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Meeting Industry

Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE

João Moita, Managing Partner da Tiger Team, reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, diz que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

Carolina Morgado
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Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE

João Moita, Managing Partner da Tiger Team, reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, diz que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

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Carolina Morgado
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Com mais de 30 anos nesta área do MICE, João Moita deixou a administração da Citur em dezembro de 2019, e desde janeiro de 2023 que é Managing Partner da Tiger Team, empresa formalizada em setembro de 2022 e composta por alguns dos ex-funcionários da Citur. “Já fez um ano e está a correr bem”, disse em entrevista que concedeu ao Publituris, explicando que se trata de um DMC puro que “se dedica ao turismo recetivo – grupos de incentivos, congressos e eventos corporativos e culturais, mas também ao outgoing, mas para grupos, e no segmento do Meeting Industry (MI).

“É uma lufada de ar fresco no mercado” sublinhou João Moita, que deu ainda a conhecer melhor a empresa que dirige. “Temos os eventos, os incentivos, as conferências, os grupos de especial interesse, e é esse mercado que trabalhamos. Temos escritórios em Lisboa e no Porto e somos todos profissionais devidamente reconhecidos e conceituados no mercado”. Um nicho que funciona praticamente o ano inteiro, e cuja sazonalidade não tem nada a ver com o segmento de lazer.

Esclareceu ainda que “continuamos na nossa luta lá fora à procura de novos mercados, que as pessoas realizem os seus grupos, os seus eventos e lançamentos de produtos em Portugal, bem como também temos uma divisão que é liderada pelo Rui Martins e que se dedica essencialmente aos grupos de incentivos para fora”, até porque, “com a nossa expertise também podemos realizar grandes eventos e grandes grupos lá fora e, nomeadamente, para empresas do mercado nacional, e tem sido uma receita que tem corrido bastante bem”.

Fácil de pronunciar nos mercados internacionais
A Tiger é uma empresa portuguesa, só de capital nacional, e a designação vem de Travel, Incentives, and Great Experiences, um nome que, segundo João Miota “é fácil de pronunciar nos mercados internacionais, porque continuamos a trabalhar não só os mercados de expressão portuguesa como o brasileiro, mas também temos os nossos mercados tradicionais como a Alemanha, a Inglaterra, França, um pouco de Itália, a Escandinávia, a Holanda que também vai fazendo uns pedidos e, portanto, estando no mercado global é bom ter um nome internacional, fácil de pronunciar e de decorar”.

A empresa, com pouco mais de um ano de existência ainda tem pouca história para contar, mas o facto da sua equipa ser muito experiente nestes segmentos, conhece bem os desafios que se colocam na área do MICE em Portugal. Diríamos até, os velhos desafios, uma vez que, nos últimos anos, muito pouco foi feito ao nível das infraestruturas que permitam que Portugal seja mais competitivo.

“A nossa ideia foi especializarmos numa área que já não é assim tanto nicho para o país, pese embora o facto de faltarem ainda algumas infraestruturas, particularmente neste nosso setor”, apontou o Managing Partner da Tiger Team, realçando que “queremos posicionarmos no mercado de grande qualidade, aliás, os incentivos que temos feito, alguns de grandes dimensões, são de muito bons clientes e de grandes brands internacionais e as pessoas buscam de facto qualidade, mas Portugal continua a ter algumas carências a nível das infraestruturas de apoio para este tipo de segmento, que qualifica bastante o destino. As autoridades deviam dar-lhe um pouco mais de atenção, porque pode também ajudar a que os participantes que veem, e são de qualidade, possam depois recomendar o destino ou virem inclusivamente com as suas famílias no segmento lazer”.

A nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade

A competição continua forte e a aumentar
João Moita reconhece que é uma história antiga, e neste momento, para além de termos como pano de fundo muitas incertezas, muitos problemas e guerras, “estamos num mercado global onde a competição, não só por turistas em lazer, mas por este segmento, continua a aumentar.

Defende que “o mercado está saturado, e precisávamos, para além das estratégias de marketing inovadoras que têm ocorrido, de dar atenção às infraestruturas. Continuo a dizer que não temos, em Lisboa, um centro de congressos de raiz, continuamos a não hotéis de grandes dimensões no país, ou seja, acima de mil quartos que, para este segmento é importantíssimo porque cada vez que há um movimento das 2, 3, 4, ou 5 mil pessoas são necessários 20 ou 30 hotéis o que é muito complicado em termos de logística e não nos tornamos tão competitivos no mercado global”.

E não só: “Outra coisa que nos faz imensa falta, e que existe um pouco por todo o mundo, é um parque temático onde se possa combinar lazer, reuniões, espetáculo, uma infraestrutura que há investidores dispostos a fazê-la e não se consegue, porque não encaixam nos PDM das câmaras municipais, ou porque não há vontade política”. O facto, avançou João Moita, “é que temos alguma dificuldade quando um grupo nos pede um local para se divertir, já não falo de uma Feira Popular, mesmo uma coisa mais pequena, e estou a lembrar, por exemplo, do Tivoli Park em Copenhaga, ou seja, mesmo cidades do norte da Europa, que não têm o nosso clima, oferecem este tipo de infraestruturas, e nós não”.

O responsável lembra que isso podia servir também para criar novos polos de atração e descentralizar um pouco os fluxos nos grandes centros urbanos. Salienta que Portugal tem potencialidades ímpares, nomeadamente condições naturais e do gosto em receber, mas a infraestrutura de apoio também faz falta e, com isto “ia chegar ao aeroporto, o principal do país que nos está a limitar brutalmente”.

João Moita considera que “no meu segmento, alguns dos grupos chegam ou saem em voos charters, mas voltamos à questão, há a alternativa de os levar para Beja, mas o ir buscá-los ou levá-los para além de caro é contraproducente do ponto de vista da proposta e da oferta porque, a nossa concorrência não está só em Portugal, mas em outros destinos, alguns emergentes, nomeadamente no leste da Europa que nos fazem grande competição e que são bastante aguerridos e flexíveis para captar este tipo de eventos”.

