mais valias trouxe a associação ao longo destes 30 anos?
A verdade é que a associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas. Aproveitaram para também perceber que era preciso cuidar da cidade e que a associação lutasse no panorama nacional, junto do Governo para algumas infraestruturas, que hoje olhamos para elas e parece-nos que estiveram aqui desde sempre, mas não é verdade. Se recuarmos 30 anos, o Porto tinha um aeroporto, como dizia Fernando Gomes, um “apeadeiro”, uma estrutura muito pequenina.

Essa luta foi muito importante para termos um aeroporto que é o aeroporto que temos hoje, mas também outras infraestruturas. Percebeu-se, desde cedo, que era preciso uma ligação à Galiza e essa ligação depois foi feita. A questão do metropolitano que, na altura, não estava previsto chegar ao aeroporto e hoje percebe-se que seria um erro. Lutaram e conseguiram.

Ou seja, houve logo um conjunto de medidas que a associação ajudou a refletir e ajudou o próprio município, ou melhor, ajudou a motivar o município para que realizasse também essas lutas. E hoje percebemos que foram lutas, e neste caso das infraestruturas que abordei, fundamentais.

Recordo apenas um número: há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Hoje são 16 milhões. Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente a situação e temos 60% de turistas internacionais.

 

Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente e temos 60% de turistas internacionais

 

A procura pelo Porto e Norte
E o que procuram esses turistas internacionais na região Porto e Norte?
Julgo que os turistas, todos em geral, veem no Porto e em Portugal alguns atributos que nos vão diferenciando de muitos dos nossos concorrentes. Desde logo, a questão da segurança. Apesar de não vendermos segurança, pode até ser ofensivo para aqueles que não a têm neste momento, sabemos que é um atributo, sabemos que é uma das razões pelas quais somos sempre preferidos.

Mas depois há algo que é muito importante e interessante num país tão pequeno, que é a diversidade. E se há região que, de facto, comprova essa diversidade, é o Porto e Norte.

Nós temos tempo para a diversidade nesta região, quando a percorremos. Em cerca de 30 minutos, conseguimos mudar de paisagem, conseguimos mudar de vinhos, conseguimos mudar de gastronomia, de arquitetura. Só não mudamos uma coisa, as pessoas e a forma como elas acolhem quem visita a região. Isso é transversal à região do Norte e, em boa verdade, é transversal ao país.

Somos, de facto, um país com muita diversidade. Durante muitos anos, e era um erro, Portugal vendia apenas Madeira, Algarve e Lisboa. E foi fácil perceber que a partir do momento que o Turismo de Portugal passou a vender também o Porto e Norte, o Centro, o Alentejo, os Açores, que houve uma explosão do turismo. Porquê? Passámos a oferecer muito mais, deixou de ser apenas a praia e o golfe e passámos a ser um destino que vende enoturismo, turismo religioso, termalismo, turismo industrial, touring cultural. Ou seja, surgiram também com estas regiões um sem número de outros produtos que alargaram bastante este cardápio que Portugal hoje oferece ao mundo.

E quais são os desafios que a região do Porto e Norte tem agora pela frente?
Bom, os desafios são, por um lado, continuar a distribuir os turistas pela região, perceber que não somos estes quilómetros quadrados que estão aqui à volta do aeroporto, mas que são 21 mil quilómetros quadrados. Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer. Portanto, a missão é conseguir uma melhor distribuição destes turistas, percebendo que o setor do turismo, embora nem todos concordem, tem um peso e uma força importante, nomeadamente, em territórios onde já outros setores desistiram.

O setor do turismo não só não desiste, como investe, e ao investir está a garantir postos de trabalho, garante um reforço da economia desses territórios. É importantíssimo que o turismo continue este trabalho nesses territórios.

E a ligação entre a Associação e a Entidade Regional de Turismo?
A ligação neste momento é boa e é fácil, uma estrutura, produto turístico, a outra promove-o internacionalmente. E se cada um fizer a sua parte bem feita, os resultados continuam a surgir. Por isso é que sou um defensor, numa expressão bem popular, cada macaco no seu galho, e quando falamos em promoção internacional, saibamos todos qual é o papel de cada um.

