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Rumo a uma nova dinâmica

Na expectativa do futuro, sinais fortemente penalizadores vão-se tornando preocupantes, como os galopantes custos energéticos, refletindo-se nas produções agrícola e pecuária ou nos transportes e, consequentemente no turismo.

Rumo a uma nova dinâmica

Na expectativa do futuro, sinais fortemente penalizadores vão-se tornando preocupantes, como os galopantes custos energéticos, refletindo-se nas produções agrícola e pecuária ou nos transportes e, consequentemente no turismo.

Luiz S. Marques
Sobre o autor
Luiz S. Marques

A sociedade portuguesa apresentou uma evolução anémica se a compararmos com os índices de crescimento, dos países do Norte da Europa ou do Leste, mais de 6,5%, mesmo em tempo de pandemia.

A entrada de 2022 veio trazer notícias encorajadoras, no quarto trimestre de 2021, PIB 5,8%, o que contribuirá para um novo alento à recém-eleita legislatura por maioria.

Neste período de transição, poderão vir a ser criadas condições únicas em Portugal, devido à conjugação da vontade política, de estabilidade e renovação económica associadas à existência de investimentos provenientes da U.E., como a necessidade de recuperação da aviação comercial, quase estagnada, com profundas repercussões no Turismo.

Às incertezas na saúde pública e de certas manifestações de protesto ocorridas na Europa, acrescem dias sombrios com a ameaça da invasão da Ucrânia, para além de há cerca de dois anos se ter paralisado a quase totalidade da aviação comercial, com profundos reflexos no Turismo.

Semelhante situação não ocorreu nos EUA ou mesmo na Ásia, onde as companhias de aviação continuam a operar em voos regulares, apesar dos efeitos pandémicos

Assim, no continente norte americano foram mesmo criadas novas companhias de aviação, como a Breeze Airways, (2021), sem subsídios Estatais, companhia de baixo custo, (low cost), passando a explorar, a partir de Utah voos diretos para cidades do leste dos EUA, iniciativa do criativo David Neeleman, o construtor de outras cinco start-ups na aviação comercial.

Na expectativa do futuro, sinais fortemente penalizadores vão-se tornando preocupantes, como os galopantes custos energéticos, refletindo-se nas produções agrícola e pecuária ou nos transportes e, consequentemente no turismo.

Os agravamentos das taxas de juro irão afetar não somente o rácio de endividamento público, mas também o sector privado. Aqui, empresas e famílias recorreram ao crédito a curto prazo, tendo sido penalizados com crescentes taxas de juro.

Alguns analistas preveem, para 2023, numa linha otimista que um movimento de turistas possa atingir cerca de 20 milhões, em Portugal, devendo as respetivas estruturas e serviços estar preparados para o impacto de tal “onda”.

A entidade pública da CP E.P.E., 100% detida pelo Estado e “cronicamente deficitária”, encontra-se financeiramente asfixiada pela dívida acumulada de mais de 1.815 milhões de euros.

Sendo o fator político determinante nas administrações ao operarem com material ultrapassado, quer na sua estrutura quer no material circulante, a dívida poderá ser perdoada pelo Governo, requerendo a permissão à U.E., tarefa que julgamos fácil, dada a sua política de desenvolvimento ferro-carril comparticipada pela U.E.

A modernização das estruturas tradicionais, só será possível pela tecnologia, recursos financeiros e humanos, em particular na alta-velocidade.

O aparecimento de uma companhia privada interessada em comprar material circulante para ser utilizado, numa primeira fase, Lisboa/Porto/Lisboa, veio a colocar acrescida pressão na via-férrea que deverá estar também articulada com a aviação, nos aeroportos.

O novo aeroporto de Lisboa aguarda um planeamento definitivo e início de obras, desde 1969, arrastando-se o debate entre localizações e poderes, vantagens e inconvenientes num “processo democrático menos transparente, pós 25 de Abril”.

Nascido do conceito de liberalização, este “hub-and-spoke” internacional, irá tornar-se uma placa giratória para passageiros e carga, ponto de confluência e distribuição de tráfego na longa distância interligando-se com voos de média/curta distância, ao alimentar os aeroportos regionais, mais vocacionados para voos diretos “aeroporto-aeroporto”.

A concretização dos resultados e espectativas dos acordos da TAP e U.E., num futuro caminho da sua privatização será a grande beneficiária do desenvolvimento de um “hub-and-spoke” em Lisboa.

A formação da aviação comercial com o caminho de ferro, constituirá uma via intermodal, há muito usada na Alemanha.

Este “hub” europeu, é um pilar de sustentação não só da aviação comercial, caminho de ferro e turismo, no desenvolvimento do tráfego de passageiros e carga, neste melhor posicionamento na logística internacional.

Sobre o autorLuiz S. Marques

Luiz S. Marques

Investigador do Dreams (Universidade Lusófona)
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