Na sua opinião “devia-se resolver a questão do novo aeroporto o quanto antes. Claro que o aeroporto de Lisboa é uma mais-valia, e dentro da nossa situação mais periférica relativamente à Europa, é uma vantagem termos o aeroporto no centro da cidade, porque o ponto a ponto torna-se muito mais rápido e conseguimos, se não forem norte-americanos, brasileiros ou de fora do espaço Schengen, coloca-los com relativa rapidez no destino ou nos hotéis, o que encurta a distância. Para além de ele estar saturado, de não haver slots e das companhias aéreas terem muita dificuldade no parque de charters, temos também o problema das horas de espera no controlo de passaportes que não ajuda muito a nossa reputação”, apontou o Managing Partner da Tiger Team ao longo da entrevista.

Delivery superior à expectativa do cliente
Face a essas dificuldades, que argumentos apresenta uma empresa como a Tiger Team para continuar a trazer para o nosso país grandes grupos de congressos, eventos e incentivos do estrangeiro? João Moita explica que “voltamos sempre à nossa segurança e ao nosso espírito de fazer. Portugal continua a ter um delivery superior à expectativa do cliente. Temos um hardware fantástico e se o tempo estiver bom as coisas correm muitíssimo bem. Temos segurança, a simpatia dos portugueses, os serviços não falham, as coisas são feitas a tempo e horas, os programas são bem elaborados e são consentâneos com aquilo que foi proposto”. No entanto, avançou que “há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem”.

“Não temos infraestrutura ou capacidade para tanta gente que nos visita e acho que era muito importante descentralizarmos um pouco dos grandes centros urbanos e criarmos polos de atração, nomeadamente no interior do país”, sugere.

Há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem

A Tiger Team concentra mais a sua atividade em Lisboa e no Porto, aliás onde possui escritórios, para, assim, poder acompanhar os seus clientes mais de perto. No entanto, numa altura em que se fala muito em sustentabilidade e em que os clientes, nomeadamente, as empresas querem realizar os seus eventos de uma forma cada vez mais sustentável e onde impera a natureza, “o interior do país pode ter uma palavra a dizer criando condições, e aí poderíamos fazer algo de interessante, mas mesmo assim tentamos fazer algumas coisas, dependendo da dimensão dos grupos”.

Olhar mais para o interior do país
No interior de Portugal, nomeadamente, na região do Alentejo, a empresa tenta sempre levar os seus grupos para mostrar a natureza, as artes ancestrais, desde o fabrico que queijo aos vinhos, e sua gastronomia “que é única”, bem como o artesanato, a arte chocalheira e o cante, que “correm muito bem”, frisou.

João Moita considera que “todas as nossas regiões se têm reinventado e feito um esforço para mostrar o seu potencial, a especificidade e o único que têm, mas precisamos de ver a montante, ou seja, o que pode ser feito para a captação de grandes eventos”.

Os clientes da Tiger Team, mesmo quando veem a trabalho, querem espairecer e conhecer o destino ao fim de dois ou três dias enfiados em salas de reuniões. Neste caso “é muito popular os grupos querem viver alguma experiência nas opcionais, como irem fazer uma aula de surf, aulas de yoga, e muitos escolhem tudo o que tem a ver com o ambiente e ar livre, muito mais do que uma visita panorâmica à cidade dentro de um autocarro. Aí vamos dando resposta porque temos esse hardware e o software aparece”, salientou.

João Moita recordou que Lisboa, por exemplo, recebe a Web Summit, mas com espaços adaptados porque não tem um centro de congressos de dimensão e criado de raiz, nem um aeroporto capaz de dar resposta à procura, bem como um parque hoteleiro de grandes dimensões. Reconhece que temos uma excelente oferta em termos de boutique hotéis e que tudo de novo que tem aparecido são unidades de grande qualidade, mas de pequena dimensão. “Um hotel vocacionado para o segmento onde atuamos, infelizmente, continua a não existir” acentuou, acrescentando que “a nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade”.

Setor quer ser mais ouvido
Assim, “acho que o turismo deve ser pensado de um modo diferente e, nós que andamos no dia-a-dia lá fora a bater portas e a tentar convencer os clientes internacionais a realizar os seus eventos em Portugal, devíamos ser mais ouvidos porque, sabemos o que o cliente procura e almeja e, por vezes, não há essa visão global do país”, salientou.

E continuou: “Não sei se isso se prende com razões políticas ou com falta de atenção por parte das entidades governativas”. O que João Moita reconhece é que Nuno Fazenda fez um bom trabalho, mas enquanto secretário de Estado do Turismo “se calhar estava limitado na ação”. Por isso, “pelo que o turismo já vale no PIB nacional, porque não termos um Ministério forte para definir, regular, pensar e fazer um esforço para juntar as várias entidades, para que o turismo seja mais desenvolvido, mais sustentado, haja uma atenção por todos os polos e todas as tipologias de negócio, e o que nos interessa mais”, questionou.

O objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino

Selecionar os clientes pelo tipo de negócio
Por outro lado, o gestor da Tiger Team confidencia que “Portugal já se pode dar ao luxo de selecionar os clientes não só pelo preço, mas pelo tipo de negócio. Estrategicamente temos de pensar com alguma antecedência o que vamos fazer no futuro porque, estamos a esgotar a capacidade do país com estes quase 30 milhões que nos visitam. Já não temos infraestruturas para receber mais, mas temos território, temos país, pessoas interessadas, bons profissionais, então porque não descentralizar, puxar pelo interior, sair do litoral e das grandes cidades, e tentar que os grandes investidores e com os fundos que estão disponíveis, o façam”.

Neste caso, volta a afirmar que “se calhar precisamos de um ministro do turismo que esteja sentado no Conselho de Ministros para sensibilizar os seus pares e para estarmos de igual para igual com as outras atividades económicas, que são todas importantes”.