Penso que Portugal tem nas suas Agências de Promoção Externa e no Turismo de Portugal duas entidades fantásticas que se articulam muito bem entre si, que fazem bem esse caminho. Nada contra o que municípios ou CIM’s possam fazer em território nacional, nada contra que o possam fazer no mercado alargado.

Há uma feira que já todos admitimos em que isso acontece, que é a FITUR, tudo bem. Agora, estamos a falar de um setor cada vez mais profissional e quando estamos a falar em promoção nas grandes feiras internacionais ou junto dos nossos grandes mercados, aí a coisa tem de ser, de facto, muito profissional, fazer por quem sabe fazer e saber responder nessa promoção a quatro ou cinco questões que o secretário de Estado do Turismo [Pedro Machado], de uma forma muito simples, insiste em apresentá-las. E são elas, saber vender o quê [produtos], depois saber vender onde [mercados], saber vender por quanto [valor] e saber vender com quem [agências de promoção]. Se isto acontecer, juntando a vantagem de sermos um setor que vive em paz, e vai dando resultados dessa paz, mesmo na pandemia o setor soube organizar-se, cooperar e depois sair em grande força, é e será uma fórmula de sucesso. Já passaram muitos secretários de estado do Turismo, de partidos diferentes, PS, PSD, PP, mas em boa verdade este setor é um exemplo como quem chega resiste à tentação de dizer, tudo que está para trás está mal feito, e agora que cheguei eu sou melhor e vou fazer coisas fantásticas. Não, tem-se aproveitado o que se fez para trás e tem-se acrescentado. E acho que isso tem trazido, de facto, grandes resultados ao setor e, por sua vez, à economia, um setor que alguns insistem em dizer que representa muito no PIB, mas porque percebem, talvez, mal a capacidade de arrastamento que este setor tem.

 

Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer

Mas quais são os mercados que o Porto e Norte tem e/ou vai/quer apostar?
Temos de continuar a apostar num trabalho que tem sido feito desde 2019. Recordo a posição dos EUA que eram apenas o sexto mercado nessa altura, mas que por força deste trabalho grande de investimento no mercado, também no Canadá, passaram para segundo mercado na região neste curto espaço de tempo.

Apostar mais ainda no Canadá. Achamos que podemos continuar a crescer no mercado canadiano, mercado muito importante também para nós.

São mercados diferentes?
São mercados muito semelhantes, embora no Canadá exista um conceito muito interessante, talvez devido a temperaturas mais agrestes quando comparado com os EUA. Cada vez mais começamos a registar uma tendência por parte dos canadianos, que é procurar a Europa durante o inverno no Canadá, nomeadamente, pessoas que já estão reformadas, que já o podem fazer, preferem passar o inverno na Europa e depois regressar novamente ao Canadá. Isso é uma grande oportunidade para nós.

Depois continuar a investir no Brasil e agora, finalmente, um olhar do Turismo de Portugal e também das regiões para mercados como o México ou Argentina.

Isto falando do lado do Ocidente. Do outro lado, queremos que 2025 seja, de facto, um grande ano de promoção na Ásia-Pacífico e, desde logo, vamos juntos, todos, para uma presença muito importante em Osaka e, a partir de Osaka, podemos, então, participar com o Turismo de Portugal e com as regiões, com as agências, para prolongar essa estadia no Japão, mas passá-la também para a Coreia do Sul e depois temos ainda explorar Singapura e a China.

Mas são mercados que vão levar mais tempo?
São mercados que têm estado a levar mais tempo, mas penso que os resultados vão surgir, porque são mercados muito importantes, não só pela sua dimensão, mas também pelo seu poder de compra.

Uma questão de ligações
Para isso também é preciso haver ligações aéreas que tragam turistas para o Porto e Norte?
Do lado dos EUA estamos a resolver essa questão e hoje já não é apenas um exclusivo da TAP. Acho importante que a TAP veja o que está a acontecer. Temos agora a Air Canada a voar para o Porto em 2025, numa ligação a Toronto. Temos também a United Airlines que vai permanecendo e bem na região, mas também já temos a companhia brasileira Azul com ligações diretas a São Paulo e também ao Recife. Temos uma grande, excelente, novidade para 2026, que estamos a tentar antecipar, mas pelo menos está fechado para 2026, que é a maior companhia de aviação do mundo, a Delta Air Lines, a fazer a ligação JFK, e reforço, não é Newark, é JFK – Porto.

