Câmara Municipal do Porto estuda aumento da taxa turística
Depois de um estudo encomendado pela autarquia ter recomendado o aumento da taxa turística, a Câmara Municipal do Porto deverá agora decidir se sobe o valor cobrado aos turistas por cada noite passada na cidade.
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A taxa turística cobrada aos turistas que pernoitam no Porto deve vir a ser aumentada, avança o Porto Canal, que diz que a conclusão parte de um estudo encomendado pela autarquia que aponta para uma subida para três euros por noite em estabelecimentos do Centro Histórico da cidade e para 2,5 euros nas restantes freguesias portuenses.
O estudo, que foi dirigido por José Alberto Rio Fernandes, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, apurou que, no Porto, por cada um portuense há, atualmente, nove turistas, num rácio que posiciona a Invicta entre as cidades europeias que apresentam um valor mais elevado, mas onde a taxa turística fica entre as mais baixas comparativamente a cidades como Dubrovnik, Veneza, Bruges ou Florença, onde esse rácio é igualmente elevado.
Desta forma, a equipa que procedeu à realização do estudo sugere um aumento da taxa turística, a fixar nos três euros por noite para alojamentos da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Miragaia, Sé, São Nicolau e Vitória e nos 2,5 euros por noite nas demais freguesias.
“Como parte das recomendações internacionais e da alteração das Grandes Opções do Plano, a proposta sugere manter o modelo de cálculo, adaptando-o às novas orientações, resultando numa taxa de 2,81 euros para 2023”, pode ler-se no documento apresentado esta segunda-feira por Rio Fernandes.
O eventual aumento da taxa turística será, no entanto, da responsabilidade da Câmara Municipal do Porto, esperando-se que o tema venha a merecer apreciação na reunião do executivo desta segunda-feira, onde José Alberto Rio Fernandes também deverá marcar presença.
Recorde-se que o valor da taxa atual foi fixado em 2016 e é calculado em função das despesas municipais com serviços utilizados pelos turistas, como transportes e limpeza urbana, tendo a cobrança deste imposto representado, na primeira metade de 2023, mais de sete milhões de euros.