A Tiger Team tem colaborado com o departamento do Turismo de Portugal que se dedica à captação de congressos e eventos para Portugal. João Moita reconhece a total disponibilidade de Joaquim Pires que dirige o departamento. “A ajuda que nos dá é essencial e importantíssima”, mas considera que o próprio Turismo de Portugal precisava de mais meios financeiros para a captação de alguns eventos “que são difíceis e disputados num campo internacional muito forte, porque, alguns países são muito ativos nesta área”.

Para além do apoio financeiro que esta entidade tem dado às empresas que atuam na área do MICE “tem feito um bom caminho de abertura de portas. Com a equipa que tem e as ferramentas que possui, há um trabalho desenvolvido e que pode ser melhorado”.

A concorrência não é só em Portugal. O nosso entrevistado destaca que “temos de olhar para a nossa competição com outros destinos, e muitos deles emergentes, no centro da Europa, com infraestruturas excelentes e aeroportos funcionais. Estamos num mercado global e não é fácil porque, essa competição continua sempre a aumentar”. Assim, “temos que nos destacar e superar esses desafios, apostando na diferenciação”, até porque, conforme disse João Moita “temos uma capacidade inventiva fora do comum, adaptando algumas infraestruturas para algumas situações”.

Fabricar e depois destruir
O responsável contou-nos que tem em mãos um dossier de um evento para 2000 mil pessoas. “É sempre complicado, mas não digo que não se consiga fazer, mas sai muito caro, por tudo o que obriga em termos de licenciamento, logística, de construir infraestruturas, nomeadamente, usar tendas, e o cliente fica um pouco de pé atrás e pensa que será que vamos conseguir fazer o que está na proposta. Depois é tudo o que se gasta em audiovisuais, decoração, passadeira vermelha, ou seja, tudo tem de ser fabricado para o momento e destruído no final. É um desperdício de recursos e não podemos continuar com situações adaptáveis. Assim não somos competitivos”, reclama.

Boa reputação no panorama internacional
Apesar de tudo “Portugal tem uma boa reputação no panorama internacional, é visto como um bom destino”, e garantiu que “enquanto houver profissionais, vamos continuar sempre a inovar e a fazer cada vez melhor”, até porque “o objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino”. Na parte da organização de eventos a aposta “é levarmos a nossa expertise e o nosso savoir faire para outros destinos, o que temos conseguido com bastante sucesso”, realçou João Moita.

E concluiu referindo-se à empresa que dirige: “Não queremos este mundo e o outro, não queremos ser os maiores, mas sem diferentes, visando a satisfação dos nossos clientes, que saiam daqui apaixonados por Portugal e queiram voltar”.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Ryanair aumenta lucros para 1,92 MM€ e transporta 184 milhões de passageiros em 2024

O exercício de 2024 da Ryanair, terminado em março de 2024, foi marcado por crescimentos em todas as alíneas, desde as receitas aos lucros, passageiros, custos com combustível, etc.. Para 2025, as previsões apontam para os 200 milhões de passageiros, embora dependente das entregas dos aviões da Boeing.

A Ryanair registou, no exercício fiscal de 2024, um crescimento de 34% nos lucros, atingindo os 1,92 mil milhões de euros contra os 1,43 mil milhões de euros do ano anterior. Também as receitas cresceram, face ao exercício de 2023, totalizando, em março de 2024, 13,44 mil milhões de euros quando há um ano totalizavam 10,78 mil milhões de euros (+25%).

Em termos de aumentos, também os custos operacionais da Ryanair registaram um incremento, passando de 9,2 mil milhões de euros para 11,38 mil milhões de euros no ano fiscal que termina a 31 de março de 2024, correspondendo a uma subida de 24%.

Apesar das dificuldades em obter os aviões encomendados à Boeing, a Ryanair viu o número de passageiros passar dos 168,6 milhões, em 2023, para 183,7 milhões o que equivale a uma subida de 9%, indicando ainda a companhia lowcost que as vendas de “ancillaries” aumentaram 12% para atingir 4,3 mil milhões de euros, representando 23,40 euros por passageiros.

Do lado dos custos, destaque para o aumento de 32% no valor atribuído aos combustíveis, que representaram, no exercício de 2024, 5,14 mil milhões de euros, ou seja, mais 1,25 mil milhões que no ano anterior, indicando a Ryanair que mais de 70% das necessidades ao nível do combustível já estarão garantidas, significando isto uma poupança de 450 milhões de euros.

No que diz respeito à frota, a Ryanair refere, em comunicado, que a companhia tinha uma frota de 146 aviões B737 Gamechanger no final do ano, esperando “aumentar esta frota para 158 até ao final de julho, o que corresponde a menos 23 entregas por parte da Boeing face ao que está contratado”.

“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com o CEO da Boeing (Dave Calhoun), o CFO (Brian West) e a nova equipa de gestão de Seattle para melhorar a qualidade e acelerar as entregas de aviões B737”, reconhecendo a Ryanair que “continua a existir o risco de as entregas da Boeing poderem diminuir ainda mais”.

Quanto à operação para este verão de 2024, a Ryanair diz que a “a procura por viagens na Europa é forte e, apesar dos atrasos na entrega dos Boeing, iremos operar o nosso maior programa de verão de sempre com mais de 200 novas rotas (e 5 novas bases)”.

A companhia liderada por Michael O’Leary salienta, igualmente, que “a capacidade para o verão de 2024 para voos de curta distância na UE está condicionada pelo facto de as companhias aéreas concorrentes imobilizarem aviões A320 para reparação de motores P&W (estas interrupções prolongar-se-ão provavelmente até 2026) e de os fabricantes se esforçarem por recuperar as suas carteiras de entregas”.

Quanto à generalidade do mercado, a Ryanair prevê que a “consolidação das companhias aéreas europeias prossiga, com a aquisição da ITA (Itália) e da Air Europa (Espanha) a avançar e a venda da TAP (Portugal) a seguir”.

Para o exercício de 2025, a Ryanair espera aumentar o tráfego em 8%, para entre 198 e 200 milhões de passageiros, “sujeito ao regresso das entregas de Boeing aos níveis contratados antes do final do ano”.