Temos a Ethiopian Airlines que, quem desconhece, acha estranho porque é uma companhia africana, quem conhece sabe que é a maior companhia africana e que pode também servir outros mercados, e estamos agora a tentar esse reforço.

Há uma companhia que voa para aquelas latitudes e que está a crescer imenso no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que é a Turkish Airlines. Recordo que neste momento estamos com 14 voos por semana para Istambul. Importante também saber que para a Turkish acabou a questão de verão ou inverno IATA, é uma operação anual, o que é uma boa notícia. E poderá crescer ainda mais, segundo a indicação que temos.

Temos algumas companhias que passaram a voar para Lisboa e que também nos servem, nomeadamente a Coreia do Sul, com a Korean Air, que estamos a tentar atrair também para o Porto. Já vieram cá, ao mais alto nível, concretamente, o vice-presidente da companhia, conheceu a região, gostou da região, mas quis fazer, e bem, uma primeira experiência a partir de Lisboa, e ao que sabemos, a operação está a correr bastante bem. Pode ser que isso os anime a também querer uma entrada no Porto.

 

Este aeroporto [Porto] pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas

 

Mas o Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem capacidade para acolher mais voos, mais companhias, mais frequências?
Aí temos um tema importante. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, até à altura da pandemia, estava a crescer 10% ao ano. Isto já é razão mais do que suficiente para merecer um olhar muito atento. Vem a pandemia, o aeroporto, como todos os outros, perdeu tudo. Só que este aeroporto, num ano, recuperou rigorosamente tudo aquilo que tinha perdido com a pandemia. Num ano apenas!

E no ano seguinte, cresce 18%. Agora não está a crescer a 18%, mas cresceu quase 8%. Mas em boa verdade, este aeroporto, que tenha ideia, não há um documento e ninguém quer assumir qual é o número mágico, mas tenho ideia que estaria pensado para cerca de 15 milhões de passageiros. A verdade é que fez 15.900.000 este ano [2024]. Um aeroporto que já atrai mais de 30 companhias e tem mais de 100 rotas.

Um aeroporto que sozinho faz 16 milhões de passageiros quando os três aeroportos vizinhos na Galiza, os três aeroportos juntos, fizeram 5 milhões. Ou seja, há um conjunto de políticas a rever, porque os dados são visíveis e concretos. Dizem-me que há um estudo que permite ao aeroporto crescer até à capacidade de 40 milhões de passageiros sem ter de se deslocalizar, o que é bom, sabendo que vivemos num país onde a localização de um aeroporto demorou “apenas” 50 anos. Portanto, é bom sinal perceber que estamos longe de que nos aconteça o mesmo, mas é claro que isso não acontece sem investimento, sem obra.

Já percebemos que nalgumas horas de ponta já há constrangimento do lado terra, não do lado ar, mas o lado terra é também importante para um bom desempenho do aeroporto, isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare. as chegadas ao aeroporto, o estacionamento, os parques, aí já há momentos, de facto, complicados. Por isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare.

Mas está previsto, há conversações?
Não sabemos, estamos à espera. Gostaríamos de conhecer e temos desafiado para que se torne público, se é que existem de facto esses projetos. Sabemos que está a ser feita uma obra, neste momento, na única pista que existe. Está a ser feita uma obra interessante e que, justiça seja feita, nomeadamente ao diretor do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Rui Alves, está a ser feita sem impacto, durante a madrugada e não temos tido, de facto, relatos de impactos. Mas trata-se de uma obra de manutenção, de melhoramento daquela infraestrutura.

Nós falamos em algo diferente, estamos a falar em ampliar a infraestrutura, porque a capacidade de atração do aeroporto é evidente e também é evidente outra coisa: este aeroporto pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas.

