Turismo pedestre
A sensibilização, a educação e a compreensão das questões sociais e ambientais são questões fundamentais no ecoturismo. Escolher o ecoturismo significa viajar de forma sustentável!
Tão antiga que muitos quase a esqueceram, a arte de andar volta a estar na moda.
Debrucemo-nos primeiramente sobre o sentido clássico, ou seja, passeios a pé pela Natureza também definidos por pedestrianismo. Poderemos integrá-lo dentro do conceito mais abrangente de ‘’Ecoturismo’’.
Segundo a FCMP (Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal) identidade/organismo que a nível oficial certifica os diferentes percursos marcados das Grande Rotas (GR) Pequenas Rotas (PR) (FCMP – Percursos Pedestres – fcmportugal.com).
O pedestrianismo é, ‘’a atividade desportiva, turística e ambiental que consiste em percorrer percursos a pé ao longo de caminhos e trilhos, preferencialmente tradicionais ou históricos, na natureza ou em meio urbano’’.
Criado nos anos 80, o conceito de ecoturismo tem-se desenvolvido em paralelo com a crescente consciencialização dos turistas para o ambiente ao longo dos últimos trinta anos.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT) define-se ecoturismo como: ‘’Uma forma de viagem responsável que visa preservar a biodiversidade e os recursos culturais de uma área natural’’.
Gerador de emprego para as populações locais, reúne todas as formas de turismo praticadas no ambiente natural que tendem a minimizar a pegada ecológica dos viajantes no ambiente.
A sensibilização, a educação e a compreensão das questões sociais e ambientais são questões fundamentais no ecoturismo. Escolher o ecoturismo significa viajar de forma sustentável!
É também um excelente mercado. Nestes dias sombrios para o turismo, em que se esperam melhores dias, este mercado está a ser desperdiçado pelas agências de viagens e turismo. Se o mercado interno está ocupado por uma miríade de microempresas de animação turística umas mais profissionais do que outras. O mercado externo não está.
É a área do turismo que mais cresce.
Devido á pandemia, neste momento não é possível ter estatísticas fiáveis e que reflitam uma realidade futura, no entanto e se acreditarmos na tendência pré pandemia ela mostra-nos a evolução da procura por este tipo de programas.
Sem procurar fazer estatísticas caseira, uma simples pesquisa Google da palavra “walking holidays”, aparecem-nos 2.700.000 links, 122.000 apenas para Portugal. Vale o que vale, mas, dá-nos uma boa ideia da dimensão do mercado. Mas é uma tendência a nível mundial, o gráfico poderá ajudar. Mostra-nos uma previsão projetada até 2027, tendo a epidemia baralhado todos estes estudos e projeções, dá-nos, no entanto, uma ideia de tendência.
Não sabemos ainda exatamente como será o turista do futuro. Talvez pouco mude, mas há, no entanto, a certeza de que a procura por este tipo de programas está em franca expansão. Tudo aponta para que no futuro se procurem atividades em que o contacto físico muito próximo seja evitado, sem, no entanto, impedir a sociabilização.
Todos os estudos apontam para o facto de o cliente estar disposto a pagar mais por um programa sustentável.
Portugal tem excelentes condições para propor programas de Turismo Ecológico. O pedestrianismo responde a todos estes requisitos e responde também á necessidade de diversificação de oferta e á sazonalidade.
O nosso território tem uma diversidade incrível de paisagens tanto humanas como naturais. Não sendo um país rico em temos de fauna, é, no entanto, extremamente rico e original na sua riquíssima flora o que abre caminho para a criação de entre outros, circuitos botânicos.