“A nossa vantagem de custos sobre os nossos concorrentes continua a aumentar, apesar de esperarmos que os custos unitários no ano fiscal 2025 aumentem modestamente, uma vez que os custos, exceto combustível, “serão substancialmente compensados pelas nossas poupanças de hedge de combustível e pelo aumento das nossas receitas de juros”.

A companhia admite que, apesar da limitação da capacidade de voos de pequeno curso na UE, “a procura de voos no verão 2024 é positiva, com as reservas a registarem uma tendência superior à do ano passado”.

“Os preços recentes são mais baixos do que esperávamos, com o primeiro trimestre a exigir um maior estímulo dos preços do que no ano passado (em especial porque metade da Páscoa foi transferida para março e não para abril)”.

Assim, embora a estimativa seja limitada e o resultado dependa em grande medida dos preços do pico registados no verão, “continuamos cautelosamente otimistas quanto ao facto de as tarifas do verão se manterem estáveis ou ligeiramente acima do verão passado”.

O resultado final do ano fiscal de 2025 “dependerá em grande medida de se evitarem acontecimentos adversos durante o exercício, tais como guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, perturbações extensas no controlo aéreo ou novos atrasos na entrega da Boeing”, conclui a Ryanair.

Sobre o autorVictor Jorge

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Sonhando aposta na Tunísia e leva agentes de viagens a ver a realidade do destino

Com uma forte aposta na Tunísia este verão, o operador turístico Sonhando levou um pequeno grupo de agentes de viagens a ver a realidade do destino, pois acredita que só conhecendo as várias ofertas no local é possível vender com segurança. A viagem, de uma semana, que contou com um jornalista do Publituris, aconteceu no voo inaugural que Tunisair entre Lisboa e Tunes, marcando o regresso da companhia aérea tunisina a Portugal com uma operação semanal às segundas-feiras, pelo menos até outubro.

“É com grande entusiasmo que partilhamos o sucesso do voo inaugural da Tunisair entre Lisboa e Tunes, marcando o regresso dos voos regulares entre Portugal e a vibrante Tunísia. A Sonhando S.A. teve o privilégio de fazer parte deste momento histórico”, é assim que o operador turístico escreve nas redes sociais.

Avança ainda que “embarcámos juntamente com 10 agentes de viagens e um jornalista numa jornada inesquecível para explorar tudo o que a Tunísia tem para oferecer”, destacando que “com a Sonhando S.A., o seu sonho de explorar a Tunísia está mais próximo do que nunca”, até porque a aposta do operador turístico é grande e está disponível no mercado uma vasta programação.

Ana Tomás, da Sonhando, que acompanhou o grupo, lembrou, em declarações ao Publituris, que “a Tunísia é uma grande aposta” do operador turístico, que já programa o destino há vários anos. “Temos operações para Djerba quatro vezes por semana (2 de Lisboa e 2 do Porto), Monastir, em voos apenas do Porto, duas vezes por semana, além da parceria com a Tunisair nos voos regulares de Lisboa para Tunes”, disse, para acrescentar que a primeira partida desta operação teve início a 18 de maio para Djerba, e termina em outubro com os últimos voos da Tunisair, enquanto os charters vão até setembro.

Responderam ao convite da Sonhando Azmina Santos, Travel B, Dora Seco, De volta ao mundo, João Morgado, Turitubucci, Bernardo Dias Bestravel, Sílvia Oliveira, Turiworld, Tânia Martins, Silva & Campogrande, Inês Carvalho, El Corte Inglés, Maria Pereira, Portugal Travel Center, Zolia Diaz, Abreu, e Cláudia Catroga, Click Viaja.

O grupo teve a oportunidade de explorar as estâncias turísticas mais procuradas na Tunísia como Monastir, Mahdia, Port El Kantaoui, Hammamet e a famosa Djerba, e ainda descobrir a cidade azul e branca de Sidi Bou Said às portas da capital Tunes, bem como inspecionar a vasta oferta hoteleira existe nesses locais, para todos os gostos e bolsos.

Toda a reportagem desta famtrip para conhecer em pormenor na próxima edição do Publituris, bem como as opiniões destes profissionais sobre o que retiveram do destino.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Iberia integra novos Airbus A321XLR à frota no final do verão

Com a introdução destas aeronaves no final deste verão, a Iberia reforçará a sua rede de longo-curso. A primeira rota será operada na temporada de inverno, provavelmente, para os EUA.

No final do verão de 2024, a Iberia irá reforçar a sua frota de longo curso com a introdução dos Airbus A321XLR, admitindo que esta aeronave irá fazê-lo de forma “mais sustentável e inovadora, oferecendo a possibilidade de operar as rotas transoceânicas da companhia aérea com um avião narrow-body, ou seja, com um único corredor”.

Esta introdução dos A321XLR reforçará, segundo a Iberia, “a rede de destinos da companhia aérea com especial incidência na América, pois, para além de dispor de mais unidades com autonomia para efetuar viagens transoceânicas, o A321XLR permitirá uma utilização mais eficiente da frota, de acordo com a procura de cada um dos mercados da companhia aérea”.

Apontado como primeiro destino para a viagem de longo-curso, a Iberia indica destinos como “Washington DC e depois Boston”.

Uma das grandes novidades do A321XLR é a capacidade, como avião de um só corredor, para efetuar voos de longo curso, oferecendo ao mesmo tempo um serviço premium ao mesmo nível dos modelos de fuselagem larga como os A330 e A350 da frota da Iberia.

Este modelo terá 182 lugares dispostos em cabina Business e Económica, e incluirá várias melhorias que oferecem maior conforto aos passageiros, tais como compartimentos superiores maiores, que podem armazenar até 60 % mais malas de mão, seis estilos diferentes de iluminação da cabina e um painel inovador à entrada do avião, entre outros.

Na sua cabina Business, o A321XLR terá 14 lugares individuais à janela com acesso direto ao corredor. Além disso, os assentos oferecem o máximo conforto, com um assento “full flat” que se converte em cama, um amplo apoio de cabeça em pele, compartimentos para objetos pessoais e uma estrutura que oferece grande conforto e privacidade.