Ainda há pouco tempo ouvia o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, dizer, e com razão, que sabemos que, para além da infraestrutura aeroporto, são precisas outras infraestruturas, nomeadamente, vias de acesso, a ponte, que é obrigatória, mas que ninguém sabe onde vai ser localizada. Sabemos o tempo que demoramos e discussões de localizações e de impactos ambientais e de tudo o resto. Portanto, imagine-se a discussão que ainda está por se abrir. Até, de facto, a infraestrutura estar construída, 15 anos é a minha aposta.

O Porto poderia, por isso funcionar quase como um aeroporto satélite?
Diria mais: Porto e Faro. Temos dois aeroportos, ainda por cima, com esta vantagem de um estar localizado a Norte e outro a Sul. Quem fala destas questões com responsabilidade, tem também de puxar pelo aeroporto de Faro.

Porquê? Porque conseguiríamos aqui o pleno, que era permitir que os mercados, nomeadamente, os de longa distância, que vêm para mais dias, que sabemos que não querem passar uma semana nem 15 dias no Porto, que sabemos que gostam de percorrer o país, mas que têm o constrangimento de regressar ao aeroporto de origem, mas poder entrar pelo Norte, percorrer o país, passando por Lisboa, terminando no Algarve, e partirem de lá, ou ao contrário, entrar pelo Algarve e depois saírem pelo Norte, isso seria excelente.

Agora temos estas duas infraestruturas que necessitam de investimento e se houver investimento vão ajudar bastante o país.

Costumo dizer sempre, em tom provocatório, que os 300 km que demora chegar a Lisboa para apanhar uma ligação, são exatamente os mesmos que demora a chegar ao Porto. Curioso, mas a geografia é assim, são 300 km para lá e são 300 km para cá.

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Aviação

Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão

Depois de 2024 ter ditado o crescimento do tráfego aéreo em Portugal, que recebeu cerca de 69 milhões de passageiros, as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos estimam que o próximo verão volte a ficar marcados por novos aumentos de tráfego, que deverão voltar a ser acompanhados por várias perturbações, fruto da capacidade esgotada dos aeroportos nacionais e de novas greves, entre outros desafios que devem marcar a época alta da aviação em 2025.

Inês de Matos

No verão do ano passado, cerca de 39% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais experimentaram algum tipo de perturbação nos seus voos, numa tendência que se mantém há alguns anos e que, segundo as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, se deverá voltar a manifestar também este verão, até porque Portugal é cada vez mais visto como um destino turístico de referência, o que tem levado a um aumento da procura de voos para o país e do número de passageiros aéreos que Portugal recebe.

“Naturalmente, na AirHelp não conseguimos prever o que vai acontecer no futuro, mas se o verão passado servir de exemplo, podemos antecipar algumas tendências que poderão ocorrer. Em primeiro lugar, esperamos um aumento da procura de voos, uma vez que Portugal continua a revelar-se um destino de viagem cada vez mais popular, especialmente cidades como Lisboa e Porto”, começa por dizer ao Publituris a AirHelp, confirmando que a sua base de dados mostra que “um número crescente de passageiros tem voado para Portugal”.

E 2025 não deverá ser diferente, uma vez que, acrescenta a AirHelp, “com um crescente número de companhias aéreas europeias e de longo curso a aumentar o número de rotas e voos para Portugal”, a previsão é que exista “um desenvolvimento das rotas internacionais, com as companhias a adaptarem-se à procura por parte de turistas e de viajantes de negócios”.

Opinião idêntica manifesta o advogado Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, que lembra que, em 2024, Portugal foi o “9.º maior mercado aéreo da Europa” e registou um crescimento de 12% no turismo internacional, números que o levam a mostrar-se convicto de que “o próximo verão deverá voltar a bater recordes”, uma vez que “as operações aéreas em Portugal vão certamente continuar a aumentar este verão, e os aeroportos já estão a preparar-se”. “A AirAdvisor prevê um crescimento do tráfego aéreo, com aumento médio de 3,7% nos voos para 2025, atingindo os 11,1 milhões de voos”, refere o responsável, que lembra que o Aeroporto de Lisboa tem em curso “um projeto de expansão de 233 milhões de euros, enquanto a Horta e Ponta Delgada estão a fazer atualizações nos seus terminais” de forma a lidar com os aumentos de procura esperados.

