Segundo Coral Chen, diretora da Beijing Capital Airlines em Portugal, os voos diretos têm vindo a contribuir para “fortalecer a relação entre Portugal e a China”, nomeadamente ao nível das trocas comerciais e também da “promoção do turismo”.
O Turismo de Portugal realiza, no final de maio, um roadshow de cariz comercial na China, que vai arrancar em Macau, passando depois por Guangzhou (Cantão) e Pequim, enquanto o encerramento vai ter lugar em Xangai, onde o Turismo de Portugal participa ainda na ITB China com um stand para promover Portugal.
De 14 de março a 30 de novembro de 2024, os cidadãos portadores de passaportes comuns destes seis países podem entrar na China sem visto para diversos fins.
A China registou 474 milhões de viagens e gastos turísticos de 632,7 mil milhões de yuans (81,6 mil milhões de euros) durante as férias do Ano Novo Lunar, acima dos níveis de 2019.
Um recente estudo da European Travel Commission (ETC) apurou que apenas 57% dos turistas chineses contam viajar para a Europa neste ano, o que representa uma forte queda relativamente ao ano passado, quando 71% dos turistas oriundos da China contavam visitar território europeu.
As comemorações do Ano Novo Lunar, que em 2024 vão decorrer entre 10 e 17 de fevereiro, costumam dar origem aquela que é considerada a maior migração anual do mundo e, segundo Li Yang, vice-ministro dos Transportes da China, este ano não deverá ser diferente.
Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, assegura que Paris continua a ser a cidade mais popular do mundo enquanto destino turístico, mas as cidades asiáticas estão a emergir muito rapidamente, para lembrar que o organismo que dirige estima que Pequim ou Xangai poderão destronar a capital francesa nos próximos 10 anos.
Apesar de lenta, a recuperação turística da China promete intensificar-se e tornar-se mais forte em 2024, ano que deverá ficar também marcado pelo crescimento das viagens de luxo, prevê a consultora Phocuswright.
Turistas da Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos deixam de precisar de qualquer documento especial para entrar no território chinês, que se abre cada vez mais ao mundo exterior. Portugal não foi contemplado.
No Discovery Stage do WTM London 2023, dedicado ao turismo chinês, Adam Wu, diretor de operações da CBN Travel, deixou o recado: “para captar turistas chineses, há que acabar com os vistos”.