Todos os assentos Business têm um ecrã 4K individual de 18 polegadas, que oferece imagens mais nítidas e melhores tons no modo escuro. Tudo isso, acompanhado do melhor entretenimento a bordo.

Para maior conforto, cada lugar terá o seu próprio sistema de iluminação, que pode ser ajustado independentemente ao ambiente desejado, e cada lugar terá o seu número iluminado durante o modo noturno, para que possa ser mais facilmente encontrado.

Da mesma forma, o Airbus A321XLR terá 168 lugares na cabine Económica com o último modelo Recaro, o CL3810, que evoluiu a partir dos assentos dos atuais aviões de longo curso, com uma reclinação de quatro polegadas e apoios de cabeça em pele. Os assentos terão dois bolsos adicionais para guardar objetos pessoais.

Todas as cabinas do novo A321XLR oferecerão aos passageiros a possibilidade de trazerem os seus próprios auscultadores e de os ligarem através de Bluetooth. Além disso, dispõem de portas de carregamento USB tipo A e C melhoradas, enquanto os tabuleiros dos assentos permitem que os clientes coloquem os seus próprios dispositivos eletrónicos para poderem utilizá-los de forma mais confortável.

Como referido, o primeiro A321XLR deverá integrar a frota da Iberia após o verão, altura em que, juntamente com os sete aviões adicionais deste modelo que a Iberia receberá nos meses seguintes, permitirá à companhia aérea continuar a expandir a sua rede de destinos de longo curso, bem como aumentar a capacidade nas cidades para onde voa atualmente.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Açores: Berta Cabral defende investimento na qualificação dos recursos humanos no turismo

Berta Cabral, secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, defende como fundamental o investimento na qualificação dos recursos humanos, na melhoria contínua dos serviços e na inovação dos produtos atuais e das práticas de gestão, bem como na criação de novos produtos, permitindo que as infraestruturas também se atualizem e evoluam face às necessidades do setor do turismo.

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, reconheceu o papel da Universidade dos Açores na formação de profissionais do turismo “É uma riqueza de conhecimento imensa, que temos o dever de aproveitar e alavancar para o desenvolvimento dos Açores como destino turístico de nível superior”, disse, falando no seminário “Excelência e Sustentabilidade no Turismo – Criando experiências, superando expetativas”, realizado naquela instituição universitária.

Na ocasião, forme avança nota publicada no site oficial do Governo açoriano, Berta Cabral recordou que o Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo dos Açores (PEMTA 2030) conduz a região “para novos patamares de excelência”.

E justificou: “De forma consciente e estrategicamente desafiadora, definimos a sustentabilidade como o pilar central, procurando responder a quatro grandes objetivos: consolidar internacionalmente os Açores enquanto destino sustentável; reduzir a sazonalidade e distribuir os fluxos pelo território; elevar os padrões de qualidade e gerar mais valor; alavancar a notoriedade junto do consumidor final”.

“Este plano não visa apenas atrair visitantes, pois incorpora também a missão de afirmar o turismo dos Açores pela qualidade e pela diferenciação”, acentuou, para realçar que “há muito tempo que no turismo já não basta ter um bom produto ou um bom serviço. O turismo é, cada vez mais, feito de vivências e emoções, de interações com significado e de momentos de imersividade e abstração”, sustentou ainda.

Na prática, referiu a governante, o turismo “é feito de experiências tendencialmente memoráveis, que rompem com a rotina diária, mas que colocam o turista perante uma avaliação face às suas expetativas, fantasias e idealizações. A capacidade de responder assertivamente a este novo paradigma é o segredo do sucesso dos melhores destinos do mundo”.

Reconheceu que “temos sabido acompanhar essa tendência nos Açores, construindo, de forma consistente, uma proposta de valor coerente e uma imagem externa adequada à tipologia e à qualidade da nossa oferta turística”. Um facto que se comprova com os números do desempenho turístico dos últimos anos, que dão conta de que os Açores têm vindo sucessivamente a bater recordes e de forma sustentável”, disse.

Refira-se que o último ano foi, de acordo com o governo regional, o melhor de sempre para o turismo açoriano, com mais de 3,8 milhões de dormidas e uma receita recorde na hotelaria de cerca 158 milhões de euros, e com crescimentos de 14,4% nas dormidas e de 23% nos proveitos da hotelaria relativamente a 2022 – comparando com 2019, assiste-se a um aumento de quase 30% nas dormidas e mais de 50% nos proveitos.

Assim, a governante adiantou que estes indicadores revelam “a elevação da qualidade e da sustentabilidade do destino Açores, uma vez que o crescimento em receitas foi muito superior ao crescimento em dormidas, significando que um crescimento mais em valor do que em quantidade”.

No entanto, Berta Cabral sublinhou ser elevada “a responsabilidade conjunta de continuar a desenvolver proativamente a oferta turística, trabalhando para elevar a estruturação, a qualidade e a consistência da experiência e dos serviços à disposição dos turistas”.

A secretária regional defendeu como fundamental o investimento na qualificação dos recursos humanos, na melhoria contínua dos serviços e na inovação dos produtos atuais e das práticas de gestão, bem como na criação de novos produtos, permitindo que as infraestruturas também se atualizem e evoluam face às necessidades do setor, tendo evidenciado que “estamos muito empenhados nesta matriz de pensamento, procurando potenciar os melhores recursos à nossa disposição para criar cada vez melhores experiências para os nossos visitantes”, para avançar que “temos, neste aspeto, um rumo claro onde a nossa natureza – em terra ou em mar – e a nossa natureza humana se destacam como pedras angulares da nossa estratégia de valorização do território”.

Destacando o turismo de natureza como produto prioritário, alicerçado em recursos naturais inigualáveis, Berta Cabral também disse, ainda segundo a notícia que “o turismo cultural assume cada vez mais maior protagonismo, reforçando o papel da natureza humana e da genuinidade na valorização dos Açores enquanto destino turístico de eleição”.