Novos recordes, os mesmos problemas

O aumento do tráfego aéreo tem levado, segundo a AirHelp, ao aumento também das perturbações nos voos, às quais Portugal não é exceção. “No verão de 2024 assistimos em toda a Europa ao pico em termos de perturbações nos voos. Portugal não foi exceção neste contexto, com greves do controlo de tráfego aéreo a causarem perturbações em julho e agosto, bem como greves do pessoal de assistência em terra e das companhias aéreas”, indica a empresa ao Publituris, sublinhando que os meses de “julho e agosto de 2024 registaram alguns dos números mais elevados de passageiros com perturbações”.

Por isso, a empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos considera que, “atendendo ao que se tem passado nos últimos anos no verão, é expectável que existam perturbações” também nesta época alta. “À medida que mais pessoas viajam para Portugal, os seus aeroportos e sistemas vão ficando cada vez mais sobrecarregados, o que pode levar a uma intensificação dos conflitos laborais dos trabalhadores da aviação sobre as condições de trabalho, o que pode então levar a perturbações nos voos ali operados”, refere a AirHelp, lembrando que, de julho a setembro de 2023, 37% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais enfrentaram perturbações, percentagem que subiu para 39% no verão do ano passado e que, segundo a AirHelp, demonstra “uma tendência para um aumento de ano para ano”.

Anton Radchenko concorda e, apesar de reconhecer que os aeroportos mais movimentados estão “a fazer melhorias antes da época de alta temporada”, defende que estas infraestruturas “ainda têm um caminho desafiante pela frente”, até porque Lisboa não deverá ver a sua capacidade aumentada antes de 2027, esperando-se, por isso, que “este verão provavelmente veja a mesma sobrelotação do verão passado”.

Ainda assim, o responsável lembra que até “houve menos atrasos e cancelamentos no ano passado em comparação com o ano anterior”, pelo que também esta tendência se deverá manter em 2025. “As interrupções de voos caíram de 38% para 36,4% no verão passado, pelo que esperamos que esta tendência se mantenha”, indica Anton Radchenko, prevendo um aumento moderado de 3% nas interrupções de voos em Portugal em 2025 por culpa de desafios como “os problemas operacionais das companhias aéreas, as possíveis greves e o aumento do tráfego aéreo”.

Oportunidades à vista, apesar dos desafios

O certo é que ambas as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos preveem que 2025 traga vários desafios aos aeroportos nacionais, a par de algumas oportunidades.

No caso da AirHelp, a previsão indica que, este verão, “embora a procura de voos continue a aumentar, existem alguns estrangulamentos que o setor da aviação português poderá enfrentar”, a começar pelo facto do “Aeroporto Humberto Delgado estar a funcionar quase na sua capacidade máxima, especialmente durante os meses de verão”. “Recebe atualmente um número de passageiros muito superior ao que foi inicialmente projetado, o que provoca constrangimentos no check-in, na segurança e na recolha de bagagens”, denuncia a AirHelp, que fala também num “número crescente de greves laborais e de questões relacionadas com o pessoal”, que podem “causar perturbações quando se trata de viajar para ou a partir de Portugal”.

Além disso, a AirHelp alerta que, “dado que o setor da aviação ainda está a recuperar da escassez de pessoal provocada pela pandemia de Covid-19, algumas companhias aéreas e aeroportos poderão continuar a enfrentar problemas no recrutamento e retenção de pessoal qualificado, o que tem impacto para os passageiros aéreos”.

Preocupado com os desafios que podem levar a perturbações está ainda Anton Radchenko, que considera que “as questões relacionadas à capacidade em Faro e Lisboa continuarão a ser problemáticas”, existindo ainda “outras preocupações que podem tornar o verão particularmente desafiante para a aviação comercial”, a exemplo dos “problemas da cadeia de abastecimento que têm sido um problema crescente desde há algum tempo”, assim como do “afastamento das metas climáticas de 2050”, o que tem vindo a ser provocado pela “crescente procura de viagens aéreas e crescimento subsequente da indústria da aviação em geral”.

