Smar(t)keting
Amaro F. Correia, Docente Atlântico Business Scholl. Doutorado em Ciências da Informação
Amaro F. Correia
Docente Atlântico Business School. Doutorado em Ciências da Informação (Sistemas, Tecnologias)
É a conjugação perfeita entre o Fazer e o Saber. Fixo as leituras/investigações na América Latina porque sempre me aliciou o espírito e a “alma”, mas também a disponibilidade dos autores latino americanos nos pensamentos abertos a reflexões sobre empresas, me fascinam.
Em modo de B2B defendo a integração da gestão de Marketing e das Vendas, no Turismo, de forma a potencializar vendas em escala. A razão é que uma gestão ambígua permitirá a responsabilidade de comercializar bens/serviços de forma alargada. Existem sempre barreiras a qualquer integração, mas esse é o desafio principal para criar sinergias entre a gestão das equipas e todo o fluxo de vendas.
Recomendações que devem investigar: “Smarketing” ou Vendamarketing = a abordagem que permite captar clientes de forma assertiva, através de um fluxo de vendas estratégico e automatizado, com o objetivo de encontrar o seu cliente, entendendo quem, como e onde estará. Insisto na necessidade de recolher o maior número de informações e formas de o conhecer, já que existem características definidas em estudos: Segmento da empresa em que atua?; Tamanho da empresa ou marca?; Quantos funcionários? Quem são os sócios?; Quanto fatura mensalmente?; Onde está localizada?; A autoridade que a marca terá no mercado?
Para vender serviços a empresas é preciso conhecer cada parte da mesma e esse conhecimento, traz benefícios ao negócio. Enveredar pelo mailing segmentado é uma forma assertiva onde se estrutura a lista de contatos com potenciais clientes que poderá, por um lado, potenciar a fidelização, mas também solidificar os processos de prospeção e de fluxo de vendas.
Sugiro a criação de fluxogramas de vendas/clientes; Monitorize os clientes e as vendas; Aprimore o serviço de Pós-venda que é o momento mais importante no processo para aumentar a faturação. Invista na equipa, criando procedimentos e construa campanhas de MkT ajustadas às necessidades das vendas. De forma a melhorar a faturação devem insistir na necessidade de aumentar o número de clientes, bem como, melhorar o valor que o cliente gasta com os serviços; Insistir na frequência do aumento das compras. “A união faz a força” e quando a junção das várias gestões internas se promovem, potenciam processos uniformes e maximizam resultados positivos.
A vertente B2B é diferenciada do B2C, porque cada vez mais a palavra-chave “planeamento” está presente na vida de todos os setores da empresa. A ligação umbilical das tecnologias digitais ao turismo, como forma potenciadora e de rutura, possibilita no B2B, uma shared economy onde as empresas redesenham mapas e objetivos com novos focos. O futuro é imaginado em função das ações para sair “do hoje” e conseguir “chegar aos objetivos” do amanhã.
Defendi a rutura dos modelos tradicionais e a criação de novas categorias de serviços/produtos, forçando a “canibalização” do negócio, introduzindo inovações. Nesta vertente, da junção de modelos de gestão, haverá empresas sem ADN para mudar, porque a sua cultura organizacional é a principal barreira/fraqueza na evolução.
A solução está na SWOT sistemática e simples. O tal Saber-Fazer é fundamental. Nos projetos que me evolvem de consultoria, costumo olhar “nos olhos da empresa” ou “na alma” quando levanto várias questões, porque é público e estudado, que a maioria das empresas, que desaparecem, são empresas cautelosas e retardatárias. Este não é caminho. Está provado que as empresas, ao assumirem riscos controlados tem evolução positiva, enquanto as outras, no seu “canto”, confiadas/seguras que o negócio se perpetuará desta forma, sem arriscar…ficam sem caminhos alternativos.
O digital daqui a 10 anos como será na nossa empresa? Estou convicto que as mudanças rápidas/dramáticas a acontecer os custos que cada uma destas empresas terá, por inação, serão bem maiores do que os custos dos riscos. Internacionalizar é uma opção sem retorno. O Turismo merece atenção porque é a arte de vender felicidade.