“Estamos a preservar as nossas tradições e história, mas sobretudo a reconhecer as nossas comunidades, valores, costumes e vivências. O turismo só é bom enquanto for bom para quem nos visita e, acima de tudo, para quem cá vive”, acrescentou Berta Cabral.

A secretária da tutela defendeu a necessidade de se “ponderar, de forma construtiva, novas políticas de desenvolvimento turístico”, sendo inevitável olhar a tecnologia como mecanismo de gestão e de apoio a esta decisão, mas “vital interpretar de forma crítica os sinais do mercado e do território no que concerne ao desenvolvimento da oferta de restauração, de alojamento e de tantos outros serviços de suporte”.

 

 

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TAAG abre loja de atendimento corporativo em Luanda

A companhia aérea angolana abriu uma loja de atendimento corporativo em Luanda, a TAAG Corporate, no âmbito do compromisso com a melhoria da experiência dos seus clientes e passageiros.

A infraestrutura composta por dois balcões de atendimento prestará serviços de apoio ao cliente e venda de bilhetes, de segunda a sexta-feira, no período das 7h30 às 15h30, visando responder positivamente a um atendimento à medida, moderno e humanizado e melhorando significativamente a experiência da jornada do cliente.

Na inauguração do novo estabelecimento, o presidente da Comissão Executiva da TAAG, Nelson de Oliveira, disse que a companhia aérea “tem um programa de continuidade para a renovação da sua imagem e abertura de novas lojas de atendimento ao público, com o objetivo de melhorar o serviço prestado aos nossos clientes”.

Com esta inauguração, a TAAG passa a contar com três lojas de atendimento ao cliente em funcionamento, sendo duas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e uma no Condomínio Dolce Vita.

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“Meeting for Good” no Crowne Plaza Porto e InterContinental Lisbon

“Meeting for Good” é o nome do programa do grupo IHG Hotels & Resorts, implementado nos hotéis Crowne Plaza Porto e InterContinetal Lisbon, que permite organizar eventos e reuniões mais sustentáveis, com recomendações, práticas e orientações personalizadas.

Para ajudar a responder às necessidades e expectativas por eventos e atividades em grupo cada mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis, o grupo IHG Hotels & Resorts lançou o “Meeting for Good”, um programa de reuniões sustentáveis ​​com recomendações, orientações e um apoio personalizado.

O Crowne Plaza Porto, situado na zona nobre da Boavista, conta com 11 salas e uma capacidade máxima de 450 pessoas, já o InterContinental Lisbon, localizado no coração da capital, integra 14 salas preparadas para receber até 450 pessoas. Ambos partilham algumas políticas nos seus serviços de reuniões e banquetes, que tornam possível aos clientes a realização de um evento ambientalmente mais responsável.

Substituir garrafas de água de plástico por dispensadores de água em grande formato ou estações de recarga e reduzir a iluminação, o aquecimento, a ventilação ou o ar condicionado para conservar energia nos períodos de baixa ou nenhuma ocupação são apenas alguns exemplos disponíveis. Optar pela sinalização digital em vez da sinalética descartável feita em papel e remover objetos descartáveis, como blocos de notas, canetas ou porta-copos, para reduzir a quantidade de resíduos gerados no evento completam a lista de boas práticas recomendadas.

A preocupação pelo meio ambiente estende-se ainda a outras áreas dos dois hotéis, onde os materiais impressos são cada vez mais raros e a política de lavagem consciente de lençóis e atoalhados para a poupança de água e energia é cada vez mais adotada pelos hóspedes.

O programa “Meeting for Good” abrange ainda a oferta gastronómica do Crowne Plaza Porto e InterContinental Lisbon, que partilham um plano de ação para a redução do desperdício alimentar nos seus eventos. A utilização de ingredientes sazonais e de produção local na confeção dos menus para banquetes ou não utilização de produtos descartáveis durante os serviços de alimentação e bebidas são outros exemplos de boas práticas que integram o programa.

 

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MSC Cruzeiros oferece mais noites com o programa “Stay & Cruise” verão 2024

Os passageiros da MSC Cruzeiros podem, este verão, prolongar o seu cruzeiro com um novo pacote complementar que dá a possibilidade de desfrutar de duas ou três noites antes ou depois da viagem, juntamente com uma excursão de meio-dia pelas cidades de Atenas, Veneza, Roma, Miami e Nova Iorque, em 11 dos seus navios.

Com o seu novo programa ‘Stay & Cruise’ para o verão 2024, a MSC Cruzeiros oferece aos seus passageiros a oportunidade de transformar o cruzeiro de sete noites em férias de nove ou dez noites.

O programa inclui um novo pacote adicional, que oferece aos passageiros a oportunidade de prolongar as suas férias de descoberta antes ou depois do cruzeiro de sete noites no mar com um alojamento adicional de duas noites com pequeno-almoço incluído num hotel de 4 estrelas em Atenas, Veneza e Roma ou num hotel de 3 estrelas em Miami, além da opção de duas ou três noites num hotel de 4 estrelas em Nova Iorque. O pacote inclui também uma excursão de meio-dia para descobrir as principais atrações da cidade.

A oferta inclui transferes terrestres privados, incluindo do aeroporto para o hotel e do hotel para o navio, para os passageiros que se hospedarem antes do cruzeiro. Da mesma forma, para os passageiros que ficam depois do cruzeiro, os transferes incluem transporte do navio para o hotel e do hotel para o aeroporto.

A oferta ‘Stay & Cruise’ está disponível em vários itinerários da MSC Cruzeiros no verão de 2024 no Mediterrâneo e Caraíbas. Para os viajantes que embarcam num cruzeiro no Mediterrâneo Ocidental ou Oriental e que pretendam descobrir a capital Roma, a oferta está associada ao MSC Divina, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Seaside, MSC Seaview a partir de Civitavecchia antes ou depois do cruzeiro.

Com a MSC Cruzeiros será possível usufruir dos pacotes especiais que incluem voos, transferes +cruzeiros de Lisboa para Roma e regresso a Lisboa. A juntar a este pacote, com a oferta ‘Stay& Cruise’ , o passageiro poderá elevar a sua experiência com uma estadia de duas noites antes ou depois do cruzeiro num hotel em Roma.

Para mais opções para os que navegam no Mediterrâneo Oriental, o pacote adicional para uma exploração alargada de Veneza está disponível antes ou depois do cruzeiro com o MSC Armonia, MSC Lirica e MSC Sinfonia a partir de Marghera-Veneza. Para complementar a viagem, a MSC Cruzeiros terá uma ampla oferta de pacotes especiais com voos+transfers+cruzeiros de Lisboa para Veneza e regresso à cidade de Lisboa. Com a oferta ‘Stay & Cruise’ pode-se usufruir de estadia de duas noites antes ou depois do cruzeiro num hotel em Veneza.

Os passageiros que viajam no MSC Opera, com partida do porto de Pireus, podem optar por prolongar as suas férias de descoberta em Atenas com uma estadia de duas noites antes do seu cruzeiro. Para complementar a oferta nesta região, a MSC Cruzeiros oferecerá pacotes especiais que incluem voos+transferes+cruzeiro de Lisboa para Atenas e regresso a Lisboa.

A oferta ‘Stay&Cruise’ está também disponível nos itinerários das Caraíbas a bordo do MSC Seascape com partida de Miami.

As viagens aéreas também podem ser reservadas com a MSC Cruzeiros e adicionadas aos pacotes ‘Stay& Cruise’ para permitir que os passageiros também reservem voos convenientes antes de uma viagem de cruzeiro.

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“Dias abertos” para enoturismo na Quinta da Fonte Souto

Atividades gratuitas regressam ao centro de visitas da Quinta da Fonte Souto, no Alentejo, com visitas guiadas, passeios na vinha e prova de vinhos.

A Quinta da Fonte Souto, está a promover “Dias Abertos”, uma oportunidade de os visitantes ficarem a conhecer o espaço de forma gratuita. Localizada na sub-região de Portalegre, a propriedade – a primeira da família Symington fora da zona norte do país –, desenvolveu um programa especial para os que quiserem aproveitar de forma diferente o próximo dia 23 de maio (feriado municipal em Portalegre) e o feriado de 10 de junho.

O programa dos “Dias Abertos” começa com uma visita guiada pela propriedade, onde os visitantes poderão conhecer o terroir da região e os vinhos ali produzidos pela família Symington. A adega e a antiga cozinha da Quinta da Fonte Souto são também local de passagem da visita, conduzida por um guia que dará a conhecer a história e os “segredos” da produção de vinhos que ali acontece. Na sala de provas, onde termina a atividade, os visitantes têm a oportunidade de provar o vinho Quinta da Fonte Souto Rosé. A aquisição de uma prova com mais referências vínicas da Symington está também disponível, com a Prova Clássica (22 euros) ou a Prova Premium (35 euros), assim como outras opções de vinho a copo.

Para aproveitar o bom tempo, o contacto com a natureza está assegurado com a oferta de um passeio na vinha, uma sugestão do centro de visitas que pode ser usufruída a pé ou de bicicleta, tendo como cenário a paisagem da serra de São Mamede, marcada pelos castanheiros e água abundante. Na propriedade é possível encontrar diversos percursos, que variam no grau de dificuldade e tempo requerido para os realizar, garantindo que cada visitante possa adaptar a experiência às suas preferências.

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Jorge Rebelo de Almeida defende solução “intercalar” para aeroporto da Portela

Com a localização do novo aeroporto já decidida para Alcochete, o fundador e presidente do grupo Vila Galé afirmou este sábado que é necessária uma solução que dê apoio ao aeroporto da Portela. Defendeu ainda a prioridade na criação de uma linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, ao invés de Lisboa-Porto-Vigo, além de comboios turísticos que distribuam os turistas pelo território.

Carla Nunes

Este sábado, 18 de maio, Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, defendeu que, decidida a localização do novo aeroporto em Alcochete, “numa primeira etapa, Portugal precisa de uma solução intercalar” que complemente a operação do aeroporto da Portela.

A declaração foi proferida na conferência de imprensa que precedeu a inauguração do mais recente hotel do grupo, o Vila Galé Isla Canela, em Huelva, ocasião em que Jorge Rebelo de Almeida referiu que “um novo aeroporto, além de ser uma infraestrutura cara, demora muito tempo a fazer, e por isso há que ter uma solução muito prática”.

De acordo com Jorge Rebelo de Almeida, esta solução passaria por “fazer uma pista com uma instalação logística baixa, pequena, para ir atendendo alguns charters, uma solução provisória”.

“A solução da Portela já devia estar feita, é outra vergonha nossa, mas não está. Portela tem ainda espaço para crescer, mas o horizonte de expansão do aeroporto é de dez anos, por isso, há que caminhar rápido”, defende.

Ainda no capítulo das infraestruturas, Jorge Rebelo de Almeida refere que “outra obra muito importante em Portugal é a ligação a Madrid” por via de uma linha ferroviária de alta velocidade. No seu entender, “para Portugal e Espanha é muito mais importante a ligação Lisboa-Madrid, porque há outra dinamização”, ao invés da solução apresentada de Lisboa-Porto e, mais tarde, Vigo.

“Pelas minhas contas, a solução Lisboa-Porto-Vigo nem sequer é rentável, creio que não é viável”, afirma.

Criar comboios turísticos para distribuir turistas pelo território

Na mesma conferência de imprensa, quando questionado sobre a sua opinião relativamente ao surgimento de cada vez mais alojamentos locais (AL) nas grandes cidades, Jorge Rebelo de Almeida apontou que “em Lisboa e no Porto o alojamento local tem sido muito bom para recuperar áreas da cidade muito degradadas”, acreditando que “quando há boas regras de mercado, [este] regula-se a si próprio”.

No entanto, admite que “nos hotéis a situação é diferente”, existindo a necessidade de “distribuir melhor o turismo e criar novas centralidades ao redor das cidades, para não tornar a vida de quem mora nos [centros urbanos] desagradável”.

Nesse sentido, o fundador do Vila Galé afirma que é preciso “imaginar soluções” para levar as pessoas a visitar o interior, indicando para isso a criação de comboios turísticos que transportem os “turistas concentrados nas grandes cidades” para outros pontos turísticos no interior.

“Não se diga que há turistas a mais, porque continua a haver espaço para crescer de forma ordenada. Não se pode prejudicar a procura”, termina.

A abertura do Vila Galé Isla Canela marca a chegada do grupo hoteleiro a Espanha, sendo que, atualmente, este conta com 44 hotéis: 32 em Portugal, dez no Brasil e um em Cuba.

*A Publituris Hotelaria viajou até Isla Canela, em Huelva, a convite do grupo Vila Galé.

Sobre o autorCarla Nunes

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Vila Galé inaugura hotel em Isla Canela com olhos postos em Sevilha e Madrid

O Vila Galé Isla Canela, de 304 quartos, surge de um contrato de gestão com a Saint Croix HI, pretendendo-se que o hotel esteja em operação durante dez meses por ano. Após esta abertura, o grupo hoteleiro afirma que irá “acompanhar de perto” oportunidades de negócio em Sevilha, olhando também com interesse para Madrid.

Carla Nunes

O grupo Vila Galé inaugurou este sábado, 18 de maio, o seu primeiro hotel em Espanha, o Vila Galé Isla Canela, em Huelva, após “muitos anos a desejar entrar em Espanha”. Realizada a inauguração deste hotel com 304 quartos, Jorge Rebelo de Almeida, presidente e fundador do Vila Galé, garante que “não vão ficar por aqui”.

A mais recente unidade hoteleira do grupo surge de um contrato de gestão de um hotel já existente, por um período de dez anos renovável, com a Saint Croix HI, a SOCIMI (Sociedades Anónimas Cotizadas de Inversión Inmobiliaria, na sua designação em espanhol) do grupo Pryconsa.

Foi também o grupo Pryncosa que ficou encarregue do investimento nas obras de remodelação levadas a cabo pelo Vila Galé neste hotel, como Jorge Rebelo de Almeida referiu em conferência de imprensa.

Desta forma, o mais recente Vila Galé Isla Canela abriu portas com todos os espaços públicos renovados, contando com dois restaurantes, o Massa Fina e o Versátil, três bares, Satsanga Spa & Wellness – com piscina interior, piscina de hidromassagem, banho turco, sauna e quatro salas de tratamentos – e piscina de hidromassagem.

No entanto, as renovações não vão ficar por aqui, com o grupo a apontar uma segunda fase de remodelações em novembro deste ano. Esta irá visar os 300 quartos da unidade, para os adaptar à temática que o grupo tem em vista para o hotel, músicos dos anos 60 do século XX, existindo já quatro unidades de alojamento modelo remodelados de acordo com este tema.

Também a zona exterior será renovada este inverno, nomeadamente a fachada, as duas piscinas, com uma dedicada a crianças onde serão acrescentados escorregas, e o bar exterior, que ganhará um novo piso de terraço.

De acordo com o diretor regional de operações do Vila Galé, Aníbal Costa, a primeira fase de remodelações rondou os 2,6 milhões de euros. Já para esta segunda fase de renovações, está previsto um investimento de sete milhões de euros**.

A expectativa do presidente do grupo passa agora por fazer “um esforço comercial” para manter a operação do hotel durante dez meses do ano, ao invés dos anteriores seis meses, trabalhando também o segmento de golfe, dada a existência de dois campos da modalidade nas proximidades.

“Estes hotéis só abriam no final de abril. [Vamos] tentar mudar um pouco este conceito e fazer o mesmo que no Algarve. Queremos colocar a oferta de Isla Canela no topo. Há condições, o destino é bom”, assegura Jorge Rebelo de Almeida.

Grupo vai “acompanhar” oportunidades em Sevilha

Após a entrada do Vila Galé em Espanha pela Andaluzia, Jorge Rebelo de Almeida coloca no horizonte a possibilidade de abrir unidades hoteleiras em Sevilha e Madrid, no entanto, o administrador do Vila Galé afirma que, por enquanto, estes projetos “não passam de uma intenção”, apontando que gostaria de abrir um hotel no Bairro de Santa Cruz, em Sevilha.

“As coisas em Espanha não são muito baratas. Já tivemos várias perspectivas de compra em Sevilha, mas na hora final o preço derrapou um bocadito, e fica difícil. É uma questão de acompanhar. Como já estamos na Andaluzia, creio que será mais fácil acompanharmos de perto as oportunidades de negócio em Sevilha”, explica Jorge Rebelo de Almeida.

O Vila Galé tem atualmente 44 hotéis: 32 em Portugal, dez no Brasil e um em Cuba. No Brasil, o grupo prepara-se para abrir mais dois hotéis – o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco, cuja abertura deverá decorrer “ainda este ano”, e o Vila Galé Collection Ouro Preto, que se espera que abra portas “em abril do próximo ano”, de acordo com Jorge Rebelo de Almeida.

Já em Portugal, o administrador do Vila Galé indica que têm em carteiras “uns seis a sete projetos em Portugal”.

Entre eles encontram-se as Casas de Elvas, dedicado “à história da Inquisição”, um projeto que resultará de um investimento de 10 milhões de euros, como anteriormente comunicado pelo grupo. A este soma-se um hotel em Ponte de Lima, e ainda um outro em Miranda do Douro, centrado “na história do humor, em colaboração com Fernando Alvim”. A construção deste último hotel deverá “começar em setembro e possivelmente abrir em abril de 2026”.

A lista de hotéis do grupo em Portugal para os próximos anos fica completa com a abertura de um hotel em Penacova e na Quinta da Cardiga, na Golegã.

*A Publituris Hotelaria viajou até Isla Canela, em Huelva, a convite do grupo Vila Galé.

**Notícia editada a 20 de maio às 10h04 com os valores de investimento das duas renovações do hotel.

Sobre o autorCarla Nunes

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