No entanto e apesar dos desafios, também há oportunidades, sendo que tanto a AirHelp como a AirAdvisor são perentórias em afirmar que Portugal pode tornar-se numa referência no que diz respeito à sustentabilidade ambiental na aviação, com destaque o SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

No caso da AirHelp, a empresa destaca que Portugal pode tornar-se numa referência quanto à sustentabilidade “devido ao crescimento contínuo no setor do turismo, bem como à expansão da conectividade regional e doméstica”. “À medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade a nível mundial, o setor da aviação em Portugal pode aproveitar o momento para liderar as práticas de aviação mais ecológica. Os investimentos em aeronaves mais eficientes e sustentáveis, a implementação de programas de compensação de carbono e os Combustíveis de Aviação Sustentáveis ​​​​(SAF) podem melhorar a imagem de Portugal como líder no turismo e na aviação sustentáveis”, explica a AirHelp ao Publituris.

Por parte da AirAdvisor, a perspectiva é semelhante, com Anton Radchenko a considerar que “há grandes oportunidades para o mercado português da aviação no próximo ano”, com destaque para a produção de SAF, “que pode posicionar Portugal como líder do setor, especialmente devido à alocação governamental de 40 milhões de euros destinada a ajudar na descarbonização”.

 

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Edição digital: Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, DS Travel, Japão e dossier Cruzeiros

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ATPNP), que assinalou recentemente três décadas de existência. Além disso, publicamos um artigo sobre o Japão e outro sobre a DS Travel, a fotorreportagem da 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, assim como entrevistas ao CEO da TAAG e ao manager da Camping Car Park. O dossier é dedicado aos cruzeiros.

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A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que assinalou recentemente três décadas de existência.

Ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos 30 anos da associação, ainda que realce que, para o futuro, é preciso investir, defendendo igualmente intervenções no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Além da entrevista a Luís Pedro Martins, esta edição traz também, na secção Destinos, um artigo sobre o Japão, que, este ano, recebe a Exposição Universal até outubro, e que é um dos destaques da programação do operador turístico do Grupo Ávoris, CATAI.

Já na secção Distribuição, o destaque vai para um artigo sobre a DS Travel, que quer chegar às 100 unidades nos próximos três anos, acreditando que o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e o seu modelo inovador de expansão, vão permitir alcançar esse crescimento.

Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

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Flexibilidade é o que caracteriza a Viagens Tempo

A Viagens Tempo posiciona-se no mercado “como um operador turístico de proximidade, flexível, cujo foco é dar atenção e ajudar as agências de viagens a concretizar as vendas e crescermos juntos, para além de oferecer programas que vão ao encontro das expectativas do cliente final”. Quem o diz é o diretor do operador turístico, Ricardo Gordo.

Desde a pandemia que “o nosso crescimento tem sido constante e acredito que vai continuar, de forma sustentável e valores sólidos, adicionando sempre valor ao produto”, garantiu o diretor do operador turístico Viagens Tempo, Ricardo Gordo, em declarações ao Publituris. Sobre o posicionamento da Viagens Tempo no mercado, o responsável refere que “temos de evoluir todos os anos, mas não acredito em mudanças drásticas, crescimentos bruscos e muito rápidos, e sim no caminho que sempre foi alinhado, ou seja, sustentável”, para avançar que o futuro “vai depender também da evolução do próprio mercado”. No entanto, uma coisa é certa, disse: “Temos de estar disponíveis para isso, evoluir com as novas tecnologias, a inteligência artificial, e com destinos emergentes que possam aparecer, sem loucuras, mas mantendo a nossa linha, que é uma empresa familiar, próxima do agente de viagens, e o maior valor que tento imprimir na empresa é a flexibilidade”, realçou.

Nesta linha, Ricardo Gordo é presença assídua nas convenções anuais dos vários grupos e redes de gestão de agências de viagens, tendo a Viagens Tempo sido várias vezes premiada. Para o diretor do operador turístico, trata-se “de uma oportunidade para mostrarmos o nosso produto e, acima de tudo, para mostrarmos que estamos junto dos agentes de viagens, e que nos vejam como um parceiro viável para o sucesso do seu negócio, que os seus clientes vão, cheguem satisfeitos e voltem a viajar. Só assim todos nós ganhamos dinheiro no processo e prestamos o melhor serviço possível”, defendeu, para indicar que, neste contexto, “a nossa maior preocupação é na pré-venda, venda e pós-venda”.

Ásia em evidência
Quanto ao produto, Ricardo Gordo considera que “somos um operador generalista porque vendemos todo o mundo, ou seja, temos produtos que os outros operadores também oferecem. Não vendemos produtos massificados, de charters, nunca foi o foco da empresa, não quer dizer que no futuro não possa vir a ser, mas até agora não está nos nossos horizontes”, para sublinhar que a diferenciação “é feita pela equipa que se mantém na empresa há muitos anos, o conhecimento do produto e aquilo que conseguimos colocar nós próprios naquilo que oferecemos, e o acompanhamento que damos em todo o processo, desde a pré-venda, enquanto o cliente está no destino e no pós-venda”, reforçou.

O diretor da Viagens Tempo recorda que “temos 30 anos, começámos com Portugal e Espanha e agora vendemos praticamente o mundo inteiro, e nos últimos anos temos crescido mais nos destinos longínquos, com grande conhecimento da nossa parte, e onde conseguimos fazer alguma diferença”. Desde a Europa, África, Ásia, “tentamos sempre procurar destinos novos, sem esquecer que o mundo hoje é global e já está tudo descoberto, o que podemos dar é o nosso serviço, o nosso conhecimento e colocar o máximo de qualidade possível naquilo que fazemos”.

Durante a pandemia, que teve efeito transversal a todo o mundo, o primeiro destino a abrir foram as Maldivas, “o que causou um boom de vendas, e na nossa empresa também sentimos isso, e ainda hoje um dos principais destinos da Viagens Tempo são as Maldivas, coisa que não acontecia antes da pandemia”. No entanto, conforme revelou o nosso entrevistado, “o ano passado a Ásia conquistou muito terreno aos outros continentes, numa relação qualidade-preço mais apelativa, ou seja, o Japão e o Vietname foram os destinos que mais tiveram procura, em detrimento de outros como a América Latina que, devido a algumas instabilidades políticas que se verificaram na região, sofreu um pouco mais, mas a Ásia tem sido um dos grandes continentes e uma aposta”.

E este ano? “Sinto que existe uma continuidade do que se verificou em 2024. Os destinos continuam a ser os mesmos, embora a África esteja a subir, com safaris e praias, como por exemplo, o Zanzibar”, adiantou Ricardo Gordo. Se o ano passado foi globalmente positivo, “2025 mantém a tendência de continuidade. Tem-se assistido a uma subida constante, e bastante sustentável, das vendas, e parece-me que o ano também vai correr bem e vai haver um crescimento igual ao do ano passado”, evidenciou. O grosso da programação está praticamente completa e disponível no site do operador turístico.

Três tipo de produtos
A Viagens Tempo, refira-se oferece, essencialmente, três tipos de produtos: Praias exclusivas, circuitos culturais na Europa e um pouco em todo o mundo, e um terceiro, lançado há três anos, que são grupos em partidas exclusivas. Este último “é tipo chave na mão em que o cliente tem tudo incluído e vai com acompanhamento da Viagens Tempo desde o aeroporto de saída até ao regresso, um produto mais específico para aquele cliente que quer ser mais acompanhado, viajar só com portugueses e com guia em todos os momentos. Este produto tem crescido muito, tem-se desenvolvido com bastantes mais partidas, sem descurar os regulares”, reforçou o responsável.

O operador turístico tem sede no Porto, mas, segundo o seu diretor, “a maior parte das nossas vendas provém do sul, e a nossa ideia é tentar vender em todo o país”, explicou, avançando que “temos uma comercial no sul e outra no norte, e toda a nossa parte de comunicação, mas o importante é sermos conhecidos”. Para tal, “temos contratos com todas as agências de viagens do país, e o nosso foco é sempre, estarmos disponíveis, sermos flexíveis e estarmos sempre ao lado dos agentes de viagens para podermos crescer juntos”, concluiu.

Viagens em grupo exclusivos

O operador turístico Viagens Tempo disponibiliza ao mercado uma série de viagens em grupo exclusivos, sempre com acompanhamento do seu pessoal desde Portugal até ao destino. Os preços apresentados no seu site têm sempre taxas incluídas. Desta panóplia de circuitos, destacamos os mais significativos.
Europa Florida – saída especial a 26 de abril (Holanda e Bélgica), cinco dias, sete refeições, para visitar Amesterdão / Volendam / Marken / Keukenhof / Haia / Roterdão / Bruges / Gante / Bruxelas.
À Descoberta dos Balcãs – saída especial a 13 de setembro (Croácia, Montenegro, Albânia e Macedónia do Norte), oito dias, 13 refeições, para visitar Dubrovnik / Podgorica / Bar / Tirana / Ohrid / Skopje.
Templos e Pirâmides dos Faraós – saídas do Porto e de Lisboa a 29 de abril e 14 de outubro, com guia em português, nove dias, 14 refeições, quatro noites no Cairo mais três noites de cruzeiro.
Croácia e Eslovénia – saídas especiais a 25 de abril, 7 e 28 de junho, 2 e 23 de agosto e 7 de setembro, sete dias, 11 refeições, visitando Zagreb / Bled / Ljubljana / Postojna / Rovinj / Pula / Rijeka / Parque Nacional dos Lagos de Plitvice / Zadar / Sibenik / Trogir / Split / Dubrovnik.
Índia Encantada e Varanasi – saída especial a 8 de setembro, 10 dias, 16 refeições, para visitar Nova Deli / Jaipur / Forte Amber / Abhaneri / Fatehpur Sikri / Agra / Varanasi.
Uzbequistão – A Magia da Rota da Seda – saída especial a 25 de agosto, nove dias, 14 refeições, descobrindo Tashkent / Khiva / Bukhara / Samarcanda.
Castelos do Loire, Bretanha e Normandia – saída especial a 10 de junho (França), numa viagem de 10 dias com 14 refeições, para descobrir Paris / Tours / Nantes / Vannes / Quimper / Saint-Malo / Mont St. Michel / Caen / Praias do Desembarque / Honfleur / Rouen / Giverny.
Sri Lanka – Entre Templos, Florestas e Vida Selvagem – saída especial a 14 de agosto 2025, 10 dias, 15 refeições, visitando Colombo / Kandy / Ella / Parque Nacional de Gal Oya / Sirigiya.
Estocolmo e Fiordes – A Rota dos Vikings – saída especial a 10 de junho 2025 (Suécia e Noruega), 10 dias, 11 refeições, para visitar Estocolmo / Hammer / Região dos Fiordes / Bergen / Cascatas de Voringsfossen / Geilo / Oslo.
México – Especial Catrinas e Dia dos Mortos – saída especial a 31 de outubro, 11 dias, 16 refeições, visitando Cidade do México / San Cristóbal / Palenque / Campeche / Uxmal / Mérida / Chichén Itzá / Riviera Maya.
Coreia do Sul – Luzes e Tradições – saída especial a 31 de outubro, 11 dias, 15 refeições, descobrindo Seul / Gyeongju / Busan.
Japão Rota dos Samurais – saídas especiais a 8 de junho e 25 de julho, 13 dias, 14 refeições, para visitar Tóquio / Hakone / Odawara / Nagoya / Shirakawago / Takayama / Magome / Quioto / Osaka.
Programa especial com possibilidade de visitar a Expo Osaka 2025.

Os destinos

A Viagens Tempo oferece uma ampla programação na Europa, organizando circuitos culturais que combinam as principais cidades do velho continente. Destaque para as partidas especiais exclusivas para o mercado nacional, pensadas para responder às exigências do cliente português.
Se a opção for algo mais exótico e remoto, o operador turístico programa circuitos e safaris em África, das Cidades Imperiais de Marrocos até ao Reino do Leão; circuitos na América, dos Sonhos do Oeste Americano até à Rota dos Incas; circuitos na Ásia e Oceania, da Índia Encantada à Austrália Didgeridoo; circuitos no Médio Oriente, da Rota da Paz, em Israel, às Lendas da Jordânia; e estadias nas idílicas praias no Índico, de Zanzibar às Maldivas.
Em todos os programas, para garantir o melhor acompanhamento e segurança dos clientes, a empresa disponibiliza ainda de um serviço de assistência em viagem 24 horas.

Sobre o autorCarolina